Massa de ar: diferenças entre revisões

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'''Massa de ar''', em [[meteorologia]], é um volume de [[ar]] definido pela sua temperatura e teor de vapor de água. Cobre centenas ou milhares de quilômetros quadrados e possui as mesmas características da superfície que está abaixo dela. As massas de ar são classificadas de acordo com a latitude e as suas regiões de origem continental ou marítima. As de ar frio são as chamadas massas polares árticas e as de ar quentes são denominadas massas de ar tropical. Massas de ar continentais são secas, enquanto que as marítimas são de monção úmida. Os [[Sistema frontal|sistemas frontais]] s separam as massas de ar que têm diferentes densidades e temperaturas. Uma vez que uma massa de ar se move para longe de sua região de origem, fatores como a vegetação e disponibilidade de água numa determinada região podem modificar rapidamente o seu caráter.
'''Massa de ar''' é uma parcela extensa e espessa da [[atmosfera]], com milhares de [[quilômetro]]s quadrados de extensão, que apresenta características próprias de [[pressão]], [[temperatura]] e [[umidade]], determinadas pela região na qual se origina. Devido às diferenças de pressão, as massas de ar que compõem a atmosfera estão em constante movimento.


== Princípios ==
== Classificação ==
A classificação Bergeron é a forma mais amplamente aceita de classificação das massas de ar, embora haja outras classificações mais refinadas que são usadas em diferentes regiões do globo.<ref>{{cite journal|url=https://darchive.mblwhoilibrary.org/bitstream/handle/1912/1142/Vol%202%20No%202.pdf?sequence=1 |journal=Papers in Physical Oceanography and Meteorology |arquivourl=http://www.webcitation.org/66ZdP2Y9o |arquivodata=31 de março de 2012 |título=American Air Mass Properties |língua=inglês |autor=H. C. Willett|volume=2|issue=2|publisher=[[Massachusetts Institute of Technology]]|data=junho de 1933|acessodata=28 de outubro de 2009}}</ref> A classificação das massas de ar envolve três letras. A primeira letra descreve suas propriedades umidade, sendo que a letra "c" é usada para massas de ar continental (seco) e o "m" representa massas de ar marítimas (úmido). A segunda letra descreve a característica térmica de sua região de origem: "t" para [[trópico|tropical]], "p" para [[Polo geográfico|polar]], "a" para o [[Ártico]] ou [[Antártida]], "m" para áreas de monção, "e" para regiões equatoriais e "s" para o ar superior (ar seco formado por movimento descendente significativo na [[atmosfera]]). A terceira letra é usada para designar a estabilidade da atmosfera. Se a massa de ar é mais fria que a terra debaixo dele, ele é rotulado "k". Se a massa de ar é mais quente que o chão, ele é rotulado "w".<ref name="airmassclass">{{Citar web|autor=Glossary of Meteorology |url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?id=airmass-classification1 |arquivourl=http://www.webcitation.org/66ZdrAAxY |arquivodata=31 de março de 2012 |título=Airmass Classification |língua=inglês |acessodata=23 de maio de 2008 |publicado=[[American Meteorological Society]]|data=junho de 2000}}</ref>
As massas de ar deslocam-se, primariamente, de regiões onde a [[pressão atmosférica]] é maior para regiões onde a pressão é menor. No entanto, as massas de ar podem se deslocar devido a diferenças de temperatura (que também causam diferenças de pressão) e também pela [[circulação atmosférica]] dominante na região (de efeitos globais).
[[Ficheiro:Air masses .svg|thumb|esquerda|300px|Regiões de origem das massas de ar ao redor do mundo.]]


As massas de ar de origem oceânica são indicadas com uma minúscula "M" (que vem de "marítima"), enquanto as massas de ar de origem continental são indicadas com uma letra minúscula "C" ("continental"). As massas de ar também são indicadas como com ártica (letras maiúsculas "A", ou "AA" para as massas de ar antárticas), polar ("P" maiúscula), tropical ("T" maiúscula), ou equatorial ("E" maiúscula). Estes dois conjuntos de atributos são usados em combinações, dependendo da massa de ar que está sendo descrita. Por exemplo, uma massa de ar sobre o sudoeste do deserto dos Estados Unidos no verão pode ser designada "cT". Uma massa de ar de origem sobre o norte da Sibéria no inverno pode ser indicada como "cA". No Sul da Ásia, uma letra maiúscula "M" (de ''"Monsoon"'') tem sido ocasionalmente usado para designar uma massa de ar dentro do regime de [[monção]] do verão na região.<ref name="airmassclass"/>
Uma massa de ar pode ser entendida como uma grande porção da atmosfera que se desloca sobre a superfície terrestre carregando parte das características da região onde se originara, como a temperatura e a umidade. Existem grandes extensões da superfície terrestre que têm características semelhantes, como, por exemplo, as regiões polares, desérticas, as vastidões marítimas quentes ou frias, etc. Desde que o ar permaneça estacionário durante muito tempo sobre essas superfícies, ocorre a formação de massas de ar influenciadas pelas características da superfície contato. Por exemplo, as massas de ar oceânicas são úmidas e as continentais geralmente são secas. Podemos concluir então que as diferenças nas incidências dos raios solares na superfície da Terra são responsáveis pela formação das massas de ar.


