Actinomycetota: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Dbastro (discussão | contribs)
m ajustando datas nas citações, outros ajustes usando script
Actinobacteria, história, taxonomia, morfologia e estrutura celular, habitat, importância
Etiquetas: Expressão problemática Possível conteúdo ofensivo Editor Visual
Linha 1: Linha 1:
{{Info/Taxonomia
{{Info/Taxonomia
| nome = Actinobacteria
| nome = Actinobacteria
| cor =goldenrod
| cor = goldenrod
| imagem =Corynebacterium diphtheriae Gram stain.jpg
| imagem = Corynebacterium diphtheriae Gram stain.jpg
| imagem_legenda = ''Corynebacterium diphtheriae''
| imagem_legenda = ''Corynebacterium diphtheriae''
| reino = [[Bacteria]]
| reino = [[Bacteria]]
| filo = '''Actinobacteria'''
| filo = '''Actinobacteria'''
| classe = '''Actinobacteria'''
| classe =
| subdivisão_nome = Ordens
| subdivisão_nome = Classes
| subdivisão = Actinobacteria Acidimicrobiia Coriobacteriia Nitriliruptorales Rubrobacteria Thermoleophilia
| subdivisão =
[[Acidimicrobiales]]<br />
[[Actinomycetales]]<br />
[[Bifidobacteriales]]<br />
[[Coriobacteriales]]<br />
[[Rubrobacterales]]<br />
[[Sphaerobacterales]]
}}
}}


'''Actinobacteria''' é um filo de [[bactéria]]s [[Técnica de Gram|Gram-positiva]]s, conhecidas também como '''actinomicetos''' ou '''actinobactérias'''. Estas bactérias têm organização filamentosa, muitas vezes ramificada. Dada sua semelhança com [[fungos]] e por produzirem, como estes, cadeias de esporos semelhantes a conídios, os Actinomicetos são com frequência erroneamente classificados como tais. Ao contrário dos fungos, porém, são organismos [[procarionte|procarióticos]] em sua grande maioria [[aeróbios]].<ref name=":0">{{Citar periódico|ultimo=Ventura|primeiro=Marco|ultimo2=Canchaya|primeiro2=Carlos|ultimo3=Tauch|primeiro3=Andreas|ultimo4=Chandra|primeiro4=Govind|ultimo5=Fitzgerald|primeiro5=Gerald F.|ultimo6=Chater|primeiro6=Keith F.|ultimo7=van Sinderen|primeiro7=Douwe|data=setembro de 2007|titulo=Genomics of Actinobacteria: Tracing the Evolutionary History of an Ancient Phylum|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2168647/|jornal=Microbiology and Molecular Biology Reviews : MMBR|volume=71|numero=3|paginas=495–548|doi=10.1128/MMBR.00005-07|issn=1092-2172|pmc=2168647|pmid=17804669}}</ref>
'''Actinobacteria,''' do grego “aktis” (traço) e “mykes” (fungo), é um filo de [[bactéria]]s [[Técnica de Gram|gram-positiva]]s, conhecidas também como '''actinomicetos''' ou '''actinobactérias'''. Estas bactérias são constituídas por micélios, com organização filamentosa, muitas vezes ramificada.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Lechevalier|primeiro=H A|ultimo2=Lechevalier|primeiro2=M P|data=1967-10|titulo=Biology of Actinomycetes|url=http://dx.doi.org/10.1146/annurev.mi.21.100167.000443|jornal=Annual Review of Microbiology|volume=21|numero=1|paginas=71–100|doi=10.1146/annurev.mi.21.100167.000443|issn=0066-4227}}</ref> Dada sua semelhança com [[fungos]] e por produzirem, como estes, cadeias de esporos semelhantes a conídios, os Actinomicetos são com frequência erroneamente classificados como tais. Nesse sentido, a organização filamentosa ramificada é semelhante à hifa fúngica, porém mais estreita,<ref>{{Citar periódico|ultimo=Correa|primeiro=Ana Clara|ultimo2=Garcia dos Reis Nunes|primeiro2=Gustavo|ultimo3=da S. Paiva|primeiro3=Larissa|ultimo4=Cerceau|primeiro4=Renato|ultimo5=Manuel Serra da Cruz|primeiro5=Sergio|data=2018-10-24|titulo=FarmaJusta: Dados Abertos Como Suporte à Saúde Pública|url=http://dx.doi.org/10.5753/ersirj.2018.4649|jornal=Anais da V Escola Regional de Sistemas de Informação do Rio de Janeiro|publicado=Sociedade Brasileira de Computação - SBC|doi=10.5753/ersirj.2018.4649}}</ref> com diâmetro de 0,5 a 1,0 µm e, fisiologicamente, se assemelha às bactérias. <ref>{{Citar periódico|ultimo=.|primeiro=M. Zakir Sultan|ultimo2=.|primeiro2=Naznin Ara Khatune|ultimo3=.|primeiro3=Zakia Sultana Sathi|ultimo4=.|primeiro4=Md. Shah Alam Bhuiya|ultimo5=.|primeiro5=M. Golam Sadik|ultimo6=.|primeiro6=M. Akteruzzaman Chou|ultimo7=.|primeiro7=M. A. Gafur|ultimo8=.|primeiro8=Md. Aziz Abdur Rahma|data=2002-02-01|titulo=In vitro Antibacterial Activity of an Active Metabolite Isolated from Streptomyces Species|url=http://dx.doi.org/10.3923/biotech.2002.100.106|jornal=Biotechnology(Faisalabad)|volume=1|numero=2|paginas=100–106|doi=10.3923/biotech.2002.100.106|issn=1682-296X|acessodata=}}</ref> Além disso, ao contrário dos fungos, as actinobacterias são organismos [[procarionte|procarióticos]] e, em sua grande maioria, [[aeróbios]].<ref name=":0">{{Citar periódico|ultimo=Ventura|primeiro=Marco|ultimo2=Canchaya|primeiro2=Carlos|ultimo3=Tauch|primeiro3=Andreas|ultimo4=Chandra|primeiro4=Govind|ultimo5=Fitzgerald|primeiro5=Gerald F.|ultimo6=Chater|primeiro6=Keith F.|ultimo7=van Sinderen|primeiro7=Douwe|data=setembro de 2007|titulo=Genomics of Actinobacteria: Tracing the Evolutionary History of an Ancient Phylum|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2168647/|jornal=Microbiology and Molecular Biology Reviews : MMBR|volume=71|numero=3|paginas=495–548|doi=10.1128/MMBR.00005-07|issn=1092-2172|pmc=2168647|pmid=17804669}}</ref>
==Descrição==
Os actinomicetos ocorrem amplamente no solo, onde desempenham relevante papel biológico. Especialmente representantes do subgrupo dos [[estreptomicetos]] são muito comuns na terra. Entre estes, contam-se o ''[[Streptomyces griseus]]'' e o ''[[Streptomyces aureofaciens]]''. Os representantes do gênero ''[[Streptomyces]]'' produzem importantes antibióticos, como a [[estreptomicina]], sintetizada por ''S. griseus'', a [[clorotetraciclina]], sintetizada por ''S. aureofaciens'', a [[terramicina]], sintetizada por ''S. rimosus'', entre muitos outros. Mais de oitenta antibióticos já foram obtidos de espécies do gênero ''Streptomyces''. Os representantes do gênero ''[[Frankia]]'' vivem em simbiose com as raízes de plantas superiores (por exemplo, da ''[[Casuarina]]'' sp.), onde levam à formação de nódulos, no interior dos quais ocorre fixação de [[nitrogênio]].<ref name=":0" />


Além disso, esses tipos de bactérias compartilham duas características: todas são gram-positivas e apresentam alta razão de G+C (guanina/citosina) em seu DNA, podendo exceder 70% do total de bases nucleotídeas, variando de 51% em ''Corynebacterias'' a mais de 70% em ''Streptomyces'' e ''Frankias.''<ref>{{Citar periódico|ultimo=LACAZ|primeiro=C.S.|ultimo2=PORTO|primeiro2=E.|ultimo3=MARTINS|primeiro3=J.E.C.|ultimo4=HEINS-VACCARI|primeiro4=E.M.|ultimo5=TAKAHASHI DE MELO|primeiro5=N.|data=2002-10|titulo=[NO TITLE AVAILABLE]|url=http://dx.doi.org/10.1590/s0036-46652002000500013|jornal=Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo|volume=44|numero=5|paginas=297–298|doi=10.1590/s0036-46652002000500013|issn=0036-4665}}</ref>
Por fim, muitos Actinomicetos causam graves moléstias no homem e nos animais. Entre os patógenos, podemos mencionar o ''[[Mycobacterium tuberculosis]]'', causador de [[tuberculose]] e o ''[[Mycobacterium leprae]]'', causador da [[lepra]]. No gado, a actinomicose é causada por ''[[Actinomyces bovis]]''.<ref name=":0" />


As actinobactérias podem ser autótrofas, heterótrofas, fototróficas ou quimiotróficas. A maior parte dos organismos que compõem esse grupo é aeróbia, mas existem organismos que podem ser anaeróbios ou anaeróbios facultativos. <ref>{{Citar periódico|ultimo=LACAZ|primeiro=C.S.|ultimo2=PORTO|primeiro2=E.|ultimo3=MARTINS|primeiro3=J.E.C.|ultimo4=HEINS-VACCARI|primeiro4=E.M.|ultimo5=TAKAHASHI DE MELO|primeiro5=N.|data=2002-10|titulo=[NO TITLE AVAILABLE]|url=http://dx.doi.org/10.1590/s0036-46652002000500013|jornal=Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo|volume=44|numero=5|paginas=297–298|doi=10.1590/s0036-46652002000500013|issn=0036-4665}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Kennedy|primeiro=A.C.|data=1999-06|titulo=Bacterial diversity in agroecosystems|url=http://dx.doi.org/10.1016/s0167-8809(99)00030-4|jornal=Agriculture, Ecosystems & Environment|volume=74|numero=1-3|paginas=65–76|doi=10.1016/s0167-8809(99)00030-4|issn=0167-8809}}</ref>
Outros exemplos de Actinobactérias úteis ao homem são os representantes do gênero ''[[Bifidobacterium]]''. Habitantes normais do [[microbiota do trato gastrointestinal]], estas bactérias imóveis e anaeróbicas desempenham papel fundamental na regulação da atividade intestinal normal, principalmente em lactentes.<ref name=":0" />

