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A concentração urbana de São Paulo é um exemplo de grande conurbação que continua a ocorrer entre seus 36 municípios.
Vista de várias aglomerações urbanas do sul da Flórida, nos Estados Unidos, à noite.

Verão 12/06/18

Imagem de satélite de Londres à noite

Conurbação é a unificação da mancha urbana de duas ou mais cidades, em consequência de seu crescimento geográfico.[1] Geralmente esse processo dá origem à formação de regiões metropolitanas. Contudo, o surgimento de uma não é necessariamente vinculado ao processo de conurbação. Várias conurbações juntas formam uma megalópole, por exemplo a do Japão, que vai de Tóquio a Fukuoka, formada por várias conurbações.

Características[editar | editar código-fonte]

O processo de conurbação é caracterizado por um crescimento que expande a cidade, prolongando-a para fora de seu perímetro absorvendo aglomerados rurais e outras cidades. Estas, até então com vida política e administrativa autónoma, acabam comportando-se como parte integrante da metrópole. Com a expansão e a integração, desaparecem os limites físicos entre os diferentes núcleos urbanos. Ocorre então uma dicotomia entre o espaço edificado e a estrutura político-administrativa.[2]

Como uma importante característica, deve-se considerar a demanda de espaço na cidade. Todas as cidades do mundo, de modo geral, são constantemente pressionadas pela demanda de espaço. Isto acaba forçando tanto a incorporação de novos territórios como o adensamento dos já ocupados. Assim, as cidades tendem a crescer, ampliando sua periferia no sentido horizontal e verticalizando as áreas centrais. Quando esse crescimento não é controlado, como acontece com as metrópoles do Terceiro Mundo, o gigantismo deteriora as habitações, torna precários os serviços urbanos, desde os transportes até a segurança, e gera outros problemas[2].

Os países capitalistas desenvolvidos foram os primeiros a apresentar esse tipo de espacialização do fenômeno urbano. Londres, Nova Iorque, Paris, Tóquio, mesmo antes da Segunda Guerra Mundial, já apresentavam intensos processos de conurbação.[2]

Principalmente após os anos 30, quando se verificou a grande industrialização do Brasil, o rápido crescimento ocorrido com as cidades brasileiras gerou um "envelhecimento" dos antigos centros, dada a grande demanda de serviços mais modernos e mais compatíveis com a nova industrialização. Isto acabou significando uma expansão desses centros, que buscavam novas áreas para crescer. Assim, a configuração dessas conurbações então consolidou-se.[2]

Há casos curiosos de conurbações que se desenvolveram junto às linhas de fronteira de diferentes países. É caso das cidades de Santana do Livramento, no estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, e Rivera, sede do departamento de mesmo nome, no Uruguai. O conjunto urbano das duas cidades, denominado tradicionalmente de "Fronteira da Paz", tem mais de 170.000 habitantes que vivem de forma integrada. É comum, por exemplo, usar o sistema de educação ou de saúde pública de uma ou da outra cidade. O comércio tem especialidades que levam o consumidor a procurar lojas no Brasil ou no Uruguai além de serem muito frequentes os casamentos "mistos" (entre cidadãos dos dois países). A divisão entre as duas cidades é feita por linhas imaginárias traçadas ao longo da malha viária e se estende por muitos quilômetros. Por isso, muitas vezes é difícil para um turista perceber que uma calçada de determinada rua se encontra em um país enquanto que a calçada em frente está no outro.[3]

Outro caso do gênero é a conurbação entre as cidades de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, e Ponta Porã, no estado de Mato Grosso do Sul, separadas apenas por uma avenida. Também vale ser mencionada a conurbação existente entre as cidades de Letícia, na Colômbia, e Tabatinga, no estado do Amazonas, separadas por uma avenida chamada de "Avenida da Amizade".{{Carece de fontes}}

Fluxo pendular[editar | editar código-fonte]

Nas cidades em processo de conurbação é comum a ocorrência do chamado fluxo pendular. O fluxo pendular é o fluxo de passageiros (em veículos particulares ou transporte público) atravessando mais de uma cidade com dois picos de maior intensidade, normalmente no período da manhã e no final da tarde. Geralmente, o sentido desse fluxo no final da tarde dirige-se às chamadas cidades dormitórios.{{Carece de fontes}}

Essas migrações pendulares são simples fluxos populacionais que não correspondem verdadeiramente a migrações, pois não são realizados com intuito de mudança definitiva, estando embutida na saída do indivíduo a ideia concreta do seu retorno ao local de origem, e por isso o uso do termo "movimento pendular de população". Diferencia-se do conceito de migração por não ter caráter permanente.{{Carece de fontes}}

Alguns exemplos de migrações pendulares: deslocamento realizado pelo boia-fria; viagens de residentes em cidade dormitório, que são realizadas por pessoas que moram em uma determinada cidade e trabalham em outra; o deslocamento de fins de semana e de férias, com objetivos de lazer e descanso (viagem), que é o principal fator de congestionamentos nas estradas que partem das grandes metrópoles, em fins de semana e vésperas de feriados.{{Carece de fontes}}

