Linha A do Metro de Buenos Aires

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Linha A do Metro de Buenos Aires

Plataforma da estação Plaza Miserere.
Dados gerais
Tipo Metropolitano
Sistema Subte de Buenos Aires
Local de operação Buenos Aires,  Argentina
Terminais Início: Estação Plaza de Mayo
Fim: Estação San Pedrito
Estações 18
Passageiros/dia 258 000 (2018)[1] 2.87% [2]
Operação
Operador Emova Movilidad
Histórico
Abertura oficial 1 de dezembro de 1913 (110 anos)
Dados técnicos
Comprimento da linha 10,7 km
Mapa

A Linha A é uma das seis linhas do Metro de Buenos Aires,[3] aberta ao público em 1 de dezembro de 1913, tornando-se a primeira linha de sistema metroviário da América Latina, do Hemisfério Sul, e de todos os países de língua espanhola.

Ela se estende por 10,7 km entre as estações Plaza de Mayo, no bairro de Monserrat, e San Pedrito, no bairro de Flores, em Buenos Aires, e circula abaixo de toda a Avenida de Maio e parte da Avenida Rivadavia. É utilizada por cerca de 250.000 pessoas por dia.

A linha manteve, até 2013, os seus trens originais de origem belga, construídos pela empresa La Brugeoise et Nivelles durante a década de 1910. A partir de então foram introduzidos novos trens, de origem chinesa, fabricados pela empresa CSR Corporation Limited e adquiridos pelo governo nacional.

História[editar | editar código-fonte]

Na primeira década do século XX, na cidade de Buenos Aires o tráfego urbano aumentou significativamente devido ao aumento da população. Em 1903 a cidade tinha 895.381 habitantes, e circulavam 4.791 veículos de tração animal e 60 automóveis, em dez anos a população pulou para 1.457.885 pessoas e a metrópole contava com 6.211 veículos tracionados e 7.438 carros automotores. Este fato fez com que o Congresso da Nação Argentina emitisse uma lei permitindo que a empresa Ferrocarril del Oeste (FCO) (atual Ferrocarril Domingo Faustino Sarmiento) construir uma linha ferroviária de via dupla subterrânea para transporte de cargas a região oeste da cidade e o porto. A prefeitura da Cidade de Buenos Aires por seu lado, autorizou a Compañía de Tranvías Anglo Argentina (CTAA) responsável por 80% do transporte público com a utilização de bondes na época, a construir uma linha subterrânea para o transporte de passageiros. O trecho a ser construído ligava a Praça de Maio até a Plaza Miserere. O traçado das duas linhas se cruzavam. O impasse foi superado com a construção da linha para cargas a uma profundidade maior, da futura linha do metro. As obras foram iniciadas em 15 de setembro de 1911, e ficaram a cargo da empresa construtora alemã Philipp Holzmann & Cía e empregaram 1.500 trabalhadores durante 26 meses.[4]

"Desde la época en que los tranvías a caballo salían de la 'Agencia Central' en la calle Cuyo 34 para terminar su recorrido en la Plaza del Once, sólo han pasado cuarenta y tres años, y, sin embargo, tan grande ha sido el desarrollo de la metrópoli en ese [...] tiempo - insignificante en la vida de un pueblo- que a saltos de gigante hemos pasado de los 24 coches que 'corrían' entre las siete de la mañana y las once de la noche, al grandioso subterráneo que dentro de dos días se inaugura, en los que 'volarán' trenes innumerables cada tres minutos y de los que, en la Estación Congreso y en la Estación Once, se podrá combinar con las múltiples líneas que constituyen la notable red de tranvías a nivel con que ya cuenta Buenos Aires"
— Revista Caras y Caretas, 28 de noviembre de 1913.
Plaza de Mayo
Perú
Piedras
Lima
Sáenz Peña
Congreso
Pasco
Alberti
Plaza de Miserere
Cor das faixas de identificação em 1913

As estações tinham cem metros de plataforma e eram identificadas por um friso colorido, face ao elevado nível da analfabetismo da época. O primeiro trecho colocado em operação tinha 9 estações indo da Estação Plaza de Mayo até Estação Plaza de Miserere.

Estações[editar | editar código-fonte]

Nome Inauguração Bairro Integração
Plaza de Mayo 1 de dezembro de 1913 Monserrat -
Perú 1 de dezembro de 1913 Monserrat
Piedras 1 de dezembro de 1913 Monserrat -
Lima 1 de dezembro de 1913 Monserrat
Sáenz Peña 1 de dezembro de 1913 Monserrat -
Congreso 1 de dezembro de 1913 Balvanera / Monserrat / San Nicolás -
Pasco 1 de dezembro de 1913 Balvanera -
Alberti 1 de dezembro de 1913 Balvanera -
Plaza Miserere 1 de dezembro de 1913 Balvanera
Loria 1 de abril de 1914 Almagro -
Castro Barros 1 de abril de 1914 Almagro -
Río de Janeiro 1 de abril de 1914 Almagro / Caballito -
Acoyte 1 de julho de 1914 Caballito -
Primera Junta 1 de julho de 1914 Caballito
Puán 23 de dezembro de 2008 Caballito -
Carabobo 23 de dezembro de 2008 Flores -
San José de Flores 27 de setembro de 2013 Flores
San Pedrito 27 de setembro de 2013 Flores -

Referências

  1. «Subte: con récord de pasajeros, siguen las quejas por el servicio y busca mejorar con más obras». 13 de agosto de 2018. Consultado em 21 de março de 2019 
  2. «En 2018 el Subte transportó la mayor cantidad de pasajeros en 25 años». 20 de fevereiro de 2019. Consultado em 5 de abril de 2019 
  3. «Mapa de la red» (em espanhol). Emova Movilidad. Consultado em 26 de dezembro de 2021 
  4. enelSubte. «Subterráneos de Buenos Aires: 95º Aniversario». Consultado em 18 de outubro de 2010. Arquivado do original em 14 de dezembro de 2009 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Domingo Tejera, Subterráneos de Buenos Aires, 1993

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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