Karina Sainz Borgo

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Karina Sainz Borgo
Karina Sainz Borgo
Nascimento 10 de fevereiro de 1982 (42 anos)
Caracas
Cidadania Venezuela
Ocupação escritora, jornalista, arts journalist
Prêmios
  • grand prix de l'héroïne Madame Figaro du roman étranger (2020)
  • Prêmio O. Henry (2021)
  • Jan Michalski Prize (2023)
Empregador(a) Vozpópuli, Onda Cero, ABC

Karina Sainz Borgo (Caracas, Venezuela, 1982) é uma jornalista e escritora venezuelana.

Seus livros foram traduzidos para mais de trinta idiomas e suas histórias foram publicadas em revistas como Granta.[1][2] Faz parte do que os críticos chamam de "literatura da diáspora venezuelana" ou "êxodo".[3][4]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Karina Sainz Borgo nasceu em Caracas em 1982. Desde 2006 vive na Espanha, onde chegou aos 24 anos.[5]

Trabalhou para meios de comunicação espanhóis como Vozpópuli, Zenda ou Onda Cero.[6] É jornalista cultural e autor de livros jornalísticos como Caracas hip-hop e Tráfico y Guaire, el país y sus intelectuales.[7] Atualmente trabalha como repórter e colunista do jornal espanhol ABC.

Carreira literária[editar | editar código-fonte]

Em 2019 publicou La hija de la española (traduzido como Noite em Caracas no Brasil, e Cai a Noite em Caracas em Portugal), o seu primeiro romance, que foi um sucesso sem precedentes na literatura venezuelana e foi traduzido para mais de vinte línguas.[8][9][10] A revista americana Time incluiu este título entre os 100 livros mais importantes de 2019.[11] Fernando Aramburu destaca a "extraordinária qualidade de Sainz Borgo como romancista".[12] Segundo o New York Times, o romance tem "ecos de Borges", em uma Venezuela que vive um caos político.[13] Thierry Clermont, no Le Figaro, considera que Sainz Borgo "publica um primeiro romance magistral, saturado de violência, esperança e luz".[14] Enquanto Florence Noiville, no Le Monde considera La hija de la española como um belo e feroz primeiro romance.[15]

Em 2021 publicou O Terceiro País, onde revisitou o mito de Antígona e o direito fundamental do ser humano a enterrar os seus mortos.[16][17]

Juntamente com autores como Keila Vall de la Ville, Rodrigo Blanco Calderón, Michelle Roche Rodríguez ou Camilo Pino, ele faz parte do que os críticos chamam de "literatura da diáspora venezuelana" ou "êxodo".[3][4][18]

Obras[editar | editar código-fonte]

Crônica[editar | editar código-fonte]

  • Caracas hip-hop (Caracas, 2007)
  • Cuatro reportajes, dos décadas, una historia: Tráfico y Guaire, el país y sus intelectuales (Fundación para la Cultura Urbana, 2007)
  • Crónicas barbitúricas (Círculo de Tiza, 2019)

Romance[editar | editar código-fonte]

  • Noite em Caracas (Intrínseca, 2019), Cai a Noite em Caracas (Alfaguara 2019)
  • O terceiro país (Alfaguara, 2023)
  • La isla del Doctor Schubert (Lumen, 2023)

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • Grand prix de l'héroïne Madame Figaro du roman étranger (2020)[5]
  • Indicada ao LiBeraturpreis (2020)[5]
  • Finalista do Kulturhuset Stadsteatern Stockholm (2021)[5]
  • Longlist do Europese Literatuurprijs (2021)[19]
  • Prêmio O. Henry (2021)

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Prado, Carlos (11 de março de 2019). «Maldito país, Venezuela». El País (em espanhol). ISSN 1134-6582. Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  2. «Scissors». Granta (em inglês). 25 de outubro de 2019. Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  3. a b «Literatura de la diáspora venezolana». Coolt (em espanhol). Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  4. a b «El éxodo del talento literario». El Universal (em espanhol). 24 de março de 2019. Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  5. a b c d Cabrices, Rafael Osío. «Karina Sainz Borgo: "No creo en las literaturas nacionales"». Cinco8 (em espanhol). Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  6. Palomo, Elvira (10 de outubro de 2019). «Karina Sainz Borgo: "No conozco otra cosa que no sea la violencia"». El País. Consultado em 26 de junho de 2023 
  7. «Karina Sainz Borgo: «La Venezuela que yo echo de menos ya no existe»». El Cultural. 28 de março de 2019. Consultado em 26 de junho de 2023 
  8. «En espera de la tercera, por Daniel Fernández». La Vanguardia (em espanhol). 5 de dezembro de 2021. Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  9. Luis H. Goldáraz. «Karina Sainz Borgo: "No ha habido territorio más incomprendido que el del migrante"». Libertad Digital 
  10. «Rodrigo Casarin - Karina Sainz Borgo: a Venezuela para onde desejo voltar já não existe mais». paginacinco.blogosfera.uol.com.br. Consultado em 26 de junho de 2023 
  11. «'Time' elige 'La hija de la española' de Karina Sainz entre los 100 mejores libros del año». Vozpopuli.es. 15 de novembro de 2019. Consultado em 26 de junho de 2023 
  12. «Una novela en la fosa séptica». ELMUNDO (em espanhol). 24 de março de 2019. Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  13. Lalinde, Jaime (18 de outubro de 2019). «Echoes of Borges in a Novel of War-Torn Venezuela». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331. Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  14. «La fille de l'Espagnole de Karina Sainz Borgo, ou les ombres folles de Caracas». LEFIGARO (em francês). 22 de janeiro de 2020. Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  15. «Karina Sainz Borgo : « Je viens d'un pays, le Venezuela, qui n'existe pas »». Le Monde.fr (em francês). 4 de janeiro de 2020. Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  16. Panamá, GESE-La Estrella de. «El tercer país». La Estrella de Panamá (em espanhol). Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  17. Maier, Anna Carolina (22 de novembro de 2021). «'El tercer país', el Comala donde uno no quiere volver». Letras Libres (em espanhol). Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  18. «¿Existe una literatura de la diáspora venezolana?». La Gran Aldea (em espanhol). 21 de março de 2021. Consultado em 17 de fevereiro de 2022 
  19. «Europese Literatuurprijs - Longlist 2021». www.europeseliteratuurprijs.nl. Consultado em 17 de fevereiro de 2022