Usuário:Didacus21/Testes/Iguape
Guerra de Iguape | |||
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Outeiro do Bacharel em Iguape, visto da barra do Icapara | |||
Data | c. 1534 - c. 1536 | ||
Local | Capitania de São Vicente | ||
Desfecho |
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Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
Forças | |||
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Baixas | |||
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A Guerra de Iguape foi um conflito militar travado entre os colonizadores portugueses recém-chegados à Capitania de São Vicente e um grupo de espanhóis, portugueses e indígenas liderados por Ruy Garcia de Moschera e o Bacharel de Cananeia.
Assim que Martim Afonso de Sousa partiu da sua capitania, um número de espanhóis advindos do Rio da Prata liderados por Moschera rumou norte em direção a capitania de São Vicente e se assentou nas proximidades de Iguape junto do bacharel. Quando o algum momento esses espanhóis foram convocados a se apresentar a vila de São Vicente. o bacharel atendeu ao pedido, mas Moschera não, dando início ao conflito.[1][2][3]
Não é possível, devido a falta de documentos, precisar uma data para o início da guerra[3], mas sabe-se que ela iniciou com uma derrota portuguesa acachapante, resultando na invasão e saque da vila de São Vicente. No entanto, com o decorrer do conflito, os portugueses conseguiram arregimentar um número maior de soldados indígenas e expulsaram os espanhóis do litoral das capitanias de São Vicente e Sant'Ana por volta do ano de 1537.[1][4]
Antecedentes[editar | editar código-fonte]
Expedição ao interior do continente[editar | editar código-fonte]
No dia 12 de agosto de 1531, depois de combater contrabandistas franceses ao norte da América portuguesa, Martim Afonso de Sousa atracou a sua esquadra perto do arquipélago de Cananeia e enviou Pedro Annes, piloto da expedição, para dentro do lagamar de Marataiama, e, cinco dias depois, o bacharel de Cananeia, Francisco de Chaves e alguns castelhanos voltam a bordo. Os degredados, então, conversam com o capitão-mor e Chaves promete que, se lhe forem fornecidos os homens, ele voltaria dez meses depois com quatrocentos escravizados carregados de prata e ouro. [5][6]
No dia 1 de setembro, Pero Lobo Pinheiro, um dos capitães da esquadra, parte com Francisco de Chaves e mais oitenta homens para o interior do continente, em uma expedição que nunca mais voltaria. Tendo sido, provavelmente, dizimada no caminho.[7][8]
Martim Afonso de Sousa seguiu viagem em direção ao Rio da Prata, onde sofreu um naufrágio e percebeu que já estava muito além do Meridiano de Tordesilhas, o que o convenceu a retornar para a costa da sua capitania, onde fundou, no início de 1532, a vila de São Vicente.
Chegada de Ruy Garcia de Moschera[editar | editar código-fonte]
Ruy Garcia de Moschera, segundo Ruy Díaz de Gúzman, era um dos colonos deixados por Sebastião Caboto no forte do Espírito Santo, na margem do rio Paraná próximo a sua foz. Certo dia, enquanto Moschera e mais quarenta soldados saíram para conseguir mantimentos em um bergantim, o forte foi atacado por indígenas e destruído, obrigando o espanhol e seus soldados a deixa o local, no que acabaram chegando na capitania de São Vicente, se estabelecendo em Iguape. Os espanhóis foram, algum tempo depois (cerca de dois anos, segundo Gúzman) intimados por Pero de Góis, capitão-mor de São Vicente, a se apresentarem a vila e jurarem lealdade a Portugal, ao seu rei, e a Martim Afonso de Sousa, donatário daquelas terras. No que Moschera recusou, alegando que estava em possessões castelhanas.[9]
Notas
Referências
- ↑ a b Varhagen, Francisco Adolfo de (1877). História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Em casa de E. e H. Laemmert. pp. 165 – 166
- ↑ Almeida, Antônio Paulino de (20 de setembro de 1961). «Memória histórica de Cananéia (III)». Revista de História (48): 393–445. ISSN 2316-9141. doi:10.11606/issn.2316-9141.rh.1961.121543. Consultado em 1 de outubro de 2023
- ↑ a b J. J. Machado d'. Oliveira (1864). Quadro historico da provincia de São Paulo (em Portuguese). unknown library. [S.l.]: Typographia Imparcial de J.R.A. Marques
- ↑ Young, Ernesto Guilherme. «Esboço histórico da fundação da cidade de Iguape». Typographia Aurora. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (v. 2): 49 - 151
- ↑ Sousa, Pero Lopes (1927). Diario da navegação de Pero Lopes de Sousa, 1530-1532 : Documentos e mapas : Vol. II. Rio de Janeiro: Typographia Leuzinger. pp. 203 – 206
- ↑ Young, Ernesto Guilherme. «Esboço histórico da fundação da cidade de Iguape». Typographia Aurora. Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (v. 2): 49 - 151
- ↑ Cervantes, Biblioteca Virtual Miguel de. «Historia general y natural de las Indias, islas y tierra-firme del mar océano. Tomo primero de la segunda parte, segundo de la obra». Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes (em espanhol). p. 188. Consultado em 30 de setembro de 2023
- ↑ Varhagen, Francisco Adolfo de (1877). História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Em casa de E. e H. Laemmert. pp. 165 – 166
- ↑ «La Argentina. Historia del Descubrimiento y Conquista del Río de la Plata. Silvia Tiffemberg (edición crítica, prólogo y notas con la colaboración de Javier Jaque Hidalgo). Facultad de Filosofía y Letras. Universidad de Buenos Aires, 2012.ISBN 978-987-1785-55-1» (PDF). Cópia arquivada (PDF) em 28 de agosto de 2017