A estabilidade de uma massa de ar pode ser mostrada usando-se uma terceira letra, ou "k" (ar mais frio do que a superfície abaixo dele) ou "w" (massa de ar mais quente que a superfície abaixo dele). Um exemplo disto pode ser uma massa de ar polar soprando sobre o [[Corrente do Golfo]], denominado "cpk".<ref name="airmassclass"/> Outra convenção utilizada com estes símbolos é a indicação de modificação ou transformação de um tipo para outro. Por exemplo, uma massa de ar ártica soprada sobre o [[Golfo do Alasca]] pode ser denominada como "CA-mpk". No entanto, uma outra convenção indica a estratificação das massas de ar em determinadas situações. Por exemplo, a invasão de uma massa de ar polar por uma massa de ar a partir do Golfo do México sobre a região central dos Estados Unidos pode ser mostrada com a nomeclatura "mT / CP" (às vezes usando uma linha horizontal como na notação de fração). <ref>{{Citar web|url=http://docs.lib.noaa.gov/rescue/dwm/1950/19500201.djvu |arquivourl=http://www.webcitation.org/66Zf9H6QC |arquivodata=31 de março de 2012 |título=Daily Weather Maps: February 1, 1950 |língua=inglês |autor=United States Weather Bureau |data=1º de fevereiro de 1958 |publicado=United States Department of Commerce |acessodata=28 de outubro de 2009}}</ref>
Os movimentos do ar (massas de ar e ventos) resultam da distribuição desigual da [[energia solar]] nas zonas de baixas, médias e altas latitudes. A diferença de temperatura do ar atmosférico exerce uma função muito importante na formação de áreas de baixa e alta pressão atmosférica e, consequentemente, no movimento das massas de ar e dos [[vento]]s, pois, como foi exposto, os deslocamentos do ar acontecem de uma [[área]] de alta pressão para uma de baixa pressão. O [[ar]] aquecido nas zonas de baixas latitudes próximas ao equador se expande, torna-se leve e sobe (ascende), criando uma área de baixa pressão ou ciclonal. O ar mais frio e denso das áreas de médias e altas latitudes desce, fazendo surgir uma área de alta pressão. Uma vez que as massas apresentam uma certa tendência para igualar essas pressões, estabelece-se, assim, uma dinâmica atmosférica, ou seja, uma circulação geral de ar quente entre os trópicos e os [[pólo]]s, passando pelas zonas de médias latitudes. As áreas frias ou de alta pressão, como as polares, e as subtropicais ou de latitudes médias são dispersoras de massas de ar e ventos, e recebem o nome de áreas anticiclonais; as quentes ou de baixa pressão atmosférica (de baixa [[latitude]]), como as equatoriais, são receptoras de massas de ar e ventos e são chamadas de áreas ciclonais.


Em Portugal são sete tipos de massas de ar que atuam sobre o território do país: massa de ar polar continental frio (Pck); massa de ar polar continental quente (Pcw); massa de ar polar marítimo frio (Pmk); massa de ar polar marítima quente (Pmw); massa de ar tropical marítima (Tm); e o ar tropical continental (Tc).<ref name="fpcolumbofilia">{{citar web|url=http://www.fpcolumbofilia.pt/meteo/main068.htm |arquivourl=http://www.webcitation.org/66Ztt1Tr6 |arquivodata=31 de março de 2012 |título=Massas do ar sobre Portugal Continental |autor=Fernando Garrido |publicado=Meteorologia e Columbofilia |acessodata=31 de março de 2012}}</ref> Já no [[Brasil]] são cinco massas: massa equatorial atlântica(mEa); massa equatorial continental (mEc); massa tropical atlântica (mTa); massa tropical continental (mTc) e massa polar atlântica (mPa).<ref>{{citar web|url=http://educacao.uol.com.br/geografia/massas-de-ar-2-bolsoes-de-ar-influenciam-o-clima.jhtm |arquivourl=http://www.webcitation.org/66ZtuSxDV |arquivodata=31 de março de 2012 |título=Bolsões de ar influenciam o clima |autor=Ronaldo Decicino |publicado=Uol Educação |acessodata=31 de março de 2012}}</ref>
== As massas de ar e as frentes ==
As massas de ar são grandes volumes de ar que apresentam horizontalmente características físicas mais ou menos uniformes (uma temperatura e umidade uniformes). Formam-se em grandes zonas planas, com áreas que podem ir até vários milhares de quilómetros, onde o ar pode estar suficientemente tempo parado para tomar as características físicas próprias da superfície em baixo dele. Podem ter vários milhares de quilometros de espessura. Conforme a zona em que se desenvolvem são classificadas como equatoriais (quentes e muito úmidas), tropicais (quentes) e polares (frias) ou massas de ar marítimas (geralmente muito úmidas) e massas de ar continentais (geralmente secas).


