Stop the World – I Want to Get Off
Stop the World – I Want to Get Off | |
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Informação geral | |
Música | Leslie Bricusse Anthony Newley |
Letra | Leslie Bricusse Anthony Newley |
Libreto | Leslie Bricusse Anthony Newley |
Estreia | 20 de junho de 1961 |
Stop the World – I Want to Get Off é uma peça teatral musical britânica de 1961, com texto, música e letras de Leslie Bricusse e Anthony Newley. Posteriormente, o espetáculo seria adaptado para o cinema e a televisão.
O musical foi apresentado pela primeira vez em Manchester, Inglaterra, em 20 de junho de 1961. Um mês depois, em 20 de julho, a produção foi transferida para o Queen's Theatre, em West End, Londres. Mais tarde, em 3 de outubro de 1962, o musical estreou no Shubert Theatre, na Broadway, Nova York.
Em 1966, a Warner Bros. lançou uma adaptação cinematográfica de Stop the World....
Trinta anos depois, em 1996, foi produzida uma versão para a TV, feita para a A&E Network.
Origem do título
[editar | editar código-fonte]De acordo com Oscar Levant, o título da peça deriva de um grafite.[1] Também há registros de uso da frase desde o início dos anos 1950.[2]
Enredo
[editar | editar código-fonte]A peça, ambientada em um circo, percorre a vida do personagem Little Chap - desde o seu nascimento até sua morte. Toda vez que algo insatisfatório acontecia, ele gritava "Pare o mundo!" dirigindo-se ao público. Depois frequentar a escola e trabalhar servindo chá, seu primeiro grande passo para melhorar sua situação foi casar-se com a filha do patrão, Evie, depois de engravidá-la. Com as responsabilidades de uma família, ele consegue um emprego na fábrica de seu sogro. Ele tem duas filhas, Susan e Jane, mas realmente deseja um filho. Sua crescente insatisfação com a própria existência leva-o aos braços de várias mulheres em suas viagens de negócios - a oficial russa Anya, a doméstica alemã Ilse e a cantora de cabaré americana Ginnie -, em busca de algo melhor do que aquilo que tem. Ele se torna rico e bem-sucedido e é eleito para um cargo público. Somente na velhice percebe que o que sempre teve, o amor de sua esposa, era mais que suficiente para sustentá-lo. Mas Evie morre, e Little Chap se dá conta de seu próprio egoísmo enquanto escreve suas memórias. No momento de sua morte, ele vê sua segunda filha dar à luz um filho. Quando o menino quase morre, Little Chap intervém e permite que a Morte o leve, no lugar do menino. Ele então imita seu próprio nascimento, iniciando o ciclo mais uma vez.
Histórico da produção teatral
[editar | editar código-fonte]Depois de estrear no Manchester Palace, Lancashire, Inglaterra, em 20 de junho de 1961, a produção original foi transferida para West End e estreou em 20 de julho de 1961, no Queen's Theatre (atual Sondheim Theatre). Dirigida por Newley, a peça teve 485 apresentações. Newley estrelou no papel de Little Chap, enquanto Anna Quayle interpretava os papéis de Evie e das outras mulheres de sua vida. Uma gravação com o elenco original do espetáculo foi lançada pela Decca Records.[3][4]
O produtor David Merrick, impressionado com o baixo custo do projeto, que requeria o mínimo de cenários e figurinos, com um pequeno elenco, decidiu encenar o espetáculo na cidade de Nova York, onde foi dirigido por Newley e contou com design de cenário e iluminação de Sean Kenny, supervisão musical de Ian Fraser, direção musical de Milton Rosenstock e orquestração de Ian Fraser. Após a pré-estreia, a produção novaiorquina estreou na Broadway, em 3 de outubro de 1962, no Shubert Theatre. Posteriormente, foi transferida para o Ambassador, onde completou sua temporada de 555 apresentações, entre 1962 e 1964.[5][6] Newley e Quayle reprisaram seus papéis em Londres. Mais tarde, Newley foi substituído por Kenneth Nelson, depois por Joel Grey, e Joan Eastman assumiu os papéis de Evie et al. Uma gravação de tiragem limitada do elenco da Broadway foi lançada originalmente pela RCA Victor Records; no entanto, a versão principal foi lançada posteriormente pela London Records.[7] Por seu desempenho na montagem da Broadway, a atriz britânica Anna Quayle recebeu o Prêmio Tony de 1963 para melhor principal de teatro musical.[8]
Uma nova montagem na Broadway, dirigida por Mel Shapiro, estreou em 3 de agosto de 1978 no New York State Theater, no Lincoln Center, onde ficou em cartaz por 30 apresentações. O elenco incluía Sammy Davis Jr. e Marian Mercer. Uma gravação em disco, feita pelo elenco dessa montagem teatral, foi lançada pela Warner Bros. Records.[9]
Nova montagem londrina, também dirigida por Newley, estreou no Lyric Theatre em 19 de outubro de 1989, estrelando Newley e Rhonda Burchmore. Foi ligeiramente atualizada, mas manteve a ‘’Fräulein’’ nazista, a garota russa bolchevique e a loira americana Judy-Holliday - tipos muito mais distantes da memória do público do que em 1961 e, portanto, fora da experiência de qualquer pessoa com menos de 40 anos. A peça recebeu críticas ruins e foi encerrada após apenas 52 apresentações, em cinco semanas.
