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O mentor da revolução verde foi o cientista norte-americano Norman Borlaug (1914-2009). Na década de 30, Borlaug começou a pesquisar variedades do trigo resistentes a pragas e doenças. Os estudos de Borlaug atraíram a atenção do governo mexicano que o chamaram para coordenar, em 1944, o Programa de Produção Cooperativa de Trigo do México. Os trabalhos foram desenvolvidos em parceria com a Fundação Rockefeller com o intuito de se fazer estudos sobre a fragilidade da agricultura mexicana. A partir daí, cientistas criaram novas variedades de milho e trigo de alta produtividade, que fizeram o México aumentar de forma vertiginosa sua produção. Essas sementes foram, em seguida, introduzidas e cultivadas em outros países, também com ótimos resultados.

Na época, a empresa adotou como slogan o fim da fome no mundo. O programa aplicado na agricultura mexicana resultou em plantas com maior desempenho no campo e que fizeram o país, antes importador, autossuficiente na produção de trigo.

No período de 1950 a 1960, outros países passaram a adotar o conceito de maior produtividade no campo. Os governos do Brasil, Índia, Paquistão e Filipinas estão entre os que adotaram o método de Borlaug. Em 1968, o presidente da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional William Gaud classificou as novas técnicas do campo como "revolução verde". De fato, os conceitos de Borlaug o levaram ao Prêmio Nobel da Paz em 1970, por suas contribuições para redução da fome mundial.

Os países desenvolvidos também aplicaram o sistema agrícola criado por Borlaug e reduziram a dependência da importação de alimentos. Um dos exemplos está nos Estados Unidos, que passaram a exportar trigo a partir de 1960.

"O impacto social da revolução verde, na medida em que ajudou a erradicar a fome no mundo, fez com que Norman Ernest Borlaug, considerado o pai do movimento, ganhasse o Prêmio Nobel da Paz em 1970", diz o engenheiro agrônomo Fábio Faleiros, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O conceito foi aplicado a outros produtos e a busca pela maior produtividade passou a balizar a qualidade no campo. O desenvolvimento de técnicas para irrigar o solo melhorou o desempenho agrícola, antes refém do regime de chuvas. A irrigação também contribuiu para otimizar o uso de fertilizantes, fungicidas e pesticidas.

A melhoria na relação de produtividade beneficiou diretamente países pobres, como a Índia, que passou a exportar arroz.

Revolução Verde no Brasil[editar código-fonte]

O perfil da agricultura brasileira mudou completamente após a adoção das práticas características da revolução verde. A introdução dos novos conceitos ocorreu durante o regime militar e foi um dos pilares do chamado "milagre econômico".

A partir da produção em larga escala, o País passou à condição de exportador de alimentos. Entre os produtos de elevado desempenho estão a soja e o milho.

Com a matriz agrícola voltada para as vendas externas, o Brasil instituiu agências de fomento e pesquisa. Entre as agências abertas nesse período está a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), fundada em 1973.

Pontos Positivos e Negativos[editar código-fonte]

A eficiência no campo, avanço na produção e a pesquisa de alimentos são apontadas como as principais vantagens do conceito da revolução verde.

Já as desvantagens merecem críticas de historiadores, ambientalistas e pesquisadores. Entre as principais consequências estão:

  • Esgotamento do solo
  • Erosão
  • Alteração do ecossistema para a implantação da lavoura
  • Desmatamento

Priorização à estrutura latifundiária, prejudicando a produção familiar e fomentando o êxodo rural.

Revolução Insustentável[editar código-fonte]

Se na época da introdução do programa o desafio era ter maior produtividade, hoje em dia o objetivo principal é ter uma agricultura com menor impacto ambiental e mais sustentável.

A Revolução Verde trouxe inúmeros problemas para o meio ambiente. Com o desmatamento para cultivo, veio também o surgimento de pragas e utilização de agrotóxicos, fungicidas, entre outros produtos. Desta forma, houve uma alteração e contaminação em todo o ecossistema – solos, rios, animais, vegetais.

Além disso, o programa “expulsou” os pequenos produtores da sua lavoura, contribuindo para o aumento do êxodo rural e, consequentemente, para o aumento da população em periferias de grandes capitais.

Referências