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Como ler uma infocaixa de taxonomiaTapiti

Representação de tapitis por John James Audubon
Representação de tapitis por John James Audubon
Estado de conservação
Espécie em perigo
Em perigo (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Mammalia
Ordem: Lagomorpha
Género: Sylvilagus
Espécie: S. brasiliensis
Nome binomial
Sylvilagus brasiliensis
(Linnaeus, 1758)
Distribuição geográfica
Distribuição geográfica do tapiti, em verde-escuro.
Distribuição geográfica do tapiti, em verde-escuro.

O tapiti-comum (nome científico: Sylvilagus brasiliensis), também conhecido como candimba, coelho-do-mato ou somente lebre,[2] é uma espécie de coelho do gênero Sylvilagus.

É de tamanho pequeno a médio, com cauda pequena e escura, patas traseiras e orelhas curtas. Como tradicionalmente definido, sua distribuição se estende do sul do México ao norte da Argentina, mas inclui várias populações distintas que desde então foram divididas em espécies diferentes. Uma dessas é o Sylvilagus tapeti que não é nem coelho nem lebre mas um leporídeo.[3][carece de fonte melhor] Sob essa definição mais restrita, o verdadeiro tapiti ocorre apenas na Mata Atlântica da costa nordeste do Brasil e é classificado como "Em Perigo" pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).[1]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

"Tapiti" vem do tupi tapii'ti.[4] "Candimba" vem do quimbundo kandemba. "Coelho" tem origem pré-romana, através do termo latino cuniculu.[5] "Lebre" vem do termo latino lepore.[carece de fontes?]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

A espécie foi descrita pela primeira vez cientificamente por Carlos Lineu na 10.ª edição do Systema Naturae, publicado em 1753.O tipo de localidade era Pernambuco, Brasil.Além de seu nome vernáculo "tapiti", é comumente conhecido como coelho-do-mato[6] ou coelho brasileiro.[7]

Até 37 subespécies de tapitis foram descritas, mas em 2005 o Mammal Species of the World reconheceu 21, tendo classificado as demais como sinônimas de uma espécie diferente conhecida como Sylvilagus dicei.[8] No entanto, o tapiti como tradicionalmente definida é uma forma complexa[9] Desde 1990 já se reconhece que uma revisão taxonômica era necessária.[1] Consequentemente, autoridades recentes recomendaram separar vários táxons normalmente considerados subespécies do tapiti e reconhecê-los como espécies separadas: Sylvilagus Anjou, nos altiplanos andinos do Equador (talvez também nos Andes da Colômbia, Venezuela e norte do Peru), St. gabbi (com a subespécie VERDADEIRA) do Panamá ao México. .Além disso, os coelhos das Guianas não foram claramente atribuídos a uma subespécie, mas são tradicionalmente incluídos no tapiti.[necessário esclarecer][carece de fontes?]

Descrição[editar | editar código-fonte]

detalhes da coloração do pelo, cabeça
detalhes da coloração física, dorsal

O tapiti é um leporídeo de pequeno a médio porte. Tem comprimento de cabeça e corpo de 320 milímetros (13 polegadas), uma cauda de 21 milímetros (0,83 polegada), patas traseiras medindo 71 milímetros (2,8 polegadas), orelhas de 54 milímetros (2,1 polegadas) (medidas do entalhe até a ponta), e pesa em média 934 gramas. Dorso castanho com aspecto salpicado (resultante das pontas dos pelos pretos) e pescoço com uma mancha ruiva. A barriga e a parte inferior da cauda também são ruivas. Tem seis glândulas mamárias.Dois cariótipos diferentes foram relatados para esta espécie.[10] .

caracteriza-se como um animal noturno solitário, geralmente visto após o anoitecer ou antes do amanhecer, alimentando-se de grama e pastando.Também foi registrado o consumo cogumelo boleto.[11] É encontrada em habitats florestais, perto de pântanos e ao longo das margens de rios e em áreas perturbadas, como jardins e plantações.[12] Seus hábitos noturnos e as construção de rodovias entre ilhas de florestas ocasiona os atropelamentos noturnos o que pode interferir preservação das especies, uma alternativa para mitigar os efeitos dos atropelamentos de animais silvestres em rodovia foi a instalação de túnel subterrâneo, os quais servem de passagem para diversos animais. Em 2017[13] foram instaladas armadilhas fotográficas, nessas passagens subterrâneas foram registradas varias imagens de mamíferos silvestres utilizando essas passagens para transitar entre uma ilha de floresta e outra.[necessário esclarecer][carece de fontes?]

