Eleições gerais em Moçambique em 2004

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Nas eleições presidencial e parlamentar de 2004, realizadas nos dias 1 e 2 de dezembro, Armando Guebuza, o novo candidato da FRELIMO, ganhou 63,7% dos votos, mais do dobro do candidato da RENAMO, Afonso Dhlakama (31,7%).

Na votação para o parlamento, a FRELIMO ganhou 62% (1,8 milhões) dos votos, a RENAMO-União Eleitoral 29,7% (905 000 votos) e 18 partidos minoritários partilharam os restantes 8%. Assim, a FRELIMO ocupou 160 assentos e a RENAMO-UE, 90.

Estas eleições foram criticadas por não terem sido conduzidas de forma justa e transparente, tanto pela Missão de Observação da União Europeia às Eleições em Mozambique[1] e pelo Carter Center[2]. Contudo, de acordo com com os observadores, os problemas detectados não teriam provavelmente afetado os resultados na escolha do Presidente da República, mas a distribuição de assentos no parlamento pelos partidos poderia ter levado a algumas alterações (com a RENAMO provavelmente perdendo alguns assentos para a FRELIMO)[3].

e • d Sumário dos resultados da eleição presidencial
     em Moçambique 1 e 2 de dezembro de 2004
Candidatos - Partidos Votos %
Armando Guebuza - Partido FRELIMO 2 004 226 63,74
Afonso Dhlakama - RENAMO 998 059 31,74
Raul Domingos - Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento 85 815 2,73
Yaqub Sibindy - Partido Independente de Moçambique 28 656 0,91
Carlos Reis - Frente Unida para a Mudança e bom Governo 27 412 0,87
Total (afluência 36,4%) 3 144 168  
Fonte: African Elections Database

A 2 de fevereiro de 2005, Guebuza tomou posse como Presidente da República, sem o reconhecimento de Dhlakama e da RENAMO, que não participaram na cerimónia de investidura. A RENAMO, contudo, concordou em participar no parlamento e no Conselho de Estado.[4]

Referências