Adaptação para o cinema
[editar | editar código-fonte]Stop the World – I Want to Get Off | |
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Reino Unido · Estados Unidos 1966 • p&b/technicolor • 100 min | |
Gênero | comédia musical |
Direção | Philip Saville |
Produção | William Sargent Jr. |
Roteiro | Leslie Bricusse (peça) Anthony Newley (peça) |
Elenco | Tony Tanner Millicent Martin Leila Croft |
Diretor de fotografia | Oswald Morris |
Figurino | Kiki Byrne Gina Fratini |
Edição | Jim Sibley |
Companhia(s) produtora(s) | Warner Bros. |
Distribuição | Warner Bros. |
Lançamento |
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Idioma | inglês |
A adaptação cinematográfica de Stop the World – I Want to Get Off é praticamente "teatro filmado". Lançamento da Warner Bros., a produção é de 1966. A comédia musical, dirigida por Philip Saville e estrelada por Tony Tanner e Millicent Martin é a transposição para as telas do musical britânico homônimo, embora conte com material adicional dos compositores americanos Alan e Marilyn Bergman, David Donable e Al Ham. O elenco incluía Tony Tanner e Millicent Martin.
O início do filme, com a preparação dos atores para adentrar o palco, foi gravado em preto e branco. A peça em si foi filmada em cores, pelo sistema Technicolor.[10] As filmagens aconteceram no Lyric Theatre, em Londres.
Embora não tenha obtido grande sucesso de crítica nem comercial, Stop the World... foi indicado ao Oscar de Melhor Trilha Sonora Adaptada.
O filme excluiu a sequência da amante alemã e substituiu-a por uma amante japonesa. Não está claro se essa mudança foi uma contribuição de Bergman ou se Newley e Bricusse criaram a nova sequência. Também não está claro por que essa substituição foi feita. Na versão cinematográfica, o show termina com a canção "What Kind of Fool Am I?". Não há o nascimento de um neto, nem a escolha de Little Chap de morrer no lugar da criança e renascer - tal como na peça musical original. Com exceção de "Typische Deutsche", a trilha original foi inteiramente utilizada no filme.
Principal premiação
[editar | editar código-fonte]Patrocinador | Prêmio | Categoria | Situação |
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Academia de Artes e Ciências Cinematográficas | Oscar | Melhor Trilha Sonora (Adaptada) |
Indicado |
Elenco
[editar | editar código-fonte]Ator/Atriz | Personagem |
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Tony Tanner | Little Chap |
Millicent Martin | Evie/Anya/Ara/Ginnie |
Leila Croft | Susan |
Valerie Croft | Jane |
Neil Hawley | Little Chap (criança) |
Graham Lyons | Padrasto |
Adaptações para TV
[editar | editar código-fonte]Em 1979, Sammy Davis Jr. e Marian Mercer reprisaram seus papéis na Broadway, em uma adaptação televisiva intitulada Sammy Stops the World. [11] [12]
Em 1996, foi produzida uma versão de Stop the World... em filme para a TV, estrelada por Peter Scolari, como Little Chap, e Stephanie Zimbalist, como Evie. Produzida para a A&E Network, essa versão se aproximou bastante do formato da produção teatral original.[13][14] O Los Angeles Times considerou a obra datada e, no geral, mal realizada, destacando apenas a atuação de Stephanie Zimbalist, tanto por seus dotes vocais como pelo seu timing cômico.[15]
Referências
- ↑ LEVANT, Oscar. The unimportance of being Oscar. New York: Putnam, 1968.
- ↑ STOP THE WORLD, I WANT TO GET OFF’: MEANING AND EARLY OCCURRENCES wordhistories.net
- ↑ Stop the World, I Want to Get Off, AKA Sammy Stops the World. Music Cast Album Database
- ↑ STOP THE WORLD, I WANT TO GET OFF’: MEANING AND EARLY OCCURRENCES wordhistories.net
- ↑ «Stop the World -- I Want to Get Off». IBDB. Consultado em 5 de dezembro de 2017
- ↑ IBDB (Internet Broadway Database)
- ↑ «Stop the World, I Want to Get Off (Original Broadway Cast)». Cast Album DB
- ↑ «Nominations / 1963». TonyAwards.com
- ↑ «Stop the World, I Want to Get Off (Broadway Revival Cast)». Cast Album DB
- ↑ Erickson, Hal. «Stop the World -- I Want to Get Off» (em inglês). AllMovie. Consultado em 5 de dezembro de 2017
- ↑ Maslin, Janet. Screen: Sammy Davis:Film Version of Play. The New York Times, 21 de setembro de 1979.
- ↑ «Sammy Stops the World (1979)». IMDb
- ↑ Horowitz, Lisa D. (7 de março de 1996). «Review: Stop the World, I Want to Get Off». Variety
- ↑ «Stop the World, I Want to Get Off (TV Movie 1996)». IMDb
- ↑ Koehler, Robert. TV Reviews : ‘Stop the World’ Raises Questions. Los Angeles Times, 9 de março de 1996.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Albagli, Fernando (1988). Tudo Sobre o Oscar. Rio de Janeiro: EBAL. ISBN 8527200155
- Filho, Rubens Ewald (2003). O Oscar e Eu. São Paulo: Companhia Editora Nacional. ISBN 8504006069
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Stop the World – I Want to Get Off. no IMDb.
- «Stop the World – I Want to Get Off» (em inglês). no TCM Movie Database