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Güyük Khan: diferenças entre revisões

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m Renato de carvalho ferreira moveu Güyük Khan para seu redirecionamento Guiuque Cã: O artigo está em discussão. E várias das parcas fontes indicadas pelo discordante, como exposto de forma sistemática, não atendem aos padrões de qualidade do projeto.
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'''Güyük''',<ref>{{citar revista |url=http://www.abrem.org.br/revistas/index.php/signum/article/view/54/67 |título=Relatos Ocidentais sobre os Khanatos Mongóis:PI-an DI Carpine e Rubruck (Século XIII) |primeiro1=Carmen Lícia |último1=Palazzo |jornal=Signum |publicado=[[Universidade de Brasília]] |data=5 de novembro de 2011 |volume=12 |número=2 |páginas=127–128 |acessodata=11 de agosto de 2020}}</ref>{{sfn|Krause|loc=[https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=UeTNDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT2&dq=G%C3%BCy%C3%BCk+khan+imperador+mongol&ots=SW2EEEfYeV&sig=9VQEwVzKF-FzECCWr96Zx741gXA#v=onepage&q=G%C3%BCy%C3%BCk%20khan%20&f=false Invasões e conquistas mongóis – Era de Ouro, Batu Khan (1242–1256)]}} '''Guiuc'''{{sfn|Carpine|2005|p=21; 99}} ou '''Guiuque'''{{sfn|EBM|1960}}{{Verificar credibilidade}} ({{langx|mn|Гүюг||''Güiüg''}}; c. 1206 – 1248) foi o terceiro [[cã]] e segundo [[grão cã]] do [[Império Mongol]] de 1246 a 1248, em sucessão à regência de sua mãe [[Toreguene Catum]]. Era filho de [[Oguedai Cã]] {{nwrap|r.|1229|1241}}. Sua eleição em 1246 foi parcialmente influenciada pelas maquinações de sua mãe. Foi fortemente influenciado pelo [[nestorianismo]] e por isso favoreceu os seus conselheiros [[cristianismo|cristãos]]. Sua eleição, porém, gerou ressentimento de [[Batu Khan]], um dos netos de [[Gengis Khan]] {{nwrap|r.|1206|1227}} e o conquistador da [[Rússia de Quieve]], mas a morte prematura de Güyük evitou um conflito entre eles.{{sfn|Editores|1998}}
'''Guiuque''',{{sfn|EBM|1960}} '''Guiuc'''{{sfn|Carpine|2005|p=21; 99}} ou '''Güyük'''{{sfn|Palazzo|2011|p=126}} ({{langx|mn|Гүюг||''Güiüg''}};{{sfn|name=At211|Atwood|2004|p=211}} c. 1206 – 1248) foi o terceiro [[cã]] e segundo [[grão cã]] do [[Império Mongol]] de 1246 a 1248, em sucessão à regência de sua mãe [[Toreguene Catum|Toreguene]]. Era filho de [[Oguedai Cã]] {{nwrap|r.|1229|1241}}.

== Vida ==

=== Primeiros anos ===

Guiuque nasceu em 1206 e era filho de [[Oguedai Cã]] {{nwrap|r.|1229|1241}} e sua principal esposa [[Toreguene Catum|Toreguene]]. Pouco se sabe sobre os seus primeiros anos. Em algum ponto incerto, desposou [[Ogul Caimis]] dos [[merquites]].<ref name=At211 /> Em 1233, Oguedai envio-o à [[China]] com seu primo materno [[Alchidai]] e o general {{ilc|Tangude||Tangghud}} com a missão de destruir o [[Reino de Xia Oriental]], que havia sido criado na [[Manchúria]] em 1215 por {{ilc|Puxiã Uanu||Puxian Wannu|P'uhsien Wannu}}, um oficial rebelde do [[Dinastia Jim (1115-1234)|Império Jim]].{{sfn|Nyíri|2007|p=4}} A expedição foi concluída em poucos meses dada a debilidade do reino.{{sfn|Atwood|2004|p=211-212}} Por volta de 1232, com a morte de seu tio [[Tolui Cã|Tolui]], Oguedai sugeriu que a viúva [[Sorcaquetani]] fosse desposada por Guiuque, mas a última declinou sob alegação de que sua principal responsabilidade era com seus filhos.{{sfn|Man|2007|p=19}}

