Estado pária: diferenças entre revisões

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Brasil como um estado pária. O artigo de "fonte" é meramente uma opinião jornalista, e não uma posição adotada por qualquer autoridade e/ou nação. Além da contradição com o mapa acima.
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Um '''Estado pária''' (também chamado de '''pária internacional''' ou '''pária global''') é uma nação cuja conduta é considerada fora das normas internacionais de comportamento por parte ou por toda a [[comunidade internacional]]. Um Estado pária pode enfrentar o [[isolamento internacional]], [[sanções internacionais|sanções]] ou mesmo [[invasão|ataque militar]] por países que vejam as suas políticas e ações como inaceitáveis.
[[Imagem:Pariah_states.png|thumb|450px|Estados que tenham sido (em um momento ou outro) rotulados ou tratados como "Estados párias"]]
Um '''Estado pária''' é uma [[nação]] cuja conduta é considerada fora das [[Norma social|normas]] internacionais de comportamento por parte ou por toda a [[comunidade internacional]] (como a [[Organização das Nações Unidas]]) ou por algumas das [[grande potência|grandes potências]]. Um Estado pária poderá enfrentar o [[isolamento internacional]], [[sanções internacionais|sanções]] ou mesmo [[invasão|ataque militar]] por países que vejam as suas políticas e ações como inaceitáveis. O termo está intimamente relacionado com a denominação "[[Estado vilão]]".


== Lista ==
== Antecedentes ==
Até os últimos séculos, a autoridade para designar uma nação como um Estado pária, era relativamente clara, muitas vezes cabendo a autoridades religiosas. (Por exemplo, "o [[Império Otomano]], por exemplo, foi considerado um pária pelos Estados europeus" desde o [[Paz de Vestfália|Tratado de Westfália]] em 1648 até o século XIX em uma "base religiosa".<ref name="Weiss">{{cite book|url=http://opensiuc.lib.siu.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1357&context=uhp_theses|title=Revolutionary Identities and Competing Legitimacies: Why Pariah States Export Violence (Thesis)|last1=Weiss|first1=Ari B.|publisher=Southern Illinois University, Carbondale|ano=2012|local=Carbondalle, Illinois|página=2, 15|lingua=en-US|access-date=14.08.2014}}</ref><ref>{{Citar livro|url=http://www.japss.org/upload/10.%20pariah%20state%20system.pdf|título=The Globalization of Politics: the Changed Focus of Political Action in the Modern World.|ultimo=Evan.|primeiro=Luard,|data=2016|editora=Macmillan|local=Londres|página=36|isbn=9780333521328|oclc=1084436610}}</ref>) Em tempos mais recentes, no entanto, os critérios e as implicações associadas de um Estado pária, bem como as autoridades de designação, estão sujeitos a muitas divergências. Por exemplo, o estudioso nigeriano [[Olawale Lawal]] declarou:<blockquote>Existem tantas questões em aberto sobre a questão do Estado Pária. Por exemplo, quem determina um Estado Pária e como uma nação se torna um Estado Pária ... Isso se torna mais profundo quando se percebe que uma nação que é um pária em uma região tem relações diplomáticas e amigáveis com outras.<ref name="Lawal">{{cite journal |url=http://www.japss.org/upload/10.%20pariah%20state%20system.pdf |title=Pariah State System and Enforcement Mechanism of International Law |date=2012 |acessodata=12.08.2014 |jornal=Journal of Alternative Perspectives in the Social Sciences |issue=1 |ultimo=Olawale |primeiro=Lawal |pages=226–241 |lingua=en |volume=4}}</ref></blockquote>Por alguns critérios, as nações podem ser consideradas párias dentro de sua própria vizinhança nos estados vizinhos. Por outros, um organismo internacional (como as Nações Unidas) ou talvez um consenso entre certas nações pode governar o significado ou uso do termo.<ref name="Lawal" />
Por várias vezes no passado, os seguintes estados foram rotulados ou tratados como ''[[pária]]s'' no sistema internacional. Alguns deles ainda são rotulados como tal atualmente:


