Praça Dom Sebastião: diferenças entre revisões

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Em 1889 a praça foi nivelada e ajardinada e, em 1904, recebeu o gradeamento que pertenceu às praças [[Praça Marechal Deodoro|Marechal Deodoro]] e [[Praça XV de Novembro (Porto Alegre)|XV de Novembro]]. Em 1920, as velhas [[paineira]]s, que já haviam crescido desmesuradamente, foram abatidas. Em 1925 foram removidos os gradis e, em 1935, a praça foi totalmente remodelada, sendo ajardinada em um padrão geométrico, e recebendo uma fonte luminosa e cascatas artificiais, onde se colocaram as quatro [[estátua]]s de [[mármore]] remanescentes das cinco estátuas as quais, entre [1866]] e [[1910]], adornavam um magnífico chafariz de mármore importado de [[Carrara]], [[Itália]], no centro da [[Praça da Matriz]], personificando os grandes rios da bacia do [[Lago Guaíba|Guaíba]]: ''Cahy'', ''Gravatahy'', ''Sino'' e ''Jacuhy'', conforme a grafia antiga na sua base. Chafariz este o qual constituia-se como o primeiro monumento comemorativo a ser instalado ao ar livre no [[Rio Grande do Sul]], montado com esta configuração comemorativa por ideia do arquiteto José Obino.<ref>A história desse monumento encontra-se em minúcias no livro "A Escultura Pública de Porto Alegre - história, contexto e significado", Porto Alegre: Artfolio, 2004, por [[José Francisco Alves]], págs. 16-18, e pág. 100.</ref> Infelizmente todas estátuas do grupo já foram depredadas repetidas vezes, entre 1935 e os dias atuais, e se encontram em mau estado de conservação, apesar de já terem sido restauradas mais de uma vez, pondo a perder talvez o único conjunto remanescente de estatuária pública em mármore do [[século XIX]] na cidade, <ref name="Franco"/>, além da estátua do Conde de Porto Alegre ([[Manuel Marques de Sousa]]), existente desde 1883, na Preça Conde de Porto Alegre.
Em 1889 a praça foi nivelada e ajardinada e, em 1904, recebeu o gradeamento que pertenceu às praças [[Praça Marechal Deodoro|Marechal Deodoro]] e [[Praça XV de Novembro (Porto Alegre)|XV de Novembro]]. Em 1920, as velhas [[paineira]]s, que já haviam crescido desmesuradamente, foram abatidas. Em 1925 foram removidos os gradis e, em 1935, a praça foi totalmente remodelada, sendo ajardinada em um padrão geométrico, e recebendo uma fonte luminosa e cascatas artificiais, onde se colocaram as quatro [[estátua]]s de [[mármore]] remanescentes das cinco estátuas as quais, entre [1866]] e [[1910]], adornavam um magnífico chafariz de mármore importado de [[Carrara]], [[Itália]], no centro da [[Praça da Matriz]], personificando os grandes rios da bacia do [[Lago Guaíba|Guaíba]]: ''Cahy'', ''Gravatahy'', ''Sino'' e ''Jacuhy'', conforme a grafia antiga na sua base. Chafariz este o qual constituia-se como o primeiro monumento comemorativo a ser instalado ao ar livre no [[Rio Grande do Sul]], montado com esta configuração comemorativa por ideia do arquiteto José Obino.<ref>A história desse monumento encontra-se em minúcias no livro "A Escultura Pública de Porto Alegre - história, contexto e significado", Porto Alegre: Artfolio, 2004, por [[José Francisco Alves]], págs. 16-18, e pág. 100.</ref> Infelizmente todas estátuas do grupo já foram depredadas repetidas vezes, entre 1935 e os dias atuais, e se encontram em mau estado de conservação, apesar de já terem sido restauradas mais de uma vez, pondo a perder talvez o único conjunto remanescente de estatuária pública em mármore do [[século XIX]] na cidade, <ref name="Franco"/>, além da estátua do Conde de Porto Alegre ([[Manuel Marques de Sousa]]), existente desde 1883, na Praça Conde de Porto Alegre.


Na esquina das ruas Sarmento Leite e Irmão José Otão foi concluído em 1972 o respiradouro do [[Túnel da Conceição]] um grande maciço de [[concreto]], no qual foram colocados três painéis de ferro recortado, de autoria do escultor [[Francisco Stockinger]],<ref>Ver sobre essa obra de arte em "A Escultura Pública de Porto Alegre - história, contexto e significado", Porto Alegre: Artfolio, 2004, por [[José Francisco Alves]], pág. 174.</ref> com temática regionalista. Na [[década de 1990]], as cascatas foram desmontadas e aterradas, e as estátuas foram reinstaladas em um novo [[chafariz]] luminoso criado no centro da praça.<ref name="Franco"/>
Na esquina das ruas Sarmento Leite e Irmão José Otão foi concluído em 1972 o respiradouro do [[Túnel da Conceição]] um grande maciço de [[concreto]], no qual foram colocados três painéis de ferro recortado, de autoria do escultor [[Francisco Stockinger]],<ref>Ver sobre essa obra de arte em "A Escultura Pública de Porto Alegre - história, contexto e significado", Porto Alegre: Artfolio, 2004, por [[José Francisco Alves]], pág. 174.</ref> com temática regionalista. Na [[década de 1990]], as cascatas foram desmontadas e aterradas, e as estátuas foram reinstaladas em um novo [[chafariz]] luminoso criado no centro da praça.<ref name="Franco"/>