Habitat, distribuição e ecologia[editar | editar código-fonte]

O tapiti ocorre em florestas tropicais, florestas decíduas e florestas secundárias no México e na América Central, bem como pastagens ao redor do habitat florestal. Seu alcance se estende do sul de Tamaulipas no México, ao sul ao longo da costa oriental do México, através da Guatemala, possivelmente El Salvador, Honduras, leste da Nicarágua, leste da Costa Rica e Panamá. Ocorre na metade norte da América do Sul, incluindo Peru, Bolívia, Paraguai, norte da Argentina e grande parte do Brasil.[1] O extremo sul de sua distribuição conhecida ocorre na província de Tucumã. Ocorre em altitudes desde o nível do mar até 4 800 metros (15 700 pés).[1] É a única espécie de leporídeo encontrada na maior parte de sua distribuição.[12]

Os tapitis constroem ninhos de capim seco acima do solo para criar seus filhotes. Têm uma câmara central e três ou quatro câmaras menores no final de um corredor. O período de gestação varia com a localização geográfica. Os coelhos em Chiapas, no México, têm cerca de 28 dias de gestação e têm de três a oito filhotes, enquanto os coelhos nos páramos dos Andes gestam por 44 dias e têm ninhada com tamanho médio de 1,2. Essas duas populações se reproduzem o ano todo.[14] Assim como seu parente da Califórnia, o coelho-bravo (Sylvilagus bachmani), o tapiti é um reservatório natural para o vírus mixoma.[15] Essas relações foram descobertas pelo médico brasileiro Henrique de Beaurepaire Rohan Aragão na década de 1940.[16] O vírus causa um fibroma cutâneo benigno em seus hospedeiros, mas causa a doença letal mixomatose, em coelhos europeus.[17]

No Brasil também já houve registros de casos de coelhos com mixomatose , deixando assim as autoridades atenta a transmissão.Também é hospedeiro de parasitas carrapatos do gênero Amblyomma, Ixodes, Rhipicephalus, que são transmissores de agentes infeccioso como bactérias dos gêneros Rickettsia e Ehrlichia, protozoários do tipo Hepatozoon e Babesia.[18]

Pesquisa feita em 2009[19] detectou através de métodos como reconhecimento de pegadas e vestígios de fezes a presença desta espécie em fragmentos de mata atlântica no Paraná. Os estudos revelaram a importância de manter áreas de preservação, pois eles foram encontrados em maior quantidades nas áreas de floresta nativa, fora da zona urbana e em poucos exemplares em fazendas, como necessitam de alimentos diversos podem ser atraídos por lavouras de leguminosas, mas as florestas nativas em excelente estado de conservação são os locais ideias para a sobrevivência desta espécie.[carece de fontes?]

A presença do Sylvilagus brasiliensis nestas regiões indicam a presença de outras espécies de mamíferos, pois os Tapitis fazem parte da cadeia alimentar de grandes mamíferos, havendo o equilíbrio da cadeia alimentar proporciona manutenção das espécie, os corredores ecológicos e as áreas de preservação são os locais ideais e essenciais para a manutenção da especie.[carece de fontes?]

em ambiente selvagem

Recentemente foram localizadas vários indivíduos no bioma mata atlântica do sul da Bahia [20] uma pesquisa realizada entre 2019 a 2020 conseguiu capta varias imagens em armadilhas fotográficas dessa especie no bioma mata atlântica do sul da Bahia ao Parana.[necessário esclarecer][carece de fontes?]

Caça[editar | editar código-fonte]

Em termos culturais no Brasil, algumas regiões possuem a carne de coelho como uma iguaria o que gera a prática da caça ou a criação em escala para abate[21], porém o consumo da carne de coelho doméstico no Brasil é considerado pequeno em relação aos Países europeus e não há uma estrutura industrial de comercio em grande escala para a comercialização desse tipo de carne, apesar de ser legal a cunicultura. Assim a carne de coelho é um elemento usada tanto na hotelaria [22]para satisfazer ao turismo como para caça de coelhos selvagens a que é ilegal. Essa é uma herança cultural que remete tanto aos ancestrais indígenas, com relação a caça para alimentação, quanto ao colonialismo europeu a apreciação da iguaria em sua culinária e para caça esportiva. Por isso é legalmente aceito a produção de coelho doméstico em larga escala a cunicultura tanto para importação como exportação , mas a caça de coelhos selvagens é ilegal.[carece de fontes?]

A caça esportiva apesar de ser ilegal ainda é muito praticada em nosso país o que ameaça as especie de leporídeos selvagens que são os animais selvagens de rápida captura. Essa prática tem reduzido o número de indivíduos da população de tapiti em nossa fauna.[carece de fontes?]

