Boldo-baiano

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Estado de conservação
Espécie não avaliada
Espécie não avaliada
Não avaliada
Classificação científica
Reino: Plantae
Clado: angiospérmicas
Clado: eudicotiledóneas
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Vernonia
Espécie: Vernonia condensata Backer
Nome binomial
Vernonia condensata
Nome trinomial
Vernonia condensata Backer

O boldo-baiano, assa-peixe, caferana ou alumã (Vernonia condensata) é uma planta da família Asteraceae, das mais cultivadas em jardins e hortas brasileiros. A sua origem é africana, tendo sido trazido com os escravizados desde a época colonial.

É considerado como folha sagrada, abô, associado aos orixás ogum e oxalá, nas sobrevivências da cultura africana no Brasil que constituem a etnomedicina e candomblés jeje-nagôs com o nome de alumã, àlùmón, éwúró, nos rituais de iniciação, àgbó, banhos de purificação e sacudimentos.[1][2][3]

As suas folhas são utilizadas pela medicina popular sob a forma de chás ou sucos, no tratamento da azia, da indisposição gástrica, no controle da gastrite, contra a ressaca e como um tônico amargo, estimulante da digestão e do apetite.

Pode produzir irritação da mucosa do estômago, se utilizado em doses elevadas.

A planta tem varios nomes nos diferentes estados do Brasil:

  • Pernambuco: alumã, boldo-chinês, boldo-japonês.
  • Bahia: alomã, alumã, lumã (diferenciar sinonímia de nome popular da Labiatae C. barbatus também conhecida como boldo de jardim, boldo-paulista, boldo-brasileiro, boldo-japonês.
  • Ceará: alcachofra.
  • São Paulo: boldo-baiano, árvore-do-pinguço.
  • Mato Grosso do Sul: caferana (embora em outras partes do Brasil o nome 'caferana' se refira a outra planta: Tachia guianensis).
  • Minas Gerais: boldo-goiano.
  • Rio de Janeiro e Espírito Santo: assa-peixe.
  • Rio Grande do Sul(Batuque): orô.


Referências

  1. Pessoa de Barros, José Flávio, – Eduardo Napoleão - Ewé Òrìsà - Uso Litúrgico e terapêutico dos Vegetais nas casas de candomblé Jeje-Nagô, Editora Bertrand Brasil, 2000
  2. Verger, Pierre, Ewé, o uso de plantas na sociedade iorubá, Odebrecht and Companhia das Letras, 1995.
  3. Cossard, Giselle Omindarewá, Awô, O mistério dos Orixás. Editora Pallas.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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