Dornier Do 26: diferenças entre revisões

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Ficheiro:Dornier Do 26.jpg
Dornier Do 26C

Dornier Do 26 — foi um hidroavião fabricado pela Alemanha, com as asas projetadas no estilo "asas de gaivota" [1] utlizado antes e durante a II Guerra Mundial.

Transportava quatro tripulantes e quatro passageiros ou uma carga útil de 500kg e operava na rota Lisboa - Nova Iorque.


Projeto e desenvolvimento

Descrição
Fabricante Dornier fabricados: 6
Entrada em serviço 1939 (retirado de serviço em 1945)
Missão Hidroavião para patrulhamento de longa distância e correio aéreo
Tripulação 4
Dimensões
Comprimento 24,6 m
Envergadura 30 m
Altura 6,85 m
Área (asas) 120 m²
Peso
Peso total vazio: 10700 Kg capacidade de carga: 500 kg
Peso bruto máximo 20000 kg
Propulsão
Motores V1: 4 Junkers Jumo 205C de 650 Cv V6: 4 Junkers Jumo 205D de 880Cv
Performance
Velocidade máxima 330 km/h
Alcance 8000 km
Tecto máximo 4800 m
Armamento
Metralhadoras 3 x MG15 de 7,92 mm
Notas
canhões 1 x MG151/20 de 20 mm

O elegante DO 26, algumas vezes referido como "o mais bonito hidroavião já construído,"[2] era de construção totalmente metálica. A fuselagem tinha uma quilha central e as asas eram em configuração de asa de gaivota. Após a decolagem os seus flutuadores retráteis eram recolhidos para compartimentos localizados no interior das asas.

Seus quatro motores, Junkers Jumo 205C diesel, foram montados nas "articulações" das asas aos pares e em linha de forma que as hélices dos motores dianteiros "puxam" a aeronave para frente e as traseiras a "empurram." Os motores traseiros podiam ser deslocados 10º para cima durante o pouso e a decolagem para evitar que as hélices frontais fossem atingidas por respingos de água.

A cauda tinha desenho convencional com um estabilizador horizontal e um único com leme vertical.


Histórico operacinal

Pré guerra

Em 1937 a Deutsche Lufthansa encomendou três Do 26, que foram concebidos para serem lançados por catapultas de navios de abastecimento, para serviço de correio aéreo transatlântico. O primeiro, do 26 A D-AGNT V1 Seeadler ( "Águia marinha"), foi pilotado em seu vôo inaugural pelo capitão-aviador Erich Gundermann em 21 de Maio de 1938. Foi seguido em 23 de Novembro de 1938 pelo D-AS V2 Seefalke ( "Falcão marinho" ), pilotado por Capitão-aviador Egon Fath. Ambos foram concluídos e entregues a Deutsche Lufthansa antes da eclosão da II Guerra Mundial. Devido à oposição dos Estados Unidos, a Deutsche Lufthansa não operou essas aeronaves na rota transatlântica. Em 1939 foram utilizados para o correio aéreo entre Bathurst e Natal na África do Sul. O terceiro avião, o Do 26 B D-ASRA Seemöwe ( "gaivota") foi concluído pouco antes do início da II Guerra Mundial.

Uma notável missão civil do Do 26 foi realizada pelo V2 Seefalke, em 14 de Fevereiro de 1939. O veterano piloto da Lufthansa Capitão Schack Graf von Wittenau embarcou em um vôo de ajuda humanitária, levando 580kg de suprimentos médicos para as vítimas de um terremoto no Chile em um vôo de 10.700km que durou 36 horas.

II Guerra Mundial

Com o início da II Guerra Mundial,todos os três aviões da Deutsche Lufthansa foram requisitados para o serviço militar em 1939, passando a ser denominados respectivamente, P5+AH, P5+BH e P5+CH.

Três novos Do 26 (V4 - V6) foram construídos como do 26C para a Luftwaffe com motores Junkers Jumo 205 D mais potentes (880 Cv); os três aviões originais foram similarmente convertidos para o serviço militar. Seu armamento consistia de um canhão de 20 milímetros MG 151/20 e três metralhadoras de 7,92 milímetros MG 15.