Essas bactérias podem se reproduzir por esporos, esporangiósporos ou conidiósporos. Os esporos, produzidos em grande número, são a principal forma de multiplicação, sendo que cada esporo tem capacidade de germinação e crescimento, de forma que proporciona o surgimento de um novo organismo. Os esporangiósporos e os conidiósporos auxiliam na sobrevivência das espécies durante a estiagem. Outras espécies, como ''Nocardia'', reproduzem-se por fragmentação das hifas em células baciliformes e cocoides, cada uma capaz de gerar um novo micélio. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Ventura|primeiro=M.|ultimo2=Canchaya|primeiro2=C.|ultimo3=Tauch|primeiro3=A.|ultimo4=Chandra|primeiro4=G.|ultimo5=Fitzgerald|primeiro5=G. F.|ultimo6=Chater|primeiro6=K. F.|ultimo7=van Sinderen|primeiro7=D.|data=2007-09-01|titulo=Genomics of Actinobacteria: Tracing the Evolutionary History of an Ancient Phylum|url=http://dx.doi.org/10.1128/mmbr.00005-07|jornal=Microbiology and Molecular Biology Reviews|volume=71|numero=3|paginas=495–548|doi=10.1128/mmbr.00005-07|issn=1092-2172}}</ref>

Em relação ao requerimento de oxigênio, as actinobactérias são principalmente aeróbias. No entanto, a grande parte já descrita desses organismos é quimioheterotrófica e neutrófila. Devido à produção de uma variedade de enzimas extracelulares, possuem uma grande versatilidade metabólica. Este fato permite o consumo de múltiplas fontes de carbono e de nitrogênio e sobrevivência sob um vasto número de substratos. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Cochrane|primeiro=V W|data=1961-10|titulo=Physiology of Actinomycetes|url=http://dx.doi.org/10.1146/annurev.mi.15.100161.000245|jornal=Annual Review of Microbiology|volume=15|numero=1|paginas=1–24|doi=10.1146/annurev.mi.15.100161.000245|issn=0066-4227}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=LEVINE|primeiro=NORMAN D.|data=1975-02|titulo=Buchanan, R. E. & Gibbons, N. E., eds. 1974.Bergey's Manual of Determinative Bacteriology.8th ed. Williams & Wilkins Co., Baltimore, Md. 21202. xxvi + 1246 pp. $45.00|url=http://dx.doi.org/10.1111/j.1550-7408.1975.tb00935.x|jornal=The Journal of Protozoology|volume=22|numero=1|paginas=7–7|doi=10.1111/j.1550-7408.1975.tb00935.x|issn=0022-3921}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Servin|primeiro=J. A.|ultimo2=Herbold|primeiro2=C. W.|ultimo3=Skophammer|primeiro3=R. G.|ultimo4=Lake|primeiro4=J. A.|data=2007-11-13|titulo=Evidence Excluding the Root of the Tree of Life from the Actinobacteria|url=http://dx.doi.org/10.1093/molbev/msm249|jornal=Molecular Biology and Evolution|volume=25|numero=1|paginas=1–4|doi=10.1093/molbev/msm249|issn=0737-4038}}</ref>. Essas proteínas favorecem ainda o crescimento primário, facilitação de interações estreitas com outros organismos e geração de metabólitos secundários. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Chater|primeiro=Keith F.|ultimo2=Biró|primeiro2=Sandor|ultimo3=Lee|primeiro3=Kye Joon|ultimo4=Palmer|primeiro4=Tracy|ultimo5=Schrempf|primeiro5=Hildgund|data=2010-03|titulo=The complex extracellular biology ofStreptomyces|url=http://dx.doi.org/10.1111/j.1574-6976.2009.00206.x|jornal=FEMS Microbiology Reviews|volume=34|numero=2|paginas=171–198|doi=10.1111/j.1574-6976.2009.00206.x|issn=1574-6976}}</ref>

== <big>História</big> ==
A formação de estruturas filamentosas (hifas) e de esporos acarretou na classificação inicial como fungos. Logo, desde a sua primeira descrição no final do século XIX e por um longo período, as actinobacterias foram consideradas exóticas por apresentarem características típicas de fungos filamentosos e de bactérias. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Goodfellow|primeiro=M.|ultimo2=Haynes|primeiro2=J.A.|data=1984|titulo=ACTINOMYCETES IN MARINE SEDIMENTS|url=http://dx.doi.org/10.1016/b978-0-12-528620-6.50039-2|publicado=Elsevier|paginas=453–472|isbn=9780125286206}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Ghimire|primeiro=Suresh Kumar|ultimo2=McKey|primeiro2=Doyle|ultimo3=Aumeeruddy-Thomas|primeiro3=Yildiz|data=2004|titulo=Heterogeneity in Ethnoecological Knowledge and Management of Medicinal Plants in the Himalayas of Nepal: Implications for Conservation|url=http://dx.doi.org/10.5751/es-00708-090306|jornal=Ecology and Society|volume=9|numero=3|doi=10.5751/es-00708-090306|issn=1708-3087}}</ref> Porém, estudos realizados a partir da década de 1950 possibilitaram um melhor conhecimento das suas estruturas genéticas e das composições químicas celulares. Estes estudos confirmaram sua natureza procariótica retirando-os completamente do Reino Fungi. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Goodfellow|primeiro=M.|ultimo2=Haynes|primeiro2=J.A.|data=1984|titulo=ACTINOMYCETES IN MARINE SEDIMENTS|url=http://dx.doi.org/10.1016/b978-0-12-528620-6.50039-2|publicado=Elsevier|paginas=453–472|isbn=9780125286206}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Wösten|primeiro=Han A. B.|ultimo2=Willey|primeiro2=Joanne M.|data=2000-04-01|titulo=Surface-active proteins enable microbial aerial hyphae to grow into the air|url=http://dx.doi.org/10.1099/00221287-146-4-767|jornal=Microbiology|volume=146|numero=4|paginas=767–773|doi=10.1099/00221287-146-4-767|issn=1350-0872}}</ref>

Apesar de partilharem uma parte do seu ciclo de vida com esses eucariotos, a verificação de sua suscetibilidade a agentes antibacterianos e a ausência de membrana nuclear, evidenciaram que os actinomicetos estavam mais próximos dos procariotos, o que incitou investigações mais apuradas. Foram encontradas várias características que esses microorganismos compartilhavam com as bactérias, como a presença de peptideoglicano na parede celular, que explica a vulnerabilidade aos antibióticos efetivos frente a gram-positivos; a síntese de lisina via ácido diaminopimélico (DAP); a inexistência de esteróis; quando presente, flagelo tipicamente bacteriano; o diâmetro pequeno da hifa e a sensibilidade a fagos. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Lechevalier|primeiro=H A|ultimo2=Lechevalier|primeiro2=M P|data=1967-10|titulo=Biology of Actinomycetes|url=http://dx.doi.org/10.1146/annurev.mi.21.100167.000443|jornal=Annual Review of Microbiology|volume=21|numero=1|paginas=71–100|doi=10.1146/annurev.mi.21.100167.000443|issn=0066-4227}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Embley|primeiro=T M|ultimo2=Stackebrandt|primeiro2=E|data=1994-10|titulo=The Molecular Phylogency and Systematics of the Actinomycetes|url=http://dx.doi.org/10.1146/annurev.mi.48.100194.001353|jornal=Annual Review of Microbiology|volume=48|numero=1|paginas=257–289|doi=10.1146/annurev.mi.48.100194.001353|issn=0066-4227}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Wösten|primeiro=Han A. B.|ultimo2=Willey|primeiro2=Joanne M.|data=2000-04-01|titulo=Surface-active proteins enable microbial aerial hyphae to grow into the air|url=http://dx.doi.org/10.1099/00221287-146-4-767|jornal=Microbiology|volume=146|numero=4|paginas=767–773|doi=10.1099/00221287-146-4-767|issn=1350-0872}}</ref>

== <big>Taxonomia</big> ==
A confusão inicial de identidade desse filo de bacteria refletiu intensamente na sua posição taxonômica. Desde os primeiros relatos como patógenos de animais até o começo da ampla exploração como produtores de substâncias antibióticas, uma vasta quantidade de denominações e de descrições com sobreposições foi gerada, tornando insatisfatória a sua classificação. A grande variedade morfológica desses procariotos e a falta de um consenso quanto aos critérios taxonômicos que deveriam ser aplicados são utilizados para justificar essa desordem inicial na sistemática desses microorganismos, que eram essencialmente agrupados considerando-se os aspectos morfológicos e certas propriedades fisiológicas. <ref>{{Citar periódico|data=1961-11|titulo=The Actionmycetes. Vol. 2, Classification, Identification and Descriptions of Genera and Species. By Selman A. Waksman. The Williams & Wilkins Co., 428 East Preston St., Baltimore 2, Md., 1961. ix + 363pp. 17 × 25.5cm. Price $15|url=http://dx.doi.org/10.1002/jps.2600501130|jornal=Journal of Pharmaceutical Sciences|volume=50|numero=11|paginas=979|doi=10.1002/jps.2600501130|issn=0022-3549}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=O'DONNELL|primeiro=ANTHONY G.|data=1988|titulo=Recognition of Novel Actinomycetes|url=http://dx.doi.org/10.1016/b978-0-12-289673-6.50008-7|publicado=Elsevier|paginas=69–88|isbn=9780122896736}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Stackebrandt|primeiro=Erko|ultimo2=Schumann|primeiro2=Peter|data=2006|titulo=Introduction to the Taxonomy of Actinobacteria|url=http://dx.doi.org/10.1007/0-387-30743-5_16|local=New York, NY|publicado=Springer New York|paginas=297–321|isbn=9780387254937}}</ref>

