Mamoru Takuma

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mamoru Takuma
Nome Mamoru Takuma (宅間 守)
Data de nascimento 23 de novembro de 1963
Local de nascimento Itami
Data de morte 14 de setembro de 2004 (40 anos)
Local de morte Prefeitura de Osaka
Nacionalidade(s) japonês
Ocupação Zelador
Crime(s) Assassinato de oito crianças
Pena Capital

Mamoru Takuma (em japonês: 宅間 守, Takuma Mamoru; Itami, 23 de novembro de 1963 – Prefeitura de Osaka, 14 de setembro de 2004) foi um zelador japonês que cometeu assassinato em massa de oito pessoas e feriu outras quinze no massacre na escola primária de Ikeda, em 2001.[1] Antes desse acontecimento, ele havia sido condenado e preso por estupro.[2]

Vida pregressa[editar | editar código-fonte]

Mamoru Takuma nasceu em Itami, prefeitura de Hyogo, Japão. Quando menino, ele costumava atear fogo em gatos. Durante o segundo ano do ensino secundário, Takuma teria atacado um professor e fugido de casa por vários meses. Ele também teria entrado num confronto físico com seu pai, que tentou procurar ajuda psiquiátrica para ele como resultado. Depois que o hospital se recusou, seu pai o deserdou. Takuma entrou para a Força Aérea de Autodefesa do Japão, mas foi liberado devido a ter relações sexuais com uma pessoa menor de idade. Em 1984, Takuma e sua mãe deixaram a casa de sua família e compraram um apartamento, deixando seu irmão mais velho e seu o pai sozinhos. Eles viveram juntos por um ano e meio, até que seu pai voltou para sua esposa.[3]

Massacre[editar | editar código-fonte]

Em 8 de junho de 2001, no dia de sua audiência do caso de assalto, Takuma iniciou um violento homicídio em massa na escola primária de Ikeda. Ele foi derrubado pela equipe em poucos minutos e descrito como estando num estado extremamente confuso quando preso, primeiro repetindo "Eu fui para a escola primária" e depois dizendo "Eu fui para a estação de trem e esfaqueei 100 pessoas com minha faca. Eu não fui para a escola primária.[4]

Takuma também afirmou:

「何もかも嫌になった。何回も自殺を図ったが死にきれない。捕まえて死刑にしてほしかった。」[5]
"Eu fiquei enojado com tudo. Eu tentei me matar várias vezes, mas não consegui. Eu queria ser pego e receber uma sentença de morte."[6]

Takuma também odiava crianças "de elite", que frequentavam a escola que ele atacou.[7]

Julgamento e morte[editar | editar código-fonte]

Os advogados de Takuma argumentaram que ele estava sofrendo de insanidade temporária no momento do ataque, mas o psiquiatra que inicialmente diagnosticou Takuma como esquizofrênico disse à corte que determinou posteriormente que Takuma tinha um transtorno de personalidade paranoide.[8] Em 28 de agosto de 2003, Takuma foi considerado culpado de múltiplas acusações de assassinato e condenado à morte.[9] Takuma permaneceu impenitente, recusando-se a pedir desculpas às famílias das vítimas, e pediu apenas que a sentença fosse cumprida o mais rápido possível. Sua declaração foi: "Eu deveria ter usado gasolina, então eu poderia ter matado mais do que eu matei".[10] No último dia do julgamento, Takuma ainda não expressou culpa ou remorso. Ele continuou a insultar as famílias das vítimas até o juiz removê-lo. A sentença foi levada a cabo extraordinariamente rápida pelos padrões japoneses (os prisioneiros condenados no Japão costumam passar muitos anos no corredor da morte), e Takuma foi enforcado apenas um ano depois, em 14 de setembro de 2004.[11]

Referências

  1. «Japan mourns school victims» (em inglês). CNN. 10 de junho de 2001. Consultado em 23 de novembro de 2007. Arquivado do original em 17 de novembro de 2007 
  2. «Cópia arquivada» 付属池田小事件裁判傍聴記 殺人鬼の素顔とは (em japonês). Consultado em 8 de junho de 2008. Arquivado do original em 30 de janeiro de 2013 
  3. «Cópia arquivada» 宅間守資料 (em japonês). Consultado em 9 de março de 2008. Cópia arquivada em 19 de dezembro de 2012 
  4. «Motive for school stabbing unclear» (em inglês). Television New Zealand. 13 de junho de 2001. Consultado em 10 de fevereiro de 2008. Cópia arquivada em 15 de julho de 2012 
  5. ちゆ12歳 (8 de junho de 2001). «教室に乱入、児童8人を刺殺» (em japonês). Consultado em 15 de fevereiro de 2008. Cópia arquivada em 14 de julho de 2012 
  6. «School massacre shatters Japan's sense of security» (em inglês). Lubbock Avalanche-Journal. 9 de junho de 2001. Consultado em 19 de fevereiro de 2008. Cópia arquivada em 4 de setembro de 2012 
  7. Ozawa, Harumi (9 de junho de 2008). «Seven dead in street stabbing frenzy» (em inglês). Herald Sun. Consultado em 19 de junho de 2008. Cópia arquivada em 2 de dezembro de 2012 
  8. «Osaka massacre suspect Takuma not schizophrenic: psychiatrist» (em inglês). Kyodo News. 28 de março de 2002. Consultado em 26 de junho de 2017. Cópia arquivada em 3 de novembro de 2018 
  9. «Death for Japanese school killer» (em inglês). BBC. 28 de agosto de 2003. Consultado em 23 de novembro de 2007. Cópia arquivada em 13 de julho de 2012 
  10. «Quote Of The Day - I should have used gasoline, so I could have killed more than I did». Japan Today. Consultado em 8 de junho de 2008. Arquivado do original em 1 de julho de 2012 
  11. «Japanese school killer executed» (em inglês). BBC. 14 de setembro de 2004. Consultado em 23 de novembro de 2007. Cópia arquivada em 11 de julho de 2012