Onagraceae: diferenças entre revisões
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[[Imagem:Onagraceae ou Fucsias ou ainda e como nome comum Brincos de Princesa.JPG|thumb|250px|Onagraceae ou Fucsias ou ainda e como nome comum Brincos de Princesa, [[Parque Florestal das Sete Fontes]], [[ilha de São Jorge]], [[Açores]], [[portugal]].]] |
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'''Onagraceae''' é uma [[família (biologia)|família]] de [[plantae|planta]]s [[angiosperma|angiospérmica]]s, são classificadas como dicotiledôneas e apresentam embriões desenvolvidos com dois ou mais [[Cotilédone|cotilédones]], é nativa do sudoeste da América do Norte até a América Central e possui 22 gêneros e 657 espécies descritas<ref name=":0">{{citar web|ultimo=Pesamosca|primeiro=Silviane Cocco|url=https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/URGS_381688680b1f05d0e37cde279876999d|titulo=O gênero Ludwigia L.(Onagraceae) no Rio Grande do Sul,Brasil|data=2015|acessodata=01 de maio de 2022.|website=BDTD - Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações}}</ref>. Sendo de ocorrência [[tropical]] e [[Clima subtropical|subtropical]], o qual estão distribuídas mais de 60 espécies entre os diferentes biomas. |
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Uma espécie bastante conhecida dessa família é ''Fuchsia hybrida'', popularmente conhecida como [[brinco-de-princesa]], que apresenta predominantemente ramos pendentes, havendo também variações com outras plantas levemente eretas. |
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O principal gênero desta família é [[Ludwigia]] com mais de 80 espécies descritas, sendo que destas, cerca de 45 espécies estão contidas na América do Sul e são encontradas preferencialmente em ambientes úmidos e alagados, praias ou altitudes elevadas. |
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==Morfologia== |
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As plantas dessa família apresentam [[saco embrionário]] com 4 núcleos, em suas células germinativas há [[Ráfide|ráfides]] contendo [[oxalato de cálcio]], células vegetativas com ráfides, esporângios com septos e pólen em formato de pérola, contendo viscina. As folhas são opostas e dentadas, além de conter [[Estípula|estípulas]] no caule. As flores são [[Flor|tetrâmeras]] e dialipétalas, possuem também ovário ínfero e hipanto unindo o cálice, corola e estames. Apresentam sementes pequenas e grãos de pólen isolados ou em [[tétrade]] [[tetragonal]] com grandes poros. |
As plantas dessa família apresentam [[saco embrionário]] com 4 núcleos, em suas células germinativas há [[Ráfide|ráfides]] contendo [[oxalato de cálcio]], células vegetativas com ráfides, esporângios com septos e pólen em formato de pérola, contendo viscina. As folhas são opostas e dentadas<ref name=":0" />, além de conter [[Estípula|estípulas]] no caule. As flores são [[Flor|tetrâmeras]] e dialipétalas, possuem também ovário ínfero e hipanto unindo o cálice, corola e estames. Apresentam sementes pequenas e grãos de pólen isolados ou em [[tétrade]] [[tetragonal]] <ref>{{Citar periódico |url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0034666767900504 |titulo=Pollen morphology of the Onagraceae |data=1967-08-01 |acessodata=2022-05-03 |jornal=Review of Palaeobotany and Palynology |número=1 |ultimo=Brown |primeiro=Clair A. |paginas=163–180 |lingua=en |doi=10.1016/0034-6667(67)90050-4 |issn=0034-6667}}</ref>com grandes poros. |
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==Relações Filogenéticas== |
==Relações Filogenéticas== |
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{{wikispecies|Onagraceae}}A filogenia dessa família necessita ser estudada e atualizada<ref>{{Citar web|url=https://academic.oup.com/crawlprevention/governor?content=%2fbotlinnean%2farticle-lookup%2fdoi%2f10.1111%2fj.1095-8339.2009.01002.x|titulo=Validate User|acessodata=2022-05-03|website=academic.oup.com|doi=10.1111/j.1095-8339.2009.01002.x}}</ref>. Entretanto, sabe-se que Onagraceae é uma família [[Monofilia|monofilética]] com Ludwigia. |
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== Lista de gêneros e suas respectivas espécies brasileiras == |