Um fator importante comum encontrado nesse grupo é a variabilidade de características genéticas, por exemplo, a formação de micélio aéreo, a pigmentação, a esporulação, a resistência à antibióticos e os agentes genotóxicos, como a irradiação ultra vermelha assim como a produção de antibióticos.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Correa|primeiro=Ana Clara|ultimo2=Garcia dos Reis Nunes|primeiro2=Gustavo|ultimo3=da S. Paiva|primeiro3=Larissa|ultimo4=Cerceau|primeiro4=Renato|ultimo5=Manuel Serra da Cruz|primeiro5=Sergio|data=2018-10-24|titulo=FarmaJusta: Dados Abertos Como Suporte à Saúde Pública|url=http://dx.doi.org/10.5753/ersirj.2018.4649|jornal=Anais da V Escola Regional de Sistemas de Informação do Rio de Janeiro|publicado=Sociedade Brasileira de Computação - SBC|doi=10.5753/ersirj.2018.4649}}</ref> Por isso, agrupar taxonomicamente este grupo é uma atividade complexa, exigindo a utilização de métodos que levem em conta diversas características fisiológicas e morfológicas. A aplicação do conhecimento dos componentes químicos celulares e o emprego dessas características em classificação e identificação de organismos, a quimiotaxonomia, contribuiu significativamente para a sistemática das actinobactérias. A associação dessa abordagem com a taxonomia numérica, isto é, a ordenação dos microorganismos descritos em grupos homogêneos utilizando um enorme conjunto de dados fenotípicos, evidenciou a heterogeneidade dos gêneros já conhecidos. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Ochi|primeiro=Kozo|data=1992-06|titulo=Polyacrylamide gel electrophoresis analysis of ribosomal protein: a new approach for actinomycete taxonomy|url=http://dx.doi.org/10.1016/0378-1119(92)90568-a|jornal=Gene|volume=115|numero=1-2|paginas=261–265|doi=10.1016/0378-1119(92)90568-a|issn=0378-1119}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Stackebrandt|primeiro=Erko|ultimo2=Schumann|primeiro2=Peter|data=2006|titulo=Introduction to the Taxonomy of Actinobacteria|url=http://dx.doi.org/10.1007/0-387-30743-5_16|local=New York, NY|publicado=Springer New York|paginas=297–321|isbn=9780387254937}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Schleifer|primeiro=Karl Heinz|data=2009-12|titulo=Classification of Bacteria and Archaea: Past, present and future|url=http://dx.doi.org/10.1016/j.syapm.2009.09.002|jornal=Systematic and Applied Microbiology|volume=32|numero=8|paginas=533–542|doi=10.1016/j.syapm.2009.09.002|issn=0723-2020}}</ref> Entretanto, ainda não era simples aprofundar a classificação a níveis menores, como espécie e subespécie, bem como esclarecer a filogenia desses procariotos. Dessa forma, a sistemática molecular, a utilização de métodos de análises de ácidos nucleicos na ciência da classificação biológica, possibilitou a reconstrução das relações evolutivas entre os organismos nos mais diferentes graus na hierarquia taxonômica e em validar e/ou complementar o que já havia sido estruturado pelas outras estratégias. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Bull|primeiro=A T|ultimo2=Goodfellow|primeiro2=M|ultimo3=Slater|primeiro3=J H|data=1992-10|titulo=Biodiversity as a Source of Innovation in Biotechnology|url=http://dx.doi.org/10.1146/annurev.mi.46.100192.001251|jornal=Annual Review of Microbiology|volume=46|numero=1|paginas=219–246|doi=10.1146/annurev.mi.46.100192.001251|issn=0066-4227}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Embley|primeiro=T M|ultimo2=Stackebrandt|primeiro2=E|data=1994-10|titulo=The Molecular Phylogency and Systematics of the Actinomycetes|url=http://dx.doi.org/10.1146/annurev.mi.48.100194.001353|jornal=Annual Review of Microbiology|volume=48|numero=1|paginas=257–289|doi=10.1146/annurev.mi.48.100194.001353|issn=0066-4227}}</ref>

Nas últimas décadas, o uso integrado dos caracteres genotípicos e fenotípicos derivados por essas abordagens, a taxonomia polifásica, é adotada difusamente na classificação de organismos procarióticos, fornecendo, por meio da escolha de critérios que auxiliem na ampliação da qualidade dos dados gerados, o estabelecimento de nomenclatura estável e identificação mais segura. A melhora no caso de táxons completos, baseada em forma e função, é claramente evidente para as actinobactérias, em que as avaliações quimiotaxonômicas, estudos de filogenia gerados pela determinação das sequências da menor subunidade (16S) do rRNA (ácido ribonucleico) e em hibridizações de ácidos nucleicos revolucionaram a forma como novos isolados são classificados a nível de gênero e espécie. <ref>{{Citar periódico|ultimo=STACKEBRANDT|primeiro=E.|ultimo2=RAINEY|primeiro2=F. A.|ultimo3=WARD-RAINEY|primeiro3=N. L.|data=1997-04-01|titulo=Proposal for a New Hierarchic Classification System, Actinobacteria classis nov.|url=http://dx.doi.org/10.1099/00207713-47-2-479|jornal=International Journal of Systematic Bacteriology|volume=47|numero=2|paginas=479–491|doi=10.1099/00207713-47-2-479|issn=0020-7713}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Stackebrandt|primeiro=Erko|ultimo2=Schumann|primeiro2=Peter|data=2006|titulo=Introduction to the Taxonomy of Actinobacteria|url=http://dx.doi.org/10.1007/0-387-30743-5_16|local=New York, NY|publicado=Springer New York|paginas=297–321|isbn=9780387254937}}</ref>

Com base nas árvores filogenéticas geradas a partir das análises dos segmentos gênicos do 16S rRNA, esses procariotos pertencem ao filo Actinobacteria, uma das principais e mais antigas linhagens dentro do Domínio Bacteria. ''<ref>{{Citar periódico|ultimo=Embley|primeiro=T M|ultimo2=Stackebrandt|primeiro2=E|data=1994-10|titulo=The Molecular Phylogency and Systematics of the Actinomycetes|url=http://dx.doi.org/10.1146/annurev.mi.48.100194.001353|jornal=Annual Review of Microbiology|volume=48|numero=1|paginas=257–289|doi=10.1146/annurev.mi.48.100194.001353|issn=0066-4227}}</ref>'' De acordo com a mais recente atualização, o filo engloba 6 classes (Actinobacteria, Acidimicrobiia, Coriobacteriia, Nitriliruptorales, Rubrobacteria e Thermoleophilia), mais de 67 famílias, 29 ordens, 391 gêneros e milhares de espécies''.'' <ref>{{Citar periódico|ultimo=Yadav|primeiro=Ajar Nath|ultimo2=Verma|primeiro2=Priyanka|ultimo3=Kumar|primeiro3=Sunil|ultimo4=Kumar|primeiro4=Vinod|ultimo5=Kumar|primeiro5=Manish|ultimo6=Kumari Sugitha|primeiro6=Thankappan Chellammal|ultimo7=Singh|primeiro7=Bhim P.|ultimo8=Saxena|primeiro8=Anil Kumar|ultimo9=Dhaliwal|primeiro9=Harcharan Singh|data=2018|titulo=Actinobacteria from Rhizosphere|url=http://dx.doi.org/10.1016/b978-0-444-63994-3.00002-3|publicado=Elsevier|paginas=13–41|isbn=9780444639943}}</ref>

== <big>Morfologia e estrutura celular</big> ==
A morfologia dos microorganismos desse imenso filo é variável. Podem-se notar formas como a cocoide (''Micrococcus''), cocobacilar (''Arthrobacter''), aquelas em que ocorre fragmentação da hifa (''Nocardia spp.''), e outras que podem ser altamente diferenciadas em um micélio ramificado (''Streptomyces''), contudo que podem não formar uma porção aérea (''Actinoplanes'').<ref>{{Citar periódico|ultimo=Ventura|primeiro=M.|ultimo2=Canchaya|primeiro2=C.|ultimo3=Tauch|primeiro3=A.|ultimo4=Chandra|primeiro4=G.|ultimo5=Fitzgerald|primeiro5=G. F.|ultimo6=Chater|primeiro6=K. F.|ultimo7=van Sinderen|primeiro7=D.|data=2007-09-01|titulo=Genomics of Actinobacteria: Tracing the Evolutionary History of an Ancient Phylum|url=http://dx.doi.org/10.1128/mmbr.00005-07|jornal=Microbiology and Molecular Biology Reviews|volume=71|numero=3|paginas=495–548|doi=10.1128/mmbr.00005-07|issn=1092-2172}}</ref>

