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Praça Independência (Montevidéu): diferenças entre revisões

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Foi finalmente inaugurado em 28 de fevereiro de 1923 ao final do mandato presidencial de [[Baltasar Brum]].<ref>{{citar web |url= http://www.montevideo.gub.uy/fotografia/archivo/monte_antiguo/m_artigas/artigas_texto_t.html |título= El monumento a Artigas en la Plaza Independencia|acessodata= 06-02-2010|autor= |autorlink= |coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado= |paginas= |língua= espanhol|arquivourl= |arquivodata= |citação= }}</ref>
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Durante a ditadura [[Ditadura civil-militar no Uruguai (1973-1985)|
Durante a ditadura cívico-militar (1973-1985), através do [[decreto-lei]] N° 14.276, de 27 de setembro de 1974, foi decidido a criação de um [[mausoléu]] para abrigar os restos mortais de Artigas, que estavam no Panteão Nacional do Cemitério Central até 1972 e, posteriormente, na posse dos [[Blandengues]]. Obra dos arquitetos Lucas Ríos Demalde e Alejandro Morón, que acrescentaram ao monumento um mausoléu de [[granito]] com amplas escadas até o subsolo que guarda a urna com os restos mortais de José Artigas; uma [[Tronco (geometria)|pirâmide truncada]] permite que o [[sol]] penetre diretamente até a urna. Em 19 de junho de 1977, na presença do presidente de fato [[Aparicio Méndez]], o mausoléu foi inaugurado. Com a volta da [[democracia]] no Uruguai, muito se questionou este uso do nome, imagem e os restos mortais do herói nacional para a exaltação de uma [[ditadura]] que implicava negar os ideais democráticos republicanos e representativos de Artigas. Durante 2009, o presidente [[Tabaré Vázquez]] propôs e insistiu na possibilidade de transferir os restos mortais do herói para a nova [[Torre Executiva]], mas isso provocou muitas críticas da oposição,<ref>{{citar web |url= http://www.elpais.com.uy/090619/pnacio-424456/sociedad/rechazan-mover-restos-de-artigas |título= Rechazan mover los restos de Artigas|acessodata= 06-02-2010|autor= |autorlink= |coautores= |data= 19-06-2009|ano= |mes= |formato= |obra= |publicado= |paginas= |língua= espanhol|arquivourl= |arquivodata= |citação= }}</ref> e até queixas dos descendentes do herói.<ref>{{citar web |url= http://www.elpais.com.uy/090723/pnacio-431339/nacional/presentan-demanda-por-cambio-de-la-urna|título= Descendientes de Artigas preparan acción de amparo|acessodata= 06-02-2010|autor= |autorlink= |coautores= |data= 23-07-2009|ano= |mes= |formato= |obra= |publicado= |paginas= |língua=espanhol |arquivourl= |arquivodata= |citação= }}</ref> Deverá ser implementada a lei de 2001, segunda a qual deverão ser escritas frases célebres do ideário artiguista nos muros do mausoléu.<ref>{{citar web |url= http://www.elpais.com.uy/09/08/13/pnacio_435483.asp |título= Partidos definen frases de Artigas que se colocarán en el mausoleo|acessodata= 06-02-2010|autor= |autorlink= |coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado= |paginas= |língua= |arquivourl= |arquivodata= |citação= }}</ref>
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== Características ==
== Características ==

Revisão das 19h29min de 20 de setembro de 2011

Praça Independência
Plaza Independencia
Praça Independência (Montevidéu)
Praça Independência
Localização Avenida 18 de Julio, Montevidéu, Uruguai
Tipo Pública
Inauguração 7 de fevereiro de 1840

A Praça Independência (em espanhol: Plaza Independencia) está localizada na cidade de Montevidéu, Uruguai, no limite entre a Cidade Velha e a área central, anteriormente conhecida como Cidade Nova (Ciudad Nueva).

História

Foi originalmente projetada pelo arquiteto Carlo Zucchi em 1837, quando a cidade se expandiu, como parte de um plano diretor. O projeto teve a inspiração de seus professores: Charles Percier e Pierre François Léonard Fontaine, autores de obras como a parisiense Rue de Rivoli, e os criadores do estilo império e do estilo diretório. Esse projeto foi alterado em 1860 por Bernard Poncini.[1]

Entre 1896 e 1906 situou-se em seu centro a estátua de Joaquín Suárez de Rondelo, que atualmente encontra-se na praça da Avenida Agraciada, esquina com a Joaquín Suárez; transferida por decisão do presidente José Batlle y Ordóñez.

