Metacognição

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A metacognição é um campo de estudos relacionado à consciência e ao automonitoramento do ato cognitivo. Consiste na aprendizagem sobre o processo da aprendizagem ou a apropriação e comando dos recursos internos se relacionando com os objetos externos. A metacognição consiste na capacidade do indivíduo de monitorar e autorregular os próprios processos cognitivos.[1] Pensar sobre a maneira pela qual pensamos em várias situações pode ajudar em avanços e progressos do pensamento crítico, científico e interdisciplinar, levando estudantes ao aprender a aprender.[2]

O termo vem da palavra raiz meta, que significa "além".[3][4] A metacognição pode assumir muitas formas; inclui conhecimentos sobre quando e como usar estratégias específicas para aprender ou para resolver problemas.[3] Em geral, a metacognição abarca dois elementos. A saber: (1) o conhecimento sobre cognição e (2) a regulação da cognição.[5]

A metamemória definida como conhecimento sobre a memória e estratégias mnemônicas, é uma forma especialmente importante de metacognição.[6] Pesquisas acadêmicas sobre o processamento metacognitivo entre culturas estão nos estágios iniciais, mas há indícios de que trabalhos adicionais podem fornecer melhores resultados na aprendizagem transcultural entre professores e alunos.[7]

A metacognição pode ser representada em duas dimensões, a primeira dimensão seria o conhecimento cognitivo e a segunda refere-se ao processo de monitoramento e autorregulação metacognitivos. O conhecimento metacognitivo não tem essencialmente uma natureza que difere dos outros tipos de conhecimento. Todavia, cabe salientar que, pode ser notada uma evolução nos indivíduos que adotam as estratégias do monitoramento e da autorregulação metacognitiva à sua própria aprendizagem.[8]

Alguns psicólogos evolutivos levantam a hipótese de que os humanos usam a metacognição como uma ferramenta de sobrevivência, o que tornaria a metacognição igual em todas as culturas.[7] Escritos sobre a metacognição foram objetos de, pelo menos duas obras do filósofo grego Aristóteles: De Anima e Parva Naturalia.[9]

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Referências

  1. «Estratégias metacognitivas como intervenção psicopedagógica para o desenvolvimento do automonitoramento». Revista Psicopedagogia. 30. ISSN 0103-8486 
  2. Portilho, Evelise Maria Labatut; Brojato, Henrique Costa (26 de março de 2021). «Metacognição e Ensino Superior: o estado do conhecimento de 2016 a 2020». Linhas Críticas.: e35444–e35444. ISSN 1981-0431. doi:10.26512/lc.v27.2021.35444. Consultado em 8 de abril de 2022 
  3. a b Metcalfe, J., & Shimamura, A. P. (1994). Metacognition: knowing about knowing. Cambridge, MA: MIT Press.
  4. Baptista, Letícia (2014). «Considerações sobre uma experiência de ensino da língua portuguesa na China». Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Págs. 15-16. Consultado em 23 de março de 2022 
  5. Schraw, Gregory (1998). «Promoting general metacognitive awareness». Instructional Science (em inglês). 26: 113–125. doi:10.1023/A:1003044231033 
  6. Dunlosky, J. & Bjork, R. A. (Eds.). Handbook of Metamemory and Memory. Psychology Press: New York.
  7. a b Wright, Frederick. APERA Conference 2008. 14 April 2009. http://www.apera08.nie.edu.sg/proceedings/4.24.pdf[ligação inativa]
  8. Portilho, Evelise Maria Labatut; Brojato, Henrique Costa (26 de março de 2021). «Metacognição e Ensino Superior: o estado do conhecimento de 2016 a 2020». Linhas Críticas. 27: e35444. Consultado em 3 de abril de 2022 
  9. Colman, Andrew M. (2015) [2001]. «metacognition». A Dictionary of Psychology. Col: Oxford Paperback Reference 4 ed. Oxford: Oxford University Press. p. 456. ISBN 9780199657681. Consultado em 2 de junho de 2018. Writings on metacognition can be traced back at least as far as De Anima and the Parva Naturalia of the Greek philosopher Aristotle (384-322 BC) [...].