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Balanças de ouro, com a representação de uma mariposa, costumeiramente talhadas em tumbas Micenas dos séculos III a XVI a.C.

Artefacto (português europeu) ou artefato (português brasileiro), em arqueologia, é qualquer objeto feito ou modificado por um humano numa cultura arqueológica, que dê evidência da atividade e da vida do Homem. Em muitos casos, tais artefatos são recuperados anos depois da sua criação/utilização através do esforço de trabalho de arqueólogos. Do ponto de vista etnográfico e arqueológico, um artefato ancestral pode ser definido como qualquer objeto de matéria-prima natural (sílex, obsidiana, madeira, osso, cobre nativo, etc.) fabricado por pessoas que seguem um estilo de vida de forrageamento (por exemplo, caça, coleta) e/ou agricultura básica ou pastagem (por exemplo, horticultura, transumância).[1]

Exemplos de artefatos podem incluir itens tais como ferramentas de pedra, ruínas de construções, como inscrições, documentos, monumentos, e crônicas e instrumentos talhados em pedra. Também incluem cerâmica, vasos, tabuinhas de argila, objetos metálicos, como botões ou metralhadoras, e elementos de adorno pessoal, como jóias e vestuários. Outros exemplos incluem ossos, que mostram sinais de modificação humana, pedaços no coração das rochas ou outro material vegetal utilizado para a alimentação.

A busca de vestígios antigos, ou artefatos, nos antigos locais envolve muita pesquisa e a remoção de milhões de toneladas de terra.

O estudo desses objetos é uma parte importante no domínio da arqueologia. Contudo, o seu grau de representação nos grupos sociais tornou-se um assunto sobre o qual diversos arqueólogos debatem. Museus tradicionais são frequentemente criticados por exibirem um grande número de artefatos da história, mas sem qualquer informação contextual sobre os seus efeitos, sobre as pessoas que os fizeram, ou sobre como eles foram parar naquela determinada exposição.

Artefatos em osso Lapa do Santo.

Artefatos podem vir de qualquer contexto arqueológico ou fonte, tais como:

Artefatos são distintos do corpo principal do registro arqueológico, como estratificação e recursos, que são restos da atividade humana, como corações, estradas, ou depósitos que continuam a serem objetos de interesse arqueológico feitos por outros organismos, tais como sementes ou Ossos de animais.

Citam-se também objetos naturais que foram movidos, mas não alterados pelo Homem. Exemplos destes incluem objetos que teriam sido deslocados na parte interior ou seixos arredondados pela ação água que os teria moldado.

Estas distinções são frequentemente desfocadas; por exemplo, um osso removido de uma carcaça de um animal esculpido ate tornar-se um artefato. Do mesmo modo, pode haver debates sobre objetos de pedra brutos ou artefatos que podem ser naturalmente fenômenos que só parecem ter sido usados por seres humanos.

Ferramentas feitas de restos faunísticos era essencial para o cotidiano na Pré-história, tais como a sua utilização que geralmente, essa ferramenta óssea era mais aplicada na realização da caça. Esses instrumentos foram feitos de formas especificas, com ossos específicos e para usos específicos para os mais diversos fins[2] .

Segundo Mingatos e Okumura, os artefatos ósseos não são tão abundantes quantos os materiais líticos e cerâmicos na maioria dos sítios arqueológicos brasileiro, mas representa uma parte importante dos artefatos feitos em materiais perecível, como é o caso de cestarias, artefatos em couro ou em madeira. Os animais foram importantes fontes de matéria-prima para a confecção de artefatos, como por exemplo, o uso de galhadas, cornos, dentes, couro e tendões[3].

Artefatos Contemporâneos:

Miçangas Hippies (colares, brincos, pulseiras)

Objetos artesanais como Colares, pulseiras, tornozeleiras, brincos são conhecidas como miçangas, vinda do idioma xhosa “masanga”, palavra de origem africana que significa “contas de vidros miúdas”. O uso das miçangas se originou na África do Sul, possuindo um valor espiritual, pois eram utilizados para oração ou devoção. Para os povos indígenas existe uma ligação com a ancestralidade, atualmente a maior parte da criação de miçangas é voltada para os acessórios de beleza[4].

Naquele período as miçangas eram utilizadas na produção de acessórios usados por quem não podia arcar com joias feitas com materiais mais nobres, como pedras preciosas. Tendo sua diversidade de cores, brilho, durabilidade, tamanhos e formas como pontos mais atrativos. No Brasil, elas chegaram ao século XVI pelas mãos de grupos franceses que comercializavam com os índios Tupinambás, logo após várias tribos se apropriaram das miçangas em suas culturas, criando seus próprios costumes e mitos em torno delas[4].

Nos anos 2000, as miçangas passaram a fazer parte de tendências da moda, normalmente utilizada a um visual mais praiano no verão, porém ela não desapareceu das vendas de rua dos artistas hippies e das feiras de artesanatos, tendo um caráter artesanal e artístico até nos dias de hoje. As miçangas são feitas com diversos materiais, como madeira, cerâmica, pedras e plásticos, sementes, penas, dentes, conchas, cristais. As cores, as texturas e acabamentos são muito diversos sendo elas brilhantes, metalizadas, lisas, estampadas, seus tamanhos variam entre 2 mm a 30 mm[4].

