Ryūhō (porta-aviões)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ryūhō
 Japão
Nome Taigei
Operador Marinha Imperial Japonesa
Fabricante Arsenal Naval de Yokosuka
Batimento de quilha 12 de abril de 1933
Lançamento 16 de novembro de 1933
Comissionamento 31 de março de 1934
Descomissionamento 20 de dezembro de 1941
Destino Convertido em porta-aviões
Nome Ryūhō
Recomissionamento 30 de novembro de 1942
Descomissionamento 30 de novembro de 1945
Destino Desmontado
Características gerais (como tênder de submarinos)
Tipo de navio Tênder de submarinos
Deslocamento 10 670 t (padrão)
Maquinário 2 motores a diesel
4 caldeiras
Comprimento 211,16 m
Boca 18,07 m
Calado 5,36 m
Propulsão 2 hélices
- 14 000 cv (10 300 kW)
Velocidade 14 nós (25,9 km/h)
Armamento 4 canhões de 127 mm
12 metralhadoras de 13,2 mm
Aeronaves 5 hidroaviões
Características gerais (como porta-aviões rápido)
Tipo de navio Porta-aviões rápido
Deslocamento 16 700 t (padrão)
Maquinário 2 turbinas a vapor
4 caldeiras
Comprimento 215,65 m
Boca 19,58 m
Calado 6,67 m
Propulsão 2 hélices
- 52 000 cv (38 200 kW)
Velocidade 26,5 nós (49,1 km/h)
Autonomia 8 000 milhas náuticas a 18 nós
(15 000 km a 33 km/h)
Armamento 8 canhões de 127 mm
61 canhões de 25 mm
6 metralhadoras de 13,2 mm
6 cargas de profundidade
6 lança-foguetes
Aeronaves 31 a 36
Tripulação 989
 Nota: Não confundir com Ryūjō (porta-aviões).

Ryūhō (龍鳳?) foi um porta-aviões leve adaptado da Marinha Imperial do Japão que atuou durante a Segunda Guerra Mundial. A embarcação foi lançada como navio tender com o nome de Taigei (大鯨?), e foi utilizada na Segunda Guerra Sino-Japonesa.[1] A sua conversão para porta-aviões não foi bem-sucedida, por ser um navio pequeno, com estrutura frágil e com velocidade baixa. O Ryūhō foi usado principalmente como um transporte de aeronaves e para fins de treinamento, embora também estivesse envolvida em várias missões de combate, incluindo a Batalha do Mar das Filipinas.[2]

Histórico[editar | editar código-fonte]

O Tratado Naval de Londres impôs limitações à construção de novos navios de guerra de grande porte para as principais potências mundiais. A Marinha Imperial japonesa contornou o Tratado construindo embarcações auxiliares, tais como petroleiros e navios tender, projetados para que pudessem ser convertidos rapidamente em porta-aviões em caso de guerra. Taigei foi um deste barcos, projetado e construído como parte do 1º Programa de Armamento Naval de 1932.

Projeto técnico[editar | editar código-fonte]

Embora o Taigei tenha sido projetado desde o início para uma possível conversão em porta-aviões, o projeto provou ter muitas deficiências. O desenho básico do casco resultou em um navio com baixa estabilidade. A utilização de solda com arco elétrico na construção do casco foi uma técnica inovadora para a época e reduziu o tempo de construção. A falta de experiência com este tipo de procedimento ocasionou muitas soldas fracas, e o navio sofreu fissuras frequentes. A divisão inadequada dos compartimentos estanque abaixo da linha de água, combinada com a construção fraca de seu casco, também tornou o navio vulnerável em situações de combate.[3] A nova embarcação também teve um baixo desempenho de seus motores diesel, gerando uma potência apenas a metade da esperada.

A conversão do Taigei em um porta-aviões implicou na adição de uma plataforma de voo com 185 m de comprimento por 23 m de largura, e a construção de dois elevadores que transportava os aviões de combata do convés de voo ao deck do hangar abaixo. Também foram substituídos os motores diesel por turbinas a vapor.[3] Na fase inicial da guerra o porta-aviões operava com 31 aeronaves, em agosto de 1944 o convés de voo foi alongado para 198,1 m, aumentando o número de aeronaves embarcadas para 36.