Em 1235, Oguedai enviou-o com seu irmão {{ilc|Cadã||Qadan}} na expedição ocidental contra os [[quipechaques]] e seus aliados [[Rússia de Quieve|russos]], [[Bulgária do Volga|búlgaros]] e [[Reino da Alânia|alanos]]. Esteve presente no [[Cerco de Riazã]] em 1237 e no [[Cerco de Magas]] em 1239–40.{{sfn|Atwood|2004|p=211-212}} De acordo com a ''[[História Secreta dos Mongóis]]'', seus sucessos causaram o ressentimento de seu primo [[Batu Cã|Batu]], filho de [[Jochi Cã|Jochi]]. Em certa banquete, diz a fonte, Batu, por sua senioridade, esperava receber uma porção maior, mas foi servido após [[Buri Cã|Buri]], seu tio Guiuque e um dos homens do último, chamado Hargasum Noiã, que ainda o ridicularizaram como um fraco efeminado.{{sfn|Christian|1998|p=412}}{{sfn|Weatherford|2004|p=162}} Batu apelou a Oguedai, que em audiência com Guiuque repreendeu-o severamente e enviou-o com Hargasum para junto de Batu para o devido julgamento. Outras fontes confirmam o fato, mas afirmam que o príncipe não retornou à Mongólia durante o restante da vida de Oguedai. Seja como for, o [[grão cã]] reconvocou da expedição Oguedai e seu primo [[Mangu Cã|Mangu]], filho de Tolui, em algum momento entre dezembro de 1240 e janeiro de 1241.{{sfn|Atwood|2004|p=212}}




<!-- Sua eleição em 1246 foi parcialmente influenciada pelas maquinações de sua mãe. Foi fortemente influenciado pelo [[nestorianismo]] e por isso favoreceu os seus conselheiros [[cristianismo|cristãos]]. Sua eleição, porém, gerou ressentimento de [[Batu Cã]], um dos netos de [[Gêngis Cã]] {{nwrap|r.|1206|1227}} e o conquistador da [[Rússia de Quieve]], mas a morte prematura de Guiuque evitou um conflito entre eles.{{sfn|Editores|1998}}-->



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* {{Citar livro|sobrenome=Atwood|nome=Christopher P.|ano=2004|título=Encyclopedia of Mongolia and the Mongol Empire|local=Nova Iorque|editora=Facts On File, Inc.|ref=harv}}


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* {{Citar livro|sobrenome=Christian|nome=David|ano=1998|título=Inner Eurasia from Prehistory to the Mongol Empire|local=Oxônia|editora=Blackwell|isbn=0-631-18321-3|ref=harv}}
* {{citar livro |url=https://books.google.com.br/books/about/Isl%C3%A3_das_invas%C3%B5es_mong%C3%B3is_ao_imp%C3%A9rio.html?id=UeTNDwAAQBAJ&redir_esc=y |título=Islã: das invasões mongóis ao império timúrido |primeiro1=Stanford Mc |último1=Krause |editora=Cambridge Stanford Books |volume=1 |páginas=125 |acessodata=11 de agosto de 2020 |ref=harv}}


* {{Citar livro|ref={{harvid|EBM|1960}}|ano=1960|título=Enciclopédia Brasileira Mérito [EBM] Vol. 13|capítulo=Mongóis|local=São Paulo|editora=Mérito S.A. }}
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* {{Citar web|sobrenome=Editores|ano=1998|url=https://www.britannica.com/biography/Guyuk|título=Güyük|publicado=Britânica Online|ref=harv}}
* {{Citar web|sobrenome=Editores|ano=1998|url=https://www.britannica.com/biography/Guyuk|título=Güyük|publicado=Britânica Online|ref=harv}}

* {{Citar livro|sobrenome=Man|nome=John|ano=2007|título=Kublai Khan|local=Londres|editora=Imprensa Bantam|isbn=978-0-553-81718-8|ref=harv}}

* {{Citar livro|sobrenome=Nyíri|nome=Pál|ano=2007|título=Chinese in Eastern Europe and Russia|local=Londres e Nova Iorque|editora=Routledge|isbn=978-0-415-54106-0|ref=harv}}

* {{Citar periódico|sobrenome=Palazzo|nome=Carmen Lícia|título=Relatos Ocidentais sobre os Khanatos Mongóis: Pian di Carpine e Rubrick (século XIII)|ano= 2011|jornal=Revista Signum|volume=12|número=2|ref=harv}}


* {{Citar periódico|sobrenome=Vicente|nome=Luiz Rafael Xavier|título=As Relações Político-Religiosas entre o Império Mongol e a Europa Ocidental em meados do século XIII: Missionários Franciscanos no Oriente|ano=2004|jornal=Revista Vernáculo|número=11/12/13|ref=harv}}
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* {{citar livro|sobrenome=Weatherford|nome=Jack|título=[[Genghis Khan and the making of the modern world]]|editora=Imprensa Three Rivers|ano=2004|local= Nova Iorque|isbn=978-0-609-61062-6|ref=harv}}


