Sistema XY de determinação do sexo

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Cromossomas sexuais de Drosophila

Na biologia, o sistema XY de determinação do sexo é o sistema de determinação do sexo existente nos humanos, na maioria dos outros mamíferos, alguns insectos (Drosophila)[1] e algumas plantas (Ginkgo).[2] Neste sistema, o sexo de um indivíduo é determinado por um par de cromossomos (cromossomos sexuais). As fêmeas normalmente possuem o mesmo tipo de cromossomos sexuais

(XX), e por isso chamado de sexo homogamético. Os machos são o sexo heterogamético, contendo dois tipos distintos de cromossomos sexuais, um X e outro cromossomo Y.

Especificamente em humanos, a presença do cromossomo Y é responsável por disparar o desenvolvimento de características masculinas, na ausência do cromossomo Y o feto vai desenvolver características femininas. Contudo existem exceções, como indivíduos com a sindrome de Klinefelter (eles tem cromossomos XXY), a sindrome Swyear (mulheres com cromossomos XY) e a síndrome do homem XX (homens com cromossomos XX). Em casos como na síndrome de Swyear, temos uma mulher biológica com vagina, colo do útero e ovários mas com cromossomos XY, mas o gene SRY desligado[3]. Nas espécies com a determinação XY, um organismo deve ter pelo menos um cromossomo X para que sobreviva.

Na herança dos cromossomos sexuais, podemos ter o cromossomo X, feminino, e o Y, masculino. Esses possuem três regiões:

  1. região ímpar de X, a qual pode conter três doenças (daltonismo ,hemofilia e distrofia muscular de Duchenne ). Essas são mais comuns em homens, pois ele também possuem cromossomo X.
  2. região ímpar de Y, a qual faz homens desenvolverem testículos, e pode desenvolver hipertricose de orelha (pêlos nas orelhas).
  3. região homologa de X e Y, pode desenvolver cegueira, e tanto o cromossomo X quanto Y contém essa parte do cromossomo.

Síndromes decorrentes de mutações no conjunto cromossômico[editar | editar código-fonte]

Entre os seres humanos há diversas síndromes relacionadas a problemas de determinação do sexo por ausência ou cópias extras dos cromossomos sexuais, são eles:

  • Síndrome do triplo X: também conhecida como síndrome da super-fêmea, a mulher possui, pelo menos, 3 cromossomos X (XXX), mas existem casos onde ela possui 4 ou até 5.[6]
  • Síndrome XYY: também conhecida como síndrome do super-macho, ocorre quando um homem possui 2 cromossomos Y (XYY).[7]Disgenesia gonadal XY
  • Síndrome de Klinefelter: quando o homem apresenta 1 ou mais cópias do cromossomo X (XXY).[8]

Referências

  1. Wilhelm, Dagmar; Stephen Palmer, Peter Koopman (1 de janeiro de 2007). «Sex Determination and Gonadal Development in Mammals». Physiological Reviews. 87 (1): 1-28. ISSN 1522-1210 0031-9333, 1522-1210 Verifique |issn= (ajuda). doi:10.1152/physrev.00009.2006. Consultado em 10 de maio de 2013 
  2. Lee, C. L. (julho de 1954). «Sex Chromosomes in Ginkgo biloba». American Journal of Botany. 41 (7). 545 páginas. ISSN 0002-9122. doi:10.2307/2438713. Consultado em 10 de maio de 2013 
  3. «Americana relata drama de descobrir na adolescência ter genética masculina». BBC News Brasil. 13 de outubro de 2011. Consultado em 22 de fevereiro de 2023 
  4. «Síndrome de Turner - Sintomas, Tratamentos e Causas | Minha Vida» 
  5. «Síndrome da Insensibilização Androgênica - Doenças». InfoEscola 
  6. «Doenças Genéticas: Trissomia do X». www.ghente.org. Consultado em 19 de outubro de 2017 
  7. «Doenças Genéticas: Síndrome 47,XYY». www.ghente.org. Consultado em 19 de outubro de 2017 
  8. «Síndrome de Klinefelter». InfoEscola 
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