De modo abrangente, as actinobactérias apresentam organização celular procariótica típica, constituindo-se de uma região nuclear fibrilar e um citoplasma granuloso com ribossomos de até 12 nm de diâmetro, podendo ainda comportar uma multiplicidade de inclusões, dependendo do organismo, do tempo de crescimento e do meio de cultivo utilizado. A parede celular (10 a 20 nm de espessura) é geralmente composta por uma rígida matriz de peptideoglicano com um ou mais polímeros associados. Além disso, a membrana plasmática (7 a 10 nm de espessura) possui a bicamada fosfolipídica com proteínas intercaladas. <ref>{{Citar periódico|ultimo=BRADLEY|primeiro=S. G.|data=1985-10-01|titulo=The Biology of the Actinomycetes.: Edited by M. Goodfellow, M. Mordarski, and S. T. Williams. Academic Press, Inc., London, 1984, 544 pp., $95.00/ 57.00.|url=http://dx.doi.org/10.1099/00207713-35-4-541|jornal=International Journal of Systematic Bacteriology|volume=35|numero=4|paginas=541–541|doi=10.1099/00207713-35-4-541|issn=0020-7713}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=PECZYŃSKA-CZOCH|primeiro=WANDA|ultimo2=MORDARSKI|primeiro2=MARIAN|data=1988|titulo=Actinomycete Enzymes|url=http://dx.doi.org/10.1016/b978-0-12-289673-6.50011-7|publicado=Elsevier|paginas=219–283|isbn=9780122896736}}</ref>

== <big>Habitat</big> ==
As actinobactérias constituem um grupo bem-sucedido de organismos quanto ao habitat, ocorrendo em uma multiplicidade de ambientes, tanto naturais quanto nos modificados pela ação humana. Estão extensivamente distribuídas no solo e em outros ambientes terrestres. A maioria das espécies é saprofítica, contudo existem aquelas que formam associações mutualísticas e parasíticas com outros organismos. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Goodfellow|primeiro=M|ultimo2=Williams|primeiro2=S T|data=1983-10|titulo=Ecology of Actinomycetes|url=http://dx.doi.org/10.1146/annurev.mi.37.100183.001201|jornal=Annual Review of Microbiology|volume=37|numero=1|paginas=189–216|doi=10.1146/annurev.mi.37.100183.001201|issn=0066-4227}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=González|primeiro=Ignacio|ultimo2=Ayuso-Sacido|primeiro2=Angel|ultimo3=Anderson|primeiro3=Annaliesa|ultimo4=Genilloud|primeiro4=Olga|data=2005-11|titulo=Actinomycetes isolated from lichens: Evaluation of their diversity and detection of biosynthetic gene sequences|url=http://dx.doi.org/10.1016/j.femsec.2005.05.004|jornal=FEMS Microbiology Ecology|volume=54|numero=3|paginas=401–415|doi=10.1016/j.femsec.2005.05.004|issn=0168-6496}}</ref> Assim, diferentes estilos de vida podem ser encontrados, incluindo habitantes do solo (''Streptomyces spp.''), comensais de plantas (''Leifsonia spp.''), simbiontes fixadores de nitrogênio (''Frankia''), residentes do trato gastrintestinal (''Bifidobacterium spp.'') e patógenos (''Mycobacterium spp., Nocardia spp., Tropheryma spp., Corynebacterium spp.'', ''Propionibacterium spp''.). <ref>{{Citar periódico|ultimo=Ventura|primeiro=M.|ultimo2=Canchaya|primeiro2=C.|ultimo3=Tauch|primeiro3=A.|ultimo4=Chandra|primeiro4=G.|ultimo5=Fitzgerald|primeiro5=G. F.|ultimo6=Chater|primeiro6=K. F.|ultimo7=van Sinderen|primeiro7=D.|data=2007-09-01|titulo=Genomics of Actinobacteria: Tracing the Evolutionary History of an Ancient Phylum|url=http://dx.doi.org/10.1128/mmbr.00005-07|jornal=Microbiology and Molecular Biology Reviews|volume=71|numero=3|paginas=495–548|doi=10.1128/mmbr.00005-07|issn=1092-2172}}</ref>

