Andrônico Contostefano (filho de Isaac)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Andrônico Contostefano
Nacionalidade Império Bizantino
Ocupação General
Religião Ortodoxia Oriental
Hipérpiro de João II (r. 1118–1143)
Hipérpiro de Manuel I (r. 1143–1180)

Andrónico (português europeu) ou Andrônico (português brasileiro) Contostefano (em grego: Ἀνδρόνικος Κοντοστέφανος; romaniz.:Andrónikos Kontostéphanos; em latim: Andronicus Contostephanus) foi um oficial bizantino do século XII, ativo na Ásia Menor.

Vida[editar | editar código-fonte]

Andrônico era membro da antiga família Contostefano que esteve no centro da política e poder há várias gerações através de vários casamentos com a casa imperial dos Comnenos.[1] Sabe-se que era filho do pansebasto sebasto Isaac,[2] que serviu por boa parte do reinado de Aleixo I Comneno (r. 1081–1118), inclusive como almirante (talassocrator) na missão mal-sucedida contra os normandos em 1107/1108,[3][4] e irmão e tio respectivamente dos proeminentes generais Estêvão e Andrônico Contostefano.[5][6] Em ca. 1125, casou-se com Teodora, filha de Adriano Comneno (monge e depois arcebispo da Bulgária como João IV), que era filho e sobrinho respectivamente de sebastocrator Isaac Comneno e de imperador Aleixo I Comneno.[7][8] O casal teve vários filhos: o pansebasto sebasto João, atestado nos sínodos de 1157 e 1166, Aleixo, e ao menos duas crianças anônimas das quais uma era menina.[9]

Estêvão começou sua carreira como militar sob o filho e sucessor de Aleixo I, João II Comneno (r. 1118–1143). Embora os detalhes não são conhecidos, foi suficientemente distinto para receber o favor imperial.[10] Sua carreira é melhor atestada sob o filho de João, Manuel I Comneno (r. 1143–1180). Em 1144, comandou, junto com seu irmão João, o general Prosuco e o almirante Demétrio Branas, que liderou a frota, a campanha contra Raimundo de Poitiers, o nobre francês à frente do Principado de Antioquia.[11]

Os bizantinos rapidamente recapturaram as fortalezas cilicianas tomadas por Raimundo e avançaram às cercanias de Antioquia, que saquearam. Quando os comandantes bizantinos iniciaram seu retorno, Raimundo aproximou-se com seu exército na esperança de emboscá-los, mas foi pego de surpresa: informado de sua presença com uma pequena comitiva perto de seu acampamento, os bizantinos lançaram um ataque contra ele e seu exército principal. O último retirou-se rapidamente para trás dos muros de Antioquia, e Raimundo conseguiu retornar à cidade apenas após o anoitecer.[12][13] Andrônico participou na campanha de 1156 no sul da Itália em torno de Brundísio, mas nenhum detalhe é conhecido.[14] Depois, morreria em decorrência de uma enfermidade. Pouco antes de sua morte foi tonsurado com o nome monástico de Antônio. Se sabe que após sua morte ainda estavam vivos sua esposa, seu filho João e uma filha anônima.[15]

Referências

  1. Angold 1997, p. 211–212.
  2. Varzos 1984a, p. 291.
  3. Skoulatos 1980, p. 131–132.
  4. Kazhdan 1991, p. 1148–49.
  5. Varzos 1984a, p. 290–294.
  6. Varzos 1984b, p. 249 (nota 6).
  7. Varzos 1984a, pp. 162-163, p. 291.
  8. Gautier 1971, p. 222, nota de rodapé nº.10.
  9. Varzos 1984a, p. 294, 296.
  10. Varzos 1984a, p. 291–292.
  11. Coniates 1984, p. 31.
  12. «Andronikos Kontostephanos, military leader sent to Antioch E / M XII» (em inglês). Consultado em 24 de maio de 2016 
  13. Varzos 1984a, p. 292–293.
  14. Varzos 1984a, p. 293.
  15. Varzos 1984a, p. 294.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Skoulatos, Basile (1980). Les Personnages Byzantins de I'Alexiade: Analyse Prosopographique et Synthese. Louvain-la-Neuve: Nauwelaerts