== Características ==
Quando uma massa de ar se desloca sobre uma superfície mais fria do que ela, é chamada uma massa de ar quente. Se a superfície está mais quente do que ela, é chamada uma massa de ar frio.
Massas de ar polares são frias. As qualidades do ar ártico são desenvolvidas sobre gelo e solo coberto de neve. O ar ártico é profundamente frio, mais frio do que massas de ar polares. O ar ártico pode ser superficial no verão, e rapidamente modifica-se enquanto se move equatorialmente.<ref>{{Citar web|url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?id=arctic-air1 |arquivourl=http://www.webcitation.org/66ZfPB1TP |arquivodata=31 de março de 2012 |título=Arctic air |título=Glossary of Meteorology |língua=inglês |data=junho de 2000 |autor=[[American Meteorological Society]]|acessodata=28 de outubro de 2009}}</ref> Massas de ar polar desenvolvem-se ao longo de latitudes mais elevadas sobre a terra ou no mar, são muito estáveis e, geralmente, são mais rasas do que o ar ártico. O ar polar sobre o oceano perde a sua estabilidade, já que ganha umidade sobre as águas oceânicas mais quentes.<ref>{{Citar web|url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?id=polar-air1 |arquivourl=http://www.webcitation.org/66ZfiBy3E |arquivodata=31 de março de 2012 |título=Polar air |língua=inglês |autor=Glossary of Meteorology |data=junho de 2000 |publicado=[[American Meteorological Society]] |acessodata=28 de outubro de 2009}}</ref>


Massas de ar tropicais e equatoriais são quentes, uma vez que elas se desenvolvem em latitudes mais baixas. Aquelas que se desenvolvem sobre a terra (massas continentais) são mais secas e mais quentes do que aqueles que se desenvolvem sobre os oceanos, e migram para o norte na periferia oeste da [[alta subtropical]].<ref>{{Citar web|url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?p=1&query=tropical+air&submit=Search |arquivourl=http://www.webcitation.org/66ZfsQckh |arquivodata=31 de março de 2012 |title=Tropical air |língua=inglês |autor=Glossary of Meteorology |data=junho de 2000 |publicado=[[American Meteorological Society]]|accessdate=28 de outubro de 2009}}</ref> Massas de ar superiores são secas, e raramente atingem o solo. acessodatanormal residirem sobre massas de ar tropicais marítimas, formando uma camada mais quente e seca sobre a massa de ar úmida abaixo. Massas polares continentais (PB) são as massas de ar que são frias e secas, devido à sua região de origem. Massas de ar continentais polares que afetam a América do Norte formam-se mais no interior do Canadá. Uma massa de ar Tropical
As massas de ar frias são mais instáveis, apresentam boa visibilidade e permitem a formação de trovoadas e de nuvens cumuliformes. As massas de ar quentes são mais estáveis e estão associadas a uma visibilidade mais restrita favorecendo a formação de neblinas e nevoeiros e nuvens do tipo estratificado.
Continental é um tipo de ar tropical produzido na região subtropical das regiões áridas, que são quentes e muito secas.<ref>{{Citar web|url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?p=1&query=superior+air&submit=Search |arquivourl=http://www.webcitation.org/66ZgUdLeP |arquivodata=31 de março de 2012 |título=Superior air |língua=inglês |autor=Glossary of Meteorology |data=junho de 2000 |publicado=[[American Meteorological Society]]|acessodata=28 de outubro de 2009}}</ref> As chamadas massas de ar instáveis (massas de ar frias que se deslocam sobre superfícies quentes) normalmente provocam provocam a formação de nuvens [[cumuliforme]]s; [[aguaceiro]]s; ventos fortes ou em forma de [[Lufada|rajada]]s; e [[trovoada]]s. Já em massas de ar estáveis (massas de ar quente que se deslocam sobre superfícies frias) são comuns nuvens [[estratiforme]]s e [[nevoeiro]]s; precipitação em forma de [[chuva]]s constantes ou [[chuvisco]]s; e ventos mais moderados.<ref name="fpcolumbofilia"/>