Desde 1882, durante o governo de Máximo Santos, havia uma lei que aprovava um orçamento para a criação de um monumento a José Artigas, "fundador de nuestra nacionalidad"; a pedra fundamental foi colocada em 25 de agosto de 1884, no entanto, o monumento demorou a se materializar. Juan Zorrilla de San Martín esboçou as ideias gerais em "A Epopeia de Artigas"; em 1913, uma comissão declarou vencedores do concurso de projetos o italiano Angelo Zanelli (1879-1942) e o uruguaio Juan Manuel Ferrari (este terminou por ser dispensado).

Foi finalmente inaugurado em 28 de fevereiro de 1923 ao final do mandato presidencial de Baltasar Brum.[2]

Durante a ditadura civil-militar (1973-1985), através do decreto-lei N° 14.276, de 27 de setembro de 1974, foi decidido a criação de um mausoléu para abrigar os restos mortais de Artigas, que estavam no Panteão Nacional do Cemitério Central até 1972 e, posteriormente, na posse dos Blandengues. Obra dos arquitetos Lucas Ríos Demalde e Alejandro Morón, que acrescentaram ao monumento um mausoléu de granito com amplas escadas até o subsolo que guarda a urna com os restos mortais de José Artigas; uma pirâmide truncada permite que o sol penetre diretamente até a urna. Em 19 de junho de 1977, na presença do presidente de fato Aparicio Méndez, o mausoléu foi inaugurado. Com a volta da democracia no Uruguai, muito se questionou este uso do nome, imagem e os restos mortais do herói nacional para a exaltação de uma ditadura que implicava negar os ideais democráticos republicanos e representativos de Artigas. Durante 2009, o presidente Tabaré Vázquez propôs e insistiu na possibilidade de transferir os restos mortais do herói para a nova Torre Executiva, mas isso provocou muitas críticas da oposição,[3] e até queixas dos descendentes do herói.[4] Deverá ser implementada a lei de 2001, segunda a qual deverão ser escritas frases célebres do ideário artiguista nos muros do mausoléu.[5]

Características

Em seu centro está a grande estátua equestre de José Gervasio Artigas e pode ser acessada através de escadas até o mausoléu subterrâneo onde se conservam os restos mortais do herói nacional em uma urna. A estátua é obra do escultor italiano Angelo Zanelli.

A leste fica a Porta da Cidadela (Puerta de la Ciudadela), testemunho do Montevidéu colonial e início da via para pedestres Sarandí.

Em frente à calçada sul pode-se encontrar a Torre Executiva, atual sede do Poder Executivo, e o Palácio Estévez, até poucas décadas atrás, a sede do mesmo poder, apesar de ainda ser utilizado para alguns atos protocolares deste, como por exemplo, a transferência da faixa presidencial. Também abriga um museu.

Na calçada oeste, na esquina com a avenida 18 de Julio pode-se ver o Palácio Salvo, que quando foi construído era o edifício mais alto da América do Sul.

Cultura

A praça é frequentemente utilizada para exposições de arte, como a dos United Buddy Bears, que ocorreu em 2009 e era composta por 140 esculturas de dois metros de altura, cada uma pintada por um artista de um dos 140 países.[6][7]

Vista panorâmica da Praça Independência, na área central de Montevidéu.

Referências

  1. «La Plaza Independencia: renegando de Zucchi» (em espanhol). 03 de março de 2007. Consultado em 6 de fevereiro de 2010  Verifique data em: |data= (ajuda)
  2. «El monumento a Artigas en la Plaza Independencia» (em espanhol). Consultado em 6 de fevereiro de 2010 
  3. «Rechazan mover los restos de Artigas» (em espanhol). 19 de junho de 2009. Consultado em 6 de fevereiro de 2010 
  4. «Descendientes de Artigas preparan acción de amparo» (em espanhol). 23 de julho de 2009. Consultado em 6 de fevereiro de 2010 
  5. «Partidos definen frases de Artigas que se colocarán en el mausoleo». Consultado em 6 de fevereiro de 2010 
  6. «La muestra United Buddy Bears arribó a Montevideo» (em espanhol). 12 de maio de 2009. Consultado em 6 de fevereiro de 2010 
  7. «Página oficial de United Buddy Bears em Montevidéu» (em espanhol). Consultado em 6 de fevereiro de 2010 

Ligações externas