=== Atual ===
== Etimologia ==
A palavra "pária" deriva de [[Paraiyar]], um grande grupo tribal do [[Subdivisões da Índia|estado indiano]] de [[Tâmil Nadu|Tamil Nadu]]. Sob o [[Sistema de castas na Índia|sistema de castas]], os Paraiyar eram membros da casta mais baixa, que eram chamados de ''outcastes'' (em uma tradução literal para o português, fora das castas) pelos governantes imperiais ingleses da Índia.<ref>{{Citar web|ultimo=|primeiro=|url=https://www.ahdictionary.com/word/search.html?q=pariah|titulo="pariah"|acessodata=2021-11-11|website=The American Heritage Dictionary of the English Language, Fifth Edition|publicado=Houghton Mifflin Harcourt Publishing Company}}</ref> Desde seu primeiro uso registrado em [[Língua inglesa|inglês]] em 1613, culturas em todo o mundo aceitaram o termo "pária".<ref>{{cite book|url=http://www.japss.org/upload/10.%20pariah%20state%20system.pdf|title=Random House Word Menu (as cited in Lawal, 2012)|last1=Glazier|first1=Stephen|publisher=Write Brothers, Inc.|ano=2010|página=228|access-date=14.08.2014}}</ref>
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* [[Abecásia]] (reconhecimento limitado)<ref>[http://www.nytimes.com/2006/06/28/opinion/28iht-edviktor.2073759.html Abkhazia: A promising pariah on the Black Sea - Editorials & Commentary - International Herald Tribune]</ref>
* [[Bielorrússia]]<ref>[http://www.voanews.com/uspolicy/2008-04-03-voa1.cfm Belarus Cracks Down] {{Wayback|url=http://www.voanews.com/uspolicy/2008-04-03-voa1.cfm |date=20080617135647 }}, VOA, April 1, 2008</ref>
* [[Eritreia]]<ref name=r20120315>{{citar jornal|título=Ethiopia troops attack rebels inside pariah state Eritrea|url=http://news.nationalpost.com/2012/03/15/ethiopia-troops-attack-rebels-inside-pariah-state-eritrea/|jornal=National Post|data=15 de março de 2012|agência=Reuters|citação=Despite the repeated denials that it is not a destabilising force in the volatile Horn of Africa region, Eritrea is widely regarded in the international community as a pariah state and is deeply mistrusted by its neighbours}}</ref><ref name=ft20110803>{{citar jornal|título=How double-dealing built a pariah state|url=http://www.ft.com/intl/cms/s/0/063c10ce-be1b-11e0-bee9-00144feabdc0.html#axzz1qbnl0ijY|jornal=Financial Times|data=3 de agosto de 2011|autor =Michela Wrong|autorlink =Michela Wrong}}</ref><ref>[http://af.reuters.com/article/topNews/idAFJOE63K0NP20100421 Djibouti says Eritrea will bow to UN sanctions], Reuters Africa, April 21, 2010</ref>
* [[Guiné Equatorial]]<ref name="afrol.com">[http://www.afrol.com/News/eqg003_obiang_millennium.htm Obiang, dictator in fashion in New York] {{Wayback|url=http://www.afrol.com/News/eqg003_obiang_millennium.htm |date=20090107131320 }}, afrol.com, September 9, 2000</ref>
* [[Geórgia]]<ref>[http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5hJeRV7QtW9xXsPFGWNAofGNm7IXw War report wounds isolated Georgian leader]</ref>
* [[Irã]]<ref name="treacherousalliance-iran">{{citar livro|autor = Trita Parsi|título=Treacherous Alliance, The Secret Dealings of Israel, Iran and the United States.|publicado=Yale University Press|local=London|ano=2007|página= 97| isbn= 0-300-12057-5}}</ref>
* [[Israel]]<ref>{{citar livro|título=Review Essays in Israel Studies. Suny Series in Israeli Studies, Vol. 5|ano=2000|publicado=[[State University of New York Press]]|isbn=978-0-7914-4422-1|autor =David Rodman|editor=Laura Zittrain Eisenberg, Neil Caplan|página=93|capítulo=5. "Normal" or "Special" ?|citação=For most of the post-1967 period, Israel has been a pariah state in the world community}}</ref><ref name=Harkavy>{{citar periódico|título=Pariah states and nuclear proliferation|periódico=International Organization|ano=1981|volume=35|número=1|páginas=135-163|doi=10.1017/S0020818300004112|autor =Robert E. Harkavy|publicado=Cambridge University Press|citação=In recent years, a new international actor—the pariah state—has mounted the global stage. Although rough historical precedents may be discerned, the present international system appears to have produced a novel phenomenon, whereby some isolated small states, lacking assured and credible outside security support, find themselves unable to take advantage of traditional balance-of-power mechanisms. Taiwan, South Africa, and Israel fit this description best, South Korea less so; Pakistan and Chile are also candidates.}}</ref><ref name=Horowitz>{{citar livro|título=Israel in the Third World|ano=1976|publicado=Transaction Publishers|isbn=978-0-87855-603-8|autor =Irving Louis Horowitz|autorlink =Irving Louis Horowitz|editor=Michael Curtis, Susan Aurelia Gitelson|página=384|capítulo=24. From Pariah People to Pariah Nation: Jews, Israelis and the Third World|citação=Israel has been defined as a pariah nation, suited to harboring a "settler people"}}</ref><ref name=Bellany>{{citar livro|título=Terrorism and Weapons of Mass Destruction: Responding to the challenge|ano=2007|publicado=Routledge|isbn=978-0-415-57065-7|páginas=21-22|autor =Ian Bellany|editor=Ian Bellany|capítulo=1. Material dangers|citação=Israel is a pariah}}</ref><ref name=Boyle>{{citar livro|título=World politics and international law|ano=1985|publicado=Duke University Press|isbn=978-0-8223-0655-9|autor =Francis Anthony Boyle|autorlink =Francis Boyle|página=100|citação=On some of these issues, Israel has stood alone in a seemingly willful refusal to adhere to even the most basic requirements of international law in its relations with other states and peoples. The list of abuses is so extensive and universally held that Israel has gradually become a pariah state within the international community, a status it shares with the apartheid regime of South Africa}}</ref><ref name=Brown>{{citar livro|título=Diplomacy in the Middle East: The International Relations of Regional and Outside Powers|ano=2004|publicado=I. B. Tauris|isbn=978-1-86064-899-1|autor =L. Carl Brown|autorlink =L. Carl Brown|editor=L. Carl Brown|página=305|capítulo=VI. Conclusion: Making Sense of Middle East Diplomacy|citação=Israel has been throughout most of its existence a pariah state in the midst of the Arab world}}</ref><ref name=zenko>{{citar jornal|título=Come Out of the Nuclear Closet|url=http://www.nytimes.com/roomfordebate/2012/03/08/should-israel-accept-a-nuclear-ban/come-out-of-the-nuclear-closet|jornal=The New York Times|data=8 de março de 2012|autor =Micah Zenko|citação=Israel has pigeonholed itself as an international pariah, allowing adversaries and the nonaligned movement to use Israeli intransigence as an excuse to slow progress on nuclear nonproliferation objectives, including preventing a nuclear Iran}}</ref>
* [[Coreia do Norte]]<ref name="independent-sk">{{citar jornal|url=http://news.independent.co.uk/world/asia/article132685.ece|título=North Korea: A pariah state, its secret nuclear programme&nbsp;— and a new crisis for Bush|acessodata=2008-01-19|publicado=The Independent|autor =Rupert Cornwell |local=London |data=18 de outubro de 2002}}</ref>
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* [[Chipre do Norte]] (reconhecimento limitado)
* [[República da China]]<ref name=tom>Thomas H. Henriksen, 'The Rise and Decline of Rogue States'. ''Journal of International Affairs'', '''54'''(2), 2001, 349-373.</ref>
* [[Síria]]<ref>[http://www.opendemocracy.net/article/syria-conversations-in-a-pariah-state], OpenDemocracy, June 6, 2000</ref>
* [[Sudão]]<ref name="NYtimes">[http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=980CE2D7173FF935A25756C0A9629C8B63 Sudan's War on Itself; From Rogue State to Pariah State], New York Times</ref>
* [[Transnistria]] (reconhecimento limitado)<ref>[http://sfunion.net/?p=774 The Sheriff of the Wild East - The Slavic Football Union]</ref>
* [[Uganda]]<ref>[http://news.bbc.co.uk/2/hi/africa/811226.stm Multi-party, no-party: Uganda's choice], BBC News, June 29, 2000</ref>
* [[Uzbequistão]]<ref>[http://www.independent.co.uk/news/world/europe/uzbek-leader-silences-critics-of-massacre-477959.html Uzbek leader silences critics of massacre], The Independent, May 13, 2006</ref>
* [[Venezuela]]<ref>http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,diante-de-prisao-de-opositores-na-venezuela-ue-ja-estuda-sancoesao-pais,70001918422</ref><ref>https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/31/internacional/1501522342_637988.html</ref><ref>http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,eua-impoem-sancoes-financeiras-a-maduro-apos-constituinte-na-venezuela,70001916946</ref>
* [[Zimbábue]]<ref name="dailytelegraph">[http://www.telegraph.co.uk/news/uknews/1405419/Mugabe-made-Zimbabwe-a-pariah-state,-says-Straw.html Mugabe made Zimbabwe a pariah state, says Straw], Daily Telegraph, August 25, 2002</ref>
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== Critérios para definição ==
=== Antigos ===
Em agosto de 2014, não existiam critérios internacionalmente aceitos para designar uma nação como Estado pária, nem havia qualquer autoridade aceita para fazê-lo. Alguns critérios estão propostos nas definições oferecidas na seção anterior. Por exemplo, Harkavy e Marks fazem referência em suas definições ao comportamento internacional de uma nação a fim de qualificá-la para um status de Estado pária.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.cambridge.org/core/product/identifier/S0020818300004112/type/journal_article |titulo=Pariah states and nuclear proliferation |data=1981 |acessodata=2021-11-11 |jornal=International Organization |publicado=Cambridge University Press |número=1 |ultimo=Harkavy |primeiro=Robert E. |paginas=135–163 |lingua=en |doi=10.1017/S0020818300004112 |issn=0020-8183 |volume=35}}</ref> Marks vai um passo além e inclui a questão das armas nucleares em seus critérios,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=8cXGAAAAQBAJ&q=%22Pariah+state%22&pg=PA130|título=Metaphors in international relations theory|ultimo=Marks|primeiro=Michael P.|editora=Palgrave Macmillan|ano=2011|edicao=1ª|local=Nova York|páginas=129-132|lingua=en|isbn=9780230339187|oclc=759166321}}</ref> enquanto Weiss acrescenta "a existência desafiadora de um estado em face do não reconhecimento internacional".<ref name="Weiss" /> No entanto, o único critério de Bellany é a falta de [[soft power]],<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=tVTYfOAvFc8C&q=%22Pariah+state%22&pg=PA21|título=Terrorism and Weapons of Mass Destruction: Responding to the Challenge|ultimo=Bellany|primeiro=Ian|editora=Routledge|ano=2007|página=21|lingua=en|isbn=9781134115266}}</ref> enquanto o ''Penguin Dictionary of International Relations'' exige que os estados párias também "sofram de isolamento diplomático e generalizado opróbrio moral global".<ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/penguindictionar0000evan/page/227|título=The Penguin Dictionary of International Relations|ultimo=Evans|primeiro=Graham|ultimo2=Newnham|primeiro2=Jeffrey|editora=Penguin Books|ano=1998|local=Londres|isbn=9780140513974|oclc=41113670}}</ref>
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* [[Emirado Islâmico do Afeganistão|Afeganistão]]<ref>[http://www.time.com/time/asia/magazine/2000/0529/afghanistan.taliban.html Frozen In Time], TIME, '''156'''(21), May 29, 2000</ref> sob o regime do [[Taliban]]
* [[Albânia]]<ref>[http://195.13.9.242/uploadedFiles/KBS-FRB/Files/Verslag/EPC-%20Albania-%2027-04-2010.pdf En route to the EU] {{Wayback|url=http://195.13.9.242/uploadedFiles/KBS-FRB/Files/Verslag/EPC-%20Albania-%2027-04-2010.pdf |date=20160408194000 }}, European Policy Centre, April 2010</ref>
* [[Argentina]]<ref>[http://www.jstor.org/pss/1148310 The Argentine Pariah]</ref> no início dos anos 80, sob a [[Processo de Reorganização Nacional|ditadura militar]]
* [[Birmânia]]<ref>{{Citar web |url=http://www.irrawaddy.org/article.php?art_id=23093 |titulo=Asean Can Act as Burma's Bridge to the World |acessodata=2012-06-17 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120328065358/http://irrawaddy.org/article.php?art_id=23093 |arquivodata=2012-03-28 |urlmorta=yes }}</ref> de 1988 até início de 2011, sob o [[Conselho de Estado para a Paz e Desenvolvimento]]