== Movimento e frentes ==
As massas de ar são o veículo da transferência de calor na atmosfera através do globo. Quando uma massa de ar se desloca, a sua parte dianteira passa a ser conhecida por [[Frentes (meteorologia)|frente]]. A massa de ar em deslocamento vai-se modificando, porque encontra condições de superfície diferentes, e o seu movimento provoca variações de pressão. As massas de ar acabam por chocar umas com as outras, normalmente nas latitudes médias, produzindo a maioria dos fenómenos meteorológicos mais interessantes.
{{artigo principal|sistema frontal}}
Uma sistema frontal é o limite entre duas massas de ar de [[densidade]]s diferentes, e é a principal causa de fenômenos meteorológicos. Em análises de tempo e superfície, as frentes são descritas utilizando várias linhas coloridas e símbolos, dependendo do tipo. As massas de ar separadas por uma frente normalmente diferem na temperatura e umidade. [[Frentes frias]] podem apresentar faixas estreitas de [[tempestade]]s e tempo severo, podendo ser precedidas por linhas de instabilidade ou linhas secas. Frentes quentes são geralmente precedidas por precipitação estratiforme e [[nevoeiro]]s. Essas condições geralmente desaparecem rapidamente após a passagem de uma frente. Algumas frentes não produzem precipitação e nebulosidade pequenas, embora haja sempre uma mudança de vento.<ref name=stm>{{Citar web|author=Climate Change Research Center |title=Lesson 7: Clouds and Precipitation |língua=inglês |accessdate=29 de abril de 2007 |url=http://www.ccrc.sr.unh.edu/~stm/AS/Teaching/STEC521/STEC521_7.html |arquivourl=http://www.webcitation.org/66ZnwEpfu |arquivodata=31 de março de 2012 |data=10 de novembro de 2000 |publicado=[[University of New Hampshire]]}}</ref>


Frentes frias e frentes oclusas geralmente se movem de oeste para leste, enquanto frentes quentes movem-se em direção aos polos. Devido à maior densidade do ar na sua esteira, frentes frias e oclusões frias movem-se mais rápido do que frentes quentes e oclusões quentes. [[Montanha]]s e organismos de água quente podem retardar o movimento de frentes.<ref name="DR">{{Citar web|author=David Roth|date=14 de dezembro de 2005 |título=Unified Surface Analysis Manual |língua=inglês |acessodata=22 de outubro de 2006 |publicado=[[Hydrometeorological Prediction Center]] |url= http://www.hpc.ncep.noaa.gov/sfc/UASfcManualVersion1.pdf |arquivourl=http://www.webcitation.org/66Zo9CHrY |arquivodata=31 de março de 2012}}</ref> Quando uma frente se torna estacionária, e o contraste de densidade entre os limites frontais desaparece, a frente pode degenerar em uma linha que separa regiões com diferentes velocidade do vento.<ref>{{Citar web|autor=Glossary of Meteorology |língua=inglês |data=junho de 2000 |título=Shear Line |acessodata=22 de outubro de 2006 |url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?p=1&query=shear+line |arquivourl=http://www.webcitation.org/66ZoLYVN9 |arquivodata=31 de março de 2012 |publicado=[[American Meteorological Society]]}}</ref>
O ar de um lado da frente sopra tipicamente numa direção diferente do outro lado o que faz com que o ar convirja (embata um no outro) ou se empilhe na zona da superfície frontal. Como o ar tem que ir para algum lado, acaba por subir e o vapor de água condensa. Se há suficiente umidade (quantidade de vapor de água) no ar, há uma probabilidade aumentada de que as gotas aumentem em tamanho acabando depois por cair para terra, sob a forma de precipitação.


== Modificação ==
[[Ficheiro:sistema frontal.jpg|thumb|450px|Sistema frontal - esquema no hemisfério norte.]]No seu movimento, as massas de ar de diferentes características de temperatura, pressão e umidade, encontram-se, dando origem ao chamado [[sistema frontal]], que é composto, de um modo geral, por uma [[frente fria]], o motor do sistema, e uma [[frente quente]] que a antecede. As frentes oclusas surgem quando a frente fria, movendo-se mais depressa, ultrapassa a frente quente e ambas se encontram à superfície, na fase final do sistema.
[[Ficheiro:Snow Clouds in Korea.jpg|thumb|direita|Bandas de neve próxima à [[Península Coreana]].]]

