Saltar para o conteúdo

Argamassa polimérica: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
→‎História: Alteração do trecho "começou ser oferecida" para "começou a ser oferecida".
(Massa Industrializada)
Linha 2: Linha 2:
[[Ficheiro:Argamassa polimérica vs convencional.jpg|thumb|Parede construída com argamassa polimérica (acima) vs. parede construída com argamassa cimentícia (abaixo)]]
[[Ficheiro:Argamassa polimérica vs convencional.jpg|thumb|Parede construída com argamassa polimérica (acima) vs. parede construída com argamassa cimentícia (abaixo)]]
[[Ficheiro:Assentamento com argamassa polimérica.JPG|thumb|Assentamento de tijolo com argamassa polimérica em uma obra]]
[[Ficheiro:Assentamento com argamassa polimérica.JPG|thumb|Assentamento de tijolo com argamassa polimérica em uma obra]]
'''Argamassa polimérica''' ou '''Argamassa sintética''' refere-se a uma classe de argamassas que servem de opção à [[argamassa|argamassa convencional]] ou argamassa [[cimento|cimentícia]] e também à argamassa industrializada para aplicações na construção, nas etapas de alvenaria e revestimento.
'''Argamassa polimérica''' ou '''Argamassa sintética''' refere-se a uma classe de argamassas que servem de opção à [[argamassa|argamassa convencional]] ou argamassa [[cimento|cimentícia]] e também à argamassa (Massa Industrializada) para aplicações na construção, nas etapas de alvenaria e revestimento.


O termo '''argamassa polimérica''' também é utilizado para descrever algumas [[argamassa|argamassas cimentícias]] que contenham aditivos [[polímero|poliméricos]] para melhorar seu desempenho ou alterar suas propriedades.
O termo '''argamassa polimérica''' também é utilizado para descrever algumas [[argamassa|argamassas cimentícias]] que contenham aditivos [[polímero|poliméricos]] para melhorar seu desempenho ou alterar suas propriedades.

Revisão das 00h22min de 10 de março de 2016

Parede construída com argamassa polimérica em frente à parede construída com argamassa convencional
Parede construída com argamassa polimérica (acima) vs. parede construída com argamassa cimentícia (abaixo)
Assentamento de tijolo com argamassa polimérica em uma obra

Argamassa polimérica ou Argamassa sintética refere-se a uma classe de argamassas que servem de opção à argamassa convencional ou argamassa cimentícia e também à argamassa (Massa Industrializada) para aplicações na construção, nas etapas de alvenaria e revestimento.

O termo argamassa polimérica também é utilizado para descrever algumas argamassas cimentícias que contenham aditivos poliméricos para melhorar seu desempenho ou alterar suas propriedades.

As argamassas poliméricas são aplicadas para o assentamento de tijolos ou blocos na execução de alvenarias de vedação (paredes). Recentemente as argamassas poliméricas também tem sido utilizadas para o assentamento de pisos, azulejos e pastilhas durante o revestimento.

Na aplicação em alvenarias, a argamassa polimérica apresenta diferenças em termos de rendimento e velocidade de aplicação, além de serem comercializadas já na forma de massa pronta o que reduz potencialmente o custo com mão de obra no preparo.

História

A primeira formulação de uma argamassa polimérica de que se tem notícia foi publicada em uma revista norte americana em 1981[1] e a tecnologia básica empregada na formulação química já existia na década de 1970.[2] No entanto, esta categoria de produto foi pouco difundida no Brasil até o ano de 2011, quando uma argamassa polimérica começou a ser oferecida por alguns fabricantes no mercado de construção civil do Brasil.[3][4][5][6]

Características

Uma das principais características da argamassa polimérica é que, ao contrário das argamassas convencionais, que são comercializadas em , a argamassa polimérica é comercializada em estado pastoso e pronto (massa) para a utilização, sem necessitar a adição de água ou aditivos no momento da aplicação.

Por se tratar de um produto elastomérico, a argamassa polimérica apresenta um baixo Módulo de Young associado a uma resistência à compressão entre 3,0 MPa e 5,0 MPa o que proporciona, apesar da menor quantidade aplicada, características construtivas que favorecem o não aparecimento de patologias típicas tais como trincas e falhas na alvenaria.

Para sua caracterização e confiabilidade, as argamassa poliméricas devem se submeter aos mesmos testes e ensaios das argamassas cimentícias tanto para aplicação em alvenaria como para revestimentos de pisos e azulejos.