Operações de guerra[editar | editar código-fonte]

Como navio tender Taigei[editar | editar código-fonte]

De 1938 a 1940 durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa, o Taigei realizou operações normais nas águas ao norte e sul do Japão, com a missão principal de apoiar as operações submarinas na costa da China. o navio tinha a sua base no porto de Kure.

Em 20 de dezembro de 1941 atracou no Arsenal Naval de Yokosuka para os serviços de adaptação como navio porta-aviões. Em 18 de abril de 1942, ainda na doca foi bombardeado e avariado por um avião B-25 da operação Doolittle que foi o primeiro ataque direto dos Estados Unidos as ilhas japonesas após o ataque a Pearl Harbor.[4]

Como porta-aviões Ryūhō[editar | editar código-fonte]

Do final de 1942 até 1944, o navio operou como navio de treinamento e de escolta. Em sua primeira patrulha em 12 de dezembro 1942, o navios foi atingido por um único torpedo a estibordo lançado do submarino USS Drum perto de Hachijo-jima, e imediatamente foi forçado a retornar a Yokosuka para reparos de emergência e permaneceu fora de operação até o início 1943.[4]

Em em 19 de março de 1945, perto do porto de Kure, o porta-aviões sofreu um severo ataque aéreo, o que ocasionou a inutilização de sua plataforma de voo, a destruição de uma de suas caldeiras que explodiu, incendiando parte do navio, que assim mesmo retornou ao porto, quando foi considerado sem condições para ser recuperado.[4]

Missão final[editar | editar código-fonte]

Em 31 de dezembro de 1944, Ryūhō navegou para Taiwan com uma carga de 58 aviões Yokosuka MXY-7 Ohka kamikaze. Acompanhando-a tinha nove petroleiros vazios com destino a Singapura, e os contratorpedeiros Hamakaze, Isokaze, Yukikaze, Shigure e Hatakaze.

Porta-aviões Ryūhō fotografado por aeronave da Marinha dos Estados Unidos em Kure em 1945.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Brown, David (1977). Aircraft Carriers. New York: Arco Publishing. ISBN 0-668-04164-1 
  • Chesneau, Roger (1995). Aircraft Carriers of the World, 1914 to the Present: An Illustrated Encyclopedia New, Revised ed. Annapolis, Maryland: Naval Institute Press. ISBN 0-87021-902-2 
  • Chesneau, Roger, ed. (1980). Conway's All the World's Fighting Ships 1922–1946. Greenwich, UK: Conway Maritime Press. ISBN 0-85177-146-7 
  • Dull, Paul S. (1978). A Battle History of the Imperial Japanese Navy, 1941–1945. Annapolis, Maryland: Naval Institute Press. ISBN 0-87021-097-1 
  • Peattie, Mark (2001). Sunburst: The Rise of Japanese Naval Air Power 1909–1941. Annapolis, Maryland: Naval Institute Press. ISBN 1-55750-432-6 
  • Watts, Anthony J. (1971). The Imperial Japanese Navy. New York: Doubleday. ISBN 0-385-01268-3 

Referências

  1. Jentsura, Hansgeorg (1976). Warships of the Imperial Japanese Navy, 1869-1945. [S.l.]: Naval Institute Press. ISBN 0-87021-893-X  page 50
  2. Stille, Mark (2005). Imperial Japanese Aircraft Carriers 1921-1945. [S.l.]: Osprey Publishing. ISBN 1-84176-853-7  page 24, 33
  3. a b Chesneau, Roger, ed. (1980). Conway's All the World's Fighting Ships 1922–1946. Greenwich, UK: Conway Maritime Press. ISBN 0-85177-146-7  page 181
  4. a b c Tully, Anthony P. «IJN Ryuho: Tabular Record of Movement (Combinedfleet.com)» 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Ryūhō (porta-aviões)
Ícone de esboço Este artigo sobre Porta-aviões é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.