Campanha da Noruega

Os Do 26 serviram em Abril - Maio de 1940 na Campanha da Noruega, transportando suprimentos, tropas e feridos de e para as forças alemãs isoladas em Narvik, sob o comando do general Eduard Dietl. Durante esta campanha três deles foram perdidos.

Em 8 de Maio de 1940 o V2 (ex-Seefalke), foi abatido por três Blackburn Skuas do 803 Naval Air Squadron Royal Navy lançados a do porta-aviões HMS Ark Royal (91), enquanto transportava 18 Gebirgsjägers (infantaria de montanha) ao front de Narvik. Após o combate o V2 fez um pouso forçado em Efjorden (Ballangen). Seu piloto, Schack Graf von Wittenau, a tripulação e 18 soldados foram capturados após um sangrento combate com as forças norueguesas. Um dos Skuas, pilotado pelo Sub-Tenente Philip Noel Charlton[3] futuro às da Fleet Air Arm, foi atingido pelo V2 e fez um pouso de emergência em Tovik próximo a Harstad.

Em 28 de Maio de 1940, o V1 (ex Seeadler) e o V3 (ex Seemöwe) foram atacados logo após pousarem por três Hawker Hurricane da RAF liderados pelo tenente neo-zelandês PG "Pat" Jameson incendinado-se e afundando nas águas de Sildvik em Rombaksfjord próximo à Narvik. Três obuses destinados às forças alemãs que lutavam nas montanhas a leste de Narvik foram perdidas neste ataque. Um obus foi recuperado de uma das aeronaves antes que esta fosse perdida.


Fim da guerra

V5 acidentou-se em 16 de Novembro de 1940, matando sua tripulação após o lançamento noturno pela catapulta do navio Friesenland [4] em Brest.

Em 1944 V4 e V6 foram enviadas a uma unidade de testes (alemão:Erprobungsstelle) em Travemünde, Lübeck, Alemanha. O destino destas aeronaves é incerto.


Variantes

Do 26A
Dois protótipos, denominado V1 (D-AGNT Seeadler) e V2 (D-AS Seefalke).
Do 26B
Terceiro protótipo, chamado V3 (D-ASRA Seemöwe)
Do 26C
Variante militar para a Luftwaffe, movidos por motores Jumo 205D e armado com três metralhadoras MG15 de 7,92mm e um canhão de 20mm MG151/20. Três destas aeronaves foram construídas. V1, V2 e V3 foram adaptadas para esta configuração.


Operadores

Alemanha


Sobreviventes

Os destroços do V1 Seeadler e V3 Seemöwe foram localizados nas águas norueguesas de Narvik após a guerra. Destroços do Seemöwe foram removidos, mas a fuselagem e as asas do Seeadler permanecem no local e são uma atração para mergulhadores.

Alguns componentes do Seeadler, incluindo o cockpit, instrumentos do painel e uma hélice, estão em exposição no Museu de Guerra de Narvik; outra hélice pode ser vista no aeroclube em Bodø, Noruega.[5]


Bibliografia

  • (em inglês) Thomas, Andrew (2007). Royal Navy Aces of World War 2. Oxford: Osprey Publishing. ISBN 978-1-84603-178-6
  • (em norueguês) Hafsten, Bjørn; Ulf Larsstuvold, Bjørn Olsen, Sten Stenersen (1991). Flyalarm – luftkrigen over Norge 1939–1945. Oslo: Sem og Stenersen AS. ISBN 82-7046-058-3
  • (em norueguês) Vaagland, Per Olav (2003). En infanteribataljon i strid – BN II/IR 15 i slaget om Narvik 1940. Oslo: Norwegian Armed Forces Museum. ISBN 82-91218-32-3.


Referências

  1. (em português)webx.ubi.pt] - Configuração (3): Quanto ao diedro da asa.
  2. (em alemão) Luftarchiv
  3. (em inglês) Fleetairarmarchive
  4. (em inglês)Hazegray
  5. (em inglês)Eurotravelling


Ligações externas