Dose equivalente a uma banana

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Uma banana contém radioisótopos naturais na forma de potássio-40.

A dose equivalente a uma banana (em inglês: banana equivalent dose, comumente abreviada como BED) é uma unidade de medida informal que mensura a exposição a radiação ionizante. A unidade é utilizada como exemplo educativo para comparar uma dose de radioatividade qualquer com a dose à qual alguém é exposto ao ingerir uma banana de tamanho médio.[1]

Bananas naturalmente contêm radioisótopos, particularmente potássio-40 (40K),[2] numa quantidade que não é cumulativa e não representa riscos ambientais e médicos, pois o principal componente radioativo é excretado para que seja mantido o equilíbrio metabólico.[3]

1 BED é normalmente aproximado ao valor de 0,1 µSv,[4] mas, por ser uma unidade utilizada apenas para informar o público geral sobre a existência de níveis muito baixos de radioisótopos naturais em alimentos, não é formalmente adotada no campo da dosimetria.[1]

História[editar | editar código-fonte]

A origem do conceito é incerta. Uma das menções mais antigas pode ser encontrada numa lista de discussão sobre segurança nuclear em 1995, na qual um físico do Laboratório Nacional de Lawrence Livermore menciona que o uso da "dose equivalente a uma banana é bastante útil para explicar o conceito de doses infinitesimais (e os riscos infinitesimais correspondentes) ao público geral".[1]

Radiação de outros alimentos[editar | editar código-fonte]

Batatas, nozes e sementes de girassol são alguns alimentos também ricos em potássio, e por conseguinte em 40K.[5][6] Castanhas-do-pará em particular não são apenas ricas em 40K, como também podem conter uma quantidade significativa de rádio, com valores até 44 Bq/kg (12 nCi/kg).[7][8] Alguns tipos de sal de cozinha também podem conter vestígios de rádio,[9] enquanto tabaco contém vestígios de tório, polônio e urânio.[10][11]

Referências

  1. a b c Lista de discussão da RedSafe: postagem original e tópico consecutivo.
  2. Bin Samat, Supian; Green, Stuart; Beddoe, Alun H. (1997). «The 40K activity of one gram of potassium». Physics in Medicine and Biology. 42 (2): 407. Bibcode:1997PMB....42..407S. doi:10.1088/0031-9155/42/2/012 
  3. Eisenbud, Merril; Gesell, Thomas F. (1997). Environmental radioactivity: from natural, industrial, and military sources. [S.l.]: Academic Press. pp. 171–172. ISBN 978-0-12-235154-9. It is important to recognize that the potassium content of the body is under strict homeostatic control and is not influenced by variations in environmental levels. For this reason, the dose from 40K in the body is constant. 
  4. Munroe, Randall (19 de março de 2011). «Radiation Chart». xkcd. Consultado em 9 de agosto de 2017 
  5. Environmental and Background Radiation, Health Physics Society.
  6. Internal Exposure from Radioactivity in Food and Beverages, U.S. Department of Energy (archived from the original on 2007-05-27).
  7. Brazil Nuts. Orau.org. Acessado em 19 de outubro de 2010.
  8. Natural Radioactivity. Physics.isu.edu. Acessado em 19 de outubro de 2010.
  9. Pass the Salt (But Not That Pink Himalayan Stuff). Science-Based Medicine. Acessado em 9 de agosto de 2017.
  10. Nain, Mahabir; Gupta, Monika; Chauhan, R P; Kant, K; Sonkawade, R G; Chakarvarti, S K (novembro de 2010). «Estimation of radioactivity in tobacco». Indian Journal of Pure & Applied Physics. 48 (11): 820–2. hdl:123456789/10488 
  11. Abd El-Aziz, N.; Khater, A.E.M.; Al-Sewaidan, H.A. (2005). «Natural radioactivity contents in tobacco». International Congress Series. 1276: 407–8. doi:10.1016/j.ics.2004.11.166 
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