João Amorim

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João Amorim
Nome completo João Amorim Sobrinho
Nascimento 4 de outubro de 1946 (77 anos)
Curitibanos, SC, Brasil
Nacionalidade brasileira
Progenitores Mãe: Andolina Amorim
Pai: Alberto Amorim
Cônjuge Nivalda Zulianello Amorim
Filho(a)(s) 5
Ocupação cineasta
ator
roteirista
empresário
radialista
apresentador de televisão
cantor
político
Principais trabalhos Homem Sem Terra
Calibre 12
Obrigado a Matar

João Amorim Sobrinho (Curitibanos, 4 de outubro de 1946) é um cineasta, roteirista, empresário, radialista, ator, apresentador de televisão, cantor e político brasileiro. Ficou conhecido por ajudar a realizar filmes no município de Lages, em Santa Catarina, filmando ao lado de nomes egressos do extinto polo cinematográfico da Boca do Lixo. Na década de 2000, rodou filmes no formato diretamente em vídeo, cujas cenas acabaram viralizando anos depois no YouTube.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Desde criança se envolvia com música, tocando viola e acordeon.[1] Mudou-se para Lages aos 16 anos, onde se casou e formou família. Passou a trabalhar na área de vigilância, onde fundou em 1978 a empresa Orsegups, posteriormente vendida a outros empresários da região em 1984.[1]

Iniciou na vida artística em 1969.[1] No ano seguinte, gravou seu primeiro álbum com o conjunto Os Seresteiros dos Pampas. Também lançou álbuns solo.[1] Foi radialista em 1971, na Rádio Esmeralda, de Vacaria. Em Lages, fez programas nas rádios Princesa e Clube.[1] Em 1978, apresentou o programa Recantos da Natureza, na TV Planalto.[1]

Em 1984, fundou a J.A. Promoções Artísticas, gerenciando a carreira de músicos como Milionário & José Rico, Tonico & Tinoco, Teixeirinha e Matogrosso & Matias.[1]

Seu contato com o cinema começa em 1988, com o filme Calibre 12, do diretor Tony Vieira, onde foi produtor e ator do filme.[2] O filme fez grande sucesso em Lages e chegou a ser exibido no Cine Olido, em São Paulo, onde não teve o mesmo êxito, já que não conseguiu vencer as produções de sexo explícito, predominantes à época no polo cinematográfico da Boca do Lixo.[2]

Voltou a realizar mais um filme na década de 1990. Roteirizou e estrelou Homem Sem Terra, dessa vez dirigido por Francisco Cavalcanti, lançado em 1997.[2] João Amorim investiu R$ 1,8 milhão no filme, trazendo no elenco nomes como Pedro de Lara e José Mojica Marins.[3][4] Nomes conhecidos dos filmes de Tony Vieira (já falecido), como Heitor Gaioti e José Lopes, o Índio, também estavam no longa.[2]

Homem Sem Terra estreou no Cine Marrocos, de Lages, em 7 de fevereiro de 1997.[2] Francisco Cavalcanti e João Amorim tiveram um desentendimento com o lançamento posterior em VHS, isso porque o produtor disponibilizou sem autorização de Cavalcanti o material bruto ("copião") sem a montagem final.[2]

A partir da década de 2000, rodou produções locais em Lages no formato diretamente em vídeo. Uma cena de Obrigado a Matar (2004) em que a mulher do personagem de João Amorim é baleada e morta acabou se tornando viral na internet anos depois de sua filmagem.[5] O site Omelete a descreve como uma das piores cenas de morte do cinema.[6]

Por causa de seu prestígio em Lages, João Amorim foi vereador do município entre 1993 e 2000.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h «Câmara de Vereadores homenageia João Amorim nesta terça (13).». 13 de setembro de 2016. Consultado em 5 de dezembro de 2023 
  2. a b c d e f TRUNK, Matheus Almeida. Deus não perdoa os malditos: o cinema de Francisco Cavalcanti e a Boca do Lixo (PDF). São Paulo: [s.n.] p. 98 
  3. «Rio Grande sedia mais dois filmes». O Pioneiro. 16 de março de 1996 
  4. MANTROI, Nathan (julho de 1996). «Banzé no Planalto». Zero 
  5. «Especial: 5 filmes tão ruins que são bons». Minha visão do cinema 
  6. «As 10 piores mortes do cinema». Omelete. 17 de outubro de 2020. Consultado em 5 de dezembro de 2023