Love on the Run

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Love on the Run
Love on the Run
Cartaz promocional do filme.
No Brasil Do Amor Ninguém Foge
 Estados Unidos
1936 •  p&b •  80 min 
Gênero comédia romântica maluca
Direção W. S. Van Dyke
Produção Joseph L. Mankiewicz
Roteiro John Lee Mahin
Manuel Seff
Gladys Hurlbut
Baseado em Beauty and the Beat
conto de 1936
de Alan Green
& Julian Brodie
Elenco Joan Crawford
Clark Gable
Música Franz Waxman
Cinematografia Oliver T. Marsh
Direção de arte Cedric Gibbons
Figurino Adrian
Edição Frank Sullivan
Companhia(s) produtora(s) Metro-Goldwyn-Mayer
Distribuição Loew's, Inc.
Lançamento
  • 20 de novembro de 1936 (1936-11-20) (Estados Unidos)[1]
Idioma inglês
Orçamento US$ 578.000[2]
Receita US$ 1.862.000[2]

Love on the Run (bra: Do Amor Ninguém Foge)[3] é um filme estadunidense de 1936, do gênero comédia romântica maluca, dirigido por W. S. Van Dyke, estrelado por Joan Crawford e Clark Gable, e co-estrelado por Franchot Tone e Reginald Owen. O roteiro de John Lee Mahin, Manuel Seff e Gladys Hurlbut foi baseado no conto "Beauty and the Beat" (1936), de Alan Green e Julian Brodie.[1]

A trama foca na história de correspondentes de jornais rivais designados para cobrir o casamento de uma socialite.[4] Este foi o sétimo dos oito filmes que Crawford e Gable co-estrelaram juntos, e o sexto dos sete que ela co-estrelou com Tone.[5] Na época de seu lançamento, o filme foi chamado de "um monte de bobagens alegres" pelos críticos, mas mesmo assim foi um grande sucesso financeiro.

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Em Londres, os correspondentes de jornais rivais estadunidenses Michael "Mike" Anthony (Clark Gable) e Barnabas "Barney" Pells (Franchot Tone) tentam determinar quem vai cobrir um casamento e quem vai fazer uma entrevista. Mike consegue cobrir o casamento da milionária Sally Parker (Joan Crawford) com o Príncipe Igor (Ivan Lebedeff), enquanto Barney fica com a tarefa de entrevistar o aviador Barão Otto Spandermann (Reginald Owen) e sua esposa, a Baronesa Hilda (Mona Barrie).

Quando Mike vê Sally saindo correndo da igreja e fugindo de seu casamento, ele a segue, na esperança de conseguir um bom furo. Sally, embora desconheça o verdadeiro ofício de Michael, aceita sua ajuda para fugir. Juntos, os dois roubam um avião e começam a ser perseguidos pelos aviadores, que eles logo descobrem ser espiões disfarçados. Para complicar ainda mais, Barney descobre os ocorridos e, com vontade de dar a notícia sobre os acontecimentos em primeira mão, também começa a tentar localizá-los.

Elenco[editar | editar código-fonte]

  • Joan Crawford como Sally Parker
  • Clark Gable como Michael "Mike" Anthony
  • Franchot Tone como Barnabas W. "Barney" Pells
  • Reginald Owen como Barão Otto Spandermann
  • Mona Barrie como Baronesa Hilda Spandermann
  • Ivan Lebedeff como Príncipe Igor
  • Charles Judels como Tenente da Polícia
  • William Demarest como Editor Lees Berger
  • Donald Meek como Zelador do Palácio Fontainebleau
  • Billy Gilbert como Maitre d' (não-creditado)
  • Harry Allen como Motorista (não-creditado)

Produção[editar | editar código-fonte]

Um Lockheed Model 10 "Electra" aparece em destaque como a aeronave roubada do aeroporto. O avião foi fornecido pelo piloto "dublê" de Hollywood, Albert Paul Mantz, que atuou como coordenador aéreo para a breve sequência. Mockups da cabine de pilotagem e modelos em escala foram empregados para outras cenas que envolviam a aeronave. Era precisamente o mesmo avião pilotado mais tarde pela amiga de Mantz, Amelia Earhart, que desapareceu em sua última expedição pelo mundo no ano seguinte.[a]