== <big>Importância</big> ==
<br />

# '''<big>No solo:</big>''' papel na reciclagem e mineralização de compostos. São comumente vistos como os microorganismos mais ativos nos estágios tardios da decomposição de plantas e outros materiais, participando decisivamente da degradação de polímeros complexos e relativamente recalcitrantes, como queratina e quitina. Essa capacidade deve-se à produção de um repertório de complexos enzimáticos liberados em consequência de variados estímulos ambientais. Também têm sido associadas com a síntese e degradação de compostos húmicos, além de responderem à presença de poluentes e outras substâncias que não são naturais (inseticidas, pesticidas e herbicidas). Adicionalmente, são fundamentais na rizosfera, por estarem inclusos na população microbiana simbiótica que cresce em associação próxima com as plantas e devido à supressão do crescimento de patógenos de raízes, por meio da antibiose. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Goodfellow|primeiro=M|ultimo2=Williams|primeiro2=S T|data=1983-10|titulo=Ecology of Actinomycetes|url=http://dx.doi.org/10.1146/annurev.mi.37.100183.001201|jornal=Annual Review of Microbiology|volume=37|numero=1|paginas=189–216|doi=10.1146/annurev.mi.37.100183.001201|issn=0066-4227}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Williams|primeiro=S.T.|ultimo2=Vickers|primeiro2=J.C.|ultimo3=Goodfellow|primeiro3=M.|ultimo4=Alderson|primeiro4=G.|ultimo5=Wellington|primeiro5=E.M.H.|ultimo6=Sneath|primeiro6=P.H.A.|ultimo7=Sackin|primeiro7=M.J.|ultimo8=Mortimer|primeiro8=A.M.|data=1984|titulo=NUMERICAL CLASSIFICATION AND IDENTIFICATION OF STREPTOMYCETES|url=http://dx.doi.org/10.1016/b978-0-12-528620-6.50044-6|publicado=Elsevier|paginas=537–551|isbn=9780125286206}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Williams|primeiro=S.T.|ultimo2=Lanning|primeiro2=S.|data=1984|titulo=STUDIES OF THE ECOLOGY OF STREPTOMYCETE PHAGE IN SOIL|url=http://dx.doi.org/10.1016/b978-0-12-528620-6.50040-9|publicado=Elsevier|paginas=473–483|isbn=9780125286206}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=McCarthy|primeiro=Alan J.|ultimo2=Williams|primeiro2=Stanley T.|data=1992-06|titulo=Actinomycetes as agents of biodegradation in the environment — a review|url=http://dx.doi.org/10.1016/0378-1119(92)90558-7|jornal=Gene|volume=115|numero=1-2|paginas=189–192|doi=10.1016/0378-1119(92)90558-7|issn=0378-1119}}</ref> Os representantes do gênero ''[[Frankia]]'' vivem em simbiose com as raízes de plantas superiores (por exemplo, da ''[[Casuarina]]'' sp.), onde levam à formação de nódulos, no interior dos quais ocorre fixação de [[nitrogênio]].<ref name=":0" /> No processo de compostagem, as actinobactérias, principalmente o gênero ''Streptomyces'', atuam na degradação de moléculas complexas, tais como celulose, lignocelulose, xilana e lignina, abundantes na biomassa vegetal. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Ding|primeiro=C.H.|ultimo2=Jiang|primeiro2=Z.Q.|ultimo3=Li|primeiro3=X.T.|ultimo4=Li|primeiro4=L.T.|ultimo5=Kusakabe|primeiro5=I.|data=2004-02|titulo=High activity xylanase production by Streptomyces olivaceoviridis E-86|url=http://dx.doi.org/10.1023/b:wibi.0000013278.24679.ed|jornal=World Journal of Microbiology and Biotechnology|volume=20|numero=1|paginas=7–10|doi=10.1023/b:wibi.0000013278.24679.ed|issn=0959-3993}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Petrosyan|primeiro=P.|data=2003-01-01|titulo=Streptomyces mexicanus sp. nov., a xylanolytic micro-organism isolated from soil|url=http://dx.doi.org/10.1099/ijs.0.02251-0|jornal=INTERNATIONAL JOURNAL OF SYSTEMATIC AND EVOLUTIONARY MICROBIOLOGY|volume=53|numero=1|paginas=269–273|doi=10.1099/ijs.0.02251-0|issn=1466-5026}}</ref> O produto final da compostagem pode ser utilizado na produção de cogumelos comestíveis, como fertilizante para agricultura, cultivo de vegetação em acostamentos de estradas, como biofiltros e na biorremediação. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Sartori|primeiro=Adriane Teresinha|data=2018|titulo=EM BUSCA DE COERÊNCIA ENTRE O DIZER E O FAZER NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO MESTRADO PROFISSIONAL EM LETRAS: UMA EXPERIÊNCIA COM O PROCESSO DE PRODUÇÃO DE TEXTOS|url=http://dx.doi.org/10.20873/uft.2179-3948.2018v9n2p44|jornal=EntreLetras|volume=9|numero=2|paginas=44–60|doi=10.20873/uft.2179-3948.2018v9n2p44|issn=2179-3948}}</ref> Estes microrganismos também decompõem restos animais e vegetais resultando em substâncias húmicas que em conjunto com outros materiais da decomposição, promoverão a agregação de partículas primárias e à formação de agregados do solo. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Caldo|primeiro=Mariana Kozlowski|titulo=Estimativa de parâmetros geotécnicos dos solos variegados da formação São Paulo utilizando ensaios in situ.|url=http://dx.doi.org/10.11606/d.3.2016.tde-15072016-151626}}</ref> Além disso, as actinobactérias possuem grande potencial como agente de controle biológico de fitopatógenos, pois ao se associarem à planta hospedeira, produzem antibióticos, sideróforos e enzimas com ação antimicrobiana. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Hoster|primeiro=Frank|ultimo2=Schmitz|primeiro2=Jessica E.|ultimo3=Daniel|primeiro3=Rolf|data=2004-07-29|titulo=Enrichment of chitinolytic microorganisms: isolation and characterization of a chitinase exhibiting antifungal activity against phytopathogenic fungi from a novel Streptomyces strain|url=http://dx.doi.org/10.1007/s00253-004-1664-9|jornal=Applied Microbiology and Biotechnology|volume=66|numero=4|paginas=434–442|doi=10.1007/s00253-004-1664-9|issn=0175-7598}}</ref>
# <big>'''No petróleo'''</big>: em casos de derramamento do óleo no meio ambiente, as actinobaterias atuam na degradação do petróleo, por meio da decomposição das substâncias orgânicas e redução da toxicidade no ambiente contaminado. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Jacques|primeiro=Rodrigo Josemar Seminoti|ultimo2=Bento|primeiro2=Fátima Menezes|ultimo3=Antoniolli|primeiro3=Zaida Inês|ultimo4=Camargo|primeiro4=Flávio Anastácio de Oliveira|data=2007-08|titulo=Biorremediação de solos contaminados com hidrocarbonetos aromáticos policíclicos|url=http://dx.doi.org/10.1590/s0103-84782007000400049|jornal=Ciência Rural|volume=37|numero=4|paginas=1192–1201|doi=10.1590/s0103-84782007000400049|issn=0103-8478}}</ref> Desta forma, a composição do óleo é alterada pela ação microbiota de acordo com o potencial diversificado dos gêneros, tais como, ''Pseudomonas'', ''Rhodococcus'' e ''Streptomyces'' que utilizam a cadeia de alcanos e através da β-oxidação dos compostos aromáticos produzem lipídios com diferentes complexidades e funções. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Sorkhoh|primeiro=N.A.|ultimo2=Al-Hasan|primeiro2=R.H.|ultimo3=Khanafer|primeiro3=Majeda|ultimo4=Radwan|primeiro4=S.S.|data=1995-02|titulo=Establishment of oil-degrading bacteria associated with cyanobacteria in oil-polluted soil|url=http://dx.doi.org/10.1111/j.1365-2672.1995.tb02842.x|jornal=Journal of Applied Bacteriology|volume=78|numero=2|paginas=194–199|doi=10.1111/j.1365-2672.1995.tb02842.x|issn=0021-8847}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Pereira|primeiro=Drielle Seabra|ultimo2=Gomes|primeiro2=Rosana Canuto|ultimo3=Semêdo|primeiro3=Luzia Teixeira A. S.|data=2012-08-01|titulo=Potencial das Actinobactérias na Biodegradação de Hidrocarbonetos|url=http://dx.doi.org/10.21727/198409932012.teccen.v5i2.71-96|jornal=Revista Eletrônica TECCEN|volume=5|numero=2|paginas=71|doi=10.21727/198409932012.teccen.v5i2.71-96|issn=1984-0993}}</ref>
# '''<big>Na indústria e economia:</big>''' produtos naturais provenientes das actinobactérias são fontes de moléculas bioativas com grande potencial para o desenvolvimento de produtos na indústria farmacêutica, incluindo aqueles utilizados ensaios clínicos para o tratamento do câncer.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Asolkar|primeiro=Ratnakar N|ultimo2=Kirkland|primeiro2=Theo N|ultimo3=Jensen|primeiro3=Paul R|ultimo4=Fenical|primeiro4=William|data=2009-11-20|titulo=Arenimycin, an antibiotic effective against rifampin- and methicillin-resistant Staphylococcus aureus from the marine actinomycete Salinispora arenicola|url=http://dx.doi.org/10.1038/ja.2009.114|jornal=The Journal of Antibiotics|volume=63|numero=1|paginas=37–39|doi=10.1038/ja.2009.114|issn=0021-8820}}</ref> Os microrganismos sintetizam diversas substâncias químicas para a produção de antibióticos, imunossupressores, anticancerígenos, agentes redutores de colesterol, entre outros.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Conti|primeiro=Raphael|ultimo2=Guimarães|primeiro2=Denise O.|ultimo3=Pupo|primeiro3=Mônica T.|data=2012|titulo=Aprendendo com as interações da natureza: microrganismos simbiontes como fontes de produtos naturais bioativos|url=http://dx.doi.org/10.21800/s0009-67252012000300014|jornal=Ciência e Cultura|volume=64|numero=3|paginas=43–47|doi=10.21800/s0009-67252012000300014|issn=0009-6725}}</ref> Em seres humanos, essas bactérias também foram descritas como agentes potenciais na ação contra diversos tipos de microrganismos patogênicos. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Regina Da Cal Seixas|primeiro=Sonia|ultimo2=Luis De Oliveira|primeiro2=Gabriel|data=2015-11-20|titulo=Occourrence of Environmental Crimes in the São Paulo North Coast|url=http://dx.doi.org/10.19146/pibic-2015-38226|jornal=Anais do Congresso de Iniciação Científica da Unicamp|local=Campinas - SP, Brazil|publicado=Galoá|doi=10.19146/pibic-2015-38226}}</ref> Após a descoberta da actinomicina por Wasksman e Woodruff em 1940, membros da ordem Actinomycetales'','' tornaram-se uma das principais fontes de antibióticos tais como antraciclinas, cloranfenicol e tetraciclinas. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Dufossé|primeiro=L.|data=2009|titulo=Pigments, Microbial|url=http://dx.doi.org/10.1016/b978-012373944-5.00155-3|publicado=Elsevier|paginas=457–471|isbn=9780123739445}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Raja|primeiro=A.|ultimo2=Prabakaran|primeiro2=P.|data=2011-02-01|titulo=Actinomycetes and Drug-An Overview|url=http://dx.doi.org/10.3923/ajdd.2011.75.84|jornal=American Journal of Drug Discovery and Development|volume=1|numero=2|paginas=75–84|doi=10.3923/ajdd.2011.75.84|issn=2150-427X}}</ref> Os representantes do gênero ''[[Streptomyces]]'' produzem importantes antibióticos, como a [[estreptomicina]], sintetizada por ''S. griseus'', a [[clorotetraciclina]], sintetizada por ''S. aureofaciens'', a [[terramicina]], sintetizada por ''S. rimosus'', entre muitos outros. Mais de oitenta antibióticos já foram obtidos de espécies do gênero ''Streptomyces''.
# '''<big>No organismo:</big>''' muitos Actinomicetos causam graves moléstias no homem e nos animais. Entre os patógenos, podemos mencionar o ''[[Mycobacterium tuberculosis]]'', causador de [[tuberculose]] e o ''[[Mycobacterium leprae]]'', causador da [[lepra]]. No gado, a actinomicose é causada por ''[[Actinomyces bovis]]''.<ref name=":0" /> Outros exemplos de Actinobactérias úteis ao homem são os representantes do gênero ''[[Bifidobacterium]]''. Outro agravo à saúde pode ser causado pela bactéria ''Actinomyces israelii'', que resulta em uma infecção gengivas, tonsilas e dentes, sendo mais conhecida como Actinomicose. Habitantes normais do [[microbiota do trato gastrointestinal]], estas bactérias imóveis e anaeróbicas desempenham papel fundamental na regulação da atividade intestinal normal, principalmente em lactentes.<ref name=":0" /><gallery widths="400" heights="200">
Ficheiro:Mycobacterium tuberculosis Ziehl-Neelsen stain 640.jpg|''Mycobacterium tuberculosis''
</gallery><gallery widths="400" heights="200">
Ficheiro:Mycobacterium leprae.jpeg|''Mycobacterium leprae''
</gallery>
<gallery widths="400" heights="200">
Ficheiro:Actinomyces israelii.jpg|alt=Infecção causada pela actinobacteria |''Actinomyces israelii''
</gallery><br />
==Alguns gêneros representativos==


==Alguns géneros representativos==
* ''[[Actinomyces]]'' - [[actinomicose]]
* ''[[Actinomyces]]'' - [[actinomicose]]
* ''[[Arthrobacter]]''
* ''[[Arthrobacter]]''

Revisão das 05h17min de 19 de julho de 2019

Como ler uma infocaixa de taxonomiaActinobacteria
Corynebacterium diphtheriae
Corynebacterium diphtheriae
Classificação científica
Reino: Bacteria
Filo: Actinobacteria
Classes
Actinobacteria Acidimicrobiia Coriobacteriia Nitriliruptorales Rubrobacteria Thermoleophilia

Actinobacteria, do grego “aktis” (traço) e “mykes” (fungo), é um filo de bactérias gram-positivas, conhecidas também como actinomicetos ou actinobactérias. Estas bactérias são constituídas por micélios, com organização filamentosa, muitas vezes ramificada.[1] Dada sua semelhança com fungos e por produzirem, como estes, cadeias de esporos semelhantes a conídios, os Actinomicetos são com frequência erroneamente classificados como tais. Nesse sentido, a organização filamentosa ramificada é semelhante à hifa fúngica, porém mais estreita,[2] com diâmetro de 0,5 a 1,0 µm e, fisiologicamente, se assemelha às bactérias. [3] Além disso, ao contrário dos fungos, as actinobacterias são organismos procarióticos e, em sua grande maioria, aeróbios.[4]

Além disso, esses tipos de bactérias compartilham duas características: todas são gram-positivas e apresentam alta razão de G+C (guanina/citosina) em seu DNA, podendo exceder 70% do total de bases nucleotídeas, variando de 51% em Corynebacterias a mais de 70% em Streptomyces e Frankias.[5]

As actinobactérias podem ser autótrofas, heterótrofas, fototróficas ou quimiotróficas. A maior parte dos organismos que compõem esse grupo é aeróbia, mas existem organismos que podem ser anaeróbios ou anaeróbios facultativos. [6] [7]

Essas bactérias podem se reproduzir por esporos, esporangiósporos ou conidiósporos. Os esporos, produzidos em grande número, são a principal forma de multiplicação, sendo que cada esporo tem capacidade de germinação e crescimento, de forma que proporciona o surgimento de um novo organismo. Os esporangiósporos e os conidiósporos auxiliam na sobrevivência das espécies durante a estiagem. Outras espécies, como Nocardia, reproduzem-se por fragmentação das hifas em células baciliformes e cocoides, cada uma capaz de gerar um novo micélio. [8]

