Asa com enflechamento negativo: diferenças entre revisões
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Em fins dos [[anos 70]] uma [[concorrência]] foi realizada pela [[DARPA]], com a finalidade de construir um [[protótipo]] de [[Caça (avião)|caça]] com asas enflechadas negativamente. Em [[1984]] o resultado desta iniciativa, o ''Grumman X-29,'' fez seu primeiro vôo. Mesmo apresentando um bom desempenho em testes realizados nos anos seguintes, o [[Departamento de Defesa dos Estados Unidos]] optou por encerrar o programa e os dois protótipos foram enviados a [[museu]]s. Uma réplica em tamanho natural está exposta no ''National Air and Space Museum.'' <ref> {{en}} [http://www.nasm.si.edu/exhibitions/gal213/index.cfm NASM] - 28 de Julho de 2010.</ref> |
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[[Ficheiro:Airflow forward and backward swept aircraft.jpg|thumb|250px|direita|Comportamento do fluxo de [[ar]] nas asas com enflechamento negativo (esquerda) e nas asas com enflechamento convencional (direita).]] |
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No enflechamento positivo ocorre aumento de estabilidade com pequena redução no [[arrasto]]. Já no enflechamento negativo ocorre diminuição de estabilidade com grande atenuação no arrasto. |
* No enflechamento positivo ocorre aumento de estabilidade com pequena redução no [[arrasto]]. Já no enflechamento negativo ocorre diminuição de estabilidade com grande atenuação no arrasto. |
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* Em uma asa convencional, o ar flui para longe da [[fuselagem]]. Já na asa voltada para a frente, o fluxo de ar escoa até a junção da asa e concentra-se sobre a fuselagem. |
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* Com o avanço da [[computação]] é possível empregar [[computador]]es de bordo para correção constante da estabilidade da aeronave. Sem esta correção, existe o risco de o aparelho ficar incontrolável. |
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* Um avião com esta configuração de asa, necessita de [[pista]]s de [[pouso]] e [[decolagem]] menores que aviões com asas convencionais. |
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Revisão das 06h06min de 28 de julho de 2010
Asa com enflechamento negativo - é a asa cuja inclinação é voltada para a parte frontal da aeronave.
História
Projetistas alemães idealizaram, pela primeira vez, a construção de aeronaves com asas inclinadas para a frente em 1936. Na época, tais aeronaves não foram construídas.
Durante a II Guerra Mundial, a Alemanha produziu os primeiros aviões com este tipo de asa. Em 1944 os EUA fabricaram o planador de transporte utilitário Cornelius XFG-1. [1] Este projeto acabou por ser abandonado depois de um acidente fatal. Apenas dois foram construídos. [2] [3]
No pós-guerra a NACA (EUA) realizou testes em túnel de vento com uma versão do Bell X-1 dotada de asas voltadas à frente. Como, poucas vantagens aerodinâmicas foram percebidas, estas experiências foram postas de lado. Mesmo apesar de a URSS ter realizado testes com modelos em escala real na mesma época.
Em 1964 a alemã Hamburger Flugzeugbau fabricou o HFB-320 Hansa Jet. Até hoje, o único avião de asas com enflechamento negativo produzido em série. Apenas 47 foram produzidos. [4]
Em fins dos anos 70 uma concorrência foi realizada pela DARPA, com a finalidade de construir um protótipo de caça com asas enflechadas negativamente. Em 1984 o resultado desta iniciativa, o Grumman X-29, fez seu primeiro vôo. Mesmo apresentando um bom desempenho em testes realizados nos anos seguintes, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos optou por encerrar o programa e os dois protótipos foram enviados a museus. Uma réplica em tamanho natural está exposta no National Air and Space Museum. [5]
Em 1997, a russa Sukhoi apresentou o protótipo do Sukhoi S-47 no Show Aéreo de Paris. Especialistas ocidentais suspeitaram que poderia tratar-se de um aparelho que serviria na aviação naval. Porém a Sukhoi, talvez por dificuldades técnicas ou financeiras, não o produziu em larga escala.
Características
- No enflechamento positivo ocorre aumento de estabilidade com pequena redução no arrasto. Já no enflechamento negativo ocorre diminuição de estabilidade com grande atenuação no arrasto.
- Em uma asa convencional, o ar flui para longe da fuselagem. Já na asa voltada para a frente, o fluxo de ar escoa até a junção da asa e concentra-se sobre a fuselagem.
- Na asa "negativa" o ângulo de ataque é maior portanto, a capacidade de manobra é melhor.
- Com o avanço da computação é possível empregar computadores de bordo para correção constante da estabilidade da aeronave. Sem esta correção, existe o risco de o aparelho ficar incontrolável.
- Um avião com esta configuração de asa, necessita de pistas de pouso e decolagem menores que aviões com asas convencionais.
Vantagens x desvantagens
Uma aeronve dotada com este tipo de asa apresenta vantagens e desvantagems:
Vantagens
- Pode ser instalada em um ponto mais recuado da fuselagem, não interferindo com o interior do avião.
- Previne o estol.
- Grande capacidade de manobra em velocidades subsônicas.
Desvantagens
- Sua fabricação requer o uso de materiais compósitos, de alto custo.
- Obrigatóriamente, deve ser mais resistente que a asa convencional, por isso tem um custo mais elevado.
- A aeronave sofre forte instabilidade em velocidades elevadas, o que dificulta seu controle.
Ver também
Notas
- ↑ (em francês) Richard Ferriere - Site acessado em 28 de Julho de 2010.
- ↑ (em inglês) Century of Flight - 28 de Julho de 2010.
- ↑ (em português) ECSB Defesa - 28 de Julho de 2010.
- ↑ (em inglês) Hansajet - 28 de Julho de 2010.
- ↑ (em inglês) NASM - 28 de Julho de 2010.
Bibliografia
- (em inglês) Junkers Ju 287: Germany's Forward Swept Wing Bomber. Stephen Ransom, Peter Korrell, Peter D. Evans. (Partners Pub Group, 2009). ISBN 190322392X
Ligações externas
- (em inglês) Centennial of Flight - Forward-Swept Wings.
- (em português) Planadores Brasil KW-2 Biguá: projetado por Kuno Widmaier.
- (em português) WEBX - configuração e desenho de aeronaves.