{{vertambém|Precipitação (meteorologia)}}
No Hemisfério Norte, os ventos que precedem as frentes são predominantemente de Sudoeste. Os ventos que ocorrem com a passagem das frentes frias são mais intensos e mais frios e são, no Hemisfério Norte, predominantemente de Noroeste. No Hemisfério Sul as direções dos ventos pré-frontais e pós-frontais são as inversas.
As massas de ar podem ser modificadas de várias maneiras. O fluxo de superfície de vegetação subjacente, nas florestas, atua para umedecer a massa de ar sobrejacente.<ref>{{cite journal|url=http://sequoia.asrc.cestm.albany.edu/PDFfiles/PostfrontalAirmassMod.pdf |title=Postfrontal Airmass Modification|author=Jeffrey M. Freedman and David R. Fitzjarrald |data=agosto de 2001 |língua=inglês |accessdate=22 de agosto de 2009 |publisher=[[American Meteorological Society]] |pages=419–437 |journal=Journal of Hydrometeorology}}</ref> O calor das águas subjacentes mais quentes pode modificar significativamente uma massa de ar sobre distâncias variando entre 35 km e 40 km.<ref>{{cite journal|journal=Boundary-Layer Meteorology|url=http://www.springerlink.com/content/fm26377722407422/|author=Jun Inoue, Masayuki Kawashima, Yasushi Fujiyoshi and Masaaki Wakatsuchi |title=Aircraft Observations of Air-mass Modification Over the Sea of Okhotsk during Sea-ice Growth |língua=inglês |issue=1|date=October 2005|doi=10.1007/s10546-004-3407-y|pages=111–129|issn=0006-8314|volume=117|bibcode = 2005BoLMe.117..111I|unused_data=DUPLICATE DATA: journal=Boundary-Layer Meteorology }}</ref> Por exemplo, a sudoeste de [[ciclone extratropical|ciclones extratropicais]], o fluxo ciclônico se curva, trazendo ar frio através dos corpos de água relativamente quentes, o que pode levar a estreitas faixas de neve. Essas bandas trazem precipitação forte e localizada, uma vez que grandes massas de água, tais como lagos, armazenam o calor que resulta em diferenças de temperatura significativas (maiores do que 13°C) entre a superfície da água e do ar acima.<ref>{{cite news |author=B. Geerts |year=1998|url=http://www-das.uwyo.edu/~geerts/cwx/notes/chap10/lake_effect_snow.html |língua=inglês |title=Lake Effect Snow.| accessdate= 24 de dezembro de 2008 |publisher=University of Wyoming}}</ref> Devido a essa diferença de temperatura, o calor e a umidade são transportados para cima, condensando-se em nuvens verticalmente orientadas (ver imagem de satélite) que produzem aguaceiros de neve. A diminuição da temperatura com a altura e profundidade da nuvem são diretamente afetadas tanto pela temperatura da água quanto pelo ambiente. Quando mais forte é queda da temperatura com a altura que as nuvens mais profundas podem chegar, maior será a taxa de precipitação.<ref>{{citar web|url=http://www.comet.ucar.edu/class/smfaculty/byrd/sld010.htm |arquivourl=http://www.webcitation.org/66ZtyC60r |arquivodata=31 de março de 2012 |publicado=University Corporation for Atmospheric Research |título=Lake Effect Snow |língua=inglês |data=3 de junho de 1998 |acessodata=12 de julho de 2009 |autor=Greg Byrd}}</ref>

== Massas de ar no Brasil ==
Destacam-se entre elas as massas de ar Equatorial Continental (mEc), Massa Tropical Continental (mTc),Massa Polar Atlântica(mPa), Massa Tropical Atlântica (mTa)e a massa Equatorial Atlântica(mEa).


== {{Ver também}} ==
== {{Ver também}} ==
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* [[Frente subtropical]]
* [[Frente subtropical]]


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== {{Ligações externas}} ==
{{Referências|col=3}}
* {{Link||2=http://www.brasilescola.com/geografia/massas-ar.htm |3=Massas de ar}}
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{{portal3|Meteorologia|Geografia}}

