Hyperchiria incisa

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaHyperchiria incisa
H. incisa, em Caetité, Brasil.
H. incisa, em Caetité, Brasil.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Saturniidae
Género: Hyperchiria
Hübner, 1819
Espécie: Hyperchiria incisa
Nome binomial
H. incisa
Walker (1855)

Hyperchiria incisa é uma mariposa da família Saturniidae, ocorrente no Brasil e em outros países da América do Sul.

No Brasil é identificada como uma das pragas desfolhantes da Clitoria fairchildiana, espécie leguminosa arbórea, bastante usada em arborização urbana.[1]

Ocorrência[editar | editar código-fonte]

A H. incisa ocorre em vários países da América do Sul, como Argentina, Brasil, Peru e Venezuela.[2]

Descrição[editar | editar código-fonte]

As fêmeas depositam seus ovos (brancos e de forma subcônica com lados planos) em filas duplas e paralelas, na parte inferior das folhas.[1]

Nos primeiros ínstares as larvas têm cerca de 5mm e cor castanho-amarelado, ficando esverdeada em alguns dias; são gregárias em todas as fases de crescimento e ao final, formam casulo no solo em meio às folhas caídas.[1] Neste estágio pode apresentar uma diapausa se o clima estiver frio, e a fase pupal que dura cerca de um mês pode vir a se dar em vários meses.[2]

Suas lagartas trazem muitas cerdas parecidas com espinhos que formam proteção contra os inimigos naturais e que, ao contato com a pele, provoca uma dermatite cuja irritação persiste por alguns dias, o que desaconselha o uso das plantas hospedeiras nas áreas urbanas.[1] Quando menores vivem em grupo, tornando-se solitárias quando maiores; além das cerdas irritantes apresentam um outro mecanismo de defesa, quando atacadas: incham o corpo e entre os segmentos cutâneos anteriores exibem listas de vermelho vivo e brilhante como aviso.[2]

A incisa em repouso camufla-se em forma de folha.

As mariposas adultas são pequenas, uma das menores das Saturniidae; quando em repouso procuram simular uma folha seca como camuflagem e, se provocadas por algum predador, exibem um colorido par de "olhos" que visam assustar um eventual inimigo natural.[2]

Os machos adultos são menores que as fêmeas; enquanto eles possuem uma vida relativamente curta (de 5 a 6 dias), elas têm uma duração maior (acima de dez dias).[2]

Impacto ambiental[editar | editar código-fonte]

O ataque é comum em plantas tropicais, como o cacau, a cana-de-açúcar e eucalipto; pode alcançar grande número nas infestações com dano significativo às árvores, além de significar um pequeno risco à saúde humana.[1]

Referências

  1. a b c d e José Cola Zanuncio; Douglas Silva Parreira; Olaf Hermann Hendrik Mielke; Francisco de Souza Ramalho; José Eduardo Serrão; Terezinha Vinha Zanuncio (2013). «Hiperchiria incisa incisa (Lepidoptera: Saturniidae) on plants of Clitoria Fairchildiana in Viçosa, Minas Gerais state, Brazil» (PDF). Journal of the Lepidopterists’ Society, vol. 67, nº 2, p. 131-133. Consultado em 15 de abril de 2018. Cópia arquivada (PDF) em 15 de abril de 2018 
  2. a b c d e Bart Coppens. «Hyperchiria incisa». Breeding Butterflies. Consultado em 5 de abril de 2018. Cópia arquivada em 15 de abril de 2018 
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