Procurando usufruir do sucesso que o gênero comédia maluca estava fazendo, a MGM decidiu unir mais uma vez suas duas estrelas de maior bilheteria na época, Crawford e Gable.[7] A fotografia principal da produção ocorreu de 19 de agosto a 15 de setembro de 1936.[8]

Recepção[editar | editar código-fonte]

Em sua crítica do filme, Howard Barnes, do New York Herald Tribune, escreveu: "Muitas bobagens alegres foram amarradas juntas ... uma narrativa fantástica e insubstancial, com o resultado que é quase continuamente divertido e frequentemente hilário ... Srta. Crawford, de olhos grandes e cabelos esvoaçantes, apresenta uma atuação surpreendentemente volátil e divertida como a herdeira".[7] John T. McManus, em sua crítica para o The New York Times, no entanto, chamou-o de "um item cinematográfico ligeiramente tolo sem absolutamente nenhuma importância".[9] A Variety escreveu que a produção estava "cheia de situações ridículas" e sofria de "desenvolvimento sinuoso da história, algumas misturas desleixadas de diálogo e vários momentos enfadonhos".[10] John Mosher, em sua crítica para o The New Yorker, escreveu: "Todos trabalham muito em Love on the Run, mas só conseguem parecer lamentáveis".[11]

Em uma crítica posterior, o crítico e historiador de cinema Leonard Maltin descartou o filme como algo derivado, e comentou: "Esta variação obsoleta de It Happened One Night depende exclusivamente de seu poder estelar".[12]

Bilheteria[editar | editar código-fonte]

De acordo com os registros da Metro-Goldwyn-Mayer, o filme arrecadou US$ 1.141.000 nacionalmente e US$ 721.000 no exterior, totalizando US$ 1.862.000 mundialmente. O retorno lucrativo da produção foi de US$ 1.284.000.[2]

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. O Lockheed Electra ("R16020") era de propriedade de Amelia Earhart, e estava sendo preparado para seu malfadado voo de circum-navegação global em 1937.[6]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Quirk, Lawrence J. Joan Crawford: The Essential Biography. Lexington, Kentucky: University Press of Kentucky, 2002. ISBN 978-0-81312-254-0.

Referências

  1. a b «The First 100 Years 1893–1993: Love on the Run (1936)». American Film Institute Catalog. Consultado em 6 de abril de 2023 
  2. a b c «The Eddie Mannix Ledger, Appendix 1: "MGM Stars Film Grosses, 1924 - 1948"». Margaret Herrick Library, Center for Motion Picture Study. Los Angeles: Historical Journal of Film, Television, and Radio, Vol. 12, No. 2. 1992 .
  3. «Do Amor Ninguém Foge (1936)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 6 de abril de 2023 
  4. «Monthly Film Bulletin». 3 25 ed. 1 de janeiro de 1936. p. 218 
  5. Quirk 2002, p. 83.
  6. Quirk, Lawrence J. (1968). The Films of Joan Crawford. [S.l.]: The Citadel Press. ISBN 978-0806503417 
  7. a b Landazuri, Margarita. "Articles: 'Love on the Run' (1936)." Turner Classic Movies. Acessado em 7 de abril de 2023
  8. "Original print information: 'Love on the Run' (1936)." Turner Classic Movies. Acessado em 7 de abril de 2023
  9. McManus, John T. (J.T.M.). "Movie review: 'Love on the Run' (1936); At the Capitol." The New York Times, 28 de novembro de 1936.
  10. "Love on the Run." Variety (Nova Iorque via Variety, Inc.), 2 de dezembro de 1936, p. 18.
  11. Mosher, John. "The Current Cinema." The New Yorker, 28 de novembro de 1936, p. 85.
  12. Maltin, Leonard. "Leonard Maltin Ratings & Review: 'Love on the Run' (1936)." Turner Classic Movies. Acessado em 7 de abril de 2023

Ligações externas[editar | editar código-fonte]