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[[ca:Estació humida]]
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[[cs:Období dešťů]]
[[fi:Ilmamassa]]
[[da:Regntid]]
[[fr:Masse d'air]]
[[de:Regenzeit]]
[[en:Wet season]]
[[hi:वायुराशि]]
[[ht:Mas lè]]
[[eo:Pluvsezono]]
[[it:Massa d'aria]]
[[es:Estación lluviosa]]
[[ja:気団]]
[[eu:Urtaro hezea]]
[[fi:Sadekausi]]
[[kk:Ауа массалары]]
[[ko:기단]]
[[fr:Saison humide]]
[[lt:Oro masė]]
[[hu:Esős évszak]]
[[lv:Gaisa masa]]
[[id:Musim hujan]]
[[it:Stagione delle piogge]]
[[nl:Luchtmassa]]
[[nn:Luftmasse]]
[[ja:雨季]]
[[no:Luftmasse]]
[[jv:Mangsa udan]]
[[pl:Masa powietrza]]
[[ko:우기]]
[[lt:Liūčių laikotarpis]]
[[ru:Воздушная масса]]
[[simple:Air mass]]
[[mg:Fahavaratra]]
[[mr:पावसाळा]]
[[sk:Vzduchová hmota]]
[[sv:Luftmassa]]
[[nl:Regentijd]]
[[nn:Regntid]]
[[uk:Повітряна маса]]
[[zh:气团]]
[[no:Regntid]]
[[pl:Pora deszczowa]]
[[qu:Paray mit'a]]
[[ru:Сезон дождей]]
[[sv:Regnperiod]]
[[ta:மாரிகாலம்]]
[[th:ฤดูฝน]]
[[tl:Tag-ulan]]
[[uk:Сезон дощів]]
[[vi:Mùa mưa]]
[[war:Kathulós]]
[[zh:雨季]]

Revisão das 16h02min de 31 de março de 2012

Diferentes massas de ar que afetam a América do Norte, bem como em outros continentes, tendem a ser separadas por fronteiras frontais.

Massa de ar, em meteorologia, é um volume de ar definido pela sua temperatura e teor de vapor de água. Cobre centenas ou milhares de quilômetros quadrados e possui as mesmas características da superfície que está abaixo dela. As massas de ar são classificadas de acordo com a latitude e as suas regiões de origem continental ou marítima. As de ar frio são as chamadas massas polares árticas e as de ar quentes são denominadas massas de ar tropical. Massas de ar continentais são secas, enquanto que as marítimas são de monção úmida. Os sistemas frontais s separam as massas de ar que têm diferentes densidades e temperaturas. Uma vez que uma massa de ar se move para longe de sua região de origem, fatores como a vegetação e disponibilidade de água numa determinada região podem modificar rapidamente o seu caráter.

Classificação

A classificação Bergeron é a forma mais amplamente aceita de classificação das massas de ar, embora haja outras classificações mais refinadas que são usadas em diferentes regiões do globo.[1] A classificação das massas de ar envolve três letras. A primeira letra descreve suas propriedades umidade, sendo que a letra "c" é usada para massas de ar continental (seco) e o "m" representa massas de ar marítimas (úmido). A segunda letra descreve a característica térmica de sua região de origem: "t" para tropical, "p" para polar, "a" para o Ártico ou Antártida, "m" para áreas de monção, "e" para regiões equatoriais e "s" para o ar superior (ar seco formado por movimento descendente significativo na atmosfera). A terceira letra é usada para designar a estabilidade da atmosfera. Se a massa de ar é mais fria que a terra debaixo dele, ele é rotulado "k". Se a massa de ar é mais quente que o chão, ele é rotulado "w".[2]

Regiões de origem das massas de ar ao redor do mundo.

As massas de ar de origem oceânica são indicadas com uma minúscula "M" (que vem de "marítima"), enquanto as massas de ar de origem continental são indicadas com uma letra minúscula "C" ("continental"). As massas de ar também são indicadas como com ártica (letras maiúsculas "A", ou "AA" para as massas de ar antárticas), polar ("P" maiúscula), tropical ("T" maiúscula), ou equatorial ("E" maiúscula). Estes dois conjuntos de atributos são usados em combinações, dependendo da massa de ar que está sendo descrita. Por exemplo, uma massa de ar sobre o sudoeste do deserto dos Estados Unidos no verão pode ser designada "cT". Uma massa de ar de origem sobre o norte da Sibéria no inverno pode ser indicada como "cA". No Sul da Ásia, uma letra maiúscula "M" (de "Monsoon") tem sido ocasionalmente usado para designar uma massa de ar dentro do regime de monção do verão na região.[2]

A estabilidade de uma massa de ar pode ser mostrada usando-se uma terceira letra, ou "k" (ar mais frio do que a superfície abaixo dele) ou "w" (massa de ar mais quente que a superfície abaixo dele). Um exemplo disto pode ser uma massa de ar polar soprando sobre o Corrente do Golfo, denominado "cpk".[2] Outra convenção utilizada com estes símbolos é a indicação de modificação ou transformação de um tipo para outro. Por exemplo, uma massa de ar ártica soprada sobre o Golfo do Alasca pode ser denominada como "CA-mpk". No entanto, uma outra convenção indica a estratificação das massas de ar em determinadas situações. Por exemplo, a invasão de uma massa de ar polar por uma massa de ar a partir do Golfo do México sobre a região central dos Estados Unidos pode ser mostrada com a nomeclatura "mT / CP" (às vezes usando uma linha horizontal como na notação de fração). [3]

