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[[Ficheiro:Estação sismica.JPG|thumb|Estação sísmica na Ilha de Santa Maria (Açores), Portugal.]]
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Os sismómetros podem ser classificados em dois grandes tipos: os sismómetros inerciais e os sismómetros de extensão ou também designados por [[extensómetro]]s ou [[extensímetro]]s.<ref>{{citar web|url=http://www.infopedia.pt/$sismometro|título=Sismómetro|data=|acessodata=7 de abril de 2014|publicado=[[Infopédia]]|língua=português}}</ref>
Os sismómetros podem ser classificados em dois grandes tipos: os sismómetros inerciais e os sismómetros de extensão ou também designados por [[extensómetro]]s ou [[extensímetro]]s.<ref>{{citar web|url=http://www.infopedia.pt/$sismometro|título=Sismómetro|data=|acessodata=7 de abril de 2014|publicado=[[Infopédia]]|língua=português}}</ref>

==Principio de funcionamento==
Devido aos equipamentos que medem oscilações terrestres estarem necessariamente localizados sobre a superfície da [[Terra]], movimentando-se com ela, a maioria dos sensores sísmicos são baseados na [[inércia]] de uma massa suspensa por uma [[mola]], sendo que a massa tenderá a se manter parada quando ocorrer um deslocamento<ref name = "Havskov">{{Citar livro |autor=Havskov, Jens; Alguacil, Gerardo |título=Instrumentation in Earthquake Seismology |subtítulo= |idioma=Inglês |edição= |local=Dordrecht |editora=Springer Netherlands |editor= |ano=2004 |páginas= |volumes= |página= |capítulo=1 e 2 |capítulourl= |volume= |coleção=Modern Approaches in Geophysics |isbn=978-1-4020-2969-1 |issn=0924-6096 |oclc= |id= |notas= |url=http://books.google.com.br/books?id=_Jz50-f1LnAC&printsec=frontcover&hl=pt-BR#v=onepage&q&f=false |acessodata= |seção= |url_seção= |ref = }}</ref>. Porém, o [[primeira lei de Newton|principio da inércia]] define que só se pode observar que um corpo está em movimento se ele possuir uma [[aceleração]] não nula. Como o interesse sismológico geralmente é medir o deslocamento da [[crosta terrestre]], é medida a aceleração ou a velocidade da superfície e então integrada uma vez (no caso da velocidade) ou duas vezes (no caso da aceleração).

Este [[sistema massa-mola]] possui frequência de ressonância <math>f_{0}</math>:
:<math>f_{0}=\frac{1}{2 \pi} \sqrt{\frac{k}{m}}</math>
Onde <math>k</math> é a constante elástica da mola e <math>m</math> é a massa. Se a [[frequência]] de deslocamento do solo for próximo a frequência de [[ressonância]], o movimento relativo da massa será maior, e para frequências menores que a de ressonância o movimento relativo diminui. Por isso, os sismógrafos possuem tipos diferentes para diferentes faixas de frequência, devido a dificuldade de se registrar deslocamentos com frequência menor que a de ressonância.<ref name = "Havskov"/>

[[Ficheiro:Sismografoactual.jpg|thumb|Sismógrafo analógico, com indicação dos principais elementos constituintes.]]

Antigamente, nos sistemas analógicos, os [[sismólogo]]s geralmente utilizavam sismógrafos para movimentos pequenos, que mediam a velocidade ou deslocamento da superfície para interpretação das [[onda P|fases sísmicas]], enquanto os [[engenheiro]]s preferiam sismógrafos para deslocamentos grandes e que medissem a aceleração da superfície, devido a direta relação da aceleração com [[carga estructural|carga]] sísmica na estrutura. Atualmente esta distinção praticamente não existe mais, pois com os instrumentos digitais a conversão entre aceleração, velocidade e deslocamento é fácil, e os instrumentos de medida de movimentos pequenos possuem sensibilidade para movimentos grandes, e vice e versa.<ref name = "Havskov"/>

A geração do [[sismograma]] pode ser feita de forma analógica ou digital. A forma analógica era mais utilizada antigamente, e consistia de uma caneta ou outro objeto ligado a massa, marcando o movimento em um rolo de papel ou filme fotográfico, e atualmente é mais utilizada para demonstrações. A forma digital é a mais utilizada atualmente e se baseia na [[voltagem]] registrada pelo sismômetro, que se altera com o movimento da massa, sendo processada por [[computador]] e gerando o sismograma.<ref name = "Havskov"/>


==História==
==História==

Revisão das 22h35min de 12 de maio de 2014

O Sismocóspio de Chang Heng (China, 132).
Estação sísmica na Ilha de Santa Maria (Açores), Portugal.

