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Friedrich Fröbel

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Friedrich Fröbel
Friedrich Fröbel
Nascimento 21 de abril de 1782
Oberweißbach
Morte 21 de junho de 1852 (70 anos)
Marienthal
Sepultamento Schweina
Cidadania Schwarzburg-Rudolstadt
Cônjuge Louise Fröbel
Irmão(ã)(s) Carl Poppo Fröbel
Alma mater
Ocupação pedagogo, escritor de não ficção, professor, escritor, futebolista
Religião cristianismo ortodoxo

Friedrich Wilhelm August Fröbel (Oberweißbach, 21 de abril de 1782Schweina, 21 de junho de 1852) foi um pedagogo e pedagogista alemão com raízes na escola Pestalozzi. Foi o fundador do primeiro jardim de infância.

Seu pai era um pastor protestante. Seus princípios filosófico-teológicos apontam um Fröbel (protestante) com um espírito profundamente religioso que desejava manifestar ao exterior o que lhe acontecia interiormente: sua união com Deus.

Esses princípios e sua crença determinaram alguns de seus postulados, tais como:

  • o educando tem que ser tratado de acordo com sua dignidade de filho de Deus, dentro de um clima de compreensão e liberdade;
  • o educador é obrigado a respeitar o discípulo em toda sua integridade;
  • o educador deve manifestar-se como um guia experimentado e amigo fiel que exija e oriente com mão flexível mas firme. Não é somente um guia, mas também sujeito ativo da educação: dá e recebe, orienta mas deixa em liberdade, é firme mas concede;
  • o educador deve conhecer os diversos graus de desenvolvimento do homem para realizar sua tarefa com êxito, sendo três as fases de desenvolvimento, que vão desde quando o homem nasce até a adolescência.

Suas ideias reformularam a educação. A essência de sua pedagogia se centra nos princípios educacionais da atividade e da liberdade.

Trabalhou com Pestalozzi e, embora influenciado por ele, foi totalmente independente e crítico, formulando seus próprios princípios educacionais. Seus ideais educacionais foram considerados politicamente radicais e, durante alguns anos, foram banidos da Prússia.

Em 1837, Fröbel abriu o primeiro jardim de infância, onde as crianças eram consideradas como plantinhas de um jardim, do qual o professor seria o jardineiro. A criança se expressaria através das atividades de percepção sensorial, da linguagem e do brinquedo. A linguagem oral se associaria à natureza e à vida.

Flho do Ruben Carriço e do Hugo Simões

Froebel foi um defensor do desenvolvimento genético. Para ele, o desenvolvimento ocorre segundo as seguintes etapas:

  • a infância
  • a meninice
  • a puberdade
  • a mocidade
  • a maturidade

Todas estas fases eram igualmente importantes. Observava portanto a gradação e a continuidade do desenvolvimento, bem como a unidade das fases de crescimento. Enfim, a educação da infância se realiza através de três tipos de operações:

  • a ação - atividade importante para o desenvolvimento infantil, pois havia um termo utilizado por Froebel que era a 'auto-atividade', ou seja, dizia que a criança aprende através da ação dela sobre determinado objeto.[1]
  • o jogo
  • o trabalho.

Fröebel foi o primeiro educador a enfatizar o brinquedo, a atividade lúdica, a apreender o significado da família nas relações humanas. É interessante frisar que, para Froebel, o brincar caracteriza a ação da criança e que o próprio ato de brincar é uma linguagem, pois apreende, no ato de brincar, a linguagem gestual/corporal, sonora, verbal, entre outras.

Idealizou recursos sistematizados para as crianças se expressarem: blocos de construção que eram utilizados pelas crianças em suas atividades criadoras, papel, papelão, argila e serragem. O desenho e as atividades que envolvem o movimento e os ritmos eram muito importantes. Para a criança se conhecer, o primeiro passo seria chamar a atenção para os membros de seu próprio corpo, para depois chegar aos movimentos das partes do corpo. Valorizava também a utilização de histórias, mitos, lendas, contos de fadas e fábulas, assim como as excursões e o contato com a natureza.

Fröbel afirma, em sua obra "A educação do homem" (1826):

Esse conceito de parte-todo foi um dos mais bem desenvolvidos por Fröbel. Cada objeto é parte de algo mais geral e é também uma unidade, se for considerado em relação a si mesmo. No campo das relações humanas, o indivíduo é, para ele, uma unidade, quando considerado em si mesmo, mas mantém uma relação com o todo, isto é, incorpora-se a outros homens para atingir certos objetivos.

Principais concepções educacionais

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  • o verdadeiro desenvolvimento advém de atividades espontâneas.
  • na educação inicial da criança o brinquedo é um processo essencial.
  • os currículos das escolas devem basear-se nas atividades e interesses de cada fase da vida da criança.

A grande tarefa da educação consiste em ajudar o homem a conhecer a si próprio, a viver em paz com a natureza e em união com Deus. É o que ele chamou de educação integral. Sua concepção de ser humano era profundamente religiosa.

Sua proposta pode ser caracterizada como um "currículo por atividades", no qual o caráter lúdico é o fator determinante da aprendizagem das crianças.

Entende a educação como suporte no processo de apropriação do mundo pelo homem. É um modelo de educação esférica, onde os alunos aprendem em contato com o real, com as coisas em sua volta, com os objetos de aprendizagem. Logo, a Matemática só é entendida quando o sujeito for capaz de estruturar a realidade.

Uma das melhores ideias com que Froebel contribuiu para a pedagogia moderna foi a de que o ser humano é essencialmente dinâmico e produtivo, e não meramente articulável, receptivo e depositário. O homem é uma força autogeradora e não uma esponja que absorve conhecimento do exterior.

Outro acerto de Fröebel foi o de não esquecer as diferentes etapas que marcam a evolução do homem, especialmente a infância.

Cabe lembrar que sua doutrina pedagógica, em síntese, consiste basicamente na atividade e na liberdade; o homem deve aprender a trabalhar e a produzir, manifestando sua atividade em obras exteriores.

Referências

  1. KISHIMOTO, Tizuko Morchida; PINAZZA, Mônica Appezzato. Froebel: uma pedagogia do brincar para a infância.IN: OLIVEIRA-FORMOSINHO, Júlia; KISHIMOTO, Tizuko Morchida; PINAZZA, Mônica Apezzato (Orgs.). Pedagogias(s) da infância: dialogando ocm o passado: construindo o futuro. Porto Alegre: Artmed, 2007, pp37-31

Ligações externas

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