* [[República Popular do Kampuchea|Camboja]]<ref>[http://yaleglobal.yale.edu/about/benny.jsp At Last, Justice Comes to Cambodia] {{Wayback|url=http://yaleglobal.yale.edu/about/benny.jsp |date=20140304232700 }}, Yale Global Online, February 13, 2009</ref> na década de 1980 antes de assinar [[Acordos de Paz de Paris de 1991]]
* [[Ditadura militar no Chile (1973–1990)|Chile]]<ref>[http://internationalwarcrimesreport.wordpress.com/2010/06/04/chile/ Chile], International War Crimes Report, June 4, 2010</ref> sob o regime de [[Augusto Pinochet]]
* [[Iraque Baathista|Iraque]]{{Carece de fontes|data=março de 2014}} sob [[Saddam Hussein]]
* [[Haiti]]<ref>[http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A13187-2004Feb27.html Haiti Crisis], Washington Post, March 1, 2004</ref> sob os governos de [[Papa Doc]] e [[Baby Doc]]
* [[Libéria]]<ref>[http://news.bbc.co.uk/2/hi/africa/2961390.stm Arrest warrant for Liberian leader], BBC News, June 4, 2003</ref><ref>[http://www.afrol.com/News2001/lib001_un_sanctions.htm Taylor's Liberia becoming pariah nation], afrol.com, January 20</ref>
* [[Era Muammar al-Gaddafi#Grande Jamahiriya Árabe Popular Socialista da Líbia|Líbia]]<ref name="bbc-libya">{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/africa/3371269.stm|título=Libya's two decades as pariah state|acessodata=2008-01-19|publicado=BBC News|autor =Paul Keller|data=6 de janeiro de 2004}}</ref> sob o regime de [[Muammar Gaddafi]]
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* [[Paraguai]]<ref>[http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2006/08/16/AR2006081601729_pf.html Alfredo Stroessner; Paraguayan Dictator], Washington Post, August 17, 2006</ref> sob [[Alfredo Stroessner]]
* [[República Federal da Iugoslávia|Iugoslávia]] e [[República da Sérvia (1990-2006)|Sérvia]]<ref>[http://news.uk.msn.com/world/articles.aspx?cp-documentid=157844255 War crimes fugitive Mladic arrested] MSN News UK, May 26, 2011</ref> sob o regime de [[Slobodan Milošević]]
* [[Sri Lanka]]<ref name="srilankamirror.com">http://www.srilankamirror.com/english/index.php?option=com_content&view=article&id=4716:lanka-a-pariah-state-after-israeli-ambassador-came-to-the-defence&catid=1:latest-news&Itemid=50{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref>
* [[África do Sul]]<ref name=tom>Thomas H. Henriksen, 'The Rise and Decline of Rogue States'. ''Journal of International Affairs'', '''54'''(2), 2001, 349-373.</ref><ref name="southafrica">{{citar periódico|autor =Susan Willett|título=The Legacy of a Pariah State: South Africa's Arms Trade in the 1990s|periódico=Review of African Political Economy |ano=1995| volume=64|páginas=151–166}}</ref> sob o [[apartheid]]
* [[União Soviética]]
* [[Turcomenistão]]<ref>[http://online.wsj.com/article/SB116668578213056602.html?mod=home_whats_news_us Turkmenistan Leader's Death May Spur Struggle], Wall Street Journal, December 22, 2006</ref>
* [[República Popular da China]]<ref name=ny>[http://www.bu.edu/globalbeat/syndicate/Walker081700.html Isolation again fails as a foreign policy], New York University, August 17, 2000</ref>
* [[Zaire]] (atual [[República Democrática do Congo]])<ref>[http://www.country-data.com/cgi-bin/query/r-15134.html Zaire - Involvement in the Angolan Civil War], countrydata.com, 1993</ref>
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Não existe um padrão universal para impedir que nações, organizações ou mesmo indivíduos se refiram às nações como Estados párias. Por exemplo, o comentarista político e ativista [[Noam Chomsky]] declarou em 2003 e novamente em 2014 que os Estados Unidos haviam se tornado um Estado pária. Ambas as declarações foram baseadas em resultados de pesquisas do [[Gallup (empresa)|Gallup]], mostrando que apenas 10% das pessoas ao redor do mundo apoiaram a [[Guerra do Iraque|guerra dos Estados Unidos no Iraque]] e que 24% das pessoas no mundo acreditavam que os Estados Unidos representavam a maior ameaça à paz mundial.<ref>{{Citar web|ultimo=Mayer|primeiro=Dennis|url=https://dailyfreepress.com/2003/03/24/u-s-is-now-a-pariah-state-chomsky-says/|titulo=U.S. is now a ‘pariah state,’ Chomsky says|data=24.03.2003|acessodata=2021-11-11|website=The Daily Free Press|publicado=Back Bay Publishing Co. Inc|lingua=en-US}}</ref><ref>{{citar web|ultimo=Chomsky|primeiro=Noam|url=http://inthesetimes.com/article/16631/russia_ukraine_noam_chomsky|titulo=The Politics of Red Lines|data=01.05.2014|acessodata=11.11.2021|website=In These Times|publicado=The Institute for Public Affairs|lingua=en|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140717163841/http://inthesetimes.com/article/16631/russia_ukraine_noam_chomsky|arquivodata=17.07.2014|urlmorta=yes}}</ref> Esses resultados da pesquisa não estão listados entre os critérios objetivos apresentados por fontes acadêmicas, autoridades internacionais ou ONGs, ou quaisquer órgãos governamentais como critérios para designação como um Estado pária, e vão contra pelo menos um padrão acadêmico proposto por Geldenhuys, que as grandes potências mundiais, por definição, não podem ser Estados párias porque não podem ser isoladas ou prejudicadas política ou economicamente, ou colocadas em conformidade com as normas internacionais por designação de párias, seja por indivíduos ou por órgãos governamentais internacionais.<ref name=":0">{{citar periódico |url=http://dspace.africaportal.org/jspui/bitstream/123456789/29746/1/SAIIA%20Reports%20no%202.pdf?1 |titulo=PARIAH STATES IN THE POST-COLD WAR WORLD: A CONCEPTUAL EXPLORATION |data=05.03.1997 |acessodata=11.11.2021 |jornal=SAIIA Reports |número=2 |ultimo=Geldenhuys |primeiro=Deon |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150610031805/http://dspace.africaportal.org/jspui/bitstream/123456789/29746/1/SAIIA%20Reports%20no%202.pdf?1 |arquivodata=10.06.2015 |urlmorta=yes}}</ref>
{{Referências}}


