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Grupo Território Livre: diferenças entre revisões

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==Motivações==
==Motivações==
Segundo o TL<ref>Apresentação, ''[http://territoriolivre.tumblr.com/apresentacao]'', Território Livre</ref>, a nossa sociedade sofre uma forte repressão e vigilância. O controle social gera - ainda segundo o grupo - uma necessidade iminente da criação de uma unidade de resistência, capaz de lutar pela liberdade por hora perdida.
Segundo o TL<ref>Apresentação, ''[http://territoriolivre.tumblr.com/apresentacao]'', Território Livre</ref>, a nossa sociedade sofre uma forte repressão e vigilância. O controle social gera - ainda segundo o grupo - uma necessidade iminente da criação de uma unidade de resistência, capaz de lutar pela liberdade por hora perdida. Atualmente, constroem uma luta incessante contra o petismo e o governismo nos movimentos sociais, ao entender que estes elementos freiam os potenciais revolucionários da juventude e da classe trabalhadora.


==Histórico==
==Histórico==

Revisão das 02h46min de 12 de abril de 2016


O Território Livre (TL) é um grupo ou movimento social brasileiro, composto por sua grande maioria de jovens estudantes da Universidade de São Paulo (USP), cujo objetivo é uma luta ininterrupta pela organização popular. Combatem também o que consideram[1] dois grandes males da atual sociedade brasileira: a forte repressão - policial, burocrática e estatal - e a falta de perspectiva para os jovens.

Motivações

Segundo o TL[2], a nossa sociedade sofre uma forte repressão e vigilância. O controle social gera - ainda segundo o grupo - uma necessidade iminente da criação de uma unidade de resistência, capaz de lutar pela liberdade por hora perdida. Atualmente, constroem uma luta incessante contra o petismo e o governismo nos movimentos sociais, ao entender que estes elementos freiam os potenciais revolucionários da juventude e da classe trabalhadora.

Histórico

O grupo surgiu[3][4] em 2006 na USP com o objetivo de lutar contra a repressão, de todas as naturezas. Inicialmente, eram uma tendência do Movimento Negação da Negação (MNN), grupo de tradição marxista-trotskista. Desde então, a radicalidade marca sua atuação, o que, por um lado, provocou certa antipatia em relação ao grupo na universidade, embora remediada pela capacidade estética e cultural, expressa nos cartazes e panfletos com desenho concretista e na organização política baseada em eventos culturais.

Em 2011, durante a greve contra a presença de policiais no Campus Butantã, o Território Livre teve destaque, e vários de seus militantes acabaram presos no processo. No balanço daquele período de mobilização, concluíram que a pauta da violência policial, teoricamente sensível para a maioria da sociedade, não havia rompido os muros da universidade em função do isolamento do movimento estudantil, e resolveram assumir então um caráter de movimento de juventude, com o objetivo de "construir o poder popular" através de pautas sensíveis aos jovens que estavam fora da vida universitária. O núcleos do "Poder Popular", para o TL, são as ocupações de escolas e universidades (por parte da juventude), bem como as ocupações dos locais de trabalho (por parte dos trabalhadores). Essas ocupações criam um poder paralelo ao poder oficial (da hierarquia escolar ou da gerência do local de trabalho), que é o próprio poder popular sendo criado. A aliança entre essas formas de ocupação é a aliança operário-estudantil.

A mobilização contra o aumento das tarifas de transporte público durante os Protestos no Brasil em 2013 reorientou a visão do grupo mais uma vez. A análise, à época, foi que havia força nas pautas defensivas, que ecoam a insatisfação popular em relação àquilo que o Território Livre considera ataques diretos aos direitos coletivos, como avaliaram ser, em 2014, o desequilíbrio entre os gastos com a Copa do Mundo e o atendimento de demandas sociais mínimas.

Em 2015, diante do novo aumento da tarifa no transporte público em São Paulo, tem participado ativamente nas manifestações organizadas pelo Movimento Passe Livre (MPL), propondo[5], também, a ampliação da pauta de reivindicações, como cobranças relacionadas à crise hídrica no Estado de São Paulo.

Hoje, dos cerca de 40 membros, alguns mantém ligação com o MNN, grupo que diminuiu sua visibilidade pública, e com a USP, mas com presença também nos cursos de Letras, Jornalismo, História, Artes Cênicas, Ciências Sociais, Pedagogia, artes plásticas e até no de Ciência da Computação e Física. Com a campanha "Não Vai Ter Copa", o grupo cresceu graças à chegada de simpatizantes e atraiu militantes mais experientes, trabalhadores, jovens da periferia e do interior, iniciando assim um trabalho mais amplo com a juventude em regiões da Grande São Paulo. Ao final de 2014 o TL impulsionou uma Frente pelo Voto Nulo, com diversos outros grupos políticos, afirmando que Dilma e Aécio aplicariam a mesma política de ataque aos trabalhadores e à juventude. No final de 2015, o TL participou ativamente da luta contra a "reorganização" das escolas estaduais de São Paulo, promovida por Geraldo Alckmin.

Princípios e Organização

O grupo reúne estudantes e operários, mas não exclusivamente. As decisões são constantemente tomadas em reuniões públicas, através do voto direto de seus participantes. Reuniões particulares ocorrem com os membros mais antigos.

O grupo defende[6] princípios marxistas, trotskistas e anarquistas, mas não possuem uma formalização quanto aos princípios que os regem. O programa pode ser verificado em seu site oficial.

Propostas

Muito pela diversidade de seus membros, mesmo sob forte influencia de correntes políticas da esquerda, não possuem propostas concretas sobre as mudanças que buscam. Trabalham na lógica da luta defensiva que deve voltar-se à abertura da dualidade de poder (ocupação de escolas e universidades). De uma maneira geral, lutam pela abolição do Estado, do capitalismo, do trabalho assalariado e da propriedade privada, advogando, assim, pela propriedade comum dos meios de produção e pela democracia direta (tomando a auto-emancipação da juventude e dos trabalhadores como um princípio).

Ver também

Referências

  1. Márcio Padrão (30 de janeiro de 2015). «Movimentos anticapitalistas e partidos engrossam atos contra a tarifa em SP». UOL. Consultado em 30 de janeiro de 2015 
  2. Apresentação, [1], Território Livre
  3. Márcio Padrão (30 de janeiro de 2015). «Movimentos anticapitalistas e partidos engrossam atos contra a tarifa em SP». UOL. Consultado em 30 de janeiro de 2015 
  4. Isolado entre os movimentos, Território Livre insiste em tentar impedir a Copa, [2], 12 de junho de 2014, Rede Brasil Atual
  5. Agência Estadão (29 de janeiro de 2015). «http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/tropa-ninja-faz-escolta-de-ato-do-mpl». Exame. Consultado em 29 de janeiro de 2015  Ligação externa em |título= (ajuda)
  6. Território Livre, [3], Território Livre

Ligações externas