Torção do ovário

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Torção do ovário
Torção do ovário
Artérias do sistema reprodutor feminino: artéria uterina, artéria ovárica e artérias vaginais
Sinónimos Torção anexial[1]
Especialidade Ginecologia
Sintomas Dor pélvica[2]
Complicações Infertilidade[2]
Início habitual Geralmente súbito[2]
Fatores de risco Quistos no ovário, aumento de volume do ovário, tumores no ovário, gravidez, laqueadura[3][2]
Método de diagnóstico Baseado nos sintomas, ecografia, TAC[1][2]
Condições semelhantes Apendicite, infeção dos rins, pedras nos rins, gravidez ectópica[2]
Tratamento Cirurgia[1]
Frequência 6 em 100 000 mulheres por ano[2]
Classificação e recursos externos
CID-11 732377941
MeSH D000082843
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Torção do ovário é uma condição em que um ovário se torce nas suas ligações a outras estruturas, de tal forma que a irrigação de sangue é interrompida.[3][4] O sintoma mais evidente é dor pélvica de um dos lados.[2][5] Embora geralmente a dor seja de início súbito, nem sempre é o caso.[2] Entre outros possíveis sintomas estão náuseas.[2] Entre as possíveis complicações estão infeções, hemorragias ou infertilidade.[2][5]

Entre os fatores de risco estão quistos no ovário, aumento de volume do ovário, tumores no ovário, gravidez, tratamentos para a fertilidade e ter realizado uma laqueadura.[3][2][5] O diagnóstico é apoiado por ecografia vaginal ou TAC, embora um resultado negativo não exclua por completo o diagnóstico.[2] O meio mais preciso de diagnóstico é a cirurgia.[2]

O tratamento consiste na realização de uma cirurgia para destorcer e corrigir o ovário no próprio local ou para o remover.[2][1] Na maior parte dos casos o ovário regressa ao normal, mesmo que a condição esteja presente há algum tempo.[5] Em mulheres que já sofreram uma torção de ovário, existe uma probabilidade de 10% de o outro ovário também vir a ser afetado.[4] A torção de ovário é uma condição relativamente rara, afetando apenas 6 em cada 100 000 mulheres por ano.[2] Embora seja mais comum durante a idade reprodutiva, pode ocorrer em qualquer idade.[2]

Referências

  1. a b c d «Adnexal Torsion». Merck Manuals Professional Edition. Consultado em 12 de setembro de 2018 
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p q Robertson, JJ; Long, B; Koyfman, A (abril de 2017). «Myths in the Evaluation and Management of Ovarian Torsion.». The Journal of Emergency Medicine. 52 (4): 449–456. PMID 27988260. doi:10.1016/j.jemermed.2016.11.012 
  3. a b c Asfour, V; Varma, R; Menon, P (2015). «Clinical risk factors for ovarian torsion.». Journal of Obstetrics and Gynaecology. 35 (7): 721–5. PMID 26212687. doi:10.3109/01443615.2015.1004524 (inativo 20 de agosto de 2019) 
  4. a b Ros, Pablo R.; Mortele, Koenraad J. (2007). CT and MRI of the Abdomen and Pelvis: A Teaching File (em inglês). [S.l.]: Lippincott Williams & Wilkins. p. 395. ISBN 9780781772372 
  5. a b c d Wall, Ron (2017). Rosen's Emergency Medicine: Concepts and Clinical Practice 9 ed. [S.l.]: Elsevier. p. 1232. ISBN 978-0323354790 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]