Em Portugal são sete tipos de massas de ar que atuam sobre o território do país: massa de ar polar continental frio (Pck); massa de ar polar continental quente (Pcw); massa de ar polar marítimo frio (Pmk); massa de ar polar marítima quente (Pmw); massa de ar tropical marítima (Tm); e o ar tropical continental (Tc).[4] Já no Brasil são cinco massas: massa equatorial atlântica(mEa); massa equatorial continental (mEc); massa tropical atlântica (mTa); massa tropical continental (mTc) e massa polar atlântica (mPa).[5]

Características

Massas de ar polares são frias. As qualidades do ar ártico são desenvolvidas sobre gelo e solo coberto de neve. O ar ártico é profundamente frio, mais frio do que massas de ar polares. O ar ártico pode ser superficial no verão, e rapidamente modifica-se enquanto se move equatorialmente.[6] Massas de ar polar desenvolvem-se ao longo de latitudes mais elevadas sobre a terra ou no mar, são muito estáveis e, geralmente, são mais rasas do que o ar ártico. O ar polar sobre o oceano perde a sua estabilidade, já que ganha umidade sobre as águas oceânicas mais quentes.[7]

Massas de ar tropicais e equatoriais são quentes, uma vez que elas se desenvolvem em latitudes mais baixas. Aquelas que se desenvolvem sobre a terra (massas continentais) são mais secas e mais quentes do que aqueles que se desenvolvem sobre os oceanos, e migram para o norte na periferia oeste da alta subtropical.[8] Massas de ar superiores são secas, e raramente atingem o solo. acessodatanormal residirem sobre massas de ar tropicais marítimas, formando uma camada mais quente e seca sobre a massa de ar úmida abaixo. Massas polares continentais (PB) são as massas de ar que são frias e secas, devido à sua região de origem. Massas de ar continentais polares que afetam a América do Norte formam-se mais no interior do Canadá. Uma massa de ar Tropical Continental é um tipo de ar tropical produzido na região subtropical das regiões áridas, que são quentes e muito secas.[9] As chamadas massas de ar instáveis (massas de ar frias que se deslocam sobre superfícies quentes) normalmente provocam provocam a formação de nuvens cumuliformes; aguaceiros; ventos fortes ou em forma de rajadas; e trovoadas. Já em massas de ar estáveis (massas de ar quente que se deslocam sobre superfícies frias) são comuns nuvens estratiformes e nevoeiros; precipitação em forma de chuvas constantes ou chuviscos; e ventos mais moderados.[4]

Movimento e frentes

Ver artigo principal: sistema frontal

Uma sistema frontal é o limite entre duas massas de ar de densidades diferentes, e é a principal causa de fenômenos meteorológicos. Em análises de tempo e superfície, as frentes são descritas utilizando várias linhas coloridas e símbolos, dependendo do tipo. As massas de ar separadas por uma frente normalmente diferem na temperatura e umidade. Frentes frias podem apresentar faixas estreitas de tempestades e tempo severo, podendo ser precedidas por linhas de instabilidade ou linhas secas. Frentes quentes são geralmente precedidas por precipitação estratiforme e nevoeiros. Essas condições geralmente desaparecem rapidamente após a passagem de uma frente. Algumas frentes não produzem precipitação e nebulosidade pequenas, embora haja sempre uma mudança de vento.[10]

Frentes frias e frentes oclusas geralmente se movem de oeste para leste, enquanto frentes quentes movem-se em direção aos polos. Devido à maior densidade do ar na sua esteira, frentes frias e oclusões frias movem-se mais rápido do que frentes quentes e oclusões quentes. Montanhas e organismos de água quente podem retardar o movimento de frentes.[11] Quando uma frente se torna estacionária, e o contraste de densidade entre os limites frontais desaparece, a frente pode degenerar em uma linha que separa regiões com diferentes velocidade do vento.[12]

Modificação

Bandas de neve próxima à Península Coreana.

