Sexto Papínio Alênio
Sexto Papínio Alênio | |
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Cônsul do Império Romano | |
Consulado | 36 d.C. |
Sexto Papínio Alênio (em latim: Sextus Papinius Allenius) foi um senador romano eleito cônsul em 36 com Quinto Pláucio. Alênio é conhecido por ter introduzido duas frutas na península Itálica: a jujuba (em latim: zizipha), que ele trouxe da África, e uma variedade de maçã silvestre (em latim: tuber), que ele encontrou na Síria. Segundo Plínio, Alênio as cultivou em seu acampamento a partir de mudas colhidas e acrescenta que a maçã silvestre "é mais parecida com uma amora do que com uma maça, mas as árvores são particularmente boas para a decoração de terraços"[1].
Carreira
[editar | editar código-fonte]Alênio era um nativo de Patávio. Segundo o historiador Ronald Syme, "seu segundo nome pode ser presumido como sendo materno" e cita dois oficiais equestres com nomes similares, Marco Alênio Crasso Cossônio e Alênio Estrabão[2]. Ségolène Demougin avança um pouco mais e concorda com D. McAlindon que Alênio era ele próprio um equestre originalmente e foi admitido no Senado ao se tornar questor entre 15 e 20[3].
Sua carreira é conhecida a partir de uma inscrição sem muitos detalhes, o que era típico no início do principado[4]. Segundo ela, Alênio foi tribuno militar (mas não cita em qual legião), questor, legado na época de Tibério, tribuno da plebe, pretor, legado propretor e finalmente cônsul. Ele também foi um dos quindecênviros dos fatos sagrados.
Syme oferece uma explicação para estes cargos. Segundo ele, sua primeira vez como legado foi como legado militar, o comandante de uma legião; a data do seus pretorado foi 27; a segunda vez como legado propretor foi como governador de uma das cinco províncias pretorianas sob controle direto do imperador[2]. Syme também deixa implícito que Alênio devia seu consulado à influência de Lúcio Vitélio[2].
Família
[editar | editar código-fonte]"Os Papínios tiveram um rápido e melancólico fim", escreve Syme[5]. Alênio teve dois filhos: o primeiro, também chamado Sexto Papínio, se matou em 37 para escapar dos avanços sexuais de sua mãe, que depois foi convocada pelo Senado para responder pelo crime[6], e o outro foi condenado à morte por Calígula[7].
Ver também
[editar | editar código-fonte]Cônsul do Império Romano | ||
Precedido por: Caio Céstio Galo I com Marco Servílio Noniano |
Sexto Papínio Alênio 36 com Quinto Pláucio |
Sucedido por: Cneu Acerrônio Próculo com Caio Petrônio Pôncio Nigrino |
Referências
- ↑ Plínio, História Natural XV.47; traduzido por H. Rackham em Pliny: Natural History (London: Loeb Classical Library, 1968), vol 4 p. 321
- ↑ a b c Syme, "Eight Consuls from Patavium", Papers of the British School at Rome, 51 (1983), p. 104
- ↑ Demougin, Prosopographie des chevaliers romains julio-claudiens (43 av. J.-C. - 70 ap. J.-C.), (Rome: École Française de Rome, 1992), pp. 207f
- ↑ ILS 945
- ↑ Syme, "Eight Consuls", p. 105
- ↑ Tácito, Anais VI.9
- ↑ Dião Cássio, História Romana LIX.25.5