Valsa

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Valsa

Valsa (do alemão Walzer) é uma manifestação cultural austríaca e alemã, formada por gênero musical e dança de salão de compasso ternário, ou binário composto (embora para facilitar a leitura seja escrita em compasso ternário), um estilo muito tocado nos salões vienenses (Áustria) e muito dançadas pela elite da época.

Durante meados do século XIX, a allemande (dança na música barroca), muito popular na França, já antecipava, em alguns aspectos da valsa. Carl Maria von Weber, com as suas Douze Allemandes, e, mais especificamente, com o Convite à dança (também conhecido por Convite à valsa), de 1747, pode ser considerado o pai do gênero.

Os compositores mais famosos do estilo são os membros da família Strauss, Josef e Johann Strauss. O estilo foi depois reinterpretado por compositores como Frédéric Chopin, Johannes Brahms e Maurice Ravel. Johann Strauss II compôs mais de duzentas valsas tornou-se logo uma dança independente com contato mais próximo entre os parceiros. No fim do século XIX a dança passou a ser aceita pela alta sociedade — especialmente pela sociedade vienense.

A dança que é popularmente (mundialmente) conhecida como valsa é atualmente chamada de valsa inglesa ou valsa lenta, que segundo o padrão internacional da dança é um tipo de dança do tipo International Standard e que é dançada a aproximadamente 90 bpm com 3 batidas por compasso (métrica 3
4
).[1][2]

História[editar | editar código-fonte]

Valsa; 1816

A Valsa originou-se como uma dança folclórica da Áustria. Os predecessores incluem o matenick e uma variação chamada furiant, que eram executadas durante os festivais rurais na Boêmia. A dança francesa, "Walt", e a austríaca Ländler são as mais parecidas com a valsa entre suas predecessoras. O "rei das danças" adquiriu diferentes traços nacionais em diferentes países. Assim surgiram a valsa inglesa, a valsa húngara e a valsa- mazurca. A palavra "valsa" é derivada da antiga palavra alemã "walzen" que significa "rolar, virar" ou "deslizar". Como dança de salão, é uma dos tipos de dança de par competitivos desde 1923 ou 1924.

Valsa no Brasil[editar | editar código-fonte]

A valsa chegou ao Brasil com a transferência da corte portuguesa ao país, em 1808. A música foi apresentada em salões onde a elite do Rio de Janeiro dançava.[3] Depois chegou outro gênero musical, a polca, em 1845. Ao longo da segunda metade do século XIX, a valsa continuou a ter grande aceitação e foi, nas palavras do estudioso José Ramos Tinhorão, "um dos únicos espaços públicos de aproximação que a época oferecia a namorados e amantes".

Valsa no Peru[editar | editar código-fonte]

A valsa peruana o valsa crioula é um gênero musical originario da cidade de Lima, capital do Peru, e que desenvolveu-se na grão parte da costa peruana nos séculos XIX e XX. Surgiu nas festas de bairros populares limenhos (como os Barrios Altos) e têm entre seus principais exponentes a Felipe Pinglo Alva e Chabuca Granda.

Valsa vienense[editar | editar código-fonte]

A valsa vienense (em alemão: Wiener Walzer) é a forma original da valsa, dança de salão dançadas ao som da valsa vienense. Foi a primeira dança de salão realizada na posição fechada ou "valsa".

A dança que é popularmente conhecida como valsa é na verdade a valsa inglesa ou lenta, dançada a aproximadamente 90 batidas por minuto com 3 batidas até o compasso (o padrão internacional de 30 compassos por minuto ), enquanto a valsa vienense é dançada a cerca de 180 batidas (58-60 compassos) por minuto. Até hoje, no entanto, na Alemanha, Áustria, Escandinávia e França, as palavras Walzer (alemão), vals (dinamarquês, norueguês e sueco) e valse (francês) ainda se referem implicitamente à dança original e não à valsa lenta.

A valsa vienense é uma dança giratória em que os dançarinos estão constantemente girando para a direita do líder (natural) ou para a esquerda do líder (reverso), intercalados com passos de mudança não giratórios para alternar entre a direção da rotação. À medida que a valsa evoluiu, algumas das versões feitas mais ou menos no ritmo rápido original passaram a ser chamadas especificamente de "valsa vienense" para distingui-las das valsas mais lentas. Na dança de salão moderna, são reconhecidas duas versões da valsa vienense: o Estilo Internacional e o Estilo Americano.

Tradição[editar | editar código-fonte]

As valsas são muito utilizadas em bailes de debutantes, casamentos, formaturas e etc.

Programa internacional (syllabus)[editar | editar código-fonte]

O syllabus ISTD é a um conjunto/programa de passos de danças principais da rumba usado nas competições internacionais de dança;[4][5][6] este programa foi criado pela Sociedade Imperial de Professores de Dança (ISTD).[4] Nas competições o syllabus é dividido nos níveis Bronze, Prata (Silver) e, Ouro (Gold) – em alguns casos os níveis possuem subníveis como: Bronze 1 (básico), 2 (intermediário), 3 (completo).[4][6]

O syllabus oficial da valsa é:[7]

Bronze[editar | editar código-fonte]

Pré-bronze

Observe que o Pré-Bronze está incluído como parte do programa Bronze.[8]

  1. Closed changes
  2. Natural turn
  3. Reverse turn
  4. Natural spin turn
  5. Whisk
  6. Chassé promenade
Bronze

Prata[editar | editar código-fonte]

  1. Weave from promenade position
  2. Telemark fechado
  3. Telemark aberto e cross hesitation
  4. Telemark aberto e asa
  5. Impetus]] aberto e cross hesitation
  6. Impetus aberto e asa
  7. Outside spin
  8. Turning lock

xx. Drag hesitation

Ouro[editar | editar código-fonte]

xx. Fallaway whisk

Composições[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Learn to dance waltz» [Aprenda a dançar valsa]. Ballroom Dancers. Consultado em 20 de maio de 2024 
  2. «WDC: Competition Rules» (PDF) (em inglês). Conselho Mundial de Dança. Consultado em 26 de outubro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 10 de setembro de 2015 
  3. A valsa brasileira Samba Choro. (Maio, 2003).
  4. a b c Capela, João (17 de agosto de 2012). «Syllabus da Rumba Internacional - Passos de Rumba». Escola de Dança Academia João Capela. Consultado em 22 de dezembro de 2022 
  5. MOORE, Alex (2021). Ballroom Technique. ASSIN: B000PH46KI. [S.l.]: Routledge. ISBN 9780367545338. OCLC 1289243761. Resumo divulgativoWorldcat 
  6. a b Capela, João (26 de outubro de 2012). «Syllabus da Valsa Inglesa Internacional - Passos da Valsa Inglesa». Escola de Dança Academia João Capela. Consultado em 22 de dezembro de 2022 
  7. «Slow Waltz Syllabus». Ballroom Dancers. Consultado em 20 de maio de 2024 
  8. «ISTD International Standard Ballroom Dance Syllabus». Wright House 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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