Em relação ao requerimento de oxigênio, as actinobactérias são principalmente aeróbias. No entanto, a grande parte já descrita desses organismos é quimioheterotrófica e neutrófila. Devido à produção de uma variedade de enzimas extracelulares, possuem uma grande versatilidade metabólica. Este fato permite o consumo de múltiplas fontes de carbono e de nitrogênio e sobrevivência sob um vasto número de substratos. [9] [10] [11]. Essas proteínas favorecem ainda o crescimento primário, facilitação de interações estreitas com outros organismos e geração de metabólitos secundários. [12]

História

A formação de estruturas filamentosas (hifas) e de esporos acarretou na classificação inicial como fungos. Logo, desde a sua primeira descrição no final do século XIX e por um longo período, as actinobacterias foram consideradas exóticas por apresentarem características típicas de fungos filamentosos e de bactérias. [13] [14] Porém, estudos realizados a partir da década de 1950 possibilitaram um melhor conhecimento das suas estruturas genéticas e das composições químicas celulares. Estes estudos confirmaram sua natureza procariótica retirando-os completamente do Reino Fungi. [15] [16]

Apesar de partilharem uma parte do seu ciclo de vida com esses eucariotos, a verificação de sua suscetibilidade a agentes antibacterianos e a ausência de membrana nuclear, evidenciaram que os actinomicetos estavam mais próximos dos procariotos, o que incitou investigações mais apuradas. Foram encontradas várias características que esses microorganismos compartilhavam com as bactérias, como a presença de peptideoglicano na parede celular, que explica a vulnerabilidade aos antibióticos efetivos frente a gram-positivos; a síntese de lisina via ácido diaminopimélico (DAP); a inexistência de esteróis; quando presente, flagelo tipicamente bacteriano; o diâmetro pequeno da hifa e a sensibilidade a fagos. [17] [18] [19]

Taxonomia

A confusão inicial de identidade desse filo de bacteria refletiu intensamente na sua posição taxonômica. Desde os primeiros relatos como patógenos de animais até o começo da ampla exploração como produtores de substâncias antibióticas, uma vasta quantidade de denominações e de descrições com sobreposições foi gerada, tornando insatisfatória a sua classificação. A grande variedade morfológica desses procariotos e a falta de um consenso quanto aos critérios taxonômicos que deveriam ser aplicados são utilizados para justificar essa desordem inicial na sistemática desses microorganismos, que eram essencialmente agrupados considerando-se os aspectos morfológicos e certas propriedades fisiológicas. [20] [21] [22]

Um fator importante comum encontrado nesse grupo é a variabilidade de características genéticas, por exemplo, a formação de micélio aéreo, a pigmentação, a esporulação, a resistência à antibióticos e os agentes genotóxicos, como a irradiação ultra vermelha assim como a produção de antibióticos.[23] Por isso, agrupar taxonomicamente este grupo é uma atividade complexa, exigindo a utilização de métodos que levem em conta diversas características fisiológicas e morfológicas. A aplicação do conhecimento dos componentes químicos celulares e o emprego dessas características em classificação e identificação de organismos, a quimiotaxonomia, contribuiu significativamente para a sistemática das actinobactérias. A associação dessa abordagem com a taxonomia numérica, isto é, a ordenação dos microorganismos descritos em grupos homogêneos utilizando um enorme conjunto de dados fenotípicos, evidenciou a heterogeneidade dos gêneros já conhecidos. [24] [25] [26] Entretanto, ainda não era simples aprofundar a classificação a níveis menores, como espécie e subespécie, bem como esclarecer a filogenia desses procariotos. Dessa forma, a sistemática molecular, a utilização de métodos de análises de ácidos nucleicos na ciência da classificação biológica, possibilitou a reconstrução das relações evolutivas entre os organismos nos mais diferentes graus na hierarquia taxonômica e em validar e/ou complementar o que já havia sido estruturado pelas outras estratégias. [27] [28]

Nas últimas décadas, o uso integrado dos caracteres genotípicos e fenotípicos derivados por essas abordagens, a taxonomia polifásica, é adotada difusamente na classificação de organismos procarióticos, fornecendo, por meio da escolha de critérios que auxiliem na ampliação da qualidade dos dados gerados, o estabelecimento de nomenclatura estável e identificação mais segura. A melhora no caso de táxons completos, baseada em forma e função, é claramente evidente para as actinobactérias, em que as avaliações quimiotaxonômicas, estudos de filogenia gerados pela determinação das sequências da menor subunidade (16S) do rRNA (ácido ribonucleico) e em hibridizações de ácidos nucleicos revolucionaram a forma como novos isolados são classificados a nível de gênero e espécie. [29] [30]

Com base nas árvores filogenéticas geradas a partir das análises dos segmentos gênicos do 16S rRNA, esses procariotos pertencem ao filo Actinobacteria, uma das principais e mais antigas linhagens dentro do Domínio Bacteria. [31] De acordo com a mais recente atualização, o filo engloba 6 classes (Actinobacteria, Acidimicrobiia, Coriobacteriia, Nitriliruptorales, Rubrobacteria e Thermoleophilia), mais de 67 famílias, 29 ordens, 391 gêneros e milhares de espécies. [32]

Morfologia e estrutura celular

A morfologia dos microorganismos desse imenso filo é variável. Podem-se notar formas como a cocoide (Micrococcus), cocobacilar (Arthrobacter), aquelas em que ocorre fragmentação da hifa (Nocardia spp.), e outras que podem ser altamente diferenciadas em um micélio ramificado (Streptomyces), contudo que podem não formar uma porção aérea (Actinoplanes).[33]

De modo abrangente, as actinobactérias apresentam organização celular procariótica típica, constituindo-se de uma região nuclear fibrilar e um citoplasma granuloso com ribossomos de até 12 nm de diâmetro, podendo ainda comportar uma multiplicidade de inclusões, dependendo do organismo, do tempo de crescimento e do meio de cultivo utilizado. A parede celular (10 a 20 nm de espessura) é geralmente composta por uma rígida matriz de peptideoglicano com um ou mais polímeros associados. Além disso, a membrana plasmática (7 a 10 nm de espessura) possui a bicamada fosfolipídica com proteínas intercaladas. [34] [35]

Habitat

As actinobactérias constituem um grupo bem-sucedido de organismos quanto ao habitat, ocorrendo em uma multiplicidade de ambientes, tanto naturais quanto nos modificados pela ação humana. Estão extensivamente distribuídas no solo e em outros ambientes terrestres. A maioria das espécies é saprofítica, contudo existem aquelas que formam associações mutualísticas e parasíticas com outros organismos. [36] [37] Assim, diferentes estilos de vida podem ser encontrados, incluindo habitantes do solo (Streptomyces spp.), comensais de plantas (Leifsonia spp.), simbiontes fixadores de nitrogênio (Frankia), residentes do trato gastrintestinal (Bifidobacterium spp.) e patógenos (Mycobacterium spp., Nocardia spp., Tropheryma spp., Corynebacterium spp., Propionibacterium spp.). [38]

Importância


  1. No solo: papel na reciclagem e mineralização de compostos. São comumente vistos como os microorganismos mais ativos nos estágios tardios da decomposição de plantas e outros materiais, participando decisivamente da degradação de polímeros complexos e relativamente recalcitrantes, como queratina e quitina. Essa capacidade deve-se à produção de um repertório de complexos enzimáticos liberados em consequência de variados estímulos ambientais. Também têm sido associadas com a síntese e degradação de compostos húmicos, além de responderem à presença de poluentes e outras substâncias que não são naturais (inseticidas, pesticidas e herbicidas). Adicionalmente, são fundamentais na rizosfera, por estarem inclusos na população microbiana simbiótica que cresce em associação próxima com as plantas e devido à supressão do crescimento de patógenos de raízes, por meio da antibiose. [39] [40] [41] [42] Os representantes do gênero Frankia vivem em simbiose com as raízes de plantas superiores (por exemplo, da Casuarina sp.), onde levam à formação de nódulos, no interior dos quais ocorre fixação de nitrogênio.[4] No processo de compostagem, as actinobactérias, principalmente o gênero Streptomyces, atuam na degradação de moléculas complexas, tais como celulose, lignocelulose, xilana e lignina, abundantes na biomassa vegetal. [43] [44] O produto final da compostagem pode ser utilizado na produção de cogumelos comestíveis, como fertilizante para agricultura, cultivo de vegetação em acostamentos de estradas, como biofiltros e na biorremediação. [45] Estes microrganismos também decompõem restos animais e vegetais resultando em substâncias húmicas que em conjunto com outros materiais da decomposição, promoverão a agregação de partículas primárias e à formação de agregados do solo. [46] Além disso, as actinobactérias possuem grande potencial como agente de controle biológico de fitopatógenos, pois ao se associarem à planta hospedeira, produzem antibióticos, sideróforos e enzimas com ação antimicrobiana. [47]
  2. No petróleo: em casos de derramamento do óleo no meio ambiente, as actinobaterias atuam na degradação do petróleo, por meio da decomposição das substâncias orgânicas e redução da toxicidade no ambiente contaminado. [48] Desta forma, a composição do óleo é alterada pela ação microbiota de acordo com o potencial diversificado dos gêneros, tais como, Pseudomonas, Rhodococcus e Streptomyces que utilizam a cadeia de alcanos e através da β-oxidação dos compostos aromáticos produzem lipídios com diferentes complexidades e funções. [49] [50]
  3. Na indústria e economia: produtos naturais provenientes das actinobactérias são fontes de moléculas bioativas com grande potencial para o desenvolvimento de produtos na indústria farmacêutica, incluindo aqueles utilizados ensaios clínicos para o tratamento do câncer.[51] Os microrganismos sintetizam diversas substâncias químicas para a produção de antibióticos, imunossupressores, anticancerígenos, agentes redutores de colesterol, entre outros.[52] Em seres humanos, essas bactérias também foram descritas como agentes potenciais na ação contra diversos tipos de microrganismos patogênicos. [53] Após a descoberta da actinomicina por Wasksman e Woodruff em 1940, membros da ordem Actinomycetales, tornaram-se uma das principais fontes de antibióticos tais como antraciclinas, cloranfenicol e tetraciclinas. [54] [55] Os representantes do gênero Streptomyces produzem importantes antibióticos, como a estreptomicina, sintetizada por S. griseus, a clorotetraciclina, sintetizada por S. aureofaciens, a terramicina, sintetizada por S. rimosus, entre muitos outros. Mais de oitenta antibióticos já foram obtidos de espécies do gênero Streptomyces.
  4. No organismo: muitos Actinomicetos causam graves moléstias no homem e nos animais. Entre os patógenos, podemos mencionar o Mycobacterium tuberculosis, causador de tuberculose e o Mycobacterium leprae, causador da lepra. No gado, a actinomicose é causada por Actinomyces bovis.[4] Outros exemplos de Actinobactérias úteis ao homem são os representantes do gênero Bifidobacterium. Outro agravo à saúde pode ser causado pela bactéria Actinomyces israelii, que resulta em uma infecção gengivas, tonsilas e dentes, sendo mais conhecida como Actinomicose. Habitantes normais do microbiota do trato gastrointestinal, estas bactérias imóveis e anaeróbicas desempenham papel fundamental na regulação da atividade intestinal normal, principalmente em lactentes.[4]
  • Mycobacterium tuberculosis
    Mycobacterium tuberculosis