Revisão das 07h02min de 19 de outubro de 2012

Vista parcial da praça com a Igreja da Conceição ao fundo

A Praça Dom Sebastião é uma praça da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul. Seus limites são: ao norte, a Avenida Independência; a leste, a Travessa Dom Sebastião; ao sul, a Rua Irmão José Otão; e, a oeste, a Rua Sarmento Leite. Foi assim denominada em homenagem ao bispo diocesano Dom Sebastião Dias Laranjeira.[1]

A primeira referência ao local se encontra em um requerimento da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição, de 1847, pedindo que fosse fixado o alinhamento da sua futura igreja e, ao mesmo tempo, solicitava que fosse demarcada a praça que dizia já existir entre as ruas do Barbosa (atual Rua Barros Cassal) e da Brigadeira (atual Rua da Conceição).[1]

Em 25 de setembro de 1848, os vereadores autorizaram a permuta de terrenos entre a prefeitura e a Santa Casa, cedendo esta uma parte da área referida, e sendo desapropriada outra parte do tenente-coronel Antônio Joaquim da Silva Mariante e de Manoel Joaquim da Silva.[1]

Com a construção da Igreja da Conceição a partir de 1851, o logradouro passou a ser conhecido como Praça da Conceição, nome reconhecido oficialmente em 20 de outubro de 1857. Em 1863, Antônio Mariante ofereceu-se para arborizá-la, plantando paineiras e, em 28 de outubro de 1884, teve seu nome alterado para Praça Dom Sebastião.[1]

Estátua do Rio Caí.

Em 1889 a praça foi nivelada e ajardinada e, em 1904, recebeu o gradeamento que pertenceu às praças Marechal Deodoro e XV de Novembro. Em 1920, as velhas paineiras, que já haviam crescido desmesuradamente, foram abatidas. Em 1925 foram removidos os gradis e, em 1935, a praça foi totalmente remodelada, sendo ajardinada em um padrão geométrico, e recebendo uma fonte luminosa e cascatas artificiais, onde se colocaram as quatro estátuas de mármore remanescentes das cinco estátuas as quais, entre [1866]] e 1910, adornavam um magnífico chafariz de mármore importado de Carrara, Itália, no centro da Praça da Matriz, personificando os grandes rios da bacia do Guaíba: Cahy, Gravatahy, Sino e Jacuhy, conforme a grafia antiga na sua base. Chafariz este o qual constituia-se como o primeiro monumento comemorativo a ser instalado ao ar livre no Rio Grande do Sul, montado com esta configuração comemorativa por ideia do arquiteto José Obino.[2] Infelizmente todas estátuas do grupo já foram depredadas repetidas vezes, entre 1935 e os dias atuais, e se encontram em mau estado de conservação, apesar de já terem sido restauradas mais de uma vez, pondo a perder talvez o único conjunto remanescente de estatuária pública em mármore do século XIX na cidade, [1], além da estátua do Conde de Porto Alegre (Manuel Marques de Sousa), existente desde 1883, na Praça Conde de Porto Alegre.

Na esquina das ruas Sarmento Leite e Irmão José Otão foi concluído em 1972 o respiradouro do Túnel da Conceição um grande maciço de concreto, no qual foram colocados três painéis de ferro recortado, de autoria do escultor Francisco Stockinger,[3] com temática regionalista. Na década de 1990, as cascatas foram desmontadas e aterradas, e as estátuas foram reinstaladas em um novo chafariz luminoso criado no centro da praça.[1]

Em seu entorno se encontram alguns importantes prédios históricos da capital gaúcha, além da Igreja da Conceição, como a Beneficência Portuguesa e o Colégio Rosário.[1] Também nela funciona, junto ao Colégio Rosário, uma banca de cachorros-quentes conhecida como Cachorro-quente do Rosário, que se tornou famosa na cidade[4].

Em 2006 a praça foi adotada pelo Colégio Rosário, que assim garante sua manutenção e limpeza.[5]

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Referências

  1. a b c d e f g Franco, Sérgio da Costa. Guia Histórico de Porto Alegre. Porto Alegre: EdiUFRGS / Prefeitura Municipal, 1988.
  2. A história desse monumento encontra-se em minúcias no livro "A Escultura Pública de Porto Alegre - história, contexto e significado", Porto Alegre: Artfolio, 2004, por José Francisco Alves, págs. 16-18, e pág. 100.
  3. Ver sobre essa obra de arte em "A Escultura Pública de Porto Alegre - história, contexto e significado", Porto Alegre: Artfolio, 2004, por José Francisco Alves, pág. 174.
  4. Galeria. Pequenas Empresas - Grandes Negócios, março de 2001
  5. Colégio Rosário adota Praça Dom Sebastião. Prefeitura de Porto Alegre - Comunicação social, 07/06/2006