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Revisão das 01h03min de 12 de agosto de 2020

Guiuque Cã
Guyuk.jpg
Retrato de Guiuque Cã produzido durante a dinastia Iuã
Grão cã do Império Mongol
Reinado 1246-1248
Antecessor(a) Toreguene Catum (regente)
Sucessor(a) Ogul Caimis (regente)
 
Nascimento 1206
Morte 1248
Pai Oguedai Cã

Guiuque,[1] Guiuc[2] ou Güyük[3] (em mongol: Гүюг; romaniz.: Güiüg;[4] c. 1206 – 1248) foi o terceiro e segundo grão cã do Império Mongol de 1246 a 1248, em sucessão à regência de sua mãe Toreguene. Era filho de Oguedai Cã (r. 1229–1241).

Vida

Primeiros anos

Guiuque nasceu em 1206 e era filho de Oguedai Cã (r. 1229–1241) e sua principal esposa Toreguene. Pouco se sabe sobre os seus primeiros anos. Em algum ponto incerto, desposou Ogul Caimis dos merquites.[4] Em 1233, Oguedai envio-o à China com seu primo materno Alchidai e o general Tangude com a missão de destruir o Reino de Xia Oriental, que havia sido criado na Manchúria em 1215 por Puxiã Uanu, um oficial rebelde do Império Jim.[5] A expedição foi concluída em poucos meses dada a debilidade do reino.[6] Por volta de 1232, com a morte de seu tio Tolui, Oguedai sugeriu que a viúva Sorcaquetani fosse desposada por Guiuque, mas a última declinou sob alegação de que sua principal responsabilidade era com seus filhos.[7]

Em 1235, Oguedai enviou-o com seu irmão Cadã na expedição ocidental contra os quipechaques e seus aliados russos, búlgaros e alanos. Esteve presente no Cerco de Riazã em 1237 e no Cerco de Magas em 1239–40.[6] De acordo com a História Secreta dos Mongóis, seus sucessos causaram o ressentimento de seu primo Batu, filho de Jochi. Em certa banquete, diz a fonte, Batu, por sua senioridade, esperava receber uma porção maior, mas foi servido após Buri, seu tio Guiuque e um dos homens do último, chamado Hargasum Noiã, que ainda o ridicularizaram como um fraco efeminado.[8][9] Batu apelou a Oguedai, que em audiência com Guiuque repreendeu-o severamente e enviou-o com Hargasum para junto de Batu para o devido julgamento. Outras fontes confirmam o fato, mas afirmam que o príncipe não retornou à Mongólia durante o restante da vida de Oguedai. Seja como for, o grão cã reconvocou da expedição Oguedai e seu primo Mangu, filho de Tolui, em algum momento entre dezembro de 1240 e janeiro de 1241.[10]




Referências

  1. EBM 1960.
  2. Carpine 2005, p. 21; 99.
  3. Palazzo 2011, p. 126.
  4. a b Atwood 2004, p. 211.
  5. Nyíri 2007, p. 4.
  6. a b Atwood 2004, p. 211-212.
  7. Man 2007, p. 19.
  8. Christian 1998, p. 412.
  9. Weatherford 2004, p. 162.
  10. Atwood 2004, p. 212.

Bibliografia

  • Atwood, Christopher P. (2004). Encyclopedia of Mongolia and the Mongol Empire. Nova Iorque: Facts On File, Inc. 
  • Carpine, João de Pian del; Rubruc, Guilherme de; Montecorvino, João de; Pordenone, Odorico de (2005). Crônicas de viagem: franciscanos no Extremo Oriente antes de Marco Polo (1245-1330). Traduzido por Silveira, Ildefonso; Pintarelli, Ary E. Porto Alegre e Bragança Paulista: EDIPUCRS 
  • Christian, David (1998). Inner Eurasia from Prehistory to the Mongol Empire. Oxônia: Blackwell. ISBN 0-631-18321-3 
  • «Mongóis». Enciclopédia Brasileira Mérito [EBM] Vol. 13. São Paulo: Mérito S.A. 1960 
  • Nyíri, Pál (2007). Chinese in Eastern Europe and Russia. Londres e Nova Iorque: Routledge. ISBN 978-0-415-54106-0 
  • Palazzo, Carmen Lícia (2011). «Relatos Ocidentais sobre os Khanatos Mongóis: Pian di Carpine e Rubrick (século XIII)». Revista Signum. 12 (2) 
  • Vicente, Luiz Rafael Xavier (2004). «As Relações Político-Religiosas entre o Império Mongol e a Europa Ocidental em meados do século XIII: Missionários Franciscanos no Oriente». Revista Vernáculo (11/12/13)