Lawal distingue entre designações subjetivas e objetivas. A designação subjetiva também pode existir em nível nacional, de acordo com os interesses e valores da nação que a designa. Se a nação designada for poderosa o suficiente, a designação de um estado pária pode se tornar objetiva com base na quantidade de pressão que o estado designador pode aplicar para obter consenso internacional. Foi o que aconteceu, segundo Lawal, quando os Estados Unidos usaram sua força dentro do [[Bloco ocidental|Bloco Ocidental]] para impor o status de pária à [[Cuba]] de [[Fidel Castro]], em vez de agir unilateralmente por meio da [[política externa]], sem necessidade de impor o status de pária internacional. Lawal explica que o problema dos Estados Unidos com Cuba era geográfico mais do que ideológico, já que Cuba não estava mais longe dos Estados Unidos no [[espectro político]] do que a União Soviética na época, mas os soviéticos tentaram [[Crise dos mísseis de Cuba|estabelecer instalações de lançamento de mísseis nucleares em Cuba]], dentro de 159 km da costa dos Estados Unidos.<ref name="Lawal" />
{{Portal3|Política}}


Lawal resumiu quatro categorias principais frequentemente usadas para qualificação como Estados párias: 1) nações que possuem ou usam armas de destruição em massa em violação dos tratados existentes, 2) nações que apóiam o terrorismo, 3) nações sem democracia e 4) nações com uma histórico de violações de direitos humanos.<ref name="Lawal" /> A esses quatro critérios, Geldenhuys acrescenta outros dois: 5) nações que promovem ideologias radicais dentro do país ou mesmo no exterior ("exportação revolucionária"), e 6) nações que cometem atos de agressão militar no exterior.<ref name=":0" /> Além dessas seis categorias de conduta estatal que podem resultar na designação objetiva de um Estado pária, Geldenhuys sugere uma sétima categoria que pode obter consenso internacional: nações que estão envolvidas no tráfico internacional de drogas.{{Nota de rodapé|O artigo de Geldenhuys foi publicado em 1997. Portanto, o consenso acadêmico sobre esta questão pode já ter sido alcançado ou não.}}
[[Categoria:Teorias políticas]]

