Luciferina
Luciferina (do latim lucifer, "que ilumina") é uma classe de pigmentos responsável pela bioluminescência em alguns animais, fungos e algas, como por exemplo os vaga-lumes.[1] O termo luciferina é usado para referenciar-se a qualquer molécula emissora de luz usada por uma luciferase ou fotoproteína.[1]
As luciferinas são substratos de enzimas denominadas luciferases, que efectuam a descarboxilação oxidativa das luciferinas (sob a forma de adenilato de luciferina, obtido através da activação de luciferina por ATP) a oxiluciferinas usando oxigénio (O2) e produzindo energia luminosa nessa reacção. As oxiluciferinas podem ser regeneradas posteriormente a luciferinas.[2]
Apesar de ter sido descoberta pelo francês Raphael Dubois (que cunhou os termos luciferina e luciferase), a luciferina foi melhor estudada nos anos 50 pela equipa de William McElroy na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, a partir de milhares de pirilampos recolhidos por crianças na região de Baltimore.[3]
Tipos de luciferina
Existem cinco tipos gerais de luciferinas.
- Luciferina de pirilampo: encontrada em pirilampos, o substrato da enzima luciferase EC 1.13.12.7.
- Luciferina bacteriana: encontrada em bactérias, alguns cefalópodes da ordem Sepiolida e alguns peixes. Consiste num ácido carboxílico de cadeia longa e um fosfato de riboflavina reduzido.
- Luciferina de dinoflagelados: derivado da clorofila encontrado em dinoflagelados, frequentemente os responsáveis pelo fenómeno de fosforescência nocturna na superfície de oceanos. Um tipo semelhante de luciferina é encontrado no krill.
- Vargulina: encontrada em determinados peixes de águas profundas, especificamente ostracodes e peixes pertencentes ao género Porichthys. É uma imidazolopirazina.
- Coelenterazina: é encontrada em radiolários, ctenóforos, cnidários, lulas, copépodos, quetognatas, peixes e camarões. Encontra-se ligada à proteína aequorina.
Referências
- ↑ a b Hastings J.W (1996). «Chemistries and colors of bioluminescent reactions: a review». Gene. 173 (1): 5–11. PMID 8707056. doi:10.1016/0378-1119(95)00676-1
- ↑ Grimberg, Keila E. (1998). «OS MISTÉRIOS DO VAGA-LUME». Programa Educ@r - USP Sao Carlos. Consultado em 03 de junho de 2012 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ NELSON, David L.; COX, Michael M., Lehninger Principles of Biochemistry, 4th ed., W.H.Freeman, 2004, ISBN 978-0-7167-4339-2
Ligações externas
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- «Os principais tipos de luciferina» (em inglês)