Aquêmenes (sátrapa)

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Aquêmenes
Nascimento século VI a.C.
Morte 460 a.C.
Papremis
Cidadania Império Aquemênida
Progenitores
Irmão(ã)(s) Artazostre, Gobrias, Arsames, Xerxes I, Artobazanes, Ariâmenes, Ariamenes, Abrocomes, Masistes, Arsames
Ocupação sátrapa
Causa da morte morto em combate

Aquêmenes (em persa antigo: Hakhâmaniš,[1] em grego clássico: Achaimenes, Ἀχαιμένης) foi um filho do rei persa Dario I[2] e da rainha Atossa, e irmão caçula do rei Xerxes I,[3][1][4] Ctésias (seção 36[5]) chama-o de Aquemênides (Achaimenides) e o faz erroneamente irmão de Artaxerxes I. Tinha o mesmo nome do fundador epônimo de sua família, Aquêmenes.[1]

Quando o rei Dario I preparava uma expedição para reprimir uma rebelião na satrapia do Egito, morreu em 485 a.C. Uma vez que Xerxes permanecia na Pérsia, seu irmão Aquêmenes encarregou-se de comandar a campanha, conseguindo derrotar os rebeldes, possivelmente liderados por um faraó autoproclamado chamado Psamético IV,[6] em 484 a.C.[7][4]

Após a vitória, Aquêmenes adotou uma política mais repressiva a fim de desencorajar novas rebeliões, embora o efeito tenha sido o oposto.[7]

Ele foi um dos comandantes da frota persa durante o ataque de Xerxes, nas Guerras Médicas; os outros comandantes eram Ariâmenes, filho de Dario e meio-irmão de Xerxes, Prexaspes, filho de Aspatines e Megabazo, filho de Megábates.[3]

Comandou a frota egípcia na Batalha de Salamina (480 a.C.) durante a Segunda Guerra Médica.[7][4]

Em 459 a.C., contudo, ocupando o cargo de sátrapa do Egito, Aquêmenes foi derrotado e morto pelo rebelde líbio Inaro na Batalha de Papremis (460/459 a.C.),[4] e seu corpo foi enviado a seu sobrinho, o rei Artaxerxes I, filho e sucessor de Xerxes.[7][1]

Diodoro Sículo descreve assim esta batalha: em 462 ou 461 a.C., Artaxerxes I, rei dos persas, enviou seu tio Aquêmenes ao Egito, comandando mais de trezentos mil soldados, para suprimir uma revolta.[2] A batalha deu-se próxima ao rio Nilo, e os egípcios e os líbios tiveram ajuda de Atenas,[8] que enviou duzentos navios.[9] A batalha, inicialmente, foi vantajosa aos persas, pelo seu maior número, mas, quando os atenienses tomaram a ofensiva, os persas fugiram,[9] se retirando para uma fortaleza branca, onde foram sitiados pelos atenienses.[10]

Referências

  1. a b c d Dandamayev, M. A. «Achaemenes». Encyclopædia Iranica (em inglês). I/4 1982 ed. Londres. p. 414 
  2. a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 74.1
  3. a b Heródoto, Histórias, Livro VII, Polímnia, 97 [pt] [el] [el/en] [ael/fr] [en] [en] [en] [es]
  4. a b c d Chisholm, Hugh. «Achaemenes». Encyclopædia Britannica (em inglês). 1 1911 ed. Cambridge: Cambridge University Press. p. 142 
  5. «Photius' Excerpt of Ctesias' Persica - Livius». www.livius.org. Consultado em 14 de agosto de 2021 
  6. Eugène Cruz-Uribe, "On the Existence of Psammetichus IV". Serapis. American Journal of Egyptology 5 (1980), pp. 35–39.
  7. a b c d Ray, John D. (2006). «Egypt, 525–404 B.C.». In: Boardman, John; Hammond, N.D.L.; Lewis, D.M.; Ostwald, M. The Cambridge Ancient History (2.ª ed.), vol. IV – Persia, Greece and the Western Mediterranean c. 525 to 479 B.C. Cambridge: Cambridge University Press. p. 266. ISBN 0 521 22804 2 
  8. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 74.2
  9. a b Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 74.3
  10. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 74.4

Fontes clássicas[editar | editar código-fonte]

Tanto Tucídides como Diodoro Sículo falam da rebelião de Inaro, mas não mencionam Aquêmenes.


Precedido por:
Ferendatos
Sátrapa do Egito
c.486 – 459 a.C.
Sucedido por:
Arsames