Resolução de problemas

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A resolução de problemas consiste no uso de métodos, de uma forma ordenada, para encontrar soluções de problemas específicos. Algumas técnicas para resolução de problemas desenvolvidas e utilizadas na inteligência artificial, ciência da computação, engenharia, matemática, medicina etc. estão relacionadas com processos mentais de resolução de problemas estudados no campo da psicologia.

Na Matemática, a resolução de problemas é vista como foco principal do ensino. Não faz sentido ensinar/aprender conceitos matemáticos se não for para aplicá-los na resolução de problemas do dia a dia ou problemas de áreas específicas. Entende-se por problema uma situação na qual não se conhece o caminho para a solução.

Especialista e Iniciante[editar | editar código-fonte]

As características psicológicas típicas que podem ser úteis e benéficas para um solucionador de problemas bem-sucedido são: identificar corretamente os objetivos do problema, ser persistente, adotar estratégias eficientes na busca e ser capaz de retroceder até um determinado ponto anterior no processo de solução.[1]

As características mais significativas da diferenças entre especialistas e iniciantes na resolução de problemas são identificadas como:[2][3][4]

Escopo de conhecimento sobre as informações acumuladas, esquemas de resolução de problemas, habilidades, expertise, capacidade de memória, habilidade de interpretação de problemas, abstração e categorização, habilidades de análise e síntese, capacidade de concentração de longo prazo, motivação, eficiência e precisão.

Resolução de Problemas em Engenharia de Software[editar | editar código-fonte]

Profissionais de engenharia de software e amadores diferem em suas abordagens para resolução de problemas. Os profissionais que são treinados e habilitados em engenharia de software, possuem uma variedade de modelos cognitivos e conhecimento que os habilitam a abordar problemas de maneira sistemática. Isso inclui:[1]

  • Conhecimento fundamental de software e práticas de engenharia de software.
  • Princípios e leis básicas de Software.
  • Algoritmos postos à prova.
  • Conhecimento específico da situação problematizada.
  • Experiência em resolução de problemas.
  • Familiaridade com ferramentas e ambientes de programação.
  • Habilidades fortes dos conceitos de programação em várias linguagens.

Além disso, os profissionais têm uma visão global e perspicaz sobre o desenvolvimento de sistemas, incluindo o entendimento das funcionalidades necessárias para tal, tratamento de exceções e estratégias de tolerância a falhas.

Por outro lado, os programadores amadores possuem treinamento e atividades praticas limitadas e podem ser caracterizados por possuírem:[1]

  • Estrutura ad hoc dos conhecimentos de programação. (Estrutura de conhecimento de programação que não foi organizada de forma sistemática ou planejada para um propósito mais amplo.)
  • Experiências e habilidades limitadas.
  • Tendência em se buscar necessidades imediatas dos problemas que aparecerem ao invés de projetar a estruturação do sistema como um todo.
  • Falta de uma visão global e sistemática.

De acordo com Richard Mayer, há quatro aspectos de conhecimento necessários para resolver problemas de programação: sintático, semântico, esquemático e estratégico. A pesquisa de Mayer mostrou que há diferenças significativas nas estruturas de conhecimento de especialistas e iniciantes em todas as quatro categorias.[5]

Definição[editar | editar código-fonte]

O termo resolução de problemas é usado em muitas disciplinas e áreas do conhecimento , às vezes com diferentes perspectivas e geralmente com terminologias diferentes. Por exemplo, na psicologia refere-se a um processo mental, enquanto na ciência da computação a um processo computadorizado. Já na Educação pode proporcionar um ensino mais investigativo e contextualizado, favorecendo o processo de ensino e aprendizagem.

Psicologia[editar | editar código-fonte]

Em psicologia, a resolução de problemas se refere a um estado de desejo por alcançar uma meta definida a partir de uma condição que de outro modo não está diretamente se movendo em direção à meta, está longe dela, ou necessita de mais lógica complexa para encontrar uma descrição perdida das condições ou passos em direção à meta.[6] Em psicologia, a resolução de problemas é a conclusão de um grande processo que também inclui a descoberta do problema e molde do problema.

Resolução de Problemas na Educação

A Resolução de Problemas na área da educação é considerada por muitos especialistas como uma metodologia de ensino, pois pode proporcionar ao aluno a capacidade de aprender a aprender. A Resolução de Problemas possibilita a apresentação de situações reais e sugestivas que exijam dos alunos uma atitude ativa ou um esforço para buscar suas próprias respostas. O ensino baseado na Resolução de Problemas pressupõe promover nos alunos o domínio de procedimentos, assim como a utilização dos conhecimentos disponíveis, para dar resposta a situações variáveis e diferentes.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c Wang, Yingxu; Chiew, Vincent (março de 2010). «On the cognitive process of human problem solving». Cognitive Systems Research (em inglês) (1): 81–92. doi:10.1016/j.cogsys.2008.08.003. Consultado em 8 de janeiro de 2023 
  2. Mayer, Richard E. (1993). «Review of Toward a Unified Theory of Problem Solving: Views from the Content Domains». The American Journal of Psychology (1): 132–135. ISSN 0002-9556. doi:10.2307/1422872. Consultado em 8 de janeiro de 2023 
  3. Payne, David G. (1998). Cognitive psychology. Michael J. Wenger. Boston, MA: Houghton Mifflin. OCLC 39375267 
  4. Pólya, George (1954). Mathematics and plausible reasoning. [Princeton, N.J.]: Princeton University Press. OCLC 300308714 
  5. Mayer, Richard E. (1992). Thinking, problem solving, cognition 2nd ed ed. New York: W.H. Freeman. OCLC 23731853 
  6. Robertson, Ian (2001). What is a problem?. [S.l.]: Psychology Press