Fortunato de São Boaventura

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Fortunato de São Boaventura
Arcebispo da Igreja Católica
Arcebispo de Évora
Info/Prelado da Igreja Católica
Atividade eclesiástica
Ordem Ordem de Cister
Diocese Arquidiocese de Évora
Nomeação 3 de outubro de 1831
Predecessor D. Patrício Cardeal da Silva, O.S.A.
Sucessor D. Francisco da Mãe dos Homens Anes de Carvalho, O.S.A.
Mandato 1831 - 1844
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 19 de setembro de 1821
Ordenação episcopal 27 de maio de 1832
por D. Alessandro Giustiniani
Nomeado arcebispo 3 de outubro de 1831
Brasão arquiepiscopal
Dados pessoais
Nascimento Alcobaça
30 de abril de 1777
Morte Roma
6 de dezembro de 1844 (67 anos)
dados em catholic-hierarchy.org
Arcebispos
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Fortunato de São Boaventura (Alcobaça, 30 de abril de 1777Roma, 6 de dezembro de 1844) cedo entrou na vida cistercience do Mosteiro de Alcobaça, onde fez os primeiros estudos. Mais tarde veio a doutorar-se em Teologia na Universidade de Coimbra, onde foi nomeado Lente, em 1812, vindo até a assinar várias investigações históricas. Nos conturbados anos que se seguiram a 1820, declarou-se acérrimo defensor do regime absolutista.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Mais tarde, já no reinado de D. Miguel, e em plena Guerra Civil, foi nomeado Arcebispo Metropolitano de Évora, no ano 1832. Como o Cabido da era formado por uma maioria dos Cónegos liberais, D. Fr. Fortunato de São Boaventura, forte apoiante da monarquia tradicional e do Rei D. Miguel, teve algumas dificuldades. Embora se tivesse mantido como legítimo Arcebispo durante toda a vida, a sua estada na Arquidiocese durou apenas dois anos, pois com a vitória liberal de 1834, D. Pedro IV forçou-o ao exílio em Roma, de onde não mais voltou, vindo a falecer em 1844, declarando-se sempre perante o governo liberal como o legítimo Arcebispo de Évora.

Em 1944, em Évora, tiveram lugar as Comemorações Centenárias em honra de D. Frei Fortunato de São Boaventura, por iniciativa do então Arcebispo de Évora D. Manuel Mendes da Conceição Santos.

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Collecção de ineditos portuguezes dos seculos XIV e XV, que ou foram compostos originalmente, ou traduzidos de varias linguas, por monges cistercienses deste reino. Ordenada e copiada fielmente dos manuscritos do mosteiro de Alcobaça
  • Historia chronologica, e critica da real abbadia de Alcobaça, da congregação cisterciense de Portugal
  • Commentariorum de Alcobacensi mstorum bibliotheca libri tres in quibus haud pauca ad rem litterariam illustrandam, ac fortassis augendam facienta, hucusque abdita, reserantur (1827)
  • Summario da vida, acçoens e gloriosa morte do senhor D. Fernando, chamado o Infante Santo
  • Portugal e Italia : litteratos portuguezes na Italia ou collecção de subsidios para se escrever a historia litteraria de Portugal
  • A Contra mina; periíodico moral, e político
  • Introducçaõ ao Mastigoforo : ou, Exame do discurso sobre amnistias, embutido na Gazeta de Lisboa (nº 25)
  • Oração panegyrica que no dia natalicio do mui alto e poderoso rei o senhor D. Miguel I
  • Documento original da maçonaria portugueza : ou, Terceiro ensaio anti-religioso que hum sacerdote Pedreiro Livre dirigio em data de 20 de abril de 1826 para Lisboa ao excellentissimo senhor A. P.
  • Anti-Palinuro ou Defensa, que em abono dos primeiros dous numeros do desengano
  • A religião offendida pelos seus chamados protectores: ou, Manifesto das injurias que o governo francez intruso em Portugal ha feito à religião catholica romana, e aos seus ministros : dirigido, e proclamado a todos os portuguezes
  • O Punhal dos Corcundas (1823)
  • A Religião Offendida pelos seus chamados protectores ou manifesto das injúrias que o Governo Francez Intruso em POrtugal ha feito à Religião Católica Romana e a seus Ministros. (folheto)
  • O Francezismo desmascarado, ou exame das formas de que actualmente se revestiu aquela manhosa seita. (folheto)
  • A Gratidão da Pátria aos distinctos serviços do leal e valoroso corpo dos voluntários académicos, em a ditosa expulsão do intruso Governo Francez. (folheto)
  • (Memórias) acerca das pessoas e escritos
  • (Memórias) sobre o começo, progresso e decadencia da Litteratura Graga em Portugal, desde o princípio da Monarchia até o Reinado del Rei D. José I, e da Litteratura Hebraica entre os portugueses catholicos romanos"
  • Ensaio de um índice de palavras, provérbios, sentenças moraes e phrases, que a língua portuguesa tomou da grega sem intermédio da latina.
  • De Ajuntamento de Boos Dictos e Palavras
  • Oração Fúnebre (a D. Carlota Joaquina - 1830)
  • Tradução, notas críticas e históricas da obra: Vida e Milagres de Santo António de Lisboa (1830)
  • Protestação contra o schisma declarado na cidade do Porto
  • Catecismo das Principais Verdades Tocantes aos Schisma (1835)
  • Formula Honestae Citae (transcrição e trasladação desta obra de São Martinho de Dume
  • Ensaio de uma dissertação histórica (1833)- 1856)
  • (Cartas) Voz da Igreja, clamores e providencias do Pastor Supremo (1838)
  • Vida de Santa Teresa (manuscrito)
  • Memórias para a vida da Rainha D. Thereza (manuscrito)
  • Continuação das Chronicas Geraes da Ordem Cisterciense de Manrique desde o século XIII até o XIX (manuscrito)
  • Diccionario dos homens illustres de Portugal que floresceram em Itália com o juizo sobre as suas obras (ed. António de Portugal de Faria com o nome de "Portugal e Itália" em 1905)

Referências[editar | editar código-fonte]

Precedido por
D. Frei Patrício da Silva
Brasão arquiepiscopal
Arcebispo de Évora

1832 - 1844
Sucedido por
D.Francisco da Mãe dos Homens Anes de Carvalho