Referências

  1. a b c d e Ruedas, L.; Smith, A. T. (2019). «Tapeti - Sylvilagus brasiliensis». Lista Vermelha da IUCN. União Internacional para Conservação da Natureza (UICN). p. e.T87491102A45191186. doi:10.2305/IUCN.UK.2019-2.RLTS.T87491102A45191186.en. Consultado em 17 de julho de 2021 
  2. «Tapiti». Michaelis 
  3. Vieira, Márcio Infante (1978). Produção de coelhos caseira, comercial e industrial. são Paulo: Nobel. p. 26. 26 páginas 
  4. Ferreira, A. B. H. (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa 2.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 1649 
  5. Ferreira, A. B. H. (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa 2.ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 425 
  6. Schubert, Blaine W.; Mead, Jim I.; Graham, Russell W.; Denver Museum of Nature; Science (2003). Ice Age Cave Faunas of North America. Bloomington, Indiana: Imprensa da Universidade de Indiana. p. 278. ISBN 978-0-253-34268-3 
  7. Eisenberg, John F. (2000). Mammals of the Neotropics, Volume 3: Ecuador, Bolivia, Brazil. Chicago: Imprensa da Universidade de Chicago. p. 519. ISBN 978-0-226-19542-1 
  8. Hoffman, R.S.; Smith, A.T. (2005). «Order Lagomorpha». In: Wilson, D.E.; Reeder, D.M. Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference 3rd ed. Baltimore, Marilândia: Imprensa da Universidade Johns Hopkins. p. 208-209. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  9. Ruedas, L.A. (2017). «A new species of cottontail rabbit (Lagomorpha: Leporidae: Sylvilagus) from Suriname, with comments on the taxonomy of allied taxa from northern South America». Jornal de Mamalogia. gyx048 (4): 1042–1059. doi:10.1093/jmammal/gyx048 
  10. Wilson, Don E.; Reeder, DeeAnn M. (2005). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. Baltimore, Marilândia: Imprensa da Universidade Johns Hopkins. p. 208. ISBN 978-0-8018-8221-0 
  11. Wainwright M, Arias O (2007). The Mammals of Costa Rica: A Natural History and Field Guide. Ítaca, Nova Iorque: Comstock. p. 239. ISBN 978-0-8014-4589-7 
  12. a b Emmons, Louise H.; Feer, Francois (1997). Neotropical Rainforest Mammals, A Field Guide. Chicago: Imprensa da Universidade de Chicago 
  13. Banhos dos Santos,, Aureo (03 de maio de 2020). «As rodovias são uma ameaça para os tatus gigantes que as passagens subterrâneas podem mitigar». https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/btp.12778. Consultado em 3 de janeiro de 2023  Verifique data em: |data= (ajuda)
  14. Chapman, Joseph A.; Flux, John E. C. (1990). Rabbits, Hares and Pikas: Status Survey and Conservation Action Plan. Newbury: IUCN. p. 100. ISBN 978-2-8317-0019-9 
  15. Williams Elizabeth S.; Barker, Ian K. (2008). Infectious Diseases of Wild Mammals. Hoboquém, Nova Jérsei: John Wiley & Sons. p. 183. ISBN 978-0-470-34481-1 
  16. Williamson, M. (1996). Biological Invasions. Falmouth, Cornualha: Springer. p. 15. ISBN 978-0-412-59190-7 
  17. Kerr, Peter J. (2012). «Myxomatosis in Australia and Europe: A model for emerging infectious diseases». Antiviral Research. 93 (3): 387–415. PMID 22333483. doi:10.1016/j.antiviral.2012.01.009 
  18. Saigali, Pedro Henrique França; Jardim, Paulo Henrique de Affonseca; Rondon, Eric Schmidt (20 de março de 2020). «Autosomal recessive inheritance of cutaneous asthenia in a dog - case report». Semina: Ciências Agrárias (2): 731–736. ISSN 1679-0359. doi:10.5433/1679-0359.2020v41n2p731. Consultado em 27 de outubro de 2022 
  19. Wolfart 1, Márcia Regina (dezembro de 2013). «Mamíferos terrestres em um remanescente de Mata Atlântica, Paraná, Brasil» (PDF). Biotemas, 26 (4): 111-119. Consultado em 28 de dezembro de 2022. Cópia arquivada em https://doi.org/10.5007/2175-7925.2013v26n4p111  line feed character character in |titulo= at position 59 (ajuda); Verifique data em: |arquivodata= (ajuda)
  20. Freitas, Antonio Carlos de; Sales, Dione; Oliveira, Reginaldo; Aximoff, Izar Araújo (16 de março de 2022). «MAMÍFEROS DE MÉDIO E GRANDE PORTE NO PARQUE ESTADUAL DAS VÁRZEAS DO RIO IVINHEMA, MATO GROSSO DO SUL, BRASIL». Oecologia Australis (1): 84–94. ISSN 2177-6199. doi:10.4257/oeco.2022.2601.10. Consultado em 17 de novembro de 2022 
  21. ZAPATERO, Molinero (1977). Coelho Alojamento e Manejo. Espanha: Aedos. p. 13 
  22. VIEIRA, Márcio Infante (1993). Carne e pele de coelho. São Paulo: Infotec. p. 8