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Um indíviduo em Madre de Dios, no Peru.
Um indíviduo em Madre de Dios, no Peru.

Boana punctata é uma espécie de anfíbio da família Hylidae, encontrada no Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Trindade e Tobago e Venezuela. Está presente em diversos habitats, como florestas primárias e secundárias, áreas alagadas e urbanizadas, geralmente associada a plantas aquáticas.

Os machos medem geralmente cerca de 3,5 centímetros de comprimento, enquanto as fêmeas medem 3,7 centímetros. Seu dorso é verde e possui diversas manchas amarelas ou vermelhas distribuídas, além de uma amarela na lateral, e seu ventre possui uma coloração variando entre o branco e o verde-azulado. Durante a noite, a espécie muda sua coloração, com a parte superior ficando avermelhada e suas pintas amarelas, e o restante do corpo ficando verde-pálido. Os machos podem ser diferenciados das fêmeas pela presença de um prepollex, pequena protuberância na lateral dos polegares das patas dianteiras, que são mais desenvolvidos nestes.

Uma característica que a diferencia de quase todas as outras espécies de anfíbios é sua capacidade de apresentar biofluorescência, ao absorver radiação ultravioleta do tipo A e emitir uma radiação com comprimento de onda maior, na forma de luz azul e verde. Poucos tetrápodes apresentam esse fenômeno, sendo restrito apenas a tartarugas marinhas, papagaios e à espécie de perereca Boana atlantica, entretanto suspeita-se que possam existir mais anuros com tal característica. A fluorescência é causada pela presença de três moléculas em seus tecidos: a Hyloin-L1, Hyloin-L2 e Hyloin-G1. Ainda não se sabe qual é sua serventia, porém supõe-se que ela sirva para auxiliar a visão no escuro, transformando uma radiação pouco visível pelo animal em uma que seja capaz de sensibilizar suas células oculares e cujo comprimento esteja dentro da faixa de sua visão escotópica. (leia mais...)