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ADWA Cannabis
[editar | editar código-fonte]ADWA Cannabis é uma startup que atua desenvolvendo tecnologias para a cadeia de produção de Cannabis sativa para fins medicinal e industrial, com foco em biotecnologia . A empresa é pioneira nesse setor no Brasil e conta com o apoio de profissionais, professores e estudantes de diversas áreas que buscam viabilizar o cultivo da planta à baixo custo em território nacional tendo em vista o potencial agrícola do Brasil.
Origem do nome
[editar | editar código-fonte]O nome da empresa foi baseado na famosa batalha de Adwa que ocorreu 1895, a Etiópia foi invadida pela Itália, que pretendia anexar o país ao seu protetorado. Em 1896, os italianos subjugaram a parte oriental da região, estabelecendo a Colônia da Eritreia. No entanto, neste mesmo ano, em 1896, o exército etíope, sob a liderança de Menelik II da Abissínia, apesar da inferioridade nas tecnologias bélicas, utilizaram o conhecimento do solo, clima e relevo da região, o que colocou os etíopes em vantagem, derrotaram os italianos e impedindo a invasão e colonização.
O Brasil, embora não tenha a mesma tecnologia de ponta quando comparado a outros países que já atuam no setor da Cannabis como EUA, China, Israel e Alemanha, possui know how em agricultura, com domínio dos conhecimentos de clima, solo e relevo fundamentais no sucesso dos empreendimentos agrícolas. Acreditando nesse potencial nacional surge a ADWA Cannabis, com o objetivo de desenvolver tecnologias nacionais para a produção de Cannabis medicinal e industrial a baixo custo, favorecendo a competitividade do país e evitando que o mercado brasileiro seja totalmente “colonizado” por empresas estrangeiras.
História
[editar | editar código-fonte]Fundada no ano de 2018, a startup teve como berço a Universidade Federal de Viçosa - UFV vindo de uma iniciativa de estudantes da área de agronomia e administração, sendo o fundador Sérgio Rocha, e os co-fundadores , Matheus Carvalho, Gustavo Soares, Rodrigo Mesquita e Guilherme Oliveira.
No ano de 2019 a empresa foi selecionada pelo Tecnoparq UFV, para o programa de pré-incubação de empresas, sendo esta, a primeira etapa do programa de aceleração de empresas da Incubadora de Empresas de Bases Tecnológicas (IEBT) do CENTEV/UF, e ao final deste ano, recebeu o título de melhor projeto entre as empresas participantes.
Além disto, a empresa foi premiada em duas edições do do STARTUP DAY UNIVERSITÁRIO – Demoday UFV (2018 e 2021), uma iniciativa do Governo do Estado de Minas Gerais que seleciona os melhores projetos de Novos Negócios de estudantes, professores e servidores das principais universidades do estado.
Foi lançado, em abril de 2019, o primeiro relatório sobre o potencial de cultivo de Cannabis sativa no Brasil. Para tal relatório, foi realizado um mapeamento do território para o cultivo da planta com diversos mapas temáticos, referentes à vários fatores de produção. A empresa identificou e quantificou as melhores regiões do país para cultivo de flores, sementes e fibras apresentando análises de fatores como intensidade luminosa, temperatura e pluviometria média, tipos de solo e outros aspectos.
Atualmente a empresa é incubada no Parque Tecnológico de Viçosa (TecnoParq UFV) e acelerada pela The Green Hub, a maior incubadora do mercado da cannabis no Brasil. Além disso, também conta com investidores, como o Grupo Maeté, que permitiu que a ADWA expandisse sua linha de trabalho possibilitando que a empresa desenvolva projetos filotécnicos, medicinais e sociais tendo a Cannabis como temática central, assegurando a posição da ADWA nesse mercado emergente brasileiro. As quatro últimas séries de entrada de fundos
Conquistas
[editar | editar código-fonte]Com o objetivo de embasar e fomentar o desenvolvimento de pesquisas sobre o assunto, através do nosso diretor executivo e pelo professor aposentado do Departamento de Fitotecnia da UFV, Caetano Marciano de Souza, um grupo de pesquisa sobre a Cannabis, registrado junto ao CNPq com o nome de Grupo Brasileiro de Estudos sobre a Cannabis sativa L. (GBEC).