Sismógrafo é um aparelho que detecta os movimentos do solo, incluindo os gerados pelas ondas sísmicas. Consiste no sensor básico dos instrumentos sismográficos de que o sismógrafo e o sismoscópio fazem parte. Estes movimentos são depois registados nos sismógrafos, que geram traçados gráficos denominados de sismogramas. A partir dos sismogramas os sismólogos conseguem obter informações, como a localização do hipocentro e a magnitude do sismo. O sismógrafo, principalmente usado na área da sismologia, detecta e mede as ondas sísmicas naturais ou induzidas e permite determinar, principalmente se organizado em rede, a posição exata do foco (hipocentro) dessas ondas e do ponto da sua chegada na superfície terrestre (epicentro). Para quantificar a energia desses terremotos é utilizada a escala de Richter.

O gráfico obtido num sismógrafo - sismograma - indica as características das diferentes propagações das ondas sísmicas. Um sismograma, em período de calma sísmica, apresenta o aspecto de uma linha reta com apenas algumas oscilações. Quando ocorre um sismo, os registros tornam-se mais complexos e com oscilações bastante acentuadas, mostrando a amplitude das diferentes ondas sísmicas.

Os sismómetros podem ser classificados em dois grandes tipos: os sismómetros inerciais e os sismómetros de extensão ou também designados por extensómetros ou extensímetros.[1]

Principio de funcionamento

Devido aos equipamentos que medem oscilações terrestres estarem necessariamente localizados sobre a superfície da Terra, movimentando-se com ela, a maioria dos sensores sísmicos são baseados na inércia de uma massa suspensa por uma mola, sendo que a massa tenderá a se manter parada quando ocorrer um deslocamento[2]. Porém, o principio da inércia define que só se pode observar que um corpo está em movimento se ele possuir uma aceleração não nula. Como o interesse sismológico geralmente é medir o deslocamento da crosta terrestre, é medida a aceleração ou a velocidade da superfície e então integrada uma vez (no caso da velocidade) ou duas vezes (no caso da aceleração).

Este sistema massa-mola possui frequência de ressonância :

Onde é a constante elástica da mola e é a massa. Se a frequência de deslocamento do solo for próximo a frequência de ressonância, o movimento relativo da massa será maior, e para frequências menores que a de ressonância o movimento relativo diminui. Por isso, os sismógrafos possuem tipos diferentes para diferentes faixas de frequência, devido a dificuldade de se registrar deslocamentos com frequência menor que a de ressonância.[2]

Sismógrafo analógico, com indicação dos principais elementos constituintes.

Antigamente, nos sistemas analógicos, os sismólogos geralmente utilizavam sismógrafos para movimentos pequenos, que mediam a velocidade ou deslocamento da superfície para interpretação das fases sísmicas, enquanto os engenheiros preferiam sismógrafos para deslocamentos grandes e que medissem a aceleração da superfície, devido a direta relação da aceleração com carga sísmica na estrutura. Atualmente esta distinção praticamente não existe mais, pois com os instrumentos digitais a conversão entre aceleração, velocidade e deslocamento é fácil, e os instrumentos de medida de movimentos pequenos possuem sensibilidade para movimentos grandes, e vice e versa.[2]

A geração do sismograma pode ser feita de forma analógica ou digital. A forma analógica era mais utilizada antigamente, e consistia de uma caneta ou outro objeto ligado a massa, marcando o movimento em um rolo de papel ou filme fotográfico, e atualmente é mais utilizada para demonstrações. A forma digital é a mais utilizada atualmente e se baseia na voltagem registrada pelo sismômetro, que se altera com o movimento da massa, sendo processada por computador e gerando o sismograma.[2]

História

O primeiro sismógrafo conhecido é o "Sismocóspio", inventado na China por Chang Heng em 132. Este aparelho consistia numa bola de bronze sustentada por oito dragões, que a seguravam com a boca. Quando ocorria um tremor de terra, por menor que fosse, a boca do dragão abria e a bola caía na boca aberta de um dos oito sapos de metal que se encontravam em baixo. O aparelho permitia determinar, desse modo, a direção de propagação do sismo.

Ver também

Referências

  1. «Sismómetro». Infopédia. Consultado em 7 de abril de 2014 
  2. a b c d Havskov, Jens; Alguacil, Gerardo (2004). «1 e 2». Instrumentation in Earthquake Seismology. Col: Modern Approaches in Geophysics (em inglês). Dordrecht: Springer Netherlands. ISBN 978-1-4020-2969-1. ISSN 0924-6096 

Ligações externas

  • Sismógrafo de Lehman, por Luis Ricardo Sarti (projeto de construção de um sismógrafo de Lehman a partir de componentes de baixo custo).
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