Referências

  1. Grande Enciclopédia Larousse Cultural; São Paulo: Nova Cultural, 1998. p. 1601. v. 7. ISBN 85-13-00761-7
  2. a b c d ROSS, Jurandyr. Geografia do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005. 5. ed. ISBN 85-314-0242-5
  3. Silvia Etel Gutiérrez Bottaro. «El fenómeno del bilinguismo en la comunidad fronteriza uruguayo-brasileña de Rivera». Consultado em 15 de novembro de 2007 

Ver também[editar | editar código-fonte]



Texto a ser mesclado com o texto acima:

Conurbação[editar | editar código-fonte]

Conceito[editar | editar código-fonte]

A Conurbação ocorre quando uma cidade passa a absorver núcleos urbanos localizados a sua volta, pertençam eles ou não a outros Municípios.Uma Cidade absorve outra quando passa a desenvolver com ela uma intensa vinculação socioeconômica.[1]

Os Processos Espaciais de Conurbação[editar | editar código-fonte]

Dentre esses vínculos sócio econômicos,devem ser destacados os deslocamentos espaciais de pessoas, já que são eles que caracterizam o espaço intra-urbano em oposição ao deslocamento de cargas.Por outro lado, dentre os deslocamentos de pessoas(Pendular) devem ser destacados os deslocamentos rotineiros, sistemáticos, diários ou que quase diários, como aqueles entre residência e local de trabalho ou entre residência e escola.Esses fluxos permitem isolar as vinculações intra-urbanas das demais.[1]

Característica[editar | editar código-fonte]

O êxodo migratório do campo para a cidade perdeu peso na maioria dos países. As migrações são agora mais complexas e ocorrem principalmente entre cidades, às vezes através de fronteiras internacionais. Também são relevantes os movimentos de população dentro das cidades, entre o centro da cidade e sua periferia, bem como entre centros urbanos secundários.[2]

Exemplos de Conurbação[editar | editar código-fonte]

Com ajuda de cartografia e de imagens de satélite, a Câmara Metropolitana do Rio de Janeiro mapeou o crescimento da área urbana da Região Metropolitana do estado, formada atualmente por 21 municípios. O trabalho revela que a malha urbana de algumas cidades, nas últimas décadas, acabou se unindo, num fenômeno conhecido como Conurbação. Juntos, esses municípios contribuem com cerca de 64% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Veja abaixo como foi essa evolução desde o final do século XIX[3]

Segundo o estudo, a proporção de pessoas no mundo vivendo em cidades, que hoje é de uma em cada duas, passará a ser de duas em cada três em 2030. Isso significa que até lá as áreas urbanas ganharão 2,5 bilhões de novos moradores, que irão se somar aos 3,9 bilhões atuais. A migração será mais intensa na Índia, na China na Nigéria — a cidade nigeriana de Lagos, por exemplo, entrará em nono lugar na lista das dez mais populosas. Karachi, no Paquistão, e Dhaka, em Bangladesh, também estrearão na listagem. Isso porque, de acordo com a ONU, 90% da população rural existente está justamente na Ásia e na África, o que os torna os continentes com maior potencial de expansão urbana. São também os continentes com menor população vivendo em cidades, respectivamente 48% e 40%.[4]

Consequências[editar | editar código-fonte]

A expansão urbana tem feito com que muitas cidades transbordem os limites administrativos de seus municípios e terminem por absorver fisicamente outros núcleos urbanos, em um processo de Conurbação. O resultado foi o surgimento de áreas urbanas de grandes dimensões territoriais, às vezes formalizadas em uma área metropolitana, composta por múltiplos municípios e com uma intensa atividade em todos os âmbitos.[5]

Soluções[editar | editar código-fonte]

As políticas habitacionais sempre devem incluir uma dimensão urbana, com medidas específicas para acesso a serviços básicos, mobilidade e espaços públicos.[5]

Referencias[editar | editar código-fonte]
  1. a b Villaça, Flávio (1998). Espaço Intra-Urbano no Brasil. São Paulo: Livros Studio Nobel Ltda. pp. Cap.3/Pag 49/50/51 
  2. Habitat, ONU (23 de agosto de 2012). «População e urbanização». Relatório ONU -Habitat sobre Cidades. Consultado em 12 de junho de 2018 
  3. Ramalho, Guilherme (12 de fevereiro de 2107). «Sem infraestrutura, Região Metropolitana avança 32km² por ano Leia mais: https://oglobo.globo.com/rio/sem-infraestrutura-regiao-metropolitana-avanca-32km-por-ano-20913546#ixzz5IF5odG9K stest». Sem infraestrutura, Região Metropolitana avança 32 km2 por ano. Consultado em 12 de junho de 2018  line feed character character in |titulo= at position 62 (ajuda); Verifique data em: |data= (ajuda); Ligação externa em |titulo= (ajuda)
  4. Barros, Marina (12 de março de 2017). «Cidades Sem fronteiras». Revista VEJA. Consultado em 12 de junho de 2018 
  5. a b Habitat, ONU (23 de agosto de 2012). «População e urbanização». Relatório da ONU - Habitat, sobre as Cidades. Consultado em 12 de junho de 2018