Escrita criativa

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Escrita criativa é uma expressão usada para:

a) Designar toda a escrita literária (textos literários), nomeadamente poemas, contos, novelas, romances, textos dramáticos, guiões;

b) Designar a disciplina ou área do saber que visa a transmissão e prática dessas técnicas, regra geral no contexto de uma oficina, laboratório ou curso.

Para compreender o primeiro sentido da expressão Escrita Criativa, é necessário distinguir diferentes tipos de escrita, especialmente se usando do domínio da imaginação, da escrita em geral. A falta de especificidade do termo é parcialmente intencional porque pretende abarcar para dentro do processo de escrita toda a gente que a isso se disponha. Assegurando assim que géneros não tradicionais (por exemplo escrita de grupos marginalizados, experimental, ficção desregrada, etc.) não é excluída de consideração e apreciação. Esta distinção é importante para separar a escrita criativa de escrita jornalística, escrita técnica, ou profissional.

Assim a escrita criativa inclui mas não se limita a: ficção, drama, poesia, guião, escrita autoexploratória, autobiografia, géneros híbridos, slogan, etc.

criação literária é o processo através do qual se produz a literatura e abrange estudo e exercício prático dos gêneros, espécies e formas literárias.

Na academia[editar | editar código-fonte]

O termo escrita criativa também é usado para designar o ensino da literatura como ofício e arte dentro da universidade. Pelo mundo, diversas instituições oferecem programas que trabalham com a formação do escritor, usando o ambiente acadêmico para fomentar a criatividade e o aprimoramento da técnica por meio da troca de experiência com colegas e outros profissionais.

No Brasil, a PUCRS, que já ofertava a prestigiada oficina literária do professor Luiz Antonio de Assis Brasil, passou, em 2011, a oferecer mestrado e doutorado em Escrita Criativa, sendo a primeira e a única universidade brasileira a ter essa área de concentração em seu programa de pós-graduação[1]. O programa conta com duas revistas eletrônicas: a revista ESCRIVA, dedicada a textos literários e editada pelos alunos da pós-graduação; e a revista Scriptorium, voltada para trabalhos acadêmicos e criativos pertinentes à área. Em 2016, a PUCRS passou também a oferecer uma graduação completa em Escrita Criativa[2].

O Instituto Vera Cruz, de São Paulo, passou a oferecer, também em 2011, um curso de pós-graduação lato-sensu em escrita criativa[3]. É o único curso desse tipo no país a oferecer duas possibilidades de concentração de escrita: ficcional e não ficcional [4]. O curso também tem uma cadeira para a formação de professores de criação literária.

No Rio de Janeiro, a PUC criou em 2010 uma graduação com habilitação em formação de escritores[5], com coordenação do professor, poeta e tradutor Paulo Henriques Britto.

Oficina literária[editar | editar código-fonte]

Trata-se de uma atividade exercida há muito tempo, porém só formalizada em cursos no início do século XX. O nome mais comum adotado para esta prática é Oficina Literária, mas encontramos, também, termos sinônimos, tais como: escola de escritores, laboratório de textos, de redação criativa, etc. Os norte-americanos talvez sejam o povo onde tais cursos são mais disseminados. Eles denominam o curso de creative writing e incluíram-no em seus cursos regulares nas faculdades de letras desde a década de 1930. Na França os denominados ateliers d`ecritures também recebem tratamento semelhante. Atualmente, no Brasil, temos verificado uma proliferação destes cursos ministrados dentro e fora do meio universitário.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências