Antônio Carlos Couto de Barros

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Antônio Carlos Couto de Barros
Nascimento 19 de setembro de 1896
Morte 16 de maio de 1966 (69 anos)
Serviço militar
País Brasil

Antônio Carlos Couto de Barros (Campinas, 19 de setembro de 1896 - Campinas, 16 de maio de 1966) foi um advogado, escritor, jornalista e professor brasileiro.

Filho de Adriano Júlio de Barros e Altemira Alves Couto de Barros, de família pertencente a autênticos troncos bandeirantes, formou-se em direito pela Faculdade do Largo de São Francisco na turma de 1917.[1]

Participou ativamente do movimento modernista brasileiro, integrando a comissão organizadora da Semana de Arte Moderna de 1922. Nesse mesmo ano, fundou e dirigiu, ao lado de vários companheiros, a revista Klaxon, cuja redação funcionava em seu escritório de advocacia, de que era sócio o também modernista Tácito de Almeida, irmão de Guilherme de Almeida. Dirigiu, com Antônio de Alcântara Machado, o quinzenário Terra Roxa e Outras Terras (1926). Colaborou em muitos outros periódicos da época, escrevendo inúmeros artigos, crônicas, contos e resenhas.

Foi redator-chefe do jornal paulistano Diário Nacional, órgão de imprensa ligado ao Partido Democrático, que também ajudou a fundar. Diretor da Liga de Defesa Paulista, por ocasião da Revolução de 32, contribuiu de modo relevante para a causa constitucionalista.

Couto de Barros foi ainda criador, professor (História Econômica do Brasil) e secretário geral, durante muitas décadas, da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, instituição fundada em 1933.

Fazendeiro e empresário, participou da organização da Viação Aérea São Paulo (VASP), tendo sido eleito seu primeiro vice-presidente. Traduziu a obra "História econômica contemporânea", de Laurent Dechesne. Escrevia, também sob vários pseudônimos, entre os quais o de Clodomiro Santarém.

Casado, em 1942, com Décia Milano de Barros, radicou-se em Sousas, distrito de sua terra natal, onde faleceu em 1966, deixando cinco filhos.

Homenagens à sua memória são a Avenida Antônio Carlos Couto de Barros e a Escola Estadual de Primeiro Grau Dr. Antônio Carlos Couto de Barros (ambas em Campinas), e a rua Dr. Couto de Barros, em São Paulo.

Referências

  1. Luís Correia de Melo, em seu "Dicionário de autores paulistas", 1954, confunde a biografia de Antônio Carlos Couto de Barros com a de seu irmão, Argemiro Couto de Barros, engenheiro e empresário, presidente do Crea, da Vasp e da Associação Comercial de São Paulo.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BRITO, Mário da Silva (introd.) Klaxon, mensário de arte moderna. São Paulo: Martins, 1972.
  • LARA, Cecília de. Klaxon e Terra roxa e outras terras. São Paulo: Instituto de Estudos Brasileiros, 1972.
  • MORAES, Marco Antônio de. Correspondências - Mário de Andrade e Manuel Bandeira. São Paulo: Edusp, 2000.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]