A empresa teve uma conquista preciosa em fevereiro de 2020, conseguindo a primeira autorização para cultivo de cannabis com finalidade de pesquisa no Brasil. Em setembro do ano passado, iniciou-se o primeiro cultivo experimental que consolidou o primeiro programa de melhoramento genético de cannabis, sendo essa uma parceria envolvendo a empresa, o CNPq e o Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa.
A ADWA também aprovou um projeto junto ao Programa Centelha, que envolve parceria com FINEP e FAPEMIG, que garantiu à empresa um aporte financeiro de suma importância para o desenvolvimento de novas tecnologias.
Atualidade
[editar | editar código-fonte]Aspectos Judiciais
[editar | editar código-fonte]Tendo em vista o cenário atual da criminalização da planta, e todos possíveis imprevistos legais que esse ramo tende a enfrentar, a empresa conta com assessoria jurídica prestada pelo advogado Rodrigo Mesquita, que esteve presente desde os primórdios da startup.
Aspectos Tecnológicos
[editar | editar código-fonte]Relatório
[editar | editar código-fonte]O relatório oferecido como produto da empresa, conta com a utilização de modelos computacionais desenvolvidos pela empresa que permitiram análises tanto para o cultivo para uso de fibras, flores e sementes. Ao todo foram produzidos 45 mapas temáticos que auxiliam na otimização da produção das plantas no país através da redução dos custos produtivos. O relatório mostra diversos fatores como fotoperíodo e a necessidade de irrigação.
Aplicativo
[editar | editar código-fonte]A empresa também desenvolve o Personal Grower ®. O software tem a função de auxiliar o produtor na tomada de decisão através do cruzamento de dados do desenvolvimento das variedades com informações meteorológicas e de solos de cada local. O aplicativo auxilia no cultivo detalhando estimativa de datas para as principais atividades de manejo e indicando ações a serem feitas durante o cultivo. Além disso, o software também auxilia o produtor na rastreabilidade do produto emitindo certificação Blockchain que permite o registro com segurança de todas as atividades realizadas ao longo dos cultivos.
É possível determinar com maior precisão a melhor data de plantio, da duração do ciclo e, consequentemente, a previsão da data ideal de colheita. Essas informações são geradas com base em dados obtidos sobre o clima e a previsão do tempo do local do cultivo, atualizados em tempo real e a relação destes dados com o desenvolvimento fisiológico da variedade que deseja-se cultivar.
Em 2022 a empresa conquistou o mercado do Uruguai e ofereceu sua tecnologia para auxiliar a produtividade e qualidade da C. sativa cultivada no país vizinho. A colaboração foi com a CBeDifferent, iniciativa fundada por brasileiros em parceria com a Meraki, empresa que atua no Uruguai com o cultivo de Cannabis medicinal e cânhamo industrial. A CBeDifferente foi autorizada a utilizar o aplicativo Personal Grower da ADWA Cannabis.
Analise de amostras
[editar | editar código-fonte]Para garantir maior eficiência e agilidade no desenvolvimento das tecnologias a empresa conta com um espectrometro NIR capaz de realizar a quantificação de THC, CBD e CBG nas amostras de flores e extratos. O aparelho utiliza a tecnologia de espectrometria com infra vermelho próximo e através deste é possível, além de um controle de qualidade dos extratos consumidos pelos pacientes a um preço muito reduzido, ter respostas rápidas dos materiais que estão sendo cultivados no programa de melhoramento genético. A avaliação pode ser realizada em amostras de flores inteiras, trituradas ou extrato da planta. Após a avaliação é emitido um laudo técnico aprovado por certificadores israelenses indicando o teor dos componentes na amostra.
A aquisição dessa tecnologia possibilitou que a empresa realizasse serviços de pesquisa, fornecendo dados importantes para pacientes, médicos e clínicas de todo país. A primeira análise foi realizada no mês de junho de 2021, feita a partir do extrato de pacientes pertencentes ao núcleo de medicina canabinóide da Clínica Raul Soares, localizada na cidade de Ubá, na zona da Mata Mineira.