[[Categoria:Estados por condição de poder|Paria]]
De acordo com Lawal, o [[direito internacional]] pode servir como critério objetivo. Por exemplo, os países que violam o [[Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares]] são freqüentemente sancionados por suas ações. Essas sanções podem incluir a designação de Estado pária, como tem sido a abordagem usada pelos Estados Unidos.<ref name="Lawal" />{{Nota de rodapé|Lawal reconhece em seu artigo que há uma grande sobreposição entre as definições de "estados párias" e "estados invasores". Weiss (2012) refere-se a isso como "A política estadunidense do Estado vilão".}}No entanto, o direito internacional pode falhar a esse respeito, pois, no sistema internacional atual, a maioria dos Estados-nação reconhece sua própria supremacia jurídica sobre as leis de qualquer órgão internacional de governo. Assim, de acordo com Lawal, o consenso sob o direito internacional pode ser problemático. No caso do desenvolvimento de armas nucleares, o isolamento internacional pode ter um "efeito de empurrão" paradoxal em um estado pária, motivando o desenvolvimento acelerado de armas nucleares.<ref name="Lawal" /> Em 2012, não havia nenhuma disposição no direito internacional para o status de pária.<ref name="Lawal" />
[[Categoria:Geopolítica]]

== Ver também ==

* [[Estado falido]]
* [[Estado vilão]]
{{Notas e referências}}

Edição atual tal como às 09h25min de 11 de novembro de 2021

Um Estado pária (também chamado de pária internacional ou pária global) é uma nação cuja conduta é considerada fora das normas internacionais de comportamento por parte ou por toda a comunidade internacional. Um Estado pária pode enfrentar o isolamento internacional, sanções ou mesmo ataque militar por países que vejam as suas políticas e ações como inaceitáveis.