As massas de ar podem ser modificadas de várias maneiras. O fluxo de superfície de vegetação subjacente, nas florestas, atua para umedecer a massa de ar sobrejacente.[13] O calor das águas subjacentes mais quentes pode modificar significativamente uma massa de ar sobre distâncias variando entre 35 km e 40 km.[14] Por exemplo, a sudoeste de ciclones extratropicais, o fluxo ciclônico se curva, trazendo ar frio através dos corpos de água relativamente quentes, o que pode levar a estreitas faixas de neve. Essas bandas trazem precipitação forte e localizada, uma vez que grandes massas de água, tais como lagos, armazenam o calor que resulta em diferenças de temperatura significativas (maiores do que 13°C) entre a superfície da água e do ar acima.[15] Devido a essa diferença de temperatura, o calor e a umidade são transportados para cima, condensando-se em nuvens verticalmente orientadas (ver imagem de satélite) que produzem aguaceiros de neve. A diminuição da temperatura com a altura e profundidade da nuvem são diretamente afetadas tanto pela temperatura da água quanto pelo ambiente. Quando mais forte é queda da temperatura com a altura que as nuvens mais profundas podem chegar, maior será a taxa de precipitação.[16]

Ver também

Referências

  1. H. C. Willett (junho de 1933). «American Air Mass Properties» (PDF). Massachusetts Institute of Technology. Papers in Physical Oceanography and Meteorology (em inglês). 2 (2). Consultado em 28 de outubro de 2009. Cópia arquivada em 31 de março de 2012 
  2. a b c Glossary of Meteorology (junho de 2000). «Airmass Classification» (em inglês). American Meteorological Society. Consultado em 23 de maio de 2008. Cópia arquivada em 31 de março de 2012 
  3. United States Weather Bureau (1º de fevereiro de 1958). «Daily Weather Maps: February 1, 1950» (em inglês). United States Department of Commerce. Consultado em 28 de outubro de 2009. Cópia arquivada em 31 de março de 2012 
  4. a b Fernando Garrido. «Massas do ar sobre Portugal Continental». Meteorologia e Columbofilia. Consultado em 31 de março de 2012. Cópia arquivada em 31 de março de 2012 
  5. Ronaldo Decicino. «Bolsões de ar influenciam o clima». Uol Educação. Consultado em 31 de março de 2012. Cópia arquivada em 31 de março de 2012 
  6. American Meteorological Society (junho de 2000). «Glossary of Meteorology» (em inglês). Consultado em 28 de outubro de 2009. Cópia arquivada em 31 de março de 2012 
  7. Glossary of Meteorology (junho de 2000). «Polar air» (em inglês). American Meteorological Society. Consultado em 28 de outubro de 2009. Cópia arquivada em 31 de março de 2012 
  8. Glossary of Meteorology (junho de 2000). «Tropical air» (em inglês). American Meteorological Society. Consultado em 28 de outubro de 2009. Cópia arquivada em 31 de março de 2012 
  9. Glossary of Meteorology (junho de 2000). «Superior air» (em inglês). American Meteorological Society. Consultado em 28 de outubro de 2009. Cópia arquivada em 31 de março de 2012 
  10. Climate Change Research Center (10 de novembro de 2000). «Lesson 7: Clouds and Precipitation» (em inglês). University of New Hampshire. Consultado em 29 de abril de 2007. Cópia arquivada em 31 de março de 2012 
  11. David Roth (14 de dezembro de 2005). «Unified Surface Analysis Manual» (PDF) (em inglês). Hydrometeorological Prediction Center. Consultado em 22 de outubro de 2006. Cópia arquivada em 31 de março de 2012 
  12. Glossary of Meteorology (junho de 2000). «Shear Line» (em inglês). American Meteorological Society. Consultado em 22 de outubro de 2006. Cópia arquivada em 31 de março de 2012 
  13. Jeffrey M. Freedman and David R. Fitzjarrald (agosto de 2001). «Postfrontal Airmass Modification» (PDF). American Meteorological Society. Journal of Hydrometeorology (em inglês): 419–437. Consultado em 22 de agosto de 2009 
  14. Jun Inoue, Masayuki Kawashima, Yasushi Fujiyoshi and Masaaki Wakatsuchi (October 2005). «Aircraft Observations of Air-mass Modification Over the Sea of Okhotsk during Sea-ice Growth». Boundary-Layer Meteorology (em inglês). 117 (1): 111–129. Bibcode:2005BoLMe.117..111I. ISSN 0006-8314. doi:10.1007/s10546-004-3407-y  Parâmetro desconhecido |unused_data= ignorado (ajuda); Verifique data em: |data= (ajuda)
  15. B. Geerts (1998). «Lake Effect Snow.» (em inglês). University of Wyoming. Consultado em 24 de dezembro de 2008 
  16. Greg Byrd (3 de junho de 1998). «Lake Effect Snow» (em inglês). University Corporation for Atmospheric Research. Consultado em 12 de julho de 2009. Cópia arquivada em 31 de março de 2012 

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