Kelsch da Alsácia

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Kelsch da Alsácia no Museu Alsaciano.

Kelsch da Alsácia (em francês: Kelsch d'Alsace) é um tipo de tecido têxtil de linho e algodão fabricado na Alsácia, França.

Pilha de kelsch, auna para medir o tecido, e almofada. – Col. Museu Alsaciano.
Pilha de tecidos de kelsch .
– Col. Museu Alsaciano.

O nome «kelsch» provém da expressão «koelnisch Blau». O adjetivo «koelnisch» significa «originário da cidade de Köln / Colónia », é pronunciado «kelsch» no dialetofalado nesta cidade[1]. Blau refere-se ao azul de Colónia, cor extraída do pastel.

Segundo a tradição, Carlos Magno teria encorajado nas proximidades de Colónia a cultura da planta Isatis tinctoria, da qual se extrai uma tintura azul[2] que serviria para colorir os fios de linho até ao século XVII. Depois do anil, que confere os azuis mais intensos, chegou à Europa e foi usado mais ou menos rapidamente pelos tintureiros.

Os mais antigos tecidos de kelsch conhecidos têm um fundo branco largamente dominante e apresentam quadrados formados por fios azuis ainda pouco abundantes. Essas peças veem-se também em quadros da Idade Média que representam personagens altivas, com a cabeça a repousar em almofadas brancas com grandes quadrados azuis[3] · [4]

Referências

  1. Josef Müller, Rheinisches Wörterbuch, IV, p. 1142, Berlin 1933.
  2. Fabienne Bassang, Rachel Bienvenot, Bleu, blanc, rouge, Ed. DMC, Mulhouse, 2012, p.7.
  3. « Naissance de Marie », detalhe de retábulo de Ottobeuren, mestre anónimo do Reno Superior, c. 1460, conservado no Württembergisches Landesmuseum de Stuttgart ; « Tapisserie de sainte Odile », meados do século XV, Strasbourg, Museu da Œuvre Notre-Dame.
  4. Le Mont Sainte-Odile, haut lieu de l'Alsace, Musées de Strasbourg, 2002, p. 165.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Gilles Pudlowski, « Kelsch », in Dictionnaire amoureux de l’Alsace, Plon, Paris, 2010, p. 405-407. isbn 978-2259209472
  • « La dernière tisserande de kelsch », in En Alsace, 2008, núm.48, p.66 (vale de Masevaux)
  • Claude Fuchs, « Kelsch histoire ! », in L’Alsace : découvertes et passions, 2002, n.22, p.48-57
  • Jean-Marie Joseph, « Le Kelsch », in Annuaire de la Société des amis de la bibliothèque de Sélestat, 2007, núm.57, p.157-160
  • Véronique Julia et Christophe Dugied, « Bleu, blanc, rouge, kelsch », in Maisons Coté Est, 2000, n. 5, p.78-85;143
  • Le Kelsch au fil du temps : expos. de 28-11-1999 a 24-9-2000, Truchtersheim, Maison du Kochersberg, Imprimerie Cathal, s. l., 1999, 24 p. (catalogue d'exposition)