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Até os últimos séculos, a autoridade para designar uma nação como um Estado pária, era relativamente clara, muitas vezes cabendo a autoridades religiosas. (Por exemplo, "o Império Otomano, por exemplo, foi considerado um pária pelos Estados europeus" desde o Tratado de Westfália em 1648 até o século XIX em uma "base religiosa".[1][2]) Em tempos mais recentes, no entanto, os critérios e as implicações associadas de um Estado pária, bem como as autoridades de designação, estão sujeitos a muitas divergências. Por exemplo, o estudioso nigeriano Olawale Lawal declarou:

Existem tantas questões em aberto sobre a questão do Estado Pária. Por exemplo, quem determina um Estado Pária e como uma nação se torna um Estado Pária ... Isso se torna mais profundo quando se percebe que uma nação que é um pária em uma região tem relações diplomáticas e amigáveis com outras.[3]

Por alguns critérios, as nações podem ser consideradas párias dentro de sua própria vizinhança nos estados vizinhos. Por outros, um organismo internacional (como as Nações Unidas) ou talvez um consenso entre certas nações pode governar o significado ou uso do termo.[3]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

A palavra "pária" deriva de Paraiyar, um grande grupo tribal do estado indiano de Tamil Nadu. Sob o sistema de castas, os Paraiyar eram membros da casta mais baixa, que eram chamados de outcastes (em uma tradução literal para o português, fora das castas) pelos governantes imperiais ingleses da Índia.[4] Desde seu primeiro uso registrado em inglês em 1613, culturas em todo o mundo aceitaram o termo "pária".[5]

Critérios para definição[editar | editar código-fonte]

Em agosto de 2014, não existiam critérios internacionalmente aceitos para designar uma nação como Estado pária, nem havia qualquer autoridade aceita para fazê-lo. Alguns critérios estão propostos nas definições oferecidas na seção anterior. Por exemplo, Harkavy e Marks fazem referência em suas definições ao comportamento internacional de uma nação a fim de qualificá-la para um status de Estado pária.[6] Marks vai um passo além e inclui a questão das armas nucleares em seus critérios,[7] enquanto Weiss acrescenta "a existência desafiadora de um estado em face do não reconhecimento internacional".[1] No entanto, o único critério de Bellany é a falta de soft power,[8] enquanto o Penguin Dictionary of International Relations exige que os estados párias também "sofram de isolamento diplomático e generalizado opróbrio moral global".[9]

Não existe um padrão universal para impedir que nações, organizações ou mesmo indivíduos se refiram às nações como Estados párias. Por exemplo, o comentarista político e ativista Noam Chomsky declarou em 2003 e novamente em 2014 que os Estados Unidos haviam se tornado um Estado pária. Ambas as declarações foram baseadas em resultados de pesquisas do Gallup, mostrando que apenas 10% das pessoas ao redor do mundo apoiaram a guerra dos Estados Unidos no Iraque e que 24% das pessoas no mundo acreditavam que os Estados Unidos representavam a maior ameaça à paz mundial.[10][11] Esses resultados da pesquisa não estão listados entre os critérios objetivos apresentados por fontes acadêmicas, autoridades internacionais ou ONGs, ou quaisquer órgãos governamentais como critérios para designação como um Estado pária, e vão contra pelo menos um padrão acadêmico proposto por Geldenhuys, que as grandes potências mundiais, por definição, não podem ser Estados párias porque não podem ser isoladas ou prejudicadas política ou economicamente, ou colocadas em conformidade com as normas internacionais por designação de párias, seja por indivíduos ou por órgãos governamentais internacionais.[12]

Lawal distingue entre designações subjetivas e objetivas. A designação subjetiva também pode existir em nível nacional, de acordo com os interesses e valores da nação que a designa. Se a nação designada for poderosa o suficiente, a designação de um estado pária pode se tornar objetiva com base na quantidade de pressão que o estado designador pode aplicar para obter consenso internacional. Foi o que aconteceu, segundo Lawal, quando os Estados Unidos usaram sua força dentro do Bloco Ocidental para impor o status de pária à Cuba de Fidel Castro, em vez de agir unilateralmente por meio da política externa, sem necessidade de impor o status de pária internacional. Lawal explica que o problema dos Estados Unidos com Cuba era geográfico mais do que ideológico, já que Cuba não estava mais longe dos Estados Unidos no espectro político do que a União Soviética na época, mas os soviéticos tentaram estabelecer instalações de lançamento de mísseis nucleares em Cuba, dentro de 159 km da costa dos Estados Unidos.[3]