  • Alguns gêneros representativos

    Referências

    1. Lechevalier, H A; Lechevalier, M P (outubro de 1967). «Biology of Actinomycetes». Annual Review of Microbiology. 21 (1): 71–100. ISSN 0066-4227. doi:10.1146/annurev.mi.21.100167.000443 
    2. Correa, Ana Clara; Garcia dos Reis Nunes, Gustavo; da S. Paiva, Larissa; Cerceau, Renato; Manuel Serra da Cruz, Sergio (24 de outubro de 2018). «FarmaJusta: Dados Abertos Como Suporte à Saúde Pública». Sociedade Brasileira de Computação - SBC. Anais da V Escola Regional de Sistemas de Informação do Rio de Janeiro. doi:10.5753/ersirj.2018.4649 
    3. , M. Zakir Sultan; ., Naznin Ara Khatune; ., Zakia Sultana Sathi; ., Md. Shah Alam Bhuiya; ., M. Golam Sadik; ., M. Akteruzzaman Chou; ., M. A. Gafur; ., Md. Aziz Abdur Rahma (1 de fevereiro de 2002). «In vitro Antibacterial Activity of an Active Metabolite Isolated from Streptomyces Species». Biotechnology(Faisalabad). 1 (2): 100–106. ISSN 1682-296X. doi:10.3923/biotech.2002.100.106 
    4. a b c d Ventura, Marco; Canchaya, Carlos; Tauch, Andreas; Chandra, Govind; Fitzgerald, Gerald F.; Chater, Keith F.; van Sinderen, Douwe (setembro de 2007). «Genomics of Actinobacteria: Tracing the Evolutionary History of an Ancient Phylum». Microbiology and Molecular Biology Reviews : MMBR. 71 (3): 495–548. ISSN 1092-2172. PMC 2168647Acessível livremente. PMID 17804669. doi:10.1128/MMBR.00005-07 
    5. LACAZ, C.S.; PORTO, E.; MARTINS, J.E.C.; HEINS-VACCARI, E.M.; TAKAHASHI DE MELO, N. (outubro de 2002). «[NO TITLE AVAILABLE]». Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo. 44 (5): 297–298. ISSN 0036-4665. doi:10.1590/s0036-46652002000500013 
    6. LACAZ, C.S.; PORTO, E.; MARTINS, J.E.C.; HEINS-VACCARI, E.M.; TAKAHASHI DE MELO, N. (outubro de 2002). «[NO TITLE AVAILABLE]». Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo. 44 (5): 297–298. ISSN 0036-4665. doi:10.1590/s0036-46652002000500013 
    7. Kennedy, A.C. (junho de 1999). «Bacterial diversity in agroecosystems». Agriculture, Ecosystems & Environment. 74 (1-3): 65–76. ISSN 0167-8809. doi:10.1016/s0167-8809(99)00030-4 
    8. Ventura, M.; Canchaya, C.; Tauch, A.; Chandra, G.; Fitzgerald, G. F.; Chater, K. F.; van Sinderen, D. (1 de setembro de 2007). «Genomics of Actinobacteria: Tracing the Evolutionary History of an Ancient Phylum». Microbiology and Molecular Biology Reviews. 71 (3): 495–548. ISSN 1092-2172. doi:10.1128/mmbr.00005-07 
    9. Cochrane, V W (outubro de 1961). «Physiology of Actinomycetes». Annual Review of Microbiology. 15 (1): 1–24. ISSN 0066-4227. doi:10.1146/annurev.mi.15.100161.000245 
    10. LEVINE, NORMAN D. (fevereiro de 1975). «Buchanan, R. E. & Gibbons, N. E., eds. 1974.Bergey's Manual of Determinative Bacteriology.8th ed. Williams & Wilkins Co., Baltimore, Md. 21202. xxvi + 1246 pp. $45.00». The Journal of Protozoology. 22 (1): 7–7. ISSN 0022-3921. doi:10.1111/j.1550-7408.1975.tb00935.x 
    11. Servin, J. A.; Herbold, C. W.; Skophammer, R. G.; Lake, J. A. (13 de novembro de 2007). «Evidence Excluding the Root of the Tree of Life from the Actinobacteria». Molecular Biology and Evolution. 25 (1): 1–4. ISSN 0737-4038. doi:10.1093/molbev/msm249 
    12. Chater, Keith F.; Biró, Sandor; Lee, Kye Joon; Palmer, Tracy; Schrempf, Hildgund (março de 2010). «The complex extracellular biology ofStreptomyces». FEMS Microbiology Reviews. 34 (2): 171–198. ISSN 1574-6976. doi:10.1111/j.1574-6976.2009.00206.x 
    13. Goodfellow, M.; Haynes, J.A. (1984). «ACTINOMYCETES IN MARINE SEDIMENTS». Elsevier: 453–472. ISBN 9780125286206 
    14. Ghimire, Suresh Kumar; McKey, Doyle; Aumeeruddy-Thomas, Yildiz (2004). «Heterogeneity in Ethnoecological Knowledge and Management of Medicinal Plants in the Himalayas of Nepal: Implications for Conservation». Ecology and Society. 9 (3). ISSN 1708-3087. doi:10.5751/es-00708-090306 
    15. Goodfellow, M.; Haynes, J.A. (1984). «ACTINOMYCETES IN MARINE SEDIMENTS». Elsevier: 453–472. ISBN 9780125286206 
    16. Wösten, Han A. B.; Willey, Joanne M. (1 de abril de 2000). «Surface-active proteins enable microbial aerial hyphae to grow into the air». Microbiology. 146 (4): 767–773. ISSN 1350-0872. doi:10.1099/00221287-146-4-767 
    17. Lechevalier, H A; Lechevalier, M P (outubro de 1967). «Biology of Actinomycetes». Annual Review of Microbiology. 21 (1): 71–100. ISSN 0066-4227. doi:10.1146/annurev.mi.21.100167.000443 
    18. Embley, T M; Stackebrandt, E (outubro de 1994). «The Molecular Phylogency and Systematics of the Actinomycetes». Annual Review of Microbiology. 48 (1): 257–289. ISSN 0066-4227. doi:10.1146/annurev.mi.48.100194.001353 
    19. Wösten, Han A. B.; Willey, Joanne M. (1 de abril de 2000). «Surface-active proteins enable microbial aerial hyphae to grow into the air». Microbiology. 146 (4): 767–773. ISSN 1350-0872. doi:10.1099/00221287-146-4-767 
    20. «The Actionmycetes. Vol. 2, Classification, Identification and Descriptions of Genera and Species. By Selman A. Waksman. The Williams & Wilkins Co., 428 East Preston St., Baltimore 2, Md., 1961. ix + 363pp. 17 × 25.5cm. Price $15». Journal of Pharmaceutical Sciences. 50 (11). 979 páginas. Novembro de 1961. ISSN 0022-3549. doi:10.1002/jps.2600501130 
    21. O'DONNELL, ANTHONY G. (1988). «Recognition of Novel Actinomycetes». Elsevier: 69–88. ISBN 9780122896736 
    22. Stackebrandt, Erko; Schumann, Peter (2006). «Introduction to the Taxonomy of Actinobacteria». New York, NY: Springer New York: 297–321. ISBN 9780387254937 
    23. Correa, Ana Clara; Garcia dos Reis Nunes, Gustavo; da S. Paiva, Larissa; Cerceau, Renato; Manuel Serra da Cruz, Sergio (24 de outubro de 2018). «FarmaJusta: Dados Abertos Como Suporte à Saúde Pública». Sociedade Brasileira de Computação - SBC. Anais da V Escola Regional de Sistemas de Informação do Rio de Janeiro. doi:10.5753/ersirj.2018.4649 
    24. Ochi, Kozo (junho de 1992). «Polyacrylamide gel electrophoresis analysis of ribosomal protein: a new approach for actinomycete taxonomy». Gene. 115 (1-2): 261–265. ISSN 0378-1119. doi:10.1016/0378-1119(92)90568-a 
    25. Stackebrandt, Erko; Schumann, Peter (2006). «Introduction to the Taxonomy of Actinobacteria». New York, NY: Springer New York: 297–321. ISBN 9780387254937 
    26. Schleifer, Karl Heinz (dezembro de 2009). «Classification of Bacteria and Archaea: Past, present and future». Systematic and Applied Microbiology. 32 (8): 533–542. ISSN 0723-2020. doi:10.1016/j.syapm.2009.09.002 
    27. Bull, A T; Goodfellow, M; Slater, J H (outubro de 1992). «Biodiversity as a Source of Innovation in Biotechnology». Annual Review of Microbiology. 46 (1): 219–246. ISSN 0066-4227. doi:10.1146/annurev.mi.46.100192.001251 
    28. Embley, T M; Stackebrandt, E (outubro de 1994). «The Molecular Phylogency and Systematics of the Actinomycetes». Annual Review of Microbiology. 48 (1): 257–289. ISSN 0066-4227. doi:10.1146/annurev.mi.48.100194.001353 
