Guendolena da Bretanha

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Gwendolen da Bretanha)
Guendolena
Rainha da Grã-Bretanha
Reinado 1071 ac. - 1058 ac.
Consorte Locrino
Antecessor(a) Locrino
Sucessor(a) Madano
 
Descendência Madano
Pai Corineu da Cornualha

Guendolena[1] ou Gwendolen (em latim: Guendoloēna), foi uma rainha lendária da Grã-Bretanha. Sua história é contada por Godofredo de Monmouth em sua obra História dos reis da Bretanha.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Segundo Godofredo de Monmouth, Guendolena era a filha de Corineu, rei da Cornualha, e um dos guerreiros de Bruto de Troia. Ela era esposa de Locrino, o filho mais velho de Bruto de Troia e de Inogen, considerado o primeiro rei lendário da Bretanha. Locrino, descendente do troiano Eneias, era rei de Logres; com ele, Guendonlena teve um filho chamado Madano.[2] Após o falecimento de Corineu, Locrino se divorciou dela para ficar com sua amante Estrildis, a mãe de sua filha de nome Habren. Estrildis era a filha de um rei da Germânia capturada por Humbero, o Huno, que a levou para a Bretanha. Quando Locrino e seus irmãos o derrotaram, ele se apaixonou pela princesa. Porém, como ele já estava noivo de Guendolena, foi obrigado a manter sua palavra, e assim a manteve como sua amante.

Como consequência do divórcio, a princesa fugiu para a Cornualha, onde viveu por alguns anos. Guendolena armou um grande exército e lutou contra o ex-marido perto do rio Stour, onde Locrino foi morto. Assim, Guendolena se tornou a primeira rainha reinante dos bretões, reinando à maneira de seu pai na Cornualha. Para se vingar de Estrildis e Habren, ela os afogou no Rio Severn, que em galês antigo se chamava Habren. Após isso, ela governou pacificamente por quinze anos até abdicar em benefício de seu filho, e viveu o resto de sua filha na Cornualha.

De acordo com História dos reis da Bretanha, à época de sua morte, Samuel era juiz na Judeia, Eneias Silvio era rei em Alba Longa, na Itália, e o escritor grego Homero se tornava famoso na Grécia.[3]

Na cultura popular[editar | editar código-fonte]

A rainha, cujo nome possivelmente significa "anel branco, arco branco", aparece no poema do século XVI A Rainha das Fadas, de Edmund Spenser.[4] Na época em que foi escrito, a rainha era Isabel I de Inglaterra da Casa de Tudor, sendo que o poema pode ser encarado como uma homenagem a ela.

Ela é uma das doze filhas de Albion, nas obras do poeta inglês William Blake, e aparece como um símbolo da soberania britânica.[4]

Aparentemente, a sua história também influenciou a ópera Gwendoline do compositor francês Emmanuel Chabrier, do século XIX.

Precedida por
Corineu
Rainha da Cornualha
Sucedida por
Madano
Precedida por
Locrino
Rainha de Logres e Alba (Escócia)
Sucedida por
Madano
Precedida por
Kamber
Rainha de Câmbria
Sucedida por
Madano