Variedades:
[editar | editar código-fonte]Com o objetivo de tornar o Brasil uma grande potência no mercado da Cannabis, a empresa busca o desenvolvimento de variedades genéticas que sejam adaptadas aos diversos microclimas do país Visto que grande parte do território brasileiro se encontra na faixa tropical, e a maioria das variedades de interesse do mercado foram desenvolvidas para serem cultivadas em regiões temperadas ou subtropicais, estas plantas tendem a sofrer estresse ao serem cultivadas no Brasil, reduzindo significativamente a produtividade e qualidade. Portanto, para que seja possível a instalação de sistemas de cultivo de baixo custo, que não tenham a necessidade de toda uma infraestrutura para manter um ambiente artificial apropriado para estas variedades, é necessário o desenvolvimento de plantas adaptadas às condições de clima e solo do Brasil.
De forma semelhante, a empresa desenvolve variedades mais resistentes a patógenos, tendo em vista que mesmo com grande potencial agrícola, o país possuiu características naturais que favorecem o desenvolvimento de insetos pragas, vetores, parasitas entre outros com dinâmicas mais agressivas do que em países subtropicais e temperados.
Além disso, para atender todo o mercado, a ADWA explora variedades de diversas necessidades tais como a medicinal, industrial e destinadas à produção de grãos.
Portanto, nosso principal objetivo é fornecer ao mercado linhagens, variedades, híbridos superiores e cultivares de Cannabis altamente produtivos, adaptados às condições de clima e solo brasileiros e resistentes às pragas locais, permitindo o cultivo destas plantas em sistemas produtivos de baixo custo e mais sustentáveis.
Aspectos Comunicativos
[editar | editar código-fonte]Mídia
[editar | editar código-fonte]A empresa, devido à todo desafio e barreiras já superado, e a ser superado, teve grande destaque na mídia desde sua fundação. Dentre elas a importante participação na revista de maior referência em agricultura brasileira a Globo Rural, que contou com uma reportagem de capa sobre a Cannabis na capa da edição de novembro de 2019, enaltecendo as pesquisas do futuro mercado da cannabis e o impacto causado pela ADWA no setor. Também fomos temas de reportagens de outras revistas do Agronegócio como a Plant Project e a Plasticultura.
Além disso, houveram importantes aparições no jornal Folha de São Paulo, dentre elas a reportagem com o tema: Liberação de cultivo da maconha pode colocar o Brasil como grande exportador, envolvendo a relação do atual cenário com a startup. Na revista Forbes, referência em economia, a empresa foi referida na matéria que expõe a aceleradora de startups cannabicas; The Green Hub.
Na mídia internacional, a ADWA foi referenciada em um relatório do reconhecido grupo Prohibition Partners, que abordava o potencial de produção agrícola da cannabis na América Latina. No ano de 2021 a empresa participou de uma reportagem da britânica Reuters , a maior agência internacional de notícias do mundo, sendo citada como importante empresa no desenvolvimento do mercado no Brasil. Além disso, foi destaquem outras mídias internacionais como na EL PAÍS Uruguai, e na Rio Times.
Eventos
[editar | editar código-fonte]No dia 24 de maio de 2018, a ADWA teve importante influência no acontecimento e fornecimento de dados para o evento que aconteceu dentro Universidade Federal de Viçosa através da realização do evento Cannabis Colloquium. Foi coordenado pelo Departamento de Fitotecnia da UFV em parceria com o Grupo Brasileiro de Estudos sobre a Cannabis sativa L. (GBEC), a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), a Associação Brasileira dos Pacientes de Cannabis Medicinal (AMA+ME) e a empresa Botânica Produtos Naturais, também contou com o apoio da FAPEMIG, da FUNARBE, do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Viçosa(CCA/UFV).
Mais uma vez, os integrantes da ADWA e a mesma tiveram importante participação 01/06/2019 II Cannabis Colloquium: Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia a UFV sediou o . O evento, realizado no Espaço Cultural Fernando Sabino, contou com a presença de profissionais de diversas áreas relacionadas à Cannabis, entre elas farmacologia, direito, ciências sociais e agronomia. O evento foi organizado pelo Grupo Brasileiro de Estudos sobre a Cannabis (GBEC), com a coordenação do Departamento de Fitotecnia e o apoio do Centro de Ciências Agrárias, do Departamento de Ciências Sociais e do CENTEV.