Rendimento

O rendimento da argamassa polimérica para alvenaria varia em função do tipo de bloco mas, em média, é de 1,5 kg/m²[7]. Comparativamente à argamassa cimentícia, rende pelo menos vinte vezes mais. O rendimento da argamassa polimérica aplicada em sobreposição de pisos varia entre 1,0 kg/m² e 3,0 kg/m² em função da planeza da superfície de aplicação.

Sustentabilidade

Argamassas poliméricas são reconhecidas pelo forte apelo ecológico por não conterem em sua formulação os dois principais ingredientes da argamassa cimentícia, ambos impactantes ao meio ambiente:

  1. Cimento Portland:
    De acordo com o SNIC (Sindicato Nacional da Indústria de Cimento), a fabricação de 1 kg de cimento emite mais de 600 gramas de CO2 na atmosfera. Estas emissões se dão devido ao processo de decarbonificação das matérias primas e devido ao consumo de energia necessário para chegar a temperaturas de até 1450 ºC no seu processo de fabricação. Estima-se que a indústria do cimento responde por aproximadamente 5% do total de CO2 emitido pelo homem.
  2. Areia de rios:
    Por eliminar a necessidade do uso de areia na mistura da argamassa convencional, a argamassa polimérica contribui para diminuir a retirada deste material dos leitos de rios, evitando os problemas ambientais associados com esta prática.[2]

Além disso, as argamassas poliméricas reduzem o desperdício de materiais na construção e o consumo de energia elétrica necessário ao processo de mistura com betoneira.

Composição química

A composição química das argamassas poliméricas deve conter resinas sintéticas, cargas minerais e diversos aditivos como espessantes e estabilizantes. Diferenças de formulações, tipos, quantidades e qualidade de matérias primas utilizadas na formulação resultam em significantes diferenças de características mecânicas, desempenho estrutural e durabilidade entre as argamassas poliméricas atualmente existentes no mercado.

Vantagens

As vantagens estão associadas ao alto rendimento e o aumento da produtividade nas fase de alvenaria[8]. Além disso, como o produto não é a granel e possui maior rendimento, há melhor controle de estoque e redução do custo logístico. A utilização da argamassa polimérica, conforme informações dos fabricantes, garantem um aumento de produtividade de pelo menos 50% e redução do custo total da alvenaria de pelo menos 40%[9].

Limitações

Em função da espessura da junta vertical e horizontal, a argamassa polimérica deve ser utilizada com blocos sem defeito e sua aplicação se dá somente na alvenaria de vedação. Para aplicação em revestimentos de piso ou azulejo, a planeza da superfície deve ser o mais próxima de zero.

Aplicação

A aplicação da argamassa polimérica pode ser realizada através da própria embalagem, pistola ou equipamento pneumático. Tipicamente são aplicados dois ou três cordões contínuos da argamassa sobre as fiadas de blocos ou tijolos. São preenchidas as juntas verticais com a própria argamassa polimérica. Em função da forma construtiva e da qualidade do bloco, pode ser utilizada argamassa convencional para garantir o nível da primeira fiada e no encunhamento.

Para aplicação em pisos e azulejos, com uma maior concentração de polímeros, utiliza-se espátula denteada. Essa aplicação pode servir para pisos e azulejos novos ou para sobreposição em revestimentos existentes. Nesse caso, o produto é tipicamente fornecido em baldes de 5 kg e 30 kg.

Referências

  1. Adhesives Age Magazine, pg 22 (Outubro de 1981)
  2. a b Jornal do Comércio (26 de dezembro de 2011). «Construção civil inova para crescer»  (Visitada em 11 de junho de 2013)
  3. Jornal do Comércio (14 de março de 2011). «Empresa lança produto que substitui argamassa»  (Visitada em 11 de junho de 2013)
  4. Portal Fator Brasil (24 de março de 2011). «Novo conceito de levantamento de paredes alivia falta da mão-de-obra na construção civil e reduz custos»  (Visitada em 11 de junho de 2013)
  5. Correio do Povo (18 de julho de 2012). «Assentamento rápido sem argamassa»  (Visitada em 11 de junho de 2013)
  6. Revista Revenda e Construção (março de 2013). «Argamassas e Rejuntamentos - uma boa solução»  (Visitada em 11 de junho de 2013)
  7. «Produto substitui argamassa». 14 de março de 2011  (Visitada em 03 de junho de 2015)
  8. Sharon Abdalla (03 de junho de 2014). «Um novo jeito de construir». Gazeta do Povo. Consultado em 17 de julho de 2015  Verifique data em: |data= (ajuda)
  9. PEGN (17 de maio de 2015). «Argamassa que não gasta água». Portal G1 Globo.com. Consultado em 20 de julho de 2015