Saara Espanhol
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Saara Espanhol | |||||
Colônia (1884–1958) | |||||
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Continente | África | ||||
Capital | El Aiune | ||||
Língua oficial | castelhano | ||||
Governo | Governo colonial espanhol | ||||
Governador-geral | |||||
• 1884–1902 (primeiro) | Emilio Bonelli | ||||
• 1974–1976 (último) | Federico Gómez de Salazar | ||||
História | |||||
• 1884 | Fundação | ||||
• 1976 | Dissolução |
Saara Espanhol,[1] Sara Espanhol[1] ou Sáara Espanhol[1] (em castelhano: Sáhara Español; em árabe: صحراء الاسبانية, Sahra'a al-Esbania) foi o nome dado ao atual Saara Ocidental no período em que foi ocupado e administrado pela Espanha (1884 a 1975).
Depois que o agrupamento de territórios designado como África Ocidental Espanhola (1946 - 1958) deixou de existir, o Saara Espanhol adquiriu o estatuto de província da Espanha, sendo constituído pela união dos territórios de Saguia el Hamra e Río de Oro. Desde 1976, após a celebração do Acordo de Madrid[2] e a Marcha Verde, a Espanha se retirou do território - que passou a ser referido como Saara Ocidental, cedendo sua administração ao Marrocos e à Mauritânia,[2] manobra que não foi reconhecida pela comunidade internacional. Em 1979, a Mauritânia se retirou da região, que foi então ocupada pelo Marrocos.
Atualmente, a República Árabe Saaraui Democrática pretende estabelecer um Estado independente no antigo Saara Espanhol.
Estatuto atual
[editar | editar código-fonte]O Saara Ocidental é palco de disputas entre as forças de ocupação marroquinas e a Frente Polisário, movimento revolucionário que luta pela autonomia do território. A Frente Polisário controla cerca 25% do território e proclamou a República Árabe Saaraui Democrática (RASD) no dia 27 de fevereiro de 1976,[3]em Bir Lehlou. O governo da RASD (instalado na Argélia) define a área sob seu controle como territórios libertados ou Zona Livre e o restante (que o Marrocos denomina Províncias do sul) como área sob ocupação.
As Nações Unidas desconsideram o Acordo de Madrid (1975), mediante o qual a Espanha cedeu esse território ao Marrocos e à Mauritânia (que se retirou da área em 1979). Para a ONU o antigo Saara espanhol é um território não descolonizado, e a Espanha continua a ser, formalmente, a potência administradora.
Os esforços de paz da ONU indicaram a organização de um referendo, para que a população saarauí decidisse sobre a independência. No entanto, esse pleito, marcado inicialmente para 1992, nunca ocorreu.
A União Africana (55 estados membros) e pelo menos outros 44 países reconhecem a República Árabe Saarauí Democrática (RASD) como estado soberano, ainda que ocupado, com o governo no exílio.
Referências
- ↑ a b c Rocha, Carlos (5 de julho de 2013). «O gentílico e a capital do Sara/Saara Ocidental». Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Consultado em 9 de julho de 2013. Arquivado do original em 14 de outubro de 2014
- ↑ a b Declaración de principios entre España, Marruecos y Mauritania sobre el Sahara Occidental, Fuente: "United Nations Treaty Series", extraoficialmente «Acuerdo tripartito de Madrid» o «Acuerdo de Madrid».
- ↑ Página oficial da embaixada da RASD na Argélia
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Barata, Maria João Ribeiro Curado. Identidade, autodeterminação e relações internacionais: o caso do Saara Ocidental. Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, março de 2012.
- Vídeo: Life is Waiting: Referendum and Resistance in Western Sahara (2015), de Iara Lee.