Álvaro Alvim

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Álvaro Alvim
Álvaro Alvim
Selo comemorativo a Álvaro Alvim, 1963
Nome completo Álvaro Freire de Villalba Alvim
Nascimento 16 de abril de 1863
Vassouras, RJ
Morte 21 de maio de 1928 (65 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Ocupação médico
Especialidade radiologia
Conhecido por pioneiro da radiologia brasileira

Álvaro Freire de Villalba Alvim (Vassouras, 16 de abril de 1863Rio de Janeiro, 21 de maio de 1928) foi um médico radiologista brasileiro, pioneiro da radiologia brasileira.[1]

Era pai da psicóloga Mariana Alvim.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Álvaro nasceu em 1863, no município de Vassouras, no interior do Rio de Janeiro. Era filho de Carlos Freire Villalba y Alvim e de Mariana Amélia de Carvalho. Formou-se em medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia, em 1887. Seguiu, em 1896 para a França, onde se especializou em Física Médica e trabalhou na equipe de Marie Curie, considerada pioneira nos estudos do Raio-X. De volta ao Brasil, instalou um consultório de fisioterapia no Rio de Janeiro, com os modernos aparelhos que trouxera da Europa, e tornou-se um dos pioneiros da fisioterapia no Brasil. Fundou e dirigiu a Assistência às Crianças Pobres, o Instituto de Eletricidade, o Instituto de Eletrologia e Radiologia.[2]

Vivendo no Rio de Janeiro, foi um dos primeiros a residir no bairro de Ipanema. Casou-se com Laura Paglia Agostini Alvim, filha de Angelo Agostini, e teve três filhos: Mariana, Álvaro e Laura. Comprou vários terrenos na região, e construiu sua residência onde hoje funciona a Casa de Cultura Laura Alvim, nome de sua filha mais nova, apaixonada pelas artes. Teve apenas 3 netos, pois apenas seu filho Álvaro teve filhos: Ângela Maria Alvim Richard, Álvaro Carlos da Cunha Alvim e Lúcia Maria Alvim Thiele.[1] Foi membro titular da Academia Nacional de Medicina.[1]

Álvaro Alvim foi pioneiro da eletroterapia, da radiologia e da radioterapia no Brasil. A ele se deve a aplicação prática, no Brasil, das descobertas de Roentgen e processos e equipamentos desenvolvidos com Madame Curie. Foi o primeiro a radiografar caso de xipófagas no mundo em 1897 que foram separadas pelo cirurgião Eduardo Chapot Prévost.[3][4]

Morte[editar | editar código-fonte]

Suas pesquisas com materiais radiativos fizeram com que se contaminasse e adoecesse. Foi perdendo os dedos, um a um, em ambas as mãos em virtude de lesões ocasionadas pelos raios-X e o rádio.[5] Pouco antes de falecer, já com uma mão amputada, foi condecorado com a Medalha Humanitária, pelo presidente Artur Bernardes.

Álvaro morreu em 21 de maio de 1928, no Rio de Janeiro, aos 65 anos[6]. É considerado o Mártir da Ciência Brasileira. Os Correios do Brasil, em 1963, produziram um selo em comemoração ao centenário do nascimento de Álvaro Alvim com os dizeres "O Mártir da Ciência".[1]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • A Medicina Que Cura
  • Instituto de Eletricidade Médica
  • A Cura do Cancro no Brasil.

Referências

  1. a b c d «Abrigando duas faculdades, rua Álvaro Alvim faz referência a médico pioneiro no uso de raio-x». 8 de maio de 2013. Consultado em 16 de julho de 2019 
  2. a b «Entrevista com Mariana Agostini de Villalba Alvim». Samude. Consultado em 19 de janeiro de 2020 
  3. «Histórico da radiologia». Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Consultado em 16 de julho de 2019 
  4. «Primeira separação de gêmeos siameses do mundo foi realizada em capixabas em 1900». Gazetaonline. 22 de outubro de 2016. Consultado em 16 de julho de 2019 
  5. Cuperschmid, Ethel Mizrahy; Campos, Tarcisio Passos Ribeiro de (2008). «Primórdios do Uso da Radiação na Medicina Mineira» (PDF). Revista Brasileira de Cancerologia. 54 (4): 373-381 
  6. Um Mártir da Ciência (22 de maio de 1928). «Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional.». Correio da Manhã. Consultado em 27 de março de 2020 
Ícone de esboço Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.