Cerâmicas na contemporaneidade

A cerâmica existe desde as mais antigas épocas, sendo parte da humanidade desde o início, em grego chama-se "KÉRAMOS" que significa "terra queimada". A cerâmica é a técnica de manufatura mais antiga da história, tendo o resultado de uma mistura de barro com agua, depois de moldada ela é endurecida no fogo, acompanhando a história do homem, mostrando registros sobre civilizações e culturas que existiram a milhares de anos antes. Nas tumbas de faraós egípcios foram encontrados vários vasos cerâmicos, na China antiga aparece nas estatuas de guerreiros[5].

A cerâmica é comum em quase todas as culturas, isto por causa da abundância de matéria prima na natureza, dando a facilidade de trabalhar com as mãos e a durabilidade, as primeiras cerâmicas tinham formas simples que serviam para transportes e armazenamento, como utilitário na necessidade do homem, utilizando uma ferramenta para ele comer, com o passar do tempo ganhou formas mais bonitas inclusive de humanos, animais e com motivos religiosos[5].

A cerâmica é uma arte ancestral que acompanha a evolução da humanidade, atualmente existem materiais e processos muito avançados para a sua produção de peças e obras de arte. O primeiro registro de cerâmica brasileira iniciou na cidade Marajó no Pará a partir da cultura indígena, onde a cerâmica era altamente elaborada tendo uma especialização artesanal que tinha técnicas como raspagens, modelagens e pinturas[5].

Atualmente a sua produção existe praticamente em todas as regiões do país, hoje tendo a sua utilização como matéria prima de instrumentos domésticos, construções civis, usada nas mãos de artistas (artesãos) para fazer objetos, louças de mesa como xícaras, pratos, jarros, vasos, fazendo parte de nosso dia a dia[5].

Artefatos flora que dar origem as cordas, tapetes, cestas de palhas

As fibras vegetais são utilizadas de diversas formas e maneiras, com consideradas típicas de povos agricultores e as comunidades indígenas, tendo além a fonte de renda, e também uma atividade relaxante, permitindo a expressão da criatividade do artesão para produzir[6].        

• Exemplos:

1. A Palha de Carnaúba vem da Carnaúba que é uma palmeira do semiárido do Nordeste do Brasil, símbolo do Estado do Ceará, conhecida como “árvore da vida“. Sua palha é muito utilizada nas peças artesanais como cestas, descansos e bolsas, tornando-a importante fonte de renda da população local.

2. A Palha de Milho é retirada na colheita das espigas de milho, que ao invés de descartadas são utilizadas para produção de artesanato, os cordões das peças são compostos pelas palhas emendadas uma a uma. Leve e delicada, dando aos produtos rusticidade e beleza.

3. A Piaçava é uma palmeira nativa da Bahia, sua fibra é utilizada na fabricação de vassouras, e sua palha no artesanato, tendo o processo de manipulação da palha começando com a colheita, depois é desfiada, cozida, tingida e assim são feitas as tranças que dão origem a cestaria.

4. A Palha de Ouricuri ou Licuri é empregada na confecção de cestas, porta jóias e acessórios para a mesa, o trançado do ouricuri reúne saberes de origem indígena, como o tingimento natural e muitas vezes estão aliadas a outras tipologias, como o entalhe em madeira.

5. A Taboa é uma planta altamente adaptável e abundante, cresce em brejos e mangues e serve como matéria prima de muitos artesãos por todo o Brasil, sua fibra sendo durável e resistente, é utilizada na confecção de tapetes, bolsas, pufes e cestas em geral.

Uso de artefatos arqueológicos em análise[editar | editar código-fonte]

Ponta de flecha de obsidiana

Artefatos são frequentemente chamados para "análise lítica", (a análise de artefatos e ferramentas feitos com rochas, com fins arqueológicos), quando manuseados durante escavação arqueológica. Artefatos estão relacionados com o registro arqueológico por sua posição definida pelo contexto arqueológico. Isto é importante para análise e está intimamente relacionado ao trabalho pós-escavação com o uso de um Harris matriz criado durante a escavação. Uma análise de constatação é muitas vezes feita durante a escavação com a finalidade de detectar semelhanças, que é um processo de avaliação das datas de contextos ao passo que foram escavadas. É utilizada como uma forma de confirmação relativa da fase arqueológica e realçando qualquer potencial para uma maior descoberta em um determinado sitio, uma vez que avança. A análise de tipos de cerâmica foi pioneira datando do século XIX por arqueólogos como Georg Loeschcke. Além de semelhanças e apoio do processo de escavação, os artefatos ficam a disposição de uma série de aulas pós-escavação.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Hortolà, Policarp (2017). «From antiquities to memorabilia: a standardised terminology for ancestral artefacts according to manufacture date» (PDF). Studia Antiqua et Archaeologica (em inglês). 23 (2): 213–225 
  2. Guida, Victor (18 de abril de 2020). «Ossos e chifres de veados eram usados na fabricação de artefatos pelos primeiros humanos no Brasil». Arqueologia e Pré-História. Consultado em 28 de janeiro de 2023 
  3. Mingatos, Gabriela; Okumura, Mercedes (15 de Abril de 2020). «Cervídeos como fonte de matéria-prima para produção de artefatos: Estudos de caso em três sítios arqueológicos associados a grupos caçadores-coletores do sudeste e sul do Brasil.»: 16 
  4. a b c «No caminho da miçanga». Google Arts & Culture. Consultado em 29 de janeiro de 2023 
  5. a b c d «A Origem da Cerâmica – ABCERAM». Consultado em 29 de janeiro de 2023 
  6. «Arquivos Palhas e Fibras Naturais • Cestarias Regio». Consultado em 29 de janeiro de 2023 
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