    29. STACKEBRANDT, E.; RAINEY, F. A.; WARD-RAINEY, N. L. (1 de abril de 1997). «Proposal for a New Hierarchic Classification System, Actinobacteria classis nov.». International Journal of Systematic Bacteriology. 47 (2): 479–491. ISSN 0020-7713. doi:10.1099/00207713-47-2-479 
    30. Stackebrandt, Erko; Schumann, Peter (2006). «Introduction to the Taxonomy of Actinobacteria». New York, NY: Springer New York: 297–321. ISBN 9780387254937 
    31. Embley, T M; Stackebrandt, E (outubro de 1994). «The Molecular Phylogency and Systematics of the Actinomycetes». Annual Review of Microbiology. 48 (1): 257–289. ISSN 0066-4227. doi:10.1146/annurev.mi.48.100194.001353 
    32. Yadav, Ajar Nath; Verma, Priyanka; Kumar, Sunil; Kumar, Vinod; Kumar, Manish; Kumari Sugitha, Thankappan Chellammal; Singh, Bhim P.; Saxena, Anil Kumar; Dhaliwal, Harcharan Singh (2018). «Actinobacteria from Rhizosphere». Elsevier: 13–41. ISBN 9780444639943 
    33. Ventura, M.; Canchaya, C.; Tauch, A.; Chandra, G.; Fitzgerald, G. F.; Chater, K. F.; van Sinderen, D. (1 de setembro de 2007). «Genomics of Actinobacteria: Tracing the Evolutionary History of an Ancient Phylum». Microbiology and Molecular Biology Reviews. 71 (3): 495–548. ISSN 1092-2172. doi:10.1128/mmbr.00005-07 
    34. BRADLEY, S. G. (1 de outubro de 1985). «The Biology of the Actinomycetes.: Edited by M. Goodfellow, M. Mordarski, and S. T. Williams. Academic Press, Inc., London, 1984, 544 pp., $95.00/ 57.00.». International Journal of Systematic Bacteriology. 35 (4): 541–541. ISSN 0020-7713. doi:10.1099/00207713-35-4-541 
    35. PECZYŃSKA-CZOCH, WANDA; MORDARSKI, MARIAN (1988). «Actinomycete Enzymes». Elsevier: 219–283. ISBN 9780122896736 
    36. Goodfellow, M; Williams, S T (outubro de 1983). «Ecology of Actinomycetes». Annual Review of Microbiology. 37 (1): 189–216. ISSN 0066-4227. doi:10.1146/annurev.mi.37.100183.001201 
    37. González, Ignacio; Ayuso-Sacido, Angel; Anderson, Annaliesa; Genilloud, Olga (novembro de 2005). «Actinomycetes isolated from lichens: Evaluation of their diversity and detection of biosynthetic gene sequences». FEMS Microbiology Ecology. 54 (3): 401–415. ISSN 0168-6496. doi:10.1016/j.femsec.2005.05.004 
    38. Ventura, M.; Canchaya, C.; Tauch, A.; Chandra, G.; Fitzgerald, G. F.; Chater, K. F.; van Sinderen, D. (1 de setembro de 2007). «Genomics of Actinobacteria: Tracing the Evolutionary History of an Ancient Phylum». Microbiology and Molecular Biology Reviews. 71 (3): 495–548. ISSN 1092-2172. doi:10.1128/mmbr.00005-07 
    39. Goodfellow, M; Williams, S T (outubro de 1983). «Ecology of Actinomycetes». Annual Review of Microbiology. 37 (1): 189–216. ISSN 0066-4227. doi:10.1146/annurev.mi.37.100183.001201 
    40. Williams, S.T.; Vickers, J.C.; Goodfellow, M.; Alderson, G.; Wellington, E.M.H.; Sneath, P.H.A.; Sackin, M.J.; Mortimer, A.M. (1984). «NUMERICAL CLASSIFICATION AND IDENTIFICATION OF STREPTOMYCETES». Elsevier: 537–551. ISBN 9780125286206 
    41. Williams, S.T.; Lanning, S. (1984). «STUDIES OF THE ECOLOGY OF STREPTOMYCETE PHAGE IN SOIL». Elsevier: 473–483. ISBN 9780125286206 
    42. McCarthy, Alan J.; Williams, Stanley T. (junho de 1992). «Actinomycetes as agents of biodegradation in the environment — a review». Gene. 115 (1-2): 189–192. ISSN 0378-1119. doi:10.1016/0378-1119(92)90558-7 
    43. Ding, C.H.; Jiang, Z.Q.; Li, X.T.; Li, L.T.; Kusakabe, I. (fevereiro de 2004). «High activity xylanase production by Streptomyces olivaceoviridis E-86». World Journal of Microbiology and Biotechnology. 20 (1): 7–10. ISSN 0959-3993. doi:10.1023/b:wibi.0000013278.24679.ed 
    44. Petrosyan, P. (1 de janeiro de 2003). «Streptomyces mexicanus sp. nov., a xylanolytic micro-organism isolated from soil». INTERNATIONAL JOURNAL OF SYSTEMATIC AND EVOLUTIONARY MICROBIOLOGY. 53 (1): 269–273. ISSN 1466-5026. doi:10.1099/ijs.0.02251-0 
    45. Sartori, Adriane Teresinha (2018). «EM BUSCA DE COERÊNCIA ENTRE O DIZER E O FAZER NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO MESTRADO PROFISSIONAL EM LETRAS: UMA EXPERIÊNCIA COM O PROCESSO DE PRODUÇÃO DE TEXTOS». EntreLetras. 9 (2): 44–60. ISSN 2179-3948. doi:10.20873/uft.2179-3948.2018v9n2p44 
    46. Caldo, Mariana Kozlowski. «Estimativa de parâmetros geotécnicos dos solos variegados da formação São Paulo utilizando ensaios in situ.» 
    47. Hoster, Frank; Schmitz, Jessica E.; Daniel, Rolf (29 de julho de 2004). «Enrichment of chitinolytic microorganisms: isolation and characterization of a chitinase exhibiting antifungal activity against phytopathogenic fungi from a novel Streptomyces strain». Applied Microbiology and Biotechnology. 66 (4): 434–442. ISSN 0175-7598. doi:10.1007/s00253-004-1664-9 
    48. Jacques, Rodrigo Josemar Seminoti; Bento, Fátima Menezes; Antoniolli, Zaida Inês; Camargo, Flávio Anastácio de Oliveira (agosto de 2007). «Biorremediação de solos contaminados com hidrocarbonetos aromáticos policíclicos». Ciência Rural. 37 (4): 1192–1201. ISSN 0103-8478. doi:10.1590/s0103-84782007000400049 
    49. Sorkhoh, N.A.; Al-Hasan, R.H.; Khanafer, Majeda; Radwan, S.S. (fevereiro de 1995). «Establishment of oil-degrading bacteria associated with cyanobacteria in oil-polluted soil». Journal of Applied Bacteriology. 78 (2): 194–199. ISSN 0021-8847. doi:10.1111/j.1365-2672.1995.tb02842.x 
    50. Pereira, Drielle Seabra; Gomes, Rosana Canuto; Semêdo, Luzia Teixeira A. S. (1 de agosto de 2012). «Potencial das Actinobactérias na Biodegradação de Hidrocarbonetos». Revista Eletrônica TECCEN. 5 (2). 71 páginas. ISSN 1984-0993. doi:10.21727/198409932012.teccen.v5i2.71-96 
    51. Asolkar, Ratnakar N; Kirkland, Theo N; Jensen, Paul R; Fenical, William (20 de novembro de 2009). «Arenimycin, an antibiotic effective against rifampin- and methicillin-resistant Staphylococcus aureus from the marine actinomycete Salinispora arenicola». The Journal of Antibiotics. 63 (1): 37–39. ISSN 0021-8820. doi:10.1038/ja.2009.114 
    52. Conti, Raphael; Guimarães, Denise O.; Pupo, Mônica T. (2012). «Aprendendo com as interações da natureza: microrganismos simbiontes como fontes de produtos naturais bioativos». Ciência e Cultura. 64 (3): 43–47. ISSN 0009-6725. doi:10.21800/s0009-67252012000300014 
    53. Regina Da Cal Seixas, Sonia; Luis De Oliveira, Gabriel (20 de novembro de 2015). «Occourrence of Environmental Crimes in the São Paulo North Coast». Campinas - SP, Brazil: Galoá. Anais do Congresso de Iniciação Científica da Unicamp. doi:10.19146/pibic-2015-38226 
    54. Dufossé, L. (2009). «Pigments, Microbial». Elsevier: 457–471. ISBN 9780123739445 
    55. Raja, A.; Prabakaran, P. (1 de fevereiro de 2011). «Actinomycetes and Drug-An Overview». American Journal of Drug Discovery and Development. 1 (2): 75–84. ISSN 2150-427X. doi:10.3923/ajdd.2011.75.84 
    Este artigo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. Editor: considere marcar com um esboço mais específico.
    Wikispecies
    Wikispecies
    O Wikispecies tem informações sobre: Actinomycetota