Lawal resumiu quatro categorias principais frequentemente usadas para qualificação como Estados párias: 1) nações que possuem ou usam armas de destruição em massa em violação dos tratados existentes, 2) nações que apóiam o terrorismo, 3) nações sem democracia e 4) nações com uma histórico de violações de direitos humanos.[3] A esses quatro critérios, Geldenhuys acrescenta outros dois: 5) nações que promovem ideologias radicais dentro do país ou mesmo no exterior ("exportação revolucionária"), e 6) nações que cometem atos de agressão militar no exterior.[12] Além dessas seis categorias de conduta estatal que podem resultar na designação objetiva de um Estado pária, Geldenhuys sugere uma sétima categoria que pode obter consenso internacional: nações que estão envolvidas no tráfico internacional de drogas.[nota 1]

De acordo com Lawal, o direito internacional pode servir como critério objetivo. Por exemplo, os países que violam o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares são freqüentemente sancionados por suas ações. Essas sanções podem incluir a designação de Estado pária, como tem sido a abordagem usada pelos Estados Unidos.[3][nota 2]No entanto, o direito internacional pode falhar a esse respeito, pois, no sistema internacional atual, a maioria dos Estados-nação reconhece sua própria supremacia jurídica sobre as leis de qualquer órgão internacional de governo. Assim, de acordo com Lawal, o consenso sob o direito internacional pode ser problemático. No caso do desenvolvimento de armas nucleares, o isolamento internacional pode ter um "efeito de empurrão" paradoxal em um estado pária, motivando o desenvolvimento acelerado de armas nucleares.[3] Em 2012, não havia nenhuma disposição no direito internacional para o status de pária.[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas e referências

Notas

  1. O artigo de Geldenhuys foi publicado em 1997. Portanto, o consenso acadêmico sobre esta questão pode já ter sido alcançado ou não.
  2. Lawal reconhece em seu artigo que há uma grande sobreposição entre as definições de "estados párias" e "estados invasores". Weiss (2012) refere-se a isso como "A política estadunidense do Estado vilão".

Referências

  1. a b Weiss, Ari B. (2012). Revolutionary Identities and Competing Legitimacies: Why Pariah States Export Violence (Thesis) (em inglês). Carbondalle, Illinois: Southern Illinois University, Carbondale. p. 2, 15. Consultado em 14 de agosto de 2014 
  2. Evan., Luard, (2016). The Globalization of Politics: the Changed Focus of Political Action in the Modern World. (PDF). Londres: Macmillan. p. 36. ISBN 9780333521328. OCLC 1084436610 
  3. a b c d e f g Olawale, Lawal (2012). «Pariah State System and Enforcement Mechanism of International Law» (PDF). Journal of Alternative Perspectives in the Social Sciences (em inglês). 4 (1): 226–241. Consultado em 12 de agosto de 2014 
  4. «"pariah"». The American Heritage Dictionary of the English Language, Fifth Edition. Houghton Mifflin Harcourt Publishing Company. Consultado em 11 de novembro de 2021 
  5. Glazier, Stephen (2010). Random House Word Menu (as cited in Lawal, 2012) (PDF). [S.l.]: Write Brothers, Inc. p. 228. Consultado em 14 de agosto de 2014 
  6. Harkavy, Robert E. (1981). «Pariah states and nuclear proliferation». Cambridge University Press. International Organization (em inglês). 35 (1): 135–163. ISSN 0020-8183. doi:10.1017/S0020818300004112. Consultado em 11 de novembro de 2021 
  7. Marks, Michael P. (2011). Metaphors in international relations theory (em inglês) 1ª ed. Nova York: Palgrave Macmillan. pp. 129–132. ISBN 9780230339187. OCLC 759166321 
  8. Bellany, Ian (2007). Terrorism and Weapons of Mass Destruction: Responding to the Challenge (em inglês). [S.l.]: Routledge. p. 21. ISBN 9781134115266 
  9. Evans, Graham; Newnham, Jeffrey (1998). The Penguin Dictionary of International Relations. Londres: Penguin Books. ISBN 9780140513974. OCLC 41113670 
  10. Mayer, Dennis (24 de março de 2003). «U.S. is now a 'pariah state,' Chomsky says». The Daily Free Press (em inglês). Back Bay Publishing Co. Inc. Consultado em 11 de novembro de 2021 
  11. Chomsky, Noam (1 de maio de 2014). «The Politics of Red Lines». In These Times (em inglês). The Institute for Public Affairs. Consultado em 11 de novembro de 2021. Arquivado do original em 17 de julho de 2014 
  12. a b Geldenhuys, Deon (5 de março de 1997). «PARIAH STATES IN THE POST-COLD WAR WORLD: A CONCEPTUAL EXPLORATION» (PDF). SAIIA Reports (2). Consultado em 11 de novembro de 2021. Arquivado do original (PDF) em 10 de junho de 2015