Jane Taylor

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Jane Taylor
Jane Taylor
Jane Taylor (à esquerda) e sua irmã Ann Taylor (à direita), pintura de Isaac Taylor.
Nascimento 23 de setembro de 1783
Londres, Inglaterra
Morte 13 de abril de 1824 (40 anos)
Nacionalidade Inglesa
Ocupação Poeta e romancista
Movimento literário Romantismo

Jane Taylor (Londres, 23 de setembro de 178313 de abril de 1824) foi uma poeta e romancista inglesa e autora da canção de embalar "Twinkle, Twinkle, Little Star".

Apesar do poema ser conhecido mundialmente, a sua autoria é geralmente esquecida. Foi publicado primeiramente sob o título de "The Star" na coleção de poemas Rhymes for the Nursery de Jane e sua irmã mais velha Ann Taylor (que casou-se com Joseph Gilbert). As irmãs e a autoria das suas várias obras muitas vezes têm sido confundidas em parte, já que as suas primeiras obras eram publicadas em conjunto.

O filho de Ann Taylor, Josiah Gilbert, escreveu na sua biografia: "Dois poemas pequenos – 'Minha mãe' e 'Twinkle, twinkle, little Star' talvez sejam citados com mais frequência do que qualquer outro; o primeiro, um poema lírico da vida, foi escrito por Ann, o segundo, da natureza, por Jane; e assim ilustram esta diferença entre as irmãs."[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Nascida em Londres, Jane Taylor viveu com sua família em Lavenham, Suffolk. Entre os anos 1796 e 1810 viveu em Colchester. As irmãs Taylor faziam parte de uma extensa família literária. Seu pai Isaac Taylor, foi um gravador e posteriormente um ministro dissidente e sua mãe Ann Taylor (nascida Martin; 1757–1830) escreveu sete obras de conselhos morais e religiosos, sendo duas delas fictícias.[2]

Carreira literária[editar | editar código-fonte]

O poema Original Poems for Infant Minds by several young persons (escrito por Ann, Jane Taylor e outros) foi publicado pela primeira vez em dois volumes em 1804 e 1805. Rhymes for the Nursery foi publicado em 1806 e Hymns for Infant Minds em 1808. Em Original Poems for Infant Minds (1805) escrito principalmente por Ann, Jane Taylor e Adelaide O'Keeffe, foram indicadas as autoras de cada poema, o que não aconteceu em Rhymes for the Nursery (1806). A composição mais famosa dos poemas é "The Star", mais comummente conhecida na atualidade como "Twinkle, Twinkle, Little Star", que foi definida como uma melodia francesa.

Christina Duff Stewart identificou a autoria em Rhymes for the Nursery, com base numa cópia pertencente a Isaac Taylor, que indicou a respetiva autoria de Ann e Jane Taylor.[3] O canónico Isaac era sobrinho de Taylor, filho do seu irmão Isaac Taylor da vila e paróquia civil Stanford Rivers. Christina também confirmou as atribuições de Original Poems, com base nos registos da editora.

O romance Display (1814) de Taylor, uma reminiscência de Maria Edgeworth ou até mesmo de Jane Austen, teve treze edições até 1832. Sua obra Essays in Rhyme foi publicada em 1816 e continha várias poesias significativas. Jane escreveu a obra fictícia Correspondence between a Mother and Her Daughter at School (1817) em conjunto com sua mãe. The Family Mansion. A Tale foi publicado em 1819 e Practical Hints to Young Females antes de 1822.[4] Ao longo da sua vida, Jane escreveu vários ensaios, peças de teatro, histórias, poemas e cartas que nunca foram publicadas.

Morte[editar | editar código-fonte]

Jane Taylor morreu de cancro da mama aos quarenta anos de idade, com sua mente "repleta de projetos não realizados".[carece de fontes?] Foi enterrada no adro da Igreja de Ongar.

Após a sua morte, seu irmão Isaac realizou uma coleção de várias das suas obras e incluiu uma biografia de Jane, publicando tudo sob o título de The Writings of Jane Taylor, In Five Volumes (1832).

Referências na cultura popular[editar | editar código-fonte]

  • A obra mais famosa de Jane, "Twinkle, Twinkle, Little Star", quase sempre aparece sem o reconhecimento da sua autoria; "sua estrofe inicial persiste como se fosse folclore, o nome da sua criadora quase sempre é esquecido."[5] Durante vários séculos, circularam várias versões alternativas, pastiches e paródias.
  • "Twinkle, Twinkle, Little Star" foi parodiado num poema recitado pelo Chapeleiro Louco (Mad Hatter), personagem da obra Alice no País das Maravilhas (1865) de Lewis Carroll.

Referências

  1. «The Autobiography and Other Memorials of Mrs Gilbert, Formerly Ann Taylor». A Celebration of Women Writers (em inglês). Universidade da Pensilvânia. Consultado em 1 de junho de 2016 
  2. Gilbert, Robin Taylor (2004). «Taylor , Ann (1757–1830)». Oxford Dictionary of National Biography (em inglês). Oxónia: Oxford University Press. Consultado em 1 de junho de 2016. Arquivado do original em 7 de agosto de 2016 
  3. Stewart, Christina Duff (1975). The Taylors of Ongar: An Analytical Bio-Bibliography (em inglês). Nova Iorque e Londres: Garland Publishing 
  4. Women Writers IV. R–Z (em inglês). Londres: Jarndyce Antiquarian Booksellers. 2012 
  5. Feldman, Paula R. (1997). British Women Poets of the Romantic Era: An Anthology (em inglês). Baltimore: Johns Hopkins University Press. p. 712. ISBN 080185430X 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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