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Roberto Brandão (Campo Grande, 8 de dezembro de 1927) é um engenheiro brasileiro. Tem um rico currículo ligado aos projetos urbanos, entre os quais o da implantação de Missal, no Oeste do Paraná, que deu origem a uma das maiores cooperativas agropecuárias brasileiras (Comasil, hoje Lar Industrial), e Sinop, um grande projeto de colonização no Mato Grosso. Formado pela Universidade Federal do Paraná em 1953, iniciou sua vida profissional coordenando a demarcação das terras devolutas com área de 650 mil hectares para o Departamento de Geografia, Terras e Colonização do Estado do Paraná.[1]
Entre 1972 a 1987 envolveu-se de corpo e alma com o projeto Sinop, em área de 645 mil hectares. Esteve à frente de uma comitiva que,em lombo de mulas e em canoas, localizou as terras de Sinop, onde seriam investidos cerca de US$ 20 milhões. Após a medição da área de colonização e do núcleo urbano e da chegada dos primeiros habitantes, coordenou o gerenciamento dos projetos técnicos relativos à implantação de uma usina de processamento de amido para a fabricação de álcool carburante de propriedade da Sinop, que previa a produção de 150 mil litros/dia, com investimentos de US$ 42 milhões de dólares.[1]
Sua importância na fundação e condução da colonização de Missal, idealizada pelo bispo Dom Geraldo de Proença Sigaud, foi reconhecida em 2014 ao ser convidado de honra para participar dos festejos do 50º aniversário de fundação da cooperativa de Missal, hoje com sede na cidade de Medianeira, Oeste do Paraná. A implantação da colonização e da cooperativa seguiu as premissas da encíclina Mater et Magistra, do Concílio Vaticano II.[1]
E apesar de sua idade, passando dos 87 anos, em 2015 permanecia ativo. Destaca-se em suas análises de viabilidade econômica dos projetos a utilização do Fator € do Índice Battânî. É reconhecido com um dos engenheiros mais capacitados do Paraná.[1]