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== Domínios e estados de ocorrência no Brasil == |
== Domínios e estados de ocorrência no Brasil == |
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A família Onagraceae foi encontrada nos seguintes domínios fitogeográficos<ref>{{Citar periódico |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-78602015000401085&lng=en&tlng=en |titulo=Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil |data=2015 |acessodata=2022-05-03 |jornal=Rodriguésia |número=4 |ultimo=Zappi |primeiro=Daniela C. |ultimo2=Filardi |primeiro2=Fabiana L. Ranzato |paginas=1085–1113 |doi=10.1590/2175-7860201566411 |issn=2175-7860 |ultimo3=Leitman |primeiro3=Paula |ultimo4=Souza |primeiro4=Vinícius C. |ultimo5=Walter |primeiro5=Bruno M.T. |ultimo6=Pirani |primeiro6=José R. |ultimo7=Morim |primeiro7=Marli P. |ultimo8=Queiroz |primeiro8=Luciano P. |ultimo9=Cavalcanti |primeiro9=Taciana B.}}</ref> brasileiros: [[Amazônia]], [[Caatinga]], [[Cerrado]], [[Mata Atlântica]], [[Pampa]], [[Pantanal]]. |
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A família Onagraceae foi encontrada nos seguintes domínios fitogeográficos brasileiros: [[Amazônia]], Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal. |
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Essa família também tem ocorrência confirmada em ilhas oceânicas<ref>{{Citar web|url=http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/FichaPublicaTaxonUC/FichaPublicaTaxonUC.do?id=FB177|titulo=Detalha Taxon Publico|acessodata=2022-05-03|website=reflora.jbrj.gov.br}}</ref> como [[Fernando de Noronha]]. |
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⚫ | Os gêneros Ludwigia, Fuchsia L., Epilobium L. e Oenothera L. compõem a família das Onagraceae no território brasileiro. Sendo que Ludwigia é amplamente distribuída em todos os estados. Espécies do gênero Oenothera são facilmente encontradas nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Já espécies do gênero Epilobium estão presentes apenas no Sul do país, sobretudo nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Indivíduos do gênero Fuchsia são observados nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. |
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== Referências == |
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Essa família também tem ocorrência confirmada em ilhas oceânicas como Fernando de Noronha. |
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Revisão das 21h03min de 3 de maio de 2022
Onagraceae | |||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||
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Géneros | |||||||||||||
Calylophus |
Onagraceae é uma família de plantas angiospérmicas, são classificadas como dicotiledôneas e apresentam embriões desenvolvidos com dois ou mais cotilédones, é nativa do sudoeste da América do Norte até a América Central e possui 22 gêneros e 657 espécies descritas[1]. Sendo de ocorrência tropical e subtropical, o qual estão distribuídas mais de 60 espécies entre os diferentes biomas.
Uma espécie bastante conhecida dessa família é Fuchsia hybrida, popularmente conhecida como brinco-de-princesa, que apresenta predominantemente ramos pendentes, havendo também variações com outras plantas levemente eretas.
O principal gênero desta família é Ludwigia com mais de 80 espécies descritas, sendo que destas, cerca de 45 espécies estão contidas na América do Sul e são encontradas preferencialmente em ambientes úmidos e alagados, praias ou altitudes elevadas.
Morfologia
As plantas dessa família apresentam saco embrionário com 4 núcleos, em suas células germinativas há ráfides contendo oxalato de cálcio, células vegetativas com ráfides, esporângios com septos e pólen em formato de pérola, contendo viscina. As folhas são opostas e dentadas[1], além de conter estípulas no caule. As flores são tetrâmeras e dialipétalas, possuem também ovário ínfero e hipanto unindo o cálice, corola e estames. Apresentam sementes pequenas e grãos de pólen isolados ou em tétrade tetragonal [2]com grandes poros.
Relações Filogenéticas
A filogenia dessa família necessita ser estudada e atualizada[3]. Entretanto, sabe-se que Onagraceae é uma família monofilética com Ludwigia.
Lista de gêneros e suas respectivas espécies brasileiras
Existem 4 gêneros no Brasil:
Epilobium
- Epilobium hirtigerum
Fuchsia
- Fuchsia alpestris
- Fuchsia bracelinae
- Fuchsia brevilobis
- Fuchsia campos-portoi
- Fuchsia coccinea
- Fuchsia glazioviana
- Fuchsia hatschbachii
- Fuchsia regia
Ludwigia
- Ludwigia affinis
- Ludwigia albiflora
- Ludwigia anastomosans
- Ludwigia bonariensis
- Ludwigia brachyphylla
- Ludwigia bullata
- Ludwigia burchellii
- Ludwigia caparosa
- Ludwigia decurrens
- Ludwigia densiflora
- Ludwigia elegans
- Ludwigia erecta
- Ludwigia filiformis
- Ludwigia foliobracteolata
- Ludwigia grandiflora
- Ludwigia hassleriana
- Ludwigia helminthorrhiza
- Ludwigia hexapetala
- Ludwigia hookeri
- Ludwigia hyssopifolia
- Ludwigia inclinata
- Ludwigia irwinii
- Ludwigia lagunae
- Ludwigia laruotteana
- Ludwigia latifolia
- Ludwigia leptocarpa
- Ludwigia longifolia
- Ludwigia major
- Ludwigia martii
- Ludwigia mexiae
- Ludwigia multinervia
- Ludwigia myrtifolia
- Ludwigia natans
- Ludwigia neograndiflora
- Ludwigia nervosa
- Ludwigia octovalvis
- Ludwigia peploides
- Ludwigia peruviana
- Ludwigia potamogeton
- Ludwigia pseudonarcissus
- Ludwigia quadrangularis
- Ludwigia repens
- Ludwigia rigida
- Ludwigia sedoides
- Ludwigia sericea
- Ludwigia tomentosa
- Ludwigia torulosa
Oenothera
- Oenothera affinis
- Oenothera catharinensis
- Oenothera glazioviana
- Oenothera indecora
- Oenothera longiflora
- Oenothera mollissima
- Oenothera parodiana
- Oenothera ravenii
Domínios e estados de ocorrência no Brasil
A família Onagraceae foi encontrada nos seguintes domínios fitogeográficos[4] brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal.
Os gêneros Ludwigia, Fuchsia L., Epilobium L. e Oenothera L. compõem a família das Onagraceae no território brasileiro. Sendo que Ludwigia é amplamente distribuída em todos os estados. Espécies do gênero Oenothera são facilmente encontradas nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Já espécies do gênero Epilobium estão presentes apenas no Sul do país, sobretudo nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Indivíduos do gênero Fuchsia são observados nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Essa família também tem ocorrência confirmada em ilhas oceânicas[5] como Fernando de Noronha.
Referências
- ↑ a b Pesamosca, Silviane Cocco (2015). «O gênero Ludwigia L.(Onagraceae) no Rio Grande do Sul,Brasil». BDTD - Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. Consultado em 01 de maio de 2022. Verifique data em:
|acessodata=
(ajuda) - ↑ Brown, Clair A. (1 de agosto de 1967). «Pollen morphology of the Onagraceae». Review of Palaeobotany and Palynology (em inglês) (1): 163–180. ISSN 0034-6667. doi:10.1016/0034-6667(67)90050-4. Consultado em 3 de maio de 2022
- ↑ «Validate User». academic.oup.com. doi:10.1111/j.1095-8339.2009.01002.x. Consultado em 3 de maio de 2022
- ↑ Zappi, Daniela C.; Filardi, Fabiana L. Ranzato; Leitman, Paula; Souza, Vinícius C.; Walter, Bruno M.T.; Pirani, José R.; Morim, Marli P.; Queiroz, Luciano P.; Cavalcanti, Taciana B. (2015). «Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil». Rodriguésia (4): 1085–1113. ISSN 2175-7860. doi:10.1590/2175-7860201566411. Consultado em 3 de maio de 2022
- ↑ «Detalha Taxon Publico». reflora.jbrj.gov.br. Consultado em 3 de maio de 2022