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Comendador António Cepeda Alves[editar | editar código-fonte]

O Sr. Comendador António Bernardino Cepeda Alves (15 de maio, 1939 - 20 de dezembro, 2015) foi um empresário português, mais conhecido por ter fundado a Nordesfer - Armazéns de Ferro e Aço do Nordeste, Lda.

Nos seus anos de maior atividade a Nordesfer empregava mais de 80 trabalhadores distribuídos pela sede e pelas suas 4 filiais, localizadas na Maia, Palmela, Vila Real e Funchal. Hoje a empresa mantém-se a laborar com 45 anos de atividade.

Além da Nordesfer promoveu outros projetos empresariais. Em 1981 criou uma empresa de transporte de mercadorias, a Transnordeste - Transporte de Mercadorias do Nordeste, Lda, que empregava cerca de 25 pessoas. Já em 1994, instalou em Palmela uma fábrica de corte e moldagem de varão para betão, a Siderfer - Produtos Siderúrgicos, SA, onde criou mais de 30 postos de trabalho.

1. Vida e carreira[editar | editar código-fonte]

1939 - 1956: Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

António Bernardino Cepeda Alves nasceu no seio de uma família humilde a 15 de julho de 1939 na freguesia portuguesa de Vilarinho dos Galegos, pertencente ao concelho de Mogadouro. Seus pais, Manuel Joaquim Alves e Maria da Conceição Cepeda, eram pequenos proprietários rurais e, sendo o segundo de cinco filhos, começou a ajudá-los nas lides agrícolas.


1956 - 1964: Serviço militar[editar | editar código-fonte]

Com 10 anos de idade termina a instrução primária na escola da aldeia e aos 17 anos vai para o Porto arranjar emprego. Depois decide alistar-se como voluntário para cumprir o serviço militar e ingressou imediatamente, tendo sido destacado para a Índia, onde permaneceu durante dois anos.

Cumprido o serviço militar regressa ao Porto e retoma os estudos, tendo terminado o ciclo preparatório.


1964 - 1978: Angola e início de carreira[editar | editar código-fonte]

A certa altura a oportunidade surge: um amigo convida-o para ir trabalhar em Angola no ano de 1964. Em 1967, consegue empregar-se nos serviços administrativos da Siderurgia Nacional. No campo profissional a Siderurgia foi a sua grande escola e na esfera pessoal foi aqui que conheceu Maria Elvina dos Reis Coelho, com quem viria a casar em Luanda, no ano de 1974.

Tal como milhares de outros portugueses, em 1975 ele e a sua mulher tiveram de regressar de Angola, fixando residência no Porto. Manteve-se a trabalhar na Siderurgia Nacional, tendo sido transferido para a fábrica da Maia.


1978 - 2015: Nordesfer[editar | editar código-fonte]

A 7 de agosto de 1978 constitui uma sociedade que tem por objeto social o comércio por grosso de minérios e metais. Assim nasceu a “Nordesfer - Armazéns de Ferro e Aço do Nordeste, Lda”, que iniciou atividade em Mogadouro.

Inicialmente, a sociedade era composta por três sócios, António Cepeda Alves e os seus dois irmãos: Manuel António Alves e Maria Alice Alves.

Enquanto ainda trabalhava na Siderurgia comprou o terreno na Maia e começou a movimentar-se. Nos primeiros tempos, fazia negócios diretamente com os empreiteiros.

Em Mogadouro, também comprou um terreno e instalou uma unidade de produtos siderúrgicos.

Em 1980, inaugurou os armazéns da Maia, formando-se assim a primeira filial. Passado pouco tempo, a Nordesfer tornou-se o principal fornecedor dos empreiteiros da zona do Grande Porto e foram construídos dois pavilhões na Maia.

Em 1981, Antónia Cepeda Alves criou uma empresa de transporte de mercadorias, a Transnordeste - Transporte de Mercadorias do Nordeste, Lda.

Em 1985, a filial da Maia cresceu: construiu-se um terceiro pavilhão, o departamento dos serviços sociais e a oficina. A partir desta altura, a Sede da Nordesfer é transferida do Mogadouro para a Maia.

Em 1989, dá-se a abertura da filial em Vila Real e três anos depois, em 1992, é inaugurada a unidade em Palmela. No mesmo ano é criada uma outra filial na Madeira.

Em 1994, fundou uma nova empresa: a Siderfer. A Siderfer era um projeto de corte e moldagem do varão para betão. A Nordesfer fornecia o ferro à empresa de corte e moldagem e esta trabalhava o minério. Depois, saía o material já todo pronto para construção. Foi uma iniciativa com o intuito de modernizar os métodos dos construtores portugueses, já que, na altura, grande parte da Europa já procedia dessa forma.

Em 2008, a Nordesfer atingiu o maior volume de negócios de sempre, cerca de 70 milhões de euros.

3. Imagem pública e condecorações[editar | editar código-fonte]

Diversas vezes viu reconhecido o seu mérito por parte de várias entidades:

Em julho de 1992 foi reconhecido pela International Friendship League (IFL) como seu Membro Benemérito “pelo contributo valioso prestado à causa dos ideais da Organização e pelos requisitos morais e humanos de que é especialmente dotado".

Em 15 de novembro de 1994 é agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial (classe do Mérito Industrial) por sua excelência o presidente da república Mário Soares.

A 30 de março de 1992 é agraciado com o grau de Comendador da Ordem dos Santos Maurício e Lázaro pela sua alteza real Victor Emanuele de Sabóia, príncipe de Nápoles.

A 20 de abril de 1993 é agraciado com o grau de Comendador de Mérito Melitense, da Ordem Soberana Militar e Hospitalar de S. João de Jerusalém, de Rodes e de Malta.

A 24 de julho de 2010 foi condecorado cidadão Benemérito de Vilarinho dos Galegos pelo presidente da Junta de Freguesia. Juntamente com essa condecoração, foi-lhe entregue a chave de ouro da freguesia com a seguinte frase: "Do Povo de Vilarinho dos Galegos Com Gratidão".


4. Morte[editar | editar código-fonte]

António Cepeda Alves faleceu a 20 de dezembro de 2015, com 76 anos.


5. Legado[editar | editar código-fonte]

Na sua terra natal, em Vilarinho dos Galegos, deixou a sua marca:

Apoiou financeiramente as obras de recuperação do Castelo dos Mouros de Vilarinho dos Galegos, sítio arqueológico localizado nas arribas do Douro.

Custeou integralmente a capela mortuária de Vilarinho dos Galegos.

A caça era uma das suas grandes paixões e graças a ela percorreu vários países da Europa e de África tendo conquistado uma infinidade de troféus. Em Portugal criou duas empresas que se destinavam a